24/01/12

Ambiente e Ecologia - Um trabalho de investigação revela se a tendência de arrefecimento da estratosfera não se alterar, é de prever que o buraco de dimensão recorde na camada de ozono no Polo Norte que se observou devido ao inverno estratosférico excecionalmente frio de 2010/11 repetir-se-á, podendo inclusive agravar-se!




«Estudo: Buraco de 2011 da camada de ozono no Ártico voltará a ocorrer


Um trabalho de investigação revela se a tendência de arrefecimento da estratosfera não se alterar, é de prever que o buraco de dimensão recorde na camada de ozono no Polo Norte que se observou devido ao inverno estratosférico excecionalmente frio de 2010/11 repetir-se-á, podendo inclusive agravar-se.


Registos obtidos ao longo dos últimos 30 anos revelam que a temperatura estratosférica no Ártico tem vindo a diminuir a um ritmo de 1 grau centígrado por década. Agora um estudo levado a cabo por cientistas alemães e publicado na revista Geophysical Research Letters revela que se esta tendência se mantiver, o buraco no Inverno de 2011 na camada de ozono no Polo Norte repetir-se-á, podendo inclusive piorar.


O trabalho de investigação levado a cabo por cientistas alemães analisou os mecanismos que estiveram na origem da formação do buraco na camada de ozono do Ártico, que atingiu um tamanho recorde – semelhante ao existente sobre a Antártida - em 2011.


Sob temperaturas inferiores a -78 graus centígrados os CFC que ainda persistem na estratosfera sofrem uma transformação resultando em produtos que danificam a camada de ozono. O buraco em 2011 atingiu uma dimensão inédita devido ao inverno estratosférico excecionalmente frio que se fez sentir então naquela região.


Os investigadores do Kit Institute of Meteorology and Climate Research (IMK) recorreram ao satélite ENVISAT para medir a composição atual da atmosfera e modelaram as consequências para a camada de ozono da continuação de um arrefecimento progressivo.


Os resultados indicam que se a tendência de arrefecimento da estratosfera não se alterar, é de prever a nova ocorrência de um buraco no ozono do Ártico. Mais ainda, os autores do estudo calcularam que “uma diminuição de apenas 1 grau centígrado é suficiente para causar a quase completa destruição da camada de ozono nalgumas áreas”.


Bjorn-Martin Sinnhuber, coautor do artigo, avança ainda que o buraco da camada de ozono será influenciado também pelas Alterações Climáticas, uma vez que o aumento dos gases com efeito de estufa provoca um aumento da temperatura à superfície da Terra mas origina simultaneamente um arrefecimento em camadas superiores, como é o caso da estratosfera.


Referindo-se aos CFC, o investigador afirma “O futuro arrefecimento da estratosfera vai intensificar e aumentar os impactos destas substâncias na camada de ozono”.


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Fonte: www.kit.edu» in http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Estudo-Buraco-de-2011-da-camada-de-ozono-no-artico-voltara-a-ocorrer?bl=1


(Buraco do ozono sobre o Ártico atinge novo máximo)

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