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07/02/18

F.C. do Porto História - Começou tudo a 4 de junho de 1922, na Constituição e na primeira mão da final do Campeonato de Portugal.



«PINGA, CASILLAS E SOARES NUMA HISTÓRIA COM 96 ANOS

FC Porto e Sporting reencontram-se esta quarta-feira (20h15) no Estádio do Dragão, agora para a Taça de Portugal.

Depois de Alvalade e Braga, o clássico chega esta noite (20h15) ao Dragão. É o terceiro de cinco entre FC Porto e Sporting num frente a frente que toca três competições, que ainda não produziu qualquer golo e que atinge agora as meias-finais da Taça de Portugal. As duas equipas encontraram-se recentemente, há duas semanas bem medidas, mas o histórico de confrontos, marcado pelo equilíbrio estatístico, tem quase 96 anos e até o registo de várias goleadas das antigas. Literalmente.

Em 227 jogos, FC Porto e Sporting festejaram 81 vitórias cada. No último empate, o 65.º, os azuis e brancos perderam o acesso à final da Taça da Liga no desempate através da transformação de pontapés da marca de grande penalidade.

Começou tudo a 4 de junho de 1922, na Constituição e na primeira mão da final do Campeonato de Portugal. Emílio Ramos marcou primeiro para o Sporting, mas Tavares Bastos bisou e deu a volta ao resultado. Na segunda mão, no Campo Grande, o Sporting venceu com golos de Portela e Ramos, desfecho que impôs a realização de uma finalíssima no Bessa, onde Balbino, João Nunes e João Brito deram ao FC Porto a vitória na primeira edição do Campeonato de Portugal.

A maior goleada imposta pelo FC Porto ao Sporting está quase a completar 82 anos. Um póquer de Carlos Nunes e um “hat-trick” de Pinga estiveram na base de uma vitória expressiva por 10-1, no Campo do Ameal. Na época seguinte, a de 1936/37, foi a vez de Manuel Soeiro fazer quatro golos e selar a vitória do Sporting por 9-1, no Campo Grande.

Com 14 golos, Artur de Sousa “Pinga”, a primeira grande lenda do FC Porto, é o jogador dos Dragões que mais vezes marcou ao Sporting. Fez o primeiro aos 23 anos, o último aos 34 e conseguiu dois “hat-tricks” em 31 jogos. No atual plantel portista, Tiquinho Soares distingue-se como o melhor marcador tendo o Sporting como adversário: fez três golos, sendo que um deles foi apontado com a camisola do Vitória de Guimarães.

O FC Porto leva ligeira vantagem nos 37 jogos da Taça de Portugal em que defrontou o Sporting: venceu 13, empatou 12 e perdeu outros 12. A diferença torna-se mais expressiva quando o comparativo se resume aos encontros que disputou em casa: aí, ganhou 10, empatou 2 e perdeu 5.

Se jogar hoje, conforme se espera, depois de ter assumido a baliza portista na Taça de Portugal, Iker Casillas completará 100 jogos com a camisola do FC Porto. Ainda assim, será apenas o quarto na competição, o correspondente ao percurso dos Dragões na atual edição da prova até ao momento.

Sérgio Conceição não espera “um Sporting mais ou menos fragilizado” em função da derrota no Estoril e conta manter “a mesma superioridade” revelada nos dois jogos anteriores, contando agora que disso possa decorrer “um resultado positivo”. Disse-o esta terça-feira, na conferência de imprensa​ em que assumiu a inclusão de Soares na lista de convocados e os impedimentos, por lesão, de Danilo, Marcano e André André.

O FC Porto-Sporting, da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, tem início às 20h15 desta quarta-feira (Sport TV), será antecipado pelo Porto Canal a partir das 18h30, acompanhado no Facebook e seguido em tempo real no Twitter e na app oficial do FC Porto. No fim, far-se-á a análise da partida no Porto Canal e em www.fcporto.pt, com a crónica e as declarações do treinador e de outros intervenientes.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/lancamento_fcporto_sporting_tacadeportugal.aspx

12/01/18

F.C. do Porto História - O F.C. do Porto foi o primeiro clube a conquistar os três troféus internacionais acessíveis a uma equipa europeia no mesmo ciclo: Taça dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões (frente ao Bayern Munique), Taça Intercontinental (derrotando os uruguaios do Peñarol) e a referida Supertaça.



«HÁ 30 ANOS, COMPLETAVA-SE O PRIMEIRO TRIPLETE INTERNACIONAL

Conquista da Supertaça Europeia fechou um ciclo perfeito. Só mais seis clubes o conseguiram repetir desde então.

Há exatamente 30 anos, a 13 de janeiro de 1988, o Estádio das Antas recebia a sua única final europeia, no caso a segunda mão da Supertaça, frente ao Ajax. O golo de António Sousa valeu uma vitória por 1-0, uma repetição do resultado de Amesterdão (pode ver o resumo dos dois jogos em baixo) que permitiu ao FC Porto ser o primeiro clube a conquistar os três troféus internacionais acessíveis a uma equipa europeia no mesmo ciclo: Taça dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões (frente ao Bayern Munique), Taça Intercontinental (derrotando os uruguaios do Peñarol) e a referida Supertaça.

O feito só foi entretanto repetido por seis equipas, sendo que incluímos nestas contas a Taça Intercontinental e a competição sucessora, o Mundial de Clubes: AC Milan (1988/89, 1989/90 e 2006/07), Ajax (1994/95), Juventus (1995/96), FC Barcelona (2008/09, 2010/11 e 2014/15), Bayern Munique (2012/13) e Real Madrid (2001/02, 2013/14, 2015/16 e 2016/17). Um lote verdadeiramente extraordinário de clubes, que prova o tamanho do feito da nossa equipa em 1987 e 1988 – aliás, o FC Porto é o único clube português a ter a Supertaça Europeia no palmarés.

“Só passado uns anos nos apercebemos disso. Éramos mais jovens, não encarávamos as coisas de uma forma tão apaixonada. É um lote restrito de grandes equipas em que se encaixa perfeitamente bem o FC Porto, porque criou alicerces enormes para lá chegar. Felizmente isso foi conseguido e hoje consolidou-se o nome do FC Porto”, afirmou ao www.fcporto.pt e Porto Canal o marcador do golo da partida das Antas.

António Sousa é um dos seis jogadores que disputou os quatro jogos que valeram aos Dragões estes três títulos, sendo os outros Mlynarczyk, Inácio, Jaime Magalhães, André e João Pinto. O eterno camisola dois revela orgulho por “pertencer a uma geração” que conseguiu estes três troféus e falou de um “plantel de luxo”, preparado já “antes de 1984”, quando o FC Porto perdeu a final da Taça das Taças frente à Juventus – muitos observadores consideram que nasceu aí o Dragão europeu. Os dois grandes mentores são igualmente identificados: José Maria Pedroto e Jorge Nuno Pinto da Costa.

“O primeiro objetivo foi passar a Ponte D. Luís sem problema nenhum e depois disso o FC Porto olhou além-fronteiras e conseguiu essas conquistas. Acima de tudo tínhamos um grande plantel, ao qual três meses antes faltaram dois ou três jogadores importantes e ainda assim conseguimos ganhar ao Bayern. Na Supertaça faltou um dos pilares da época anterior, o Futre, e mesmo assim batemos uma equipa com grandes resultados a nível europeu, o Ajax, orientada por um dos melhores treinadores da história do futebol, o Cruyff, que punha as equipas a jogar de forma excelente”, resumiu João Pinto.

