25/11/09

Celorico de Basto: Hoje e Amanhã é a Feira Anual de Santa Catarina nesta Bela Vila de Basto!

«Feira de Santa Catarina

A Feira Anual de Santa Catarina realiza-se nos dias 25 e 26 de Novembro na Vila de Celorico de Basto.
Santa Catarina de Alexandria (festa em 25 de Novembro), nasceu e viveu na Alexandria no início do século IV.
As feiras e romarias tiveram desde os tempos mais remotos grande importância económico-mercantil na comunidade local.
Como refere a obra “Descripção de Basto” «em 1343 creio que já alli era a Vila, (do Castello de Celorico de Basto) porque alli se faziam umas grandes feiras annuaes, que principiavam no ultimo de Janeiro, de que fallão as inquirições de el-rei D. Affonso IV, e é de presumir que fosse então a cabeça do concelho.» e prossegue «Creio, porém, que primeiramente a cabeça do concelho e Villa de Basto era no logar que actualmente se chama Chello, porque o nome, com pequena alteração, é da antiga cidade que já disse havia em Celorico, e também porque alli ha um sitio chamado a Feira, aonde parece que tiveram assento primeiro as feiras do castello, acima ditas, o que indica ter sido cabeça do concelho
A grande Feira Anual de Santa Catarina (Feira Franca de Gado) durante décadas teve grandes concursos pecuários subsidiados pelo Grémio de Lavoura e Câmara Municipal, sendo o dia 25 dedicado ao gado bovino de raça barrosã e maronesa, enquanto o dia 26 era destinado ao gado suíno, sem distinção de raças mas com as secções de varrascos, porcas criadeiras, porcos ou porcas de quatro meses a um ano de idade e porcos gordos.
No largo da feira (onde foi construído o edifício do Palácio da Justiça) foi instalada, em 1955, uma magnifica balança para pesagem do gado.
Dia de feira ou de romaria era, e ainda é, dia de convívio à volta de um copo de vinho verde acompanhado pelas sardinhas grandes a pingar na b’roa de milho.
Não há feira rural, em especial feira de gado, sem o seu lado festivo. Em dia de feira compra-se, vende-se e sabem-se novidades.
A feira anual continua a ser o ponto de encontro por excelência da comunidade.
As colheitas estão feitas, começa a pensar-se no novo ano agrícola, interessa comprar e vender sim, mas também apreciar, comparar, aprender e ensinar nesse grande mostruário que é a feira.
Nos últimos anos o concurso pecuário, das raças frísia, galega, barrosã e maronesa, só para criadores do concelho, realiza-se durante a manhã do dia 26 de Novembro.
Marcam sempre presença as roulotes das farturas, a pista dos carrinhos eléctricos, os carrosséis, tendas e estendais de bugigangas, de tudo se pode comprar nesta feira que actualmente decorre na zona envolvente ao Mercado Municipal.

A Vila, neste momento,
Apresenta um ar festivo,

O seu ambiente é atractivo,

Aumenta o seu movimento;

Pela sua Feira Grande
Que anualmente aqui faz.
- E que vantagens lhe traz,
seu nome mais longe expande.

Abre o curral, tira o gado,
Veste o fato domingueiro,
E ei-lo todo festeiro
Para o local destinado.
- P'ra, na feira, comparecer
Percorre longo percurso
Pois sabe que há um concurso
Por isso... vem concorrer.

Negócios... todos bem feitos;
os vendedores ambulantes
e os locais comerciantes
não s'tavam mal satisfeitos.
- Consta que uns tais «viajantes»
que tiram do bolso a massa
fizeram ali sua praça
sendo os melhores feirantes.

Por Evélio, in Notícias de Basto, 1954» in http://www.celoricodigital.blogspot.com/2006/11/feira-de-santa-catarina.html


«Santa Catarina de Genova – a santa do puro amor.

Santa Catarina de Genova foi uma santa dotada por Deus de excepcionais graças e foi classificada uma das maiores místicas.

Da sua experiência pessoal de purificação nasceu o seu brillante "tratado do purgatório". Foi determinante o seu influxo na vida eclesial do seu tempo, com o movimento do divino amor inspirado por ela, sobre a espiritualidade moderna através da escola francesa dos séculos XVI-XVII que trouxe muita admiração por ela. Morreu consumada pelo fogo devorante do amor na madrugada do dia 15 de setembro de 1510. Foi canonizada no ano 1737 pelo Papa Clemente XII. Pio, no ano 1943, a proclamou "Padroeira dos hospitais italianos".

Aos 12 anos teve a primiera visão do amor de Deus, na qual Jesus dividiu com ela alguns sofrimentos da sua Santa Paixão. Aos 13 anos decediu abraçar a vida religiosa no convento das irmãs de Nossa Senhora das Graças, onde sua irmã Limbania era já uma religiosa. Falou com o diretor da Ordem, mas não aceitavam meninas muito jovens na congregação. Isto causou uma forte ferida no coração de Catarina, mas não perdeu a sua fé no Senhor.

Aos 16 anos se casou com Juliano Adomo; matrimonio não por amor, mas por opportunismo político a qual foi submissa. Os primeiros anos foram tristes e desolados devido ao caráter difícil do marido. Catarina conseguiu superar a crise, depois da visão de Cristo que espalhava sangue e daquele momento ela se dedicou ao exercício da caridade.

Depois, o Nosso Senhor durante uma outra aparição, fez reclinar a cabeça de Catarina no seu peito, dando-lhe a graça de poder ver tudo através dos seus olhos e sentimento através do Seu coração traspassado.

Sempre demonstrou grande reverência e amor pela Eucaristia. Durante a celebração da Santa Missa, o seu espírito permaneceu sempre recolhido, sobretudo recebendo a sagrada comunhão, muitas vezes lhe aconteceu de cair em êxtase e chorando orava Deus de perdoar os seus pecados.

A penitência que Catarina praticou era muito forte, tão forte que o nosso Senhor em uma ocasião lhe ordenou que cessasse de praticar estas mortificações e penitência tão severas e a isto, ela obdeceu.

Catarina morreu no dia 14 de setembro de 1507, dia da Exaltação da Cruz. O seu corpo foi sepultado no hospital onde serviu por mais de 40 anos. Alguns anos mais tarde, foi aberta a sua sepultura, os seus vestidos não apresentavam sinais de decomposição, o seu corpo era intacto, igual ao dia em que foi sepultada.

Jesus revela a Santa Catarina de Genova, o Purgatório e o Inferno.

Através do Divino fogo com a qual foi purificada na vida mortal, ela pode entender o estado das almas do Purgatório. Jesus lhe disse: "A alma é como ouro, deve ser purificada no fogo".

Revelou a ela que como o sol não pode penetrar em uma superfície coberta, assim e ao mesmo modo, também a chama do seu amor não pode penetrar nas almas que blocam o resistem a receber o seu Amor Purficador, porque Ele respeita a liberdade dos homens.

A alma que não deseja ser purificada na vida terrena e não encontra prazer na purificação, deverà sofrer uma purificação mais forte no Purgatório. Porque aqui na terra encontra complacência e consolação no Senhor.

As chamas com as quais a alma é purificada aqui na terra, são as chamas do amor divino, no Purgatório as chamas que queimam e purificam todos os nossos pecados não são chamas do amor divino por isto causam dor, angústia: não existe compaixão. E mesmo que o nosso amor pelo Senhor cresce, não tira nem diminui o tormento que se sente, mesmo quando se percebe os raios do Amor de Deus.» in http://digilander.libero.it/monast/purga/porto/caterina.htm



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