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15/05/12

Cinema - Após o enorme êxito de «O Concerto», o franco-romeno Radu Mihaileanu conseguiu um sucesso ainda mais improvável com «A Fonte das Mulheres», que já estreou em Portugal!



«Os efeitos da greve de sexo, segundo Radu Mihaileanu


Após o enorme êxito de «O Concerto», o franco-romeno Radu Mihaileanu conseguiu um sucesso ainda mais improvável com «A Fonte das Mulheres», que já estreou em Portugal. O SAPO esteve à conversa com o cineasta.


O cinema francês continua de vento em popa, com o ano de 2011 a ter sido alvo de três fenómenos singulares e inesperados de bilheteira no hexágono, três fitas a que, devido aos seus próprios temas, ninguém augurava qualquer tipo de êxito de público: «O Artista», «Amigos Improváveis» e «A Fonte das Mulheres», este último agora em exibição em Portugal.


Totalmente falado em árabe, que alguns dos atores aprenderam para poder fazer o filme, «A Fonte das Mulheres» decorre numa pequena aldeia muito pobre algures entre o Norte de África e o Médio Oriente, em que as mulheres sofrem os maiores riscos físicos para irem buscar água a uma fonte longínqua, muitas delas abortando devido às quedas provocadas pelo caminho pedregoso. A solução, numa aldeia onde até já há telemóveis, passa pelo desafio mais radical de todos: fazer greve de sexo até os homens, que praticamente não trabalham, arranjarem uma forma alternativa de fazer chegar água àquele local.


Radu Mihaileanu, um cineasta romeno que tem feito a sua carreira em França, foi aqui buscar inspiração a uma historia antiga passada na Turquia, e serviu-se dela para reflectir nos extremismos de várias cores e origens, nas múltiplas leituras do Corão, na importância da educação e na própria condição feminina. Contra todas as probabilidades, conseguiu mais um impotante sucesso de bilheteira, numa carreira que tem sido dominada por eles, nomeadamente «Vai e Vive» e «O Concerto».


Luís Salvado - 14-05-2012 18:00» in http://cinema.sapo.pt/magazine/entrevista/a-fonte-das-mulheres



(O Realizador de Cinema franco-romeno, Radu Mihaileanu, continua em grande)




(A Fonte das Mulheres (La Source des Femmes 2011) - Trailer Legendado)




(euronews cinema : " La Source des femmes")

09/03/12

Cinema - Dalila Carmo encarna a Poetisa Florbela Espanca!



«Dalila Carmo é Florbela Espanca


No Dia Internacional da Mulher, nada melhor do que uma sessão de cinema sobre uma incontornável portuguesa, Florbela Espanca. Dalila Carmo dá corpo à poetisa, no filme de Vicente Alves do Ó que é a nossa estreia da semana.» in http://videos.sapo.pt/ecinema



(A Vida de Florbela Espanca)




«Florbela Espanca


Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (Alentejo). Nasceu filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo, criada de servir (como se dizia na época), que morreu com apenas 36 anos, «de uma doença que ninguém entendeu», mas que veio designada na certidão de óbito como nevrose. Registada como filha de pai incógnito, foi todavia educada pelo pai e pela madrasta, Mariana Espanca, em Vila Viçosa, tal como seu irmão de sangue, Apeles Espanca, nascido em 1897 e registado da mesma maneira. Note-se como curiosidade que o pai, que sempre a acompanhou, só 19 anos após a morte da poetisa, por altura da inauguração do seu busto, em Évora, e por insistência de um grupo de florbelianos, a perfilhou.
Estudou no liceu de Évora, mas só depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a secção de Letras do Curso dos Liceus. Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a frequentar. Na capital, contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando frequentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra poética, Livro de Mágoas. Em 1921, divorciou-se de Alberto Moutinho, de quem vivia separada havia alguns anos, e voltou a casar, no Porto, com o oficial de artilharia António Guimarães. Nesse ano também o seu pai se divorciou, para casar, no ano seguinte, com Henriqueta Almeida. Em 1923, publicou o Livro de Sóror Saudade. Em 1925, Florbela casou-se, pela terceira vez, com o médico Mário Laje, em Matosinhos.
Os casamentos falhados, assim como as desilusões amorosas, em geral, e a morte do irmão, Apeles Espanca (a quem Florbela estava ligada por fortes laços afectivos), num acidente com o avião que tripulava sobre o rio Tejo, em 1927, marcaram profundamente a sua vida e obra. Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos, tendo sido apresentada como causa da morte, oficialmente, um «edema pulmonar».
Postumamente foram publicadas as obras Charneca em Flor (1930), Cartas de Florbela Espanca, por Guido Battelli (1930), Juvenília (1930), As Marcas do Destino (1931, contos), Cartas de Florbela Espanca, por Azinhal Botelho e José Emídio Amaro (1949) e Diário do Último Ano Seguido De Um Poema Sem Título, com prefácio de Natália Correia (1981). O livro de contos Dominó Preto ou Dominó Negro, várias vezes anunciado (1931, 1967), seria publicado em 1982.


