«Cavaco Silva visita vacaria de Mancelos que apostou na robotização
ANTÓNIO ORLANDO
ANTÓNIO ORLANDO
Quando esta manhã, o presidente da República chegar a Amarante, no arranque do roteiro dedicado à juventude, Cavaco Silva vai dar de caras com um robô de ordenha que tem sido fonte de autenticas "excursões" de produtores de leite e curiosos a esta exploração agrícola - Agromancelos - localizada numa quinta localizada na freguesia de Mancelos.
É o primeiro dos bons exemplos de empreendedorismo dos jovens que o chefe de Estado quer dar a conhecer ao País. "É uma visita que registo com agrado de alguém interessado em dar a conhecer o mundo rural", explicou ao JN, José António Teixeira, empresário de 37 anos, que em parceria com a mulher, Maria Manuela, de 34 , gere a Agromancelos.
Em Amarante, o presidente vai ver "in loco", a estrela da quinta, que é uma espécie de F1 da ordenha: dois robôs de ordenha que dispensam a intervenção humana direta, que possibilitou um aumento de produtividade entre os 10 e os 15%, e faz com que a carga de trabalho humano diminua dez horas/dia; os dados são relativos ao uso de apenas uma máquina, corria o ano de 2006, data em que arrancou o projeto. Actualmente a exploração agrícola José Teixeira e mulher, conta já com uma segunda máquina. Cada uma custa cerca de 150 mil euros. Para o financiamento do projeto, o casal contou apenas com um empréstimo bancário e com a ajuda dos pais de José Teixeira. A máquina identifica a vacas, através de um chip que cada uma tem colocado, lava as tetas, retira o leite e analisa-o teta a teta; mede, também, a quantidade do leite extraído e, uma das maiores vantagens em relação à ordenha mecânica tradicional, é que não permite a "sobre-ordenha", fonte de inúmeras infeções nos animais. A máquina está ligada a um computador central que gere toda informação informado o explorador, via telemóvel, acerca de qualquer anomalia que possa ocorrer.
José Teixeira aponta ainda a vantagem de os animais terem uma vida "útil" mais duradoira: "As vacas têm um intervalo mínimo de ordenha de seis horas e meia, se a vaca passar novamente na máquina após seis horas e 29 minutos, o robô não deixa. Há um limite de três ordenhas diárias para cada animal, que em termos físicos se repercute positivamente na vaca".» in http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Amarante&Option=Interior&content_id=1021428
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Fico muito contente por ser um jovem casal de Amarante a estar na vanguarda no uso da ordenha mecânica em Portugal. Num sector tão abandonado pelos nossos governantes, como é a agricultura em Portugal, teve que ser a iniciativa privada a dar o exemplo. Claro que é uma exceção que confirma a regra, porque o clima não é para os jovens portugueses apostarem na Agricultura; aliás, incentivos neste país para criar investimento jovem, se existem partem dos Fundos Comunitários, nada mais. Senão vejamos, este jovem casal arrojado e corajoso investiu em duas máquinas de ordenha automática e mecânica, cujo preço rondou os
150 mil euros cada. Pelos vistos, terão que construir uma ETAR supereficiente, o que se compreenderia se o Município de Amarante, tal como a maioria dessem o exemplo. A ETAR de Amarante é manifestamente incipiente, não dando vazão à rede de saneamento existente. Isso é bem visível nas águas a jusante com excesso de matéria orgânica e no cheiro nauseabundo emanado da mesma. Mas voltando á vacaria, fiquei muito contente que tivesse o privilégio da visita do Excelentíssimo Presidente da República, que ao menos não anda em campanha eleitoral com fundos públicos, como outros, nem passa a vida a anunciar investimentos para o futuro! E depois foi em Mancelos, a terra da minha mãe, da minha avó, de muitos primos, deixou-me orgulhoso! Viva Mancelos!
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