06/01/12

Paco Bandeira - Uma personalidade com traços de paranóia, transtorno delirante e narcisismo, é o que ressalta da perícia psiquiátrica sobre Paco Bandeira, feita a pedido do seu advogado no âmbito do processo em que é acusado pelo crime de violência doméstica!




«Perícia revela personalidade paranóica de Paco Bandeira


Uma personalidade com traços de paranóia, transtorno delirante e narcisismo. É o que ressalta da perícia psiquiátrica sobre Paco Bandeira, feita a pedido do seu advogado no âmbito do processo em que é acusado pelo crime de violência doméstica, que está em julgamento no Tribunal de Oeiras.
Segundo o processo, que o SOL consultou, os especialistas viram no músico alentejano uma elevação moderada na escala clínica de personalidade paranóide, valores significativos na escala da personalidade compulsiva e traços de personalidade narcísica. No relatório médico há mesmo referência a uma presença moderada de transtorno delirante.


Nada que fizesse, porém, os médicos diagnosticarem qualquer doença do foro psiquiátrico a Paco Bandeira – sendo essa, aliás, a conclusão do relatório. Nas entrevistas feitas ao músico ao longo desta avaliação, foram várias as vezes que se apresentou de forma defensiva, falando de si próprio como alguém vulnerável.


De resto, no processo que corre no Tribunal de Oeiras, Paco Bandeira defende-se das acusações de violência doméstica, explicando que a ex-companheira o acusa porque quer dar ‘o golpe do baú’.


Os traumas da guerra e da morte de Fernanda


Outro aspecto que não passou despercebido na perícia foi o facto de o compositor se referir a si mesmo como se de duas pessoas diferentes se tratasse: Paco, o artista, e Francisco, o homem.


O autor de A Ternura dos Quarenta revela mesmo que, por vezes, as duas facetas da sua vida entram em conflito. Apesar disso, Paco Bandeira apresentou-se sempre consciente, lúcido e orientado.


Algumas testemunhas que depuseram no processo, descrevem o artista como um homem com dupla personalidade, capaz de ser muito sedutor socialmente e agressivo e rude com a ex-companheira. Mas o relatório da perícia não refere esta dualidade de feitios.


Nas conversas que manteve com o psiquiatra, Paco Bandeira revelou ter na sua vida dois episódios traumáticos, sobre os quais se recusou a falar: a Guerra Colonial, na qual participou, em Angola, e a morte da sua primeira mulher, Maria Fernanda.


O cantor explicou que viveu em África momentos dramáticos, como a morte de civis e acidentes de guerra com os seus camaradas de armas, mas evitou demorar-se neste assunto. E recusou dar mais pormenores sobre o que mais o marcou nessa experiência de guerra.


Quanto à morte da sua primeira mulher, Maria Fernanda, nos encontros com o psiquiatra, Paco Bandeira admitiu que foi uma situação que o fez quase acreditar não ter possibilidade de voltar a ser feliz e até ponderar o suicídio.


Guardou a arma


Apesar disso, um pormenor chamou a atenção do perito que fez a avaliação psiquiátrica: Paco não quer falar sobre a morte de Maria Fernanda, mas ainda tem em seu poder a arma que tirou a vida à mulher com quem viveu durante mais de 30 anos.


Este facto é sublinhado na perícia psiquiátrica como algo que foge ao padrão de comportamento das pessoas traumatizadas – já que estas, em regra, procuram afastar-se dos objectos que as fazem relembrar os episódios traumáticos.


Paco Bandeira – que faz 40 anos de carreira em 2012 –, além das canções mais famosas como Ó Elvas, Ó Elvas (A Minha Cidade), tem outras menos conhecidas que, nos últimos dias, têm sido muito comentadas nas redes sociais, nomeadamente A mulher é como um Livro (Um Livro Chamado Inês).


Margarida.davim@sol.pt» in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=38125



PACO BANDEIRA - "TERNURA DOS 40"


"Ternura Dos 40 Paco Bandeira


INSTRUMENTAL


Quando penso o que passei,
Fronteiras de solidão,
Tinha pra dar e não dei,
Olhei pra traz e pensei,
Não tenho nada na mão.


Tive o tempo e não senti,
Tive amores e não amei,
Os amigos que perdi,
E as loucuras que vivi,
São tantas que já não sei.


Quem eu era?
Quem sou e quem pareço?
Se alguém hoje me espera,
Com certeza que mereço.


Mereço ainda,
Amor, a tua presença,
Para enfrentar a vida
Com a ternura dos 40.


INSTRUMENTAL


Foram tantas as idades
Da vida que atrás deixei,
Não quero sentir saudades,
Vou em outras amizades,
Amar o que não amei.


Os copos que não bebi,
Os discos que não toquei,
Os poemas que não li,
Os filmes que nunca vi,
As canções que não cantei.


Meus amigos,
Importante é o sorriso,
Pra seguir viagem,
Com a coragem, que é preciso.


Não adianta,
Deitar contas à vida,
A ternura dos 40
Não tem conta nem medida.


INSTRUMENTAL


Não adianta,
Deitar contas à vida,
A ternura dos quarenta
Não tem conta nem medida."


http://www.vagalume.com.br/paco-bandeira/ternura-dos-40.html#ixzz1ii5d1Npx

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