A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito. A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza.
Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Está mais perto do neo-romantismo e de certos poetas de fim-de-século, portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas, a que foi alheia. Pelo carácter confessional, sentimental, da sua poesia, segue a linha de António Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a técnica do soneto, que a celebrizou, é, sobretudo, influência de Antero de Quental e, mais longinquamente, de Camões.


Poetisa de excessos, cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram dom-joanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.» in http://www.astormentas.com/biografia.aspx?t=autor&id=Florbela+Espanca




"Loucura


Tudo cai! Tudo tomba! Derrocada
Pavorosa! Não sei onde era dantes.
Meu solar, meus palácios, meus mirantes!
Não sei de nada, Deus, não sei de nada!...


Passa em tropel febril a cavalgada
Das paixões e loucuras triunfantes!
Rasgam-se as sedas, quebram-se os diamantes!
Não tenho nada, Deus, não tenho nada!...


Pesadelos de insônia, ébrios de anseio!
Loucura a esboçar-se, a enegrecer
Cada vez mais as trevas do meu seio!


Ó pavoroso mal de ser sozinha!
Ó pavoroso e atroz mal de trazer
Tantas almas a rir dentro da minha!"



(Dalila Carmo lê Florbela Espanca)


18/02/12

Cinema - «Rafa», de João Salaviza, ganhou hoje o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, na categoria de curtas-metragens, anunciou o júri do certame, hoje à noite, na capital alemã!




««Rafa», curta-metragem de João Salaviza, ganhou Urso de Ouro do Festival de Berlim!


«Rafa», de João Salaviza, ganhou hoje o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, na categoria de curtas-metragens, anunciou o júri do certame, hoje à noite, na capital alemã.


João Salaviza começou por dizer que estava «muito surpreendido e que teria preparado um discurso bonito se soubesse que ia ganhar». No seu agradecimento, perante 1600 espetadores, disse ainda que dedicaria o prémio ao governo português. «Mas só na condição de nos ajudarem nos próximos anos, porque não sabemos o que vai acontecer com o nosso cinema», sublinhou.


No improviso, João Salaviza destacou ainda o trabalho do protagonista do filme, Rodrigo Perdigão.


«Ele fez mais do que eu pelo filme», mas não pode estar presente em Berlim. A terminar, dedicou ainda o prémio à família.


«Amo-vos muito», disse o jovem cineasta português, que já tinha ganho a Palma de Ouro das curtas-metragens em Cannes, com «Arena», em 2009.


A curta-metragem de João Salaviza, um dos 27 trabalhos a concurso, é sobre um miúdo de 13 anos preocupado com a mãe, detida numa esquadra da polícia por conduzir sem carta.


A curta-metragem foi aplaudida na sua estreia mundial em Berlim, na quarta-feira passada.


O júri formado, pela atriz palestiniana Emily Jacir, pelo cineasta irlandês David Oreilly e pela atriz alemã Sandra Hueller, destacou a «impressionante representação» de Rodrigo Perdigão, «no papel de um jovem a caminho de se tornar adulto».


@Lusa


SAPO Cinema - 18-02-2012 18:30» in http://cinema.sapo.pt/magazine/premio/rafa-curta-metragem-de-joao-salaviza-ganhou-urso-de-ouro-do-festival-de-berlim


(Berlin Festival 2012: "RAFA" JOÃO SALAVIZA WINS GOLDEN BEAR (João Salaviza ganha o Urso de Ouro)

17/02/12

Cinema - A longa-metragem «Tabu», do realizador português Miguel Gomes, venceu o prémio Fipresci, atribuído pela crítica especializada, no festival de cinema de Berlim, afirmou hoje à agência Lusa o produtor Luís Urbano




««Tabu», de Miguel Gomes, venceu prémio da crítica em Berlim


A longa-metragem «Tabu», do realizador português Miguel Gomes, venceu o prémio Fipresci, atribuído pela crítica especializada, no festival de cinema de Berlim, afirmou hoje à agência Lusa o produtor Luís Urbano.


O filme, que integra a competição oficial do festival, foi considerado o melhor pelos críticos no festival que integram a Fipresci, a Federação Internacional de Críticos de Cinema, referiu o produtor.


«Tabu», a saga a preto e branco sobre um amor louco passado em África, foi apresentado à imprensa na terça-feira em Berlim e aplaudido no final por mais de mil jornalistas, no Berlinale Palast.


Para Luís Urbano, este prémio da crítica não significa vantagem a caminho do Urso de Ouro, o prémio máximo: «É um sinal, mas com os júris nunca se sabe».


