«Pensamento/Reflexão
A Mentira é a Base da Civilização Moderna
Teixeira de Pascoaes, in "A Saudade e o Saudosismo"
Data: 2007/07/29 23:00
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1. Civilização
2. Mentira
É na faculdade de mentir, que caracteriza a maior parte dos homens actuais, que se baseia a civilização moderna. Ela firma-se, como tão claramente demonstrou Nordau, na mentira religiosa, na mentira política, na mentira económica, na mentira matrimonial, etc... A mentira formou este ser, único em todo o Universo: o homem antipático.
Actualmente, a mentira chama-se utilitarismo, ordem social, senso prático; disfarçou-se nestes nomes, julgando assim passar incógnita. A máscara deu-lhe prestígio, tornando-a misteriosa, e portanto, respeitada. De forma que a mentira, como ordem social, pode praticar impunemente, todos os assassinatos; como utilitarismo, todos os roubos; como senso prático, todas as tolices e loucuras. A mentira reina sobre o mundo! Quase todos os homens são súbditos desta omnipotente Majestade. Derrubá-la do trono; arrancar-lhe das mãos o ceptro ensaguentado, é a obra bendita que o Povo, virgem de corpo e alma, vai realizando dia a dia, sob a direcção dos grandes mestres de obras, que se chamam Jesus, Buda, Pascal, Spartacus, Voltaire, Rousseau, Hugo, Zola, Tolstoi, Reclus, Bakounine, etc. etc. ...
E os operários que têm trabalhado na obra da Justiça e do Bem, foram os párias da Índia, os escravos de Roma, os miseráveis do bairro de Santo António, os Gavroches, e os moujiks da Rússia nos tempos de hoje. Porque é que só a gente sincera, inculta e bárbara sabe realizar a obra que o génio anuncia? Que intimidade existirá entre Jesus e os rudes pescadores da Galileia? Entre S. Paulo e os escravos de Roma? Entre Danton e os famintos do bairro de Santo António? Entre os párias e Buda? Entre Tolstoi e os selvagens moujiks? A enxada será irmã da pena? A fome de pão paracer-se-à com a fome de luz?...
Teixeira de Pascoaes, in "A Saudade e o Saudosismo"
Data: 2007/07/29 23:00
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2. Mentira
hELDER, aMIGO,
ResponderEliminarSatã, o invejoso de Deus, sabêmo-lo, é o pai da mentira, e este nosso tempo é o tempo que lhe resta antes de triunfar a verdade da caridade, ou seja Jezu, e Miriam!
Que a pena é é irmã da enxada, como anteviu Pascoaes eterno, é facto, amigo.
Pois para amenizar este contexto te conto anedota (se já consabida tua me perdoarás.
Anedota que me contou trabalhador de obras em casa mãe de Cem Soldos...
Gato seu se chamava Crise.
Ele o chamava «bch bch Crise...» E ele vinha a dono amigo.
Pois hoje de tanta vez o bichano ouvir por tv por rádio por bla bla de conversa «crise... crise... crise...» se tornou indiferente ao chamado do dono amigo.
Mas que há QUE ARMAR-SE UM DAS ARMAS DA VERDADE ESSA É A LIÇÃO VIVIDA QUE A FILOSOFIA HOJE NOS DÁ QUE MAIS NÃO SEJA PARA DIZER UM CLARO ROTUNDO NÃO À iNFÂMIA!
Abração, Homem, abração, Helder, do tamanho de Amar-ante e da alma do seu nosso Poeta!
Caro Amigo Ângelo Ôchoa:
ResponderEliminarEssa Anedota do Gato tem muito de Filosofia!
Abraço, Amigo, Poeta, Ângelo Ôchoa,
Helder Barros