António André recorda-se que, no final do jogo, tomou conhecimento de que o triplete era um feito único. “O que me enche de alegria é eu ter estado nestes grandes eventos e ter sido totalista absoluto. Isso enche-me de alegria por aquilo que dei ao FC Porto. É uma honra estar na elite do futebol mundial e europeu”, sublinha.

O encontro entre FC Porto e Ajax é projetado este sábado no Auditório Fernando Sardoeira Pinto do Museu, às 11h00, 15h00 e 17h00. A entrada é livre, sujeita à lotação da sala.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/futebol-supertaca-europeia-ha-30-anos-completava-se-o-primeiro-triplete-internacional.aspx


(FC Porto 1-0 Ajax - Supertaça Europeia Final 1987)

01/12/17

F.C. do Porto História - Consultando os arquivos, chegámos à terceira jornada (3 de fevereiro de 1935) e encontrámos o jogo em questão: um FC Porto-Benfica, disputado no Estádio do Lima, que os Dragões venceram por 2-1.



«PRIMEIRO CLÁSSICO NA LIGA FOI HÁ 82 ANOS

Jogo foi com o Benfica, no Estádio da Lima, e saiu vencedor o FC Porto.

Qual foi o primeiro clássico a que assistimos nas nossas vidas? Muitos de nós terão a resposta na ponta da língua e lembrar-se-ão de onde estavam no estádio e de quem marcou os golos. No lançamento do esgotado FC Porto-Benfica desta sexta-feira, fomos à procura do primeiro clássico na Liga, cuja edição inaugural, ainda com a designação de experimental, decorreu em 1934/35.

Consultando os arquivos, chegámos à terceira jornada (3 de fevereiro de 1935) e encontrámos o jogo em questão: um FC Porto-Benfica, disputado no Estádio do Lima, que os Dragões venceram por 2-1. Os golos foram de Lopes Carneiro (natural de Santa Maria da Feira, tal como Monteiro da Costa), aos 15 minutos, e de Pinga, aos 60, com Alfredo Valadas a marcar o único golo dos encarnados, aos 62 minutos.

Ao final desta terceira jornada, o FC Porto liderava a Liga, com cinco pontos, os mesmos do Belenenses, mas com melhor saldo de golos. Na ronda seguinte até perderia em Setúbal com o Vitória, descendo ao terceiro lugar, mas ganharia o primeiro título da prova, com 22 pontos, à frente do Sporting. Para tal muito contribuiu o trabalho do inovador e disciplinador treinador Joseph Szabo: além desta Liga, conquistou o Campeonato de Portugal (competição antecessora da Taça de Portugal) de 1931/32 e seis Campeonatos do Porto, nos seis anos em que comandou a equipa.

Mas voltemos ao jogo: a expectativa que o rodeava era grande, visto que na memória ainda estava a goleada que o FC Porto aplicara ao Benfica em maio de 1933: 8-0, para o Campeonato de Portugal. Quase dois anos depois, ainda sob o comando de Szabo, os portistas alinharam com Soares dos Reis, Avelino Martins, Jerónimo Pereira, Carlos Pereira, João Nova, Acácio Mesquita, Pinga, Carlos Nunes, Valdemar Mota, Álvaro e Lopes Carneiro, num tempo em que ainda não eram permitidas substituições.

As imagens que mostramos do encontro são da edição de 6 de fevereiro de 1935 da revista Stadium, que incluía ainda um comentário, de uma perspetiva bastante sulista. Há mesmo coisas que nunca mudam: basta dizer que a foto da capa era de um encontro do Sporting para se perceber a tendência da publicação.

A crónica divide a partida em duas partes: a primeira de “excelente futebol” do FC Porto; a segunda de “surpreendente domínio do Benfica”. “O Porto fez gala, nos 45 minutos iniciais, de uma rapidez executiva e espontaneidade de concepção esplêndidas. Nunes foi o grande homem da tarde, pelo Porto. Enquanto pôde, revelou uma habilidade, com domínio enorme de bola e desconcertante visão do perigo a provocar”, lê-se no texto. Não vivíamos um tempo de liberdade de expressão, bem pelo contrário, mas o cronista exerceu o seu direito à opinião sobre o árbitro, de forma lapidar: “O sr. Manuel Oliveira não tem estofo para tanta monta”.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/futebol-primeiro-classico-na-Liga-foi-ha-82-anos.aspx

26/12/16

F.C. do Porto História - Decisivo no segundo impulso de vida do FC Porto, em 1906, Jerónimo Monteiro da Costa também deixou marca na cidade.



«​O JARDINEIRO DO PORTO

Decisivo no segundo impulso de vida do FC Porto, em 1906, Jerónimo Monteiro da Costa também deixou marca na cidade.

​Por Paulo Horta/Museu FC Porto

Quando a cidade renasceu após a Revolução Liberal, no século XIX, a paisagem e o ordenamento do Porto sofreram significativas mudanças. Nas memórias do burgo, que se estendem a partir desses tempos, descobre-se Jerónimo Monteiro da Costa, a quem o FC Porto também ficou a dever o segundo impulso de vida, em 1906.

A história do clube não esqueceu este portista do período ligado à presidência de José Monteiro da Costa, no começo do século passado. Jerónimo era o pai de José e um proeminente jardinista e horticultor da cidade, chefe nos serviços municipais desta área a partir da década de 1890 e responsável pela implementação de vários espaços de referência do Porto. Ao conhecimento profundo da arte da jardinagem associou uma interpretação eficaz de tendências urbanísticas inglesas e francesas, descobrindo lá fora o que de bom podia e devia ser feito cá dentro.

Ao lado de outras grandes autoridades na matéria, nomeadamente Marques Loureiro, de quem foi sócio na Real Companhia Hortícola-Agrícola Portuense, Jerónimo Monteiro da Costa alimentou o orgulho portuense através de criações resistentes à evolução urbana. Imagina-se o Porto sem jardins como os da Praça Mouzinho de Albuquerque (rotunda da Boavista), Arca d’Água ou Infante D. Henrique? Fazem parte da ação de Jerónimo pela cidade, que se prolonga ao FC Porto, de uma forma aparentemente menos visível, mas sabe-se como pendem para o erróneo os julgamentos pelas aparências…

Lavrado em ata
Jerónimo Monteiro da Costa foi um interveniente direto no projeto de relançamento do FC Porto concretizado pelo filho. De agosto de 1906 até à primeira eleição de José como presidente do clube, a 9 de fevereiro de 1907, as decisões obedeciam à supervisão de uma Comissão Instaladora, liderada, precisamente, por Jerónimo Monteiro da Costa, conforme velhos compêndios da história portista e, com rigor, as atas primordiais de Direção e Assembleia Geral do início do século XX.

A relação e o entusiasmo de Jerónimo à volta do Foot-Ball Club do Porto descobrem-se nessas linhas de registo e de memórias, percebendo-se que houve no papel do pai de José Monteiro da Costa um caráter, no mínimo, regulador. Por outro lado, a importância social de Jerónimo – e da família – contribuiu para brasonar a iniciativa, aplicando-lhe um selo de garantia irrefutável e necessário à consolidação das ideias: estruturar o clube, equipá-lo com instalações próprias e inundá-lo de capital humano.

Da Comissão ao Conselho 
Os órgãos sociais do FC Porto eleitos a 9 de fevereiro de 1907 não incluíram Jerónimo Monteiro da Costa, mas a Assembleia Geral reunida nesse dia aprovou, unanimemente, um voto de louvor ao presidente da Comissão Instaladora, órgão que aí cessava funções.

Pela voz de Romualdo Torres, felicitou-se e prestou-se agradecimento a Jerónimo Monteiro da Costa pela “valiosa dedicação e relevantes serviços prestados a esta coletividade”, como membro da referida comissão, que também integrava António Martins, Cândido da Motta, Joaquim Pinto Rodrigues Freitas, José Monteiro da Costa e o italiano Cattulo Gadda, considerado o primeiro treinador de futebol da história do clube.

O nome de Jerónimo regressa com maior visibilidade um ano mais tarde, na eleição dos órgãos sociais do FC Porto para 1908-1910, integrando um Conselho Fiscal presidido por Eduardo Dumont Villares.

Virtudes e Companhia
O Campo da Rainha, o primeiro estádio da história do FC Porto, foi instalado em terrenos (viveiros de plantas) ocupados pela Real Companhia Hortícola-Agrícola Portuense, de que Jerónimo Monteiro da Costa era sócio. A empresa detinha também uma publicação especializada, o Jornal Hortícola-Agrícola, de grande difusão, na qual Jerónimo desempenhou funções de editor.

A Real Companhia Hortícola-Agrícola Portuense foi fundada por Marques Loureiro e sucedeu ao Horto das Virtudes. Com a implantação da República, no ano de 1910, viria a perder a designação régia. Jerónimo Monteiro da Costa esteve ligado à afirmação e primeira fase de expansão desta empresa portuense do século XIX. Jerónimo Monteiro da Costa era natural da freguesia de Tabuado, concelho de Marco de Canaveses. À data de nascimento do filho José, 24 de novembro de 1878, a família tinha residência na Rua da Restauração, no Porto.

A cidade do romântico
Conhecer a intervenção de Jerónimo Monteiro da Costa na paisagem da cidade é um convite à descoberta de encantos e memórias do Porto. Aos jardins de Arca d’Água, Praça Mouzinho de Albuquerque (rotunda da Boavista) ou Infante D. Henrique acrescentam-se outros pontos de referência de lazer e passeio que pertencem ao imaginário portuense, todos com marca da arte da jardinagem praticada por Jerónimo Monteiro da Costa: Praça da República, Praça Carlos Alberto e Jardim Carrilho Videira (Carregal).

A evolução urbana já fez desaparecer ou transformou outros espaços trabalhados pelo jardinista, como o jardim que envolvia a famosa fonte dos leões da Praça Gomes Teixeira, mas todo o legado remanescente é suficientemente rico e revelador da passagem do tempo em que a cidade se deleitava por estes lugares do romântico. Mas não é só no Porto que há trabalho de Jerónimo Monteiro da Costa para descobrir: o Parque de La Salette (Oliveira de Azeméis) ou o Parque das Termas da Curia, por exemplo, também levaram assinatura deste ilustre portista.

Texto publicado na rubrica “Os Imortais” da edição de novembro de 2016 da “Dragões”, a revista oficial do FC Porto que pode subscrever aqui.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/o_jardineiro_do_porto_revista_dragoes_novembro_2016.aspx


24/12/16

F.C. do Porto Atletas Internacionais - Cinco dos 55 jogadores que fazem parte do “Hall of Fame” do Museu FC Porto chegaram na quadra natalícia.



«CRAQUES NO SAPATINHO

Cinco dos 55 jogadores que fazem parte do “Hall of Fame” do Museu FC Porto chegaram na quadra natalícia. Saiba quem são.

Por Fernando Rola/Museu FC Porto

O Natal dos portistas, de vez em quando, põe no sapatinho uma prenda especial: um craque daqueles que deixam marcas eternas. Cinco deles fazem parte do grupo de 55 que compõem o Hall of Fame, que tem um espaço especial no Museu FC Porto. Ali se podem recordar fotos, vídeos, os dados de cada um desses craques, mas provavelmente passará despercebido que chegaram ao clube numa época especial do ano.

O primeiro foi Pinga. Estreou-se a 25 de Dezembro de 1930, dia em que, vindo do Funchal, aterrou na cidade do Porto, aqui se estabelecendo para todo o sempre. Foi, dizem ainda hoje os mais velhos, o melhor de sempre! Nem todos concordarão, até porque, no Natal de 1973, foi anunciada a chegada de Cubillas, que rivalizava com Pelé pelo título de melhor jogador sul-americano. Os portistas (e os adversários) comprovariam estar perante um talento único, que viria a transformar-se numa lenda do futebol mundial.

Uma dúzia de anos depois, no Natal de 1985, apresentou-se nas Antas o polaco Josef Mlynarczyk, referenciado como o guarda-redes capaz de dar dimensão internacional à baliza do FC Porto. E como deu... Foi campeão europeu e intercontinental e ainda venceu a Supertaça Europeia. Títulos que Drulovic, “prenda” do Natal de 1993, não conseguiu, mas, em contrapartida, assinou, com uma genialidade única, alguns dos melhores momentos da conquista do pentacampeonato, entre 1994 e 1999. Já McCarthy, chegado no Natal de 2001 para curta estadia e regressando em 2003, ajudou os adeptos a reviver os títulos internacionais, juntando a Taça Intercontinental à Liga dos Campeões. Há “prendas” que nunca se esquecem!

O primeiro fenómeno da Madeira
Esta coisa de oferecer prendas de Natal aos adeptos começou cedo no FC Porto, ainda nos primórdios das competições nacionais do futebol português. A primeira foi colocada no sapatinho no dia 25 de Dezembro de 1930: chamava-se Artur de Sousa, então já conhecido por Pinga. Rezam as crónicas que, vindo da Madeira, aterrou nessa quinta-feira de manhã no Aeroporto de Pedras Rubras e, à tarde, estreou-se com a camisola do FC Porto num particular natalício frente ao Salgueiros.

A estreia oficial haveria de tardar quase um ano, por força dos esforços da Associação de Futebol do Funchal para manter o craque no Marítimo contra a sua vontade, apelando à lei, que daria razão ao FC Porto. Pinga fez-se portista, derramou talento pelo país e pelo estrangeiro e alimentou o ego dos adeptos durante 15 temporadas consecutivas. Juntando as competições regionais às nacionais, efetuou mais de três centenas de jogos pelo FC Porto e marcou mais de 300 golos.

Estrela do universo
Quando surgiram os primeiros rumores de que o FC Porto estaria a negociar a contratação de Cubillas, foi fácil o desmentido, porque nem o mais crédulo dos adeptos sonhava sequer com a possibilidade de contratação de um jogador que brilhava entre a elite. Era prenda inacessível. Em 1972, fora considerado o melhor jogador sul-americano, relegando para segundo plano o “rei” Pelé.

Apesar da informação não estar acessível como nos dias de hoje, não havia quem, sendo adepto de futebol, não (re)conhecesse o talento do peruano Teófilo Cubillas, aparentemente demasiado para a dimensão do futebol português. Engano. No dia 10 de Janeiro de 1974, o craque chegou ao Porto para, durante três anos, maravilhar todos quanto gostavam de futebol, pela forma inigualável como tratava a bola, pelos espaços que inventava para assistir os companheiros, pelos muitos golos que assinou (muitos deles, obras de autor), apesar de não ser um avançado.