«Tabu», que deverá ter estreia em Portugal em abril, conta no elenco com Ana Moreira, Carloto Cotta, Teresa Madruga, entre outros. Em «Tabu», Miguel Gomes relata a história, em duas partes bem distintas.


A primeira parte do filme, intitulada «Paraíso Perdido», relata uma vida banal de três personagens, Aurora (Laura Soveral), a sua empregada africana, Santa, e uma vizinha empenhada em causas sociais, Pilar (Teresa Madruga), e termina com a morte de Aurora.


Na segunda parte, que dá pelo nome de «Paraíso», vemos então a jovem Aurora (Ana Moreira), filha de um colono português em África, dona de uma fazenda, casada, mas que trai o marido com um amigo, para tudo acabar em tragédia.


O filme é inteiramente a preto e branco e, na segunda parte, os atores não falam, ouvindo-se apenas o narrador e a banda sonora, em jeito de homenagem de Miguel Gomes ao cinema mudo, principalmente a um dos seus grandes mestres, o alemão Friedrich Wilhelm Murnau.


No festival de Berlim, que termina no domingo, compete também, na secção de curtas-metragens, o filme «Rafa», de João Salaviza. Os Urso de Ouro e de Prata são anunciados no sábado.


@Lusa


SAPO Cinema - 17-02-2012 16:50» in http://cinema.sapo.pt/magazine/noticia/tabu-de-miguel-gomes-venceu-premio-da-critica-em-berlim



(Berlinale: Tabu Press Conference)

10/02/12

Cinema - Em «A Dama de Ferro», Meryl Streep interpreta Margaret Thatcher, a antiga primeira-ministra britânica que mais tempo esteve no cargo na história do país!




«Meryl Streep quis «encontrar o ser humano» em Margaret Thatcher


Em «A Dama de Ferro», Meryl Streep interpreta Margaret Thatcher, a antiga primeira-ministra britânica que mais tempo esteve no cargo na história do país. Para a atriz, o importante foi «encontrar o ser humano» em Thatcher.

Margaret Thatcher foi a primeira-ministra do Reino Unido entre 1979 e 1990, uma mulher muito polémica que conseguiu fazer ouvir a sua voz no mundo da política internacional, então e hoje praticamente dominado por homens. O filme acompanha a vida da política através de uma série de «flashbacks», com atenção especial aos 17 dias que antecederam a Guerra das Malvinas em 1982, e cruzando o retrato intimista de uma mulher complexa com o seu papel determinante na cena mundial durante mais de uma década.


«A Dama de Ferro» volta a reunir Meryl Streep, no papel de Margaret Thatcher, à realizadora Phyllida Lloyd, com quem trabalhara no grande sucesso que foi «Mamma Mia». Jim Broadbent interpreta Denis Thatcher, o marido de Margaret, e Anthony Head encarna Geoffrey Howe, o ministro que mais tempo apoiou a política.


O filme estreia hoje nos cinemas portugueses.


Inês Gens Mendes - 09-02-2012 15:45» in http://cinema.sapo.pt/magazine/video/meryl-streep-quis-encontrar-o-ser-humano-em-margaret-thatcher



(A Dama de Ferro)

13/12/11

Cinema - Na semana em que Manoel de Oliveira celebra 103 anos, o SAPO foi à procura de 10 coisas que talvez ainda não saiba sobre o decano dos realizadores mundiais!




«Dez coisas que talvez não saiba sobre Manoel de Oliveira


No dia em que Manoel de Oliveira celebra 103 anos, o SAPO foi à procura de 10 coisas que talvez ainda não saiba sobre o decano dos realizadores mundiais.


A paixão por Chaplin: Apesar da vertente intelectual e hermética muitas vezes associada à obra de Manoel de Oliveira, o cineasta portuense já afirmou diversas que o realizador que mais profundamente amou terá sido aquele que porventura mais sucesso comercial e popular teve em toda a história do cinema: Charlie Chaplin. Oliveira nasceu em 1908, portanto viu na respetiva época toda a obra de Charlot, que arrancou em 1914, e já disse que em novo gostaria de ter sido ator de comédia. Não será por acaso que na participação que faz em «Viagem a Lisboa», de Wim Wenders, Oliveira imita precisamente o pequeno vagabundo.


Um ás do volante: Na década de 30, Oliveira foi um nome razoavelmente popular como piloto de automóveis, tendo vencido, por exemplo, o Circuito Internacional do Estoril em 1937 num Ford V8. Foi essa celebridade que lhe valeu a contratação para o papel de Carlos, o amigo de Vasco Santana no incontornável «A Canção de Lisboa» (1933), já que se considerava que ele poderia atrair ao filme espetadores do norte do país.


Um estreia pateada: A estreia do primeiro filme de Manoel de Oliveira, a curta-metragem documental «Douro, Faina Fluvial», deu-se em setembro de 1931, no decorrer do I Congresso Internacