«VARELA RESOLVEU
Do Dragão às meias-finais é só um pequeno passo, a confirmar na terceira e última jornada do Grupo D, frente ao Setúbal. Na antepenúltima, com o Estoril por adversário, um golo de Varela resolveu a equação, de resultado simples, óbvio e económico (1-0), mas suficiente para aceder ao comando isolado, acrescido de vistas privilegiadas para a etapa a eliminar da Taça da Liga.
A primeira parte foi, sobretudo, trabalhosa. De sentido único, como aliás se esperava, mas de fluxo excessivamente congestionado. E, nesse particular, a responsabilidade maior cabe ao Estoril; em especial, ao seu treinador, que apresentou no Dragão uma trama ultra-defensiva, dispensando apenas Carlos Eduardo do desempenho cautelar que estendeu uma dupla barreira à iniciativa portista.
Contornar a muralha, dotada de uma apreciável elasticidade, foi o primeiro problema colocado ao FC Porto, que nem sempre o resolveu da melhor forma, a prática, até porque complicar era, precisamente, o objectivo do adversário, que chegou a transmitir a ideia de não ter mais nenhum outro, entre o indiscreto disfarce gerado por um punhado de contra-ataques.
Com dificuldade e muita paciência, o FC Porto chegou à baliza adversária, mas raramente com perigo e tendo em João Moutinho a figura mais interventiva, ensaiando de livre e até de cabeça, nas mais claras situações de perigo; curiosamente, mediadas por um minuto, entre o 37.º e o 38.º.
O intervalo foi isso mesmo, uma pausa ou mera formalidade que precedeu mais do mesmo. Mas, então, já numa variante mais rápida, que aproximou o campeão do golo desde o primeiro instante, com Kléber a fazer tudo bem, mas permitindo a defesa de Vagner, com os pés e por instinto, quando se voltava para o avançado brasileiro, depois de acompanhar o cruzamento de Alvaro, do lado oposto, à esquerda.
O golo passava, definitivamente, a ser apenas uma questão de tempo, resolvida aos 65 minutos, por um remate colocado de Varela, logo depois do trabalho individual que a solicitação de Alvaro merecia. Tudo se simplificava, mas pouco ou nada mudava, além do resultado e da crescente influência do defesa uruguaio nos movimentos de ataque.
James e Iturbe inflacionaram a lista de oportunidades, mas sem efeito prático, numa altura em que o Estoril procurava entrar no jogo. Mas era já demasiado tarde para tentar aquilo a que se recusara até então. O FC Porto, que horas antes beneficiara da vitória do Paços de Ferreira sobre o Setúbal, assumia o comando isolado da Grupo D e ficava a um empate das meias-finais da Taça da Liga.
FICHA DE JOGO
FC Porto-Estoril, 1-0
Taça da Liga, Grupo D, segunda jornada
18 de Janeiro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 15.819 espectadores
Árbitro: André Gralha (Santarém)
Árbitros assistentes: Bruno Silva e Pedro Neves
Quarto árbitro: Rui Patrício
FC PORTO: Bracali; Maicon, Otamendi, Mangala e Alvaro; Souza, João Moutinho (cap.) e Defour; Varela, Kléber e James
Substituições: Souza por Rodríguez (66), James por Belluschi (73), Defour por Iturbe (78)
Não utilizados: Kadu, Fernando, Tiago Ferreira e Vion
Treinador: Vítor Pereira
ESTORIL: Vagner (cap.); Moreno, Bruno Nascimento, Steven Vitória e Tinoco; Erick, Bruno di Paula e Diogo Amado; Moreira, Carlos Eduardo e Gerso
Substituições: Bruno di Paula por Licá (60), Tino por Anderson Luís (67), Carlos Eduardo por Adilson (74)
Não utilizados: Mário Matos, Rodrigo Dantas, Gonçalo e Alexandre Hauw
Treinador: Fabiano Soares
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Varela (65)
Cartão amarelo: Moreno (36), Otamendi (54), Diogo Amado (61), Tinoco (62), Souza (63), Adilson (76) e Gerso (86)» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futfcpestorilcro_180112_66324.asp
(Resumo de um jogo com pouca história...)
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