Guardião de talentos
A permanente atenção dos observadores do FC Porto descobriu no Bastia um guarda-redes com vontade de mudar de ares, se calhar acessível aos cofres do clube. Junte-se o facto de se tratar de um titular da seleção polaca e Artur Jorge procurar alguém capaz de discutir o lugar com Zé Beto. Assim chegou Josef Mlynarczyk (na foto) ao FC Porto, um dia depois do Natal de 1985. Prenda discreta, pensou-se no momento; escolha acertada, revelou-se no futuro. O polaco impôs não só a grandeza do seu tamanho como a dimensão do seu talento. Em 1987, foi guardião da final de Viena, intransponível nos dois confrontos da Supertaça Europeia e gigante na batalha gelada de Tóquio.

Artur Jorge, o técnico que se atreveu a ganhar pela primeira vez uma final europeia para o FC Porto, costumava dizer que as grandes equipas se constroem de trás para a frente. Pois bem, foi a partir de Mlynarczyk que começou a desenhar a grande equipa que vergou, à força de muito querer e imenso talento, o Bayern de Munique em 1987.

A esquerda do Penta
A guerra dos Balcãs trouxe, em 1992, um Drulovic praticamente anónimo para o futebol português, via Gil Vicente. Na realidade, tinha pouco de anónimo. Fora a guerra que criara os condicionalismos certos para que aceitasse (agradecido) o convite de Barcelos. Não beliscara, contudo, o talento que o então jugoslavo mostrara no seu país, despertando o interesse de um FC Porto em fase de mudança. As coisas não corriam de feição a Tomislav Ivic, que recebeu Drulovic com um enorme abraço cinco dias antes do Natal.

A empatia entre o jogador e os adeptos foi quase imediata. Já com Bobby Robson no comando, pode dizer-se que foi no pé esquerdo do sérvio que começou o assalto ao “Penta”, em 1994/95. Qual telecomando, guiava a bola desde a saída até ao local de destino. Fosse a baliza, fosse um companheiro de equipa. E quando este companheiro era Jardel, então o golo tornava-se algo tão natural que o brasileiro até conquistou a Bota de Ouro. Não foi por acaso que o FC Porto deu ao campeonato o melhor marcador em seis das oito temporadas em que Drulovic jogou nas Antas...

Herói de várias causas
Quando, em Dezembro de 2001, se apresentou nas Antas exibindo a camisola n.º 77 do FC Porto, explicando tratar-se de uma homenagem aos 7-0 com que o Celta de Vigo, dois anos antes, vencera o Benfica - jogo em que participou -, Benni McCarthy entusiasmou os adeptos.

O resto da época até foi complicado para o FC Porto, mas haveria de trazer para as Antas o técnico José Mourinho, a procurar compor uma equipa em que, apesar de tudo, McCarthy deixaria saudades. Tantas que, dois anos depois, em 2003, haveria de voltar, para fazer parte do fantástico grupo que, depois de conquistar a Taça UEFA, receberia o sul-africano para dar uma ajuda decisiva na conquista da Liga dos Campeões e, a seguir, na Taça Intercontinental. Para além de dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, duas Supertaças. E nessa época fantástica de 2003/04 ainda seria o melhor marcador da Liga portuguesa.

Prenda de Lucho antes de Quaresma
Não estão no Hall of Fame (pelo menos, por enquanto), mas Lucho González e Ricardo Quaresma são também duas referências incontornáveis quando se fala de prendas de Natal para os adeptos. A questão ganha maior relevância porque, num e noutro caso, não se tratou apenas de contratações: protagonizaram regressos desejados, após uma primeira passagem de sucesso pelo clube.

Lucho, El Comandante, voltou em Janeiro de 2012, a tempo de dar um contributo decisivo para a conquista de mais um campeonato, ele que fizera o pleno, entre 2005 e 2008, vencendo as quatro Ligas. Entretanto, voltou a sair, no Inverno passado, quando tinha acabado de chegar outra “prenda” especial: Quaresma. Também ele ganhara muito entre 2004 e 2008, inclusive uma Taça Intercontinental e três campeonatos, desenvolvendo uma relação indestrutível com os adeptos, que o adotaram, fazendo dele um homem da casa.

Texto publicado na rubrica “Os Imortais” da edição de dezembro de 2014 da “Dragões”, a revista oficial do FC Porto que pode subscrever aqui.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/craques_no_sapatinho_revista_dragoes_dezembro_2014.aspx

10/10/16

F.C. do Porto História - Na longa história da formação portista entram mestres como Abel Aquino, Artur Baeta, António Feliciano e Costa Soares.




«​​A FAZER ESCOLA DESDE O TEMPO DA RAINHA

Na longa história da formação portista entram mestres como Abel Aquino, Artur Baeta, António Feliciano e Costa Soares.

Por Paulo Horta / Museu FC Porto

A formação desportiva e cívica atravessa quase toda a história do FC Porto. O clube acordou cedo para a escola e já são mais de 100 anos “Ao Serviço do Desporto e da Juventude”, entre o Campo da Rainha e a Dragon Force.

A história revela-nos como o FC Porto se tornou pioneiro em Portugal na implementação de modelos de formação. Em 1910, já se lia no “Jornal de Notícias” sobre a existência de nove grupos infantis de futebol no universo azul e branco, geridos de acordo com um projeto de preparação física e técnica pensado para alimentar as equipas seniores. Nessa altura, surgiu o nome de Abel Aquino, considerado o primeiro mestre da escola portista.

Entre o Campo da Rainha e o Campo da Constituição (a partir de 1913), Aquino reuniu para cima de uma centena de atletas até meados de 1920 e provou como essa fase de “escolaridade obrigatória” só beneficiava o rendimento dos jogadores que evoluíam para os escalões mais elevados.

Mais bem preparados, Waldemar Mota, Acácio Mesquita ou Lopes Carneiro, entre muitos outros, imortalizaram-se assim na história do clube e do futebol português. Paixão e disciplina sempre foram premissas no FC Porto e os “alunos” pioneiros já cumpriam um código de condução de vida para alcançarem objetivos no futebol. Boas notas escolares, regras de higiene e de educação ganharam ainda mais importância e os desvios podiam custar até a expulsão definitiva do clube.

Abel Aquino (na foto, com uma das equipas pioneiras da formação) assumiu quase em permanência a responsabilidade do trabalho de campo com os diversos grupos de infantis, mas os treinadores da equipa sénior, como Teszler, Siska ou Szabo também assinariam o livro de ponto. Aquino, entretanto, foi descobrindo e formando talentos até à década de 1940.

DA TEORIA À PRÁTICA
Em 1952, quando entrou no FC Porto, o treinador Artur Baeta redefiniu o projeto da formação e acrescentou aulas teóricas ao treino em campo: Leis do Jogo, Higiene, História Desportiva, Técnica e Tática do Futebol e Educação Física faziam parte do programa. 

