21/10/08

Política Nacional - Diz a OCDE que em Portugal Reina a Injustiça!

«Crescimento e desigualdades: Portugal está entre os países mais injustos da OCDE - relatório

Lisboa, 21 Out (Lusa) - Portugal é um dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos dos cidadãos, ao lado dos Estados Unidos e apenas atrás da Turquia e México.

No seu relatório "Crescimento e Desigualdades", hoje divulgado, a OCDE afirma que o fosso entre ricos e pobres aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos, à excepção da Espanha, França e Irlanda, e traduziram-se num aumento da pobreza infantil.
Os autores do estudo colocam a Dinamarca e a Suécia à frente dos países mais justos, com um coeficiente de 0,32, e o México no topo da tabela dos mais injustos (0,47), seguido da Turquia (0,42) e de Portugal e dos Estados Unidos (ambos com 0,23).

"Em três quartos dos 30 países da OCDE, as desigualdades de rendimentos e o número de pobres aumentaram durante as duas últimas décadas" - lê-se no relatório.

Todavia, alguns países registaram melhores resultados do que outros: desde 2000, por exemplo, o fosso entre ricos e pobres aumentou sensivelmente no Canadá, Alemanha, Noruega, Estados Unidos, Itália e Finlândia, mas diminuiu no México, Grécia, Austrália e Reino Unido.

Nos países onde as diferenças sociais são mais importantes, o risco de pobreza é maior e a mobilidade social mais baixa, segundo a organização.
"As famílias ricas melhoraram muito a situação" em relação às mais pobres e, por outro lado, "o risco de pobreza deslocou-se das pessoas idosas para as crianças e os jovens adultos".
A OCDE define como situação de pobreza quando os rendimentos são inferiores a 50 por cento da média de cada país.
A pobreza das crianças, que aumentou nos últimos 20 anos, "situa-se hoje acima da média geral" e "deveria chamar a atenção dos poderes públicos", sublinha a OCDE.

"A Alemanha, a República Checa, o Canadá e a Nova Zelândia são os países onde a pobreza das crianças mais aumentou", segundo um dos principais autores do estudo, Michael Foerster.

Em contrapartida, a faixa etária entre 55 e 75 anos "viu os seus rendimentos aumentar mais nos últimos 20 anos", sendo a pobreza entre os pensionistas actualmente inferior à média do conjunto da população da OCDE.

A organização pede aos países membros para "fazerem muito mais" para que as pessoas trabalhem mais, em vez de viverem na dependência das prestações sociais, sendo que a taxa de pobreza das famílias sem emprego é quase seis vezes superior à das famílias activas.
Mas embora o trabalho seja "um meio muito eficaz para lutar contra a pobreza", não chega para a evitar: "mais de metade dos pobres pertencem a famílias que recebem fracos rendimentos de actividade".

A OCDE encoraja a implementação de medidas preventivas, nomeadamente a promoção do acesso a um trabalho remunerado.

"Ajudar as pessoas a inserirem-se no emprego e a converterem-se em cidadãos autónomos tem um papel preventivo que evita o agravamento das desigualdades", considera.

De facto, a organização assinala ser nos países com maiores taxas de emprego que o número de pobres é menor.

"O que importa não é a igualdade das situações, mas a igualdade das oportunidades", afirma-se no relatório, que preconiza também esforços em matéria de educação e saúde para reduzir as disparidades. CM. Lusa/Fim» in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/eb602c8a8533f6cb1ebee8.html
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Bem pode pregar o Anunciador, mas a realidade, essa é nua e crua...


4 comentários:

  1. Isto com os últimos 10 anos socialistas e os últimos 3 anos sociais-democratas... Se isto é é português... eu quero ser espanhol... ja noutro contexto almada negreiros vociferava em anos salazarentos. mas a verdade só doi a quem mente e a verdade nua e crua a vir ao de cima como o azeite a flor de agua acabará por desmanchar esta torre de cartas montada por uma carbonaria politica q ja vem desde o cinco de outubro... nao sou nem monarquico nem republicano admiro a democracia como sistema avançado deste nosso ocidente «cristao» mas amigo qd o vejo postar o engenheiro primeiro jose socrates travestido de salazar temo-me do q digo... num registo outro e se ouviu e viu lembra m f l ontem na tvi disse ter feito A CONTA do orçamento e ouviu bem tb 5km a menos das projectadas auto estradas paroquiais dava para corrigir dislates muitos em q caem na eternizaçao do empobrecimento das «pequenas e médias empresas» -- ao ler da ocde q os pobres sao os mais jovens formados e etc etc com »ordenados« (puro eufemismo em certos casos abaixo de... e etc etc eu lembro q sem alinhar em catastrofismos pois sou homem de esperança nossos filhos q terão quem sabe de vender a um a um nossos preciosos livrinhos onde aprendemos e interiorizamos um humanismo a toda a prova... a nua verdade nua isso sim precisamos e a não pomposos anuncios de buracos a tapar aqui e ali quando alertam o senhor primeiro de q a calçada afunda. verdade falem-nos verdade e digam-nos hoje e amnhã em qt importam aS oBRAS e quem cabe o preço da factura. a assim continuarmos iremos ficando cada vez mais adiados... para nao dizer desaparecendo da nossa dignidade colectiva de país povo naçao politivcamente e civicamente e cristamente falando -- alerte-nos sempre para o fosso do portugal +profundo amigo!

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  2. Subscrevo na plenitude, tudo o que o Meu Amigo, Poeta, Ôchoa refere de forma muito pertinente e acertada!
    Bem haja, Amigo!

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  3. E eu subscrevo também.
    País miserável!

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  4. Esramos numa miséria económica, social, moral e ética!

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