«Museu do Douro: viagem pela região demarcada mais antiga do mundo
Sabe o que é uma croça ou uma enchideira? Conhece a obra de Joaquim Lopes? Já experimentou vinho do Porto branco? As respostas para estas perguntas podem ser encontradas no Museu do Douro, em Peso da Régua.
O Museu propõe ao visitante descobrir a história, a paisagem e as personalidades da região demarcada mais antiga do mundo e património mundial da humanidade desde 2001.
É no edifício da Fundação Museu do Douro que começa a visita e a própria construção remonta aos tempos em que o Marquês de Pombal delimitou a primeira região produtora de vinho a nível mundial.
A antiga sede da Real Companhia Velha mantém o porte de uma quinta vinícola e a modernidade de um museu aberto há menos de dois anos. Aí é possível conferir exposições temporárias, conviver num bar dedicado ao vinho (Wine Bar), ir ao restaurante e comprar uma lembrança na loja.
Actualmente, a galeria principal acolhe os quadros de Joaquim Lopes, pintor que retratou as paisagens e costumes do Vale do Douro nas décadas de 30 e 40, além da 5ª Bienal de Gravuras.
Numa sala exterior ao edifício, com entrada livre, há ainda uma exposição dedicada ao artista catalão António Tàpies. O espaço ao ar livre conta com uma esplanada. Aí também é possível apreciar as marcas das cheias do rio Douro, que hoje em dia já não sobe os muros do Museu.
Por dentro do Douro
Para visitar a exposição permanente do Museu do Douro, desce-se a rua da sede, atravessa-se outra e chega-se ao Solar do Vinho do Porto. O cheiro a vinho não passa despercebido uma vez que se trata de um antigo armazém convertido em sala para exposições.
Mais tarde, descobre-se que o inevitável aroma vem do balseiro, uma pipa de grandes dimensões que guardava o vinho. Mas antes disso, fica-se a saber que o homem escolheu o Vale do Douro para viver há muitos séculos, desde à pré-história.
A prova está nas pinturas rupestres do Vale do Côa, que também faz parte da região. As uvas começaram a ser cultivadas pelos romanos e durante a Idade Média os monges de Cister melhoraram os métodos e a produção de vinho.
Já na altura da primeira demarcação, instituída por Marquês de Pombal, é possível observar um marco pombalino, pedra usada para demarcar as regiões vinícolas. A viagem continua por montes de xisto transformados em videiras.
Há ainda tempo para descobrir as principais doenças que atingem a uva e os seus tratamentos; o processo de fabrico e engarrafamento do vinho. As diferentes cores e texturas do vinho do Porto e, ainda, as primeiras campanhas de publicidade sobre o “néctar” que, diziam, podia curar doenças e “prolongar a vida”» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1093319.html
Visita guiada ao Museu do Douro, na belíssima Cidade da Régua!
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