Neste ciclo, em que vários “professores” trabalharam sob a direção de Baeta – casos de Artur de Sousa “Pinga”, José Maria Pedroto ou Virgílio Mendes, três das maiores referências de sempre do FC Porto –, o clube sagrou-se pela primeira vez campeão nacional de juniores (sub-19) em 1952/53 e implementou, em 1964, o Lar do Futebol Júnior (hoje a Casa do Dragão), uma extensão do Lar do Jogador, que já existia desde os anos de 1930 (Quinta da Fonte da Vinha, em Vila Nova de Gaia).

Com a chegada do técnico António Feliciano, ainda nos anos de 1960, a continuidade de Artur Baeta e a aposta no treinador Costa Soares, a escola portista passou a conjugar mais vezes o verbo vencer a partir da década de 1970. Os títulos nacionais tornaram-se um hábito nos diversos escalões, consequência de maior eficácia na descoberta e no aperfeiçoamento de talentos. Gomes, Oliveira, Rodolfo e, um pouco mais tarde, João Pinto, fazem parte das gerações de “alunos” deste período da história.

UMA FORÇA INTERNACIONAL
Até à viragem para o novo milénio e à despedida do século XX, o FC Porto acrescentou mais 20 anos de construção de campeões nacionais, da Europa e do Mundo, afirmando-se claramente como uma universidade de vencedores, onde se doutoraram com distinção muitos dos melhores intérpretes do futebol internacional da era moderna.

A solidez de princípios e de conhecimento, associada à inovação, deu origem ao projeto Dragon Force – iniciado em Setembro de 2008, espalhou-se rapidamente pelo país e está presente no estrangeiro (Espanha, Colômbia e Canadá). Acumulando prémios e certificações importantes, esta é a escola onde se trabalha a formação desportiva e cívica de crianças dos 4 aos 14 anos, antes da progressão como atletas para as equipas Sub-15.

Em 2012, o conceito foi alargado a outras modalidades (basquetebol, andebol, hóquei em patins e, mais recentemente, bilhar) e representa um êxito que, naturalmente, já tem um lugar de honra na história.

DRAGÃO TREINA DRAGÃO
A escola portista também é um berço de treinadores. Ao longo dos mais de cem anos da formação futebolística azul e branca descobrem-se referências históricas no papel de “professores”, casos de Pinga, Pedroto e Virgílio, mas também de Custódio Pinto, José Rolando, Madjer e António André, ou André Villas-Boas. Na longa lista de técnicos da escola do FC Porto, António Morais, Rodolfo Reis, João Pinto e, atualmente, António Folha são exemplos de treinadores que também foram campeões nacionais como jogadores nos escalões de formação do clube.

SALAS DE AULAS
O Campo da Rainha, relvado, foi a primeira sala de aulas portista, mas pertence ao Campo da Constituição uma parte muito substancial da história da escola portista. No pelado da Constituição iniciaram-se percursos fantásticos no clube ao longo de quase cem anos, até à profunda modernização do espaço, em 2008, para dar lugar à sede das escolas Dragon Force. O já desaparecido complexo do Estádio das Antas e, neste século, o Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia também fazem parte desta história.

QUADRO DE HONRA
Quatro grandes mestres-escola pontuaram a história da formação futebolística do clube e destacam-se, naturalmente, num quadro de honra.

Abel Aquino
Membro de uma família que geriu um negócio de venda e revelação de películas na rua de Santa Catarina, no Porto, Aquino fez carreira como jogador entre o 4.º e o 2.º Grupos de futebol do clube, e também foi massagista (chegou a representar a Federação em jogos da Seleção). Em 1924, tornou-se Sócio Honorário do FC Porto, na sequência do primeiro título oficial do clube em provas oficiais da formação: o Campeonato de Infantis da AF Porto de 1923/34.

Artur Baeta
Treinador, educador, jornalista, homem de muitos ofícios e ligado à função pública, colaborou de várias formas com o FC Porto. Repórter e cronista no antigo jornal do clube, usou a escrita a favor da disseminação da causa azul e branca, mas foi a formar futebolistas que se destacou na história. Deu o nome à Escola de Futebol Artur Baeta, no Campo da Constituição, e foi quatro vezes campeão nacional como técnico da escola portista.

António Feliciano
O médio Fernando Pascoal das Neves – “Pavão” – foi o primeiro grande talento descoberto para o FC Porto por António Feliciano, na década de 1960, altura em que o treinador entrou no clube. Seguiram-se quase três décadas de ligação à escola azul e branca, marcada por oito títulos de campeão nacional e, sobretudo, pela capacidade de trabalhar um filão de virtuosos, desde Gomes a Rui Barros, alcançando as gerações emergentes nos anos de 1980.

Costa Soares
Iniciou atividade como treinador dos escalões de formação do clube a meio da década de 1970 e conservou uma longa relação de quase 40 anos com a escola portista até ao final da vida, em 2012. Campeões de Portugal, europeus e mundiais foram “alunos” de Costa Soares, um Dragão de Ouro eterno na memória azul e branca. Conquistou oito títulos de campeão nacional ao serviço do FC Porto, desde os iniciados aos juniores.


Texto publicado na rubrica “Os Imortais” da edição de setembro da “Dragões”, a revista oficial do FC Porto, que pode subscrever aqui.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/a_fazer_escola_desde_o_tempo_da_rainha_dragoes.aspx


25/12/15

F.C. do Porto História - A tradição de realizar jogos de futebol em quadra natalícia chegou a ter raízes no FC Porto, em meados do século passado.



«NO TEMPO EM QUE AS “BOAS FESTAS” TAMBÉM ERAM DADAS NO RELVADO

A tradição de realizar jogos de futebol em quadra natalícia chegou a ter raízes no FC Porto, em meados do século passado.

Nos anos 30, 40 ou 50 do século passado não existia televisão em Portugal, muito menos Internet e até outras formas de entretenimento que hoje em dia são comuns. Por isso, a véspera e dia de Natal viviam-se mais nas ruas e os chamados jogos de boas festas eram um hábito popular. O FC Porto participou em vários, ao longo desses anos, até que a tradição se perdeu, estando ainda presente em países como Inglaterra, onde o chamado boxing day da Premier League é um dos pontos altos da época. De qualquer forma, a relevância destes encontros cunhou até o termo “equipa de boas festas”, que adjectiva uma formação frágil, que entra em campo para marcar presença e sem grande ambição de vencer.

De facto, na maior parte dos registos que encontramos nestes encontros, o mais habitual é encontrar resultados muito desnivelados a favor dos Dragões. Por exemplo, em 1940, os azuis e brancos bateram o Carcavelinhos por 6-2 e, em 1949, derrotaram o Boavista por 8-2, com cinco golos do avançado Vital. Em 1950, o Salgueiros sai vergado a um desnivelado 7-3. Em 1945, e aí em jogo a sério, a contar para o Campeonato da Primeira Divisão, o FC Porto esmagou o Atlético por 11-0, com cinco golos de Correia Dias.

Em 1933, o adversário estava longe de ser pêra doce - o futebol húngaro era um dos mais fortes do mundo e viria a maravilhar o Mundo, especialmente na década de 1950 -, mas a selecção de Budapeste (que incluía as vedetas do Honved, MTK e Ujpest Doszda) foi goleada por 7-0 no Porto, na véspera de Natal de 1933. Quatro anos antes, também o Sporting regressou a Lisboa com um resultado de 4-1 favorável aos portistas.

Claro que, para esses resultados, contribuía o futebol sem amarras e preocupações defensivas que era então praticado. Mas é possível encontrar resultados renhidos nos acervos do Dragão: no dia de Natal de 1936, FC Porto e Benfica empataram a três, sendo que as principais expectativas recaíam sobre o potencial reforço Muller. O alemão não convenceu e acabou por ser devolvido à procedência, uma situação nos antípodas da vivida por Pinga (na foto, à direita), um dos maiores futebolistas da história do clube.

O madeirense, nascido a 30 de Setembro de 1911, foi apresentado a 25 de Dezembro de 1930, no âmbito de um particular com o Salgueiros, e terminaria a carreira depois de 15 de épocas ao serviço do FC Porto, em que alinhou em mais de 300 partidas (contabilizando provas nacionais e regionais) e superou também a barreira dos 300 golos. Em termos de títulos, conquistou três Ligas portugueses e dois Campeonatos de Portugal. A estreia oficial haveria de tardar quase um ano, devido à acção da Associação de Futebol do Funchal, que queria manter o craque no Marítimo, contra a sua vontade.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Equipas-de-boas-festas-Natal.aspx

19/09/15

F.C. do Porto História - ​O primeiro corte de relações entre FC Porto e Benfica consumou-se em 1933, sendo este o princípio de uma rivalidade incontornável, que se arrasta até aos dias de hoje; passaram mais de 82 anos e alguns pormenores já se terão perdido no tempo, mas, em véspera de mais um clássico, importa recordar uma história rocambolesca, que começou com um 8-0, a 28 de Maio de 1933: com golos de Valdemar Mota (três), Acácio Mesquita (três), Lopes Carneiro e Carlos Nunes, os Dragões batiam os lisboetas na primeira mão dos quartos-de-final do Campeonato de Portugal, no Campo da Constituição.



«AS OITO RAZÕES PARA O PRIMEIRO CORTE DE RELAÇÕES

​Em 1933, o FC Porto bateu o Benfica por 8-0 e elementos da equipa lisboeta agrediram o delegado ao jogo​​.

​O primeiro corte de relações entre FC Porto e Benfica consumou-se em 1933, sendo este o princípio de uma rivalidade incontornável, que se arrasta até aos dias de hoje. Passaram mais de 82 anos e alguns pormenores já se terão perdido no tempo, mas, em véspera de mais um clássico, importa recordar uma história rocambolesca, que começou com um 8-0, a 28 de Maio de 1933: com golos de Valdemar Mota (três), Acácio Mesquita (três), Lopes Carneiro e Carlos Nunes, os Dragões batiam os lisboetas na primeira mão dos quartos-de-final do Campeonato de Portugal, no Campo da Constituição.

O jogo foi dirigido por um árbitro espanhol (Pedro Escartin), “importado” do país vizinho, tal como viria a acontecer na segunda mão. A partida foi limpinha, sem casos nem contestações: a superioridade portista ficou espelhada no marcador e esta goleada continua a ser a maior que o FC Porto infligiu ao seu rival. Um clássico que se preze já então dava faísca e, instantes depois do apito final, o delegado ao jogo e dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, Laurindo Grijó, fez por cumprir os seus deveres e dirigiu-se ao balneário do Benfica, procurando saber se os jogadores necessitavam de alguma coisa.

De nervos à flor da pele, acusaram-no de não lhes ter comunicado a alteração da hora do jogo e de os ter ignorado durante a estadia na Invicta. Após uma violenta discussão entre Manuel da Conceição Afonso, então presidente do Benfica, e Laurindo Grijó, este último foi agredido pelo atleta Guedes Gonçalves e descreveu tudo no relatório, analisado posteriormente em reunião extraordinária da Federação. A sentença foi clara: suspensão temporária de alguns prevaricadores, como Eugénio Salvador, Ralf Baião e Manuel de Oliveira, este com proposta de irradiação. Por sua vez, Francisco Albino, Rogério Sousa e Francisco Gatinho apanharam seis meses de suspensão.

Em comunicado, o Benfica confirmou o nome do agressor, Guedes Gonçalves, que três meses depois foi suspenso por seis meses. Eugénio Salvador ficou-se pelos 30 dias e Ralf Baião foi considerado expulso por ter agredido Laurindo Grijó, enquanto os presidentes de FC Porto e Benfica recebem um voto de censura. Os dois clubes cortaram relações até 29 de Dezembro de 1935, data em que se realiza um amigável no mesmo Campo da Constituição, com vista à reaproximação entre ambos, que aguenta apenas três anos.

Na segunda mão, disputada no Campo das Amoreiras, os lisboetas triunfaram por 4-2, um resultado insuficiente para anular a goleada da primeira mão. Nem com entradas violentas – o capitão Vítor Silva foi mesmo expulso por entrada sobre o guardião Siska – se anulou a vantagem portista. Para história do FC Porto fica a equipa de 28 de Maio de 1933: Siska, Avelino Martins, Jerónimo de Sousa, Zeferino, Álvaro Pereira, Joseph Szabo (treinador que se viu obrigado a jogar em virtude da lesão de Castro), Lopes Carneiro, Valdemar Mota, Acácio Mesquita, Pinga e Carlos Nunes.

NOTA: Texto baseado em O princípio de uma rivalidade incontronável, da autoria de Luís César, publicado na Dragões de Janeiro de 2008.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/As-oito-razoes-para-o-primeiro-corte-de-relacoes.aspx

06/06/15

F.C. do Porto Equipas Passado - Equipas de Juvenis do F.C. do Porto de 1968 e de 1969, com o destaque para o meu Colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler em destaque!


(Em cima da esq. para a dir.: Belmonte, Barbosa, Styliano, Costa Almeida, Guedes, Machado, Guilherme Koehler, Sérgio e Vieirinha; Em baixo pela mesma ordem: Elvino, Cardinal, Rodrigo, Vitor Armada, Oliveira e Cardoso.)

«Em ambas as Fotografias, António Oliveira está com a bola na primeira fotografia; Guilherme Koehler é o primeiro da direita em baixo na primeira; é o terceiro da direita em cima; Cardinal é o segundo a contar da esquerda da fila de baixo, da segunda fotografia. Segundo Guilherme Koehler a segunda equipa,de 1969: "Era grande equipa, mas com muita malandragem! Vês aí o Guedes, o Costa Almeida, o Cardinal, o Rodrigo, o Toninho Oliveira, o Vitor Armada (este morreu novo com 19 anos atropelado). Grandes craques!"» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203044118423260&set=gm.825784610831608&type=1&theater

16/09/14

F.C. do Porto História - ​A 16 de Setembro de 1964, o FC Porto batia o Lyon por 3-0 e conseguia o primeiro triunfo na UEFA.



«50 ANOS DE VITÓRIAS EUROPEIAS

​A 16 de Setembro de 1964, o FC Porto batia o Lyon por 3-0 e conseguia o primeiro triunfo na UEFA.

É impossível imaginar, à luz da actual dimensão do FC Porto, vários anos sem vitórias europeias. Mas os primeiros tempos dos Dragões em competições da UEFA foram difíceis: entre a estreia frente ao Athletic Club (que reencontra os Dragões na actual edição da Champions League), em Setembro de 1956, e o primeiro triunfo, no mesmo mês de 1964, passaram oito anos e nove jogos. O encontro com os franceses, que os azuis e brancos venceram por 3-0 (com golos de Custódio Pinto e Carlos Baptista), faz hoje 50 anos, tendo aberto caminho a um percurso em que se incluem agora sete títulos internacionais.

Essa era uma realidade distante da equipa de 1964/65, treinada por Otto Glória e em que se incluíam jogadores como o guarda-redes Américo, o médio Custódio Pinto, o avançado Francisco Nóbrega e o defesa José Rolando, que recordou ao Porto Canal e www.fcporto.pt o encontro que valeu depois aos Dragões a passagem à segunda eliminatória da Taça das Taças (em França, o FC Porto voltou a ganhar, por 1-0). “Fomos superiores, tínhamos jogadores mais rotinados e ganhámos bem. Poderíamos ter ganho por mais se o árbitro não tivesse estragado alguns lances de golo”, recorda.

José Rolando foi titular em ambos os encontros e evocou o espírito do balneário de então: “Éramos quase como irmãos. Todos nos dávamos bem, chorávamos quando as coisas não saíam bem. Íamos para o campo com uma força tremenda para ganhar o jogo”. A mística e o ambiente no estádio, considera o ex-defesa central, não serão muito diferentes; mas o plantel (então com “poucos internacionais”) e as condições de trabalho ficavam a anos-luz do presente.

Actualmente ao serviço do Departamento de scouting, José Rolando foi adaptado pelo treinador José Maria Pedroto a defesa central, quando alinhava maioritariamente como médio, usando a antecipação e a boa leitura de jogo como principais armas. Foi durante vários anos capitão da equipa, ao serviço da qual conquistou a Taça de Portugal, em 1968. “Já na altura dizia: ‘Primeiro está o Porto! Temos de ganhar! O resto é secundário’”, sublinha.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/50-anos-de-vitorias-europeias.aspx

10/10/13

F.C. Porto História: Emerson aterrou a primeira vez em Portugal em 1992, tinha 20 anos e Lisboa como destino, vestiu a camisola do Belenenses durante duas épocas, mostrou qualidades e o F.C. Porto encantou-se, sem grande concorrência avançou para a contratação e levou-o para norte.

Emerson: «Às vezes nem eu acreditava que jogava aquilo tudo»

«Emerson: «Às vezes nem eu acreditava que jogava aquilo tudo»

«Destino:90's»: o auge no F.C. Porto, a «memorável» eliminatória com a Sampdória e o regresso que nunca aconteceu.

DESTINO: 90's é uma nova rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 90's.

EMERSON: BELENENSES E F.C. PORTO, DE 1992 A 1996

Emerson aterrou a primeira vez em Portugal em 1992. Tinha 20 anos e Lisboa como destino. Vestiu a camisola do Belenenses durante duas épocas, mostrou qualidades e o F.C. Porto encantou-se. Sem grande concorrência avançou para a contratação e levou-o para norte. 

Chegou às Antas em 1994. O campeão era o Benfica, interrompendo uma série de dois títulos seguidos do F.C. Porto, sob orientação de Carlos Alberto Silva. Bobby Robson tinha chegado a meio do ano anterior mas vira o título fugir para a Luz. A hora era de reorganizar as tropas. 

«Encontrei um grupo muito bom e isso foi o que mais me fez apaixonar pelo clube. Vinha de Lisboa, do Belenenses, era novo ainda, não sabia como ia ser recebido. Foi fantástico», descreve. 

Ao Maisfutebol, Emerson revela ainda que durante a sua epopeia pelo estrangeiro, que passou por Middlesbrough, Tenerife, Deportivo, Atl. Madrid, Glasgow Rangers, AEK de Atenas e Apoel de Nicósia, quando pensava no F.C. Porto lembrava mais o grupo do que os jogos. 

«O balneário é o que me deixou mais saudades. Era espetacular. Até o presidente ia lá. Fazia uns comentários, riamos um pouco e depois íamos treinar. Era um grupo muito unido, muito fechado. Parte do segredo do sucesso era o bom ambiente entre todos», garante. 

E por isso, Emerson fala do F.C. Porto sem vacilar: «As pessoas perguntam-me sempre onde foi o meu auge. Eu não tenho dúvidas que foi no F.C. Porto. Ali é que estava tudo a sair-me bem. Às vezes nem eu acreditava que jogava aquilo tudo. Fazia coisas e pensava: como é que eu fiz isto?»

Sampdória: Latapy de pernas a tremer e o adeus inglório

No campo, Emerson guarda recordações, acima de tudo, dos jogos grandes. Triunfos sobre os rivais Benfica e Sporting. Mas, acima de todos os jogos está outro. Quartos-de-final da Taça das Taças da época 1994/95. «Com a Sampdória foi memorável. Um ambiente maravilhoso», descreve. 

«Aquele dia marcou-me. Não estive depois quando o F.C. Porto ganhou a Taça UEFA e a Liga dos Campeões, mas aquele jogo foi incrível. Víamos as pessoas na janela com bandeiras, a ir para o Estádio, tudo azul. Lembro-me muito bem. Até arrepiou», atira, entre risos. 

Emerson recorda que o F.C. Porto tinha ganho em Génova por 1-0. «Fizemos um partidaço», diz. Foi Iuran a fazer o golo que dava vantagem. A cidade acreditou que poderia voltar a uma meia-final europeia. 

«Nas Antas também jogámos muito, mas perdemos. Eles foram lá uma ou duas vezes e marcaram. Depois fomos eliminados nos penalties», recorda. 

E conta um episódio curioso desse desempate. «Era o Latapy que deveria marcar o primeiro penalty e eu o segundo. Mas ele veio ter comigo e pediu-me para avançar. Eu fui e marquei. Depois foi ele, as pernas tremeram e falhou. Acontece. Mas perdemos porque mais ninguém falhou», lamenta.

Trunfo eleitoral... no Benfica

Emerson deixou Portugal e o F.C. Porto no final da temporada de 1996. Foi para Inglaterra, para duas épocas no Middlebrough. Acreditou que um dia ia voltar. Mas nunca aconteceu. 

O F.C. Porto, contudo, até tentou. «Tive a oportunidade de voltar um ano e meio depois. O F.C. Porto queria o empréstimo, o Middlesbrough queria vender, mas era muito dinheiro e não se concretizou. Depois fui para o Tenerife e o interesse resfriou», explica. 

E o Benfica também o quis. Ou melhor, um candidato à presidência do Benfica. Abílio Rodrigues apresentou Emerson como trunfo nas eleições de 1997, ganhas por Vale e Azevedo. 

«É verdade sim. Houve essa possibilidade, caso ele ganhasse. Como não ganhou ninguém mais falou comigo», esclarece. 

Sobre o momento atual do futebol português, Emerson mostra-se um espectador atento. Vê um F.C. Porto muito diferente do seu. «Agora é um clube vendedor», define. 

«O F.C. Porto está sempre bem. Tenho visto os jogos deste ano, parece-me que a equipa ainda não conseguiu brilhar, mas está a ganhar e no primeiro lugar. É o mais importante», resume.» in http://www.maisfutebol.iol.pt/destino-90s/emerson/emerson-as-vezes-nem-eu-acreditava-que-jogava-aquilo-tudo 

O jogo das Antas com a Sampdória:


1995 (March 16) Porto (Portugal) 0-Sampdoria (Italy) 1

16/09/12

F.C. do Porto História: Há exactamente 29 anos, o FC Porto estreava-se na Taça das Taças de 1983/84 em Zagreb, iniciando um percurso que terminaria na final de Basileia (1-2, frente à Juventus)!



«PENÁLTI E REDENÇÃO DE GOMES EM ZAGREB FAZEM 29 ANOS

Há exactamente 29 anos, o FC Porto estreava-se na Taça das Taças de 1983/84 em Zagreb, iniciando um percurso que terminaria na final de Basileia (1-2, frente à Juventus). Na próxima terça-feira, a capital croata volta a ser o palco da entrada em acção dos Dragões na Europa. Fernando Gomes recorda ao www.fcporto.pt o duelo de 1983, em que apontou os dois golos portistas, em Zagreb e nas Antas.

No Estádio Maksimir, a 14 de Setembro de 1983, o FC Porto perdeu então por 2-1. Na segunda mão, duas semanas depois, no dia em que o clube fazia 90 anos, Gomes apontou um dos golos mais emocionantes da carreira, ao fazer o 1-0 aos 87 minutos, garantindo o acesso dos azuis e brancos à segunda eliminatória. Mas já lá vamos. Primeiro, o bi-Bota de Ouro recorda o encontro da primeira mão: "Lembro-me bem dele por várias razões. Em primeiro lugar, fiz um penálti, o que, se não foi caso único, foi muito raro. Foi daquelas situações em que um avançado vem à defesa e só vem estorvar. Depois, tive de me redimir duas vezes".

A primeira parte da redenção ocorreu ainda na Croácia, então parte da Jugoslávia. Depois de Kranjcar ter convertido a referida grande penalidade, aos 25 minutos, Gomes fez o 1-1, aos 65, com um toque subtil que fez a bola passar por cima do guarda-redes. Infelizmente para os Dragões, Kranjcar fez o 2-1 dez minutos depois. Em casa, era preciso recuperar da desvantagem frente a uma equipa representante do poderoso futebol jugoslavo, que tinha sido campeã nacional há apenas dois anos. "Hoje o estatuto dos clubes é diferente. Na altura eram um nome importante e a Jugoslávia tinha grande prestígio", assinala Fernando Gomes.

Nas Antas, o FC Porto fez pela vida, num encontro em que teve 20 cantos a favor e inúmeras oportunidades para marcar. "É um dos jogos que recordo com mais emoção. Estávamos quase eliminados, depois de termos sido superiores, mas a bola não entrava. Depois de marcar, fui de uma baliza à outra a correr. Nem sei como tive força para fazer quase 100 metros", relembra. Após tantos ataques, foi quase milagrosa a forma como Gomes surgiu sozinho no coração da área, após um cruzamento da direita. Depois, um "vólei" perfeito colocou a bola nas redes do Dínamo.

A vitória teve a importância de lançar o FC Porto numa campanha europeia em que eliminaria sucessivamente, até à final, Glasgow Rangers, Shakhtar Donetsk e Aberdeen. "O percurso foi importante pela experiência que ganhámos para futuros desempenhos. Poucas vezes avançávamos nas competições europeias e essa final talvez tenha surgido mais cedo do que pensávamos. Tínhamos uma equipa jovem, mas já com grandes jogadores", resume.

Em relação ao jogo da próxima terça-feira, Gomes reconhece que o historial europeu é favorável ao FC Porto, mas isso "não ganha jogos". "Temos de demonstrar em campo que somos melhores", sublinha o ex-jogador, actualmente no Departamento de Scouting do clube. Quanto ao adversário, o bi-Bota de Ouro conhece algumas das suas características: o futebol croata é "tecnicamente parecido com o português" e os jogadores têm "grande capacidade de sofrimento". Os Balcãs "sempre foram uma zona onde aparecem grandes jogadores" e há ainda outra característica que se mantém há décadas: o ambiente nas bancadas. "O público apoia muito a equipa e podemos esperar muito barulho e festa", prevê.» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futfernandogomeszagreb_140912_70643.asp


(FC Porto - A Vencer Desde 1893 HD)


FC Porto 8-3 Farense (86-87)


FC Porto 4-2 Covilhã (85-86)

21/04/11

F.C. do Porto História: Carlos Duarte foi um grande jogador dos Dragões, da década de 50!



«Carlos Duarte



NomeCarlos Domingos Duarte
NacionalidadePortugal Portugal
Nascimento1933-03-25 (78 anos)
NaturalidadePortugal - Angola Angola
PosiçãoAvançado


CARACTERÍSTICAS


Disse um dia o célebre jornalista Tavares da Silva:

«Em Portugal, Carlos Duarte, do FC Porto, e David Julius, do Sporting, são os únicos jogadores que driblam em linha recta.»

A velocidade de Carlos Duarte e o drible curto que fazia, ora em combinações «bola a ti, bola a mim», com o não menos famoso Hernâni, ou sozinho, em linha recta a caminho da baliza adversária, encantavam os portistas, deslumbravam os amantes do futebol.

Um dia, num Porto-Setúbal (9-4), após a marcação de um livre de canto contra o FC Porto, Carlos Duarte apanha a bola à saída da sua área e, numa corrida estonteante, ultrapassa todos os adversários, guarda-redes incluído e.... golo do Porto. Foi dos raids em velocidade e em linha recta.

A 7 de Maio de 1958 Portugal jogou pela primeira vez no Estádio de Wembley. A Selecção Nacional, perdendo por 2-1, fizera um brilharete. Carlos Duarte foi o autor do golo.


Um jornalista inglês espantado com a exibição de Carlos Duarte e Hernâni, considerou-os melhores que Finney.

Pouco tempo depois, a 11 de Agosto de 1958, o AC Milan oferece 600 contos por Carlos Duarte para um contrato de 3 anos. O FC Porto recusou a oferta.

Campeão Nacional, em Março de 1959, a 3 de Setembro desse mesmo ano é gravemente ferido num dos joelhos num Espanhol de Barcelona-FC Porto.


Operado pelo famoso médico Dr. Ricardo Calot, lá mesmo em Barcelona, Carlos Duarte voltou aos relvados, mas em 1962 pôs termo à sua carreira, a carreira de um dos mais elegantes extremos direitos do Futebol a nível nacional ou mundial.

Em 2003, o FC Porto distinguiu-o com o «Dragão de Ouro», como a «Recordação do Ano».

Foi no sector industrial que soube preparar a reforma desafogada que hoje vive, rodeado pelo carinho de dois filhos e dos netos.


António Ferreira Dias

copyright © zerozero.pt» in http://www.zerozero.pt/jogador.php?id=29861

03/04/11

F.C. do Porto História: F.C. do Porto foi Campeão na Luz em 1940!

«F.C. do Porto Campeão na Luz em 1940!


O F.C. Porto pode ser campeão este domingo em pleno Estádio da Luz, mas não será a primeira vez que a equipa do Dragão festeja um título na casa do rival. Já aconteceu nos idos anos quarenta, em plena II Guerra Mundial.

Foi precisamente a 19 de Maio de 1940, no campo das Amoreiras. O F.C. Porto venceu por 3-2, com uma exibição de luxo do guarda-redes Rosado, segundo rezam as crónicas, garantindo o título com dezassete vitórias e apenas uma derrota.» in 
http://www.maisfutebol.iol.pt/desporto/tvi24/1243765-4062.html

Quando o Porto foi campeao na Luz... em 1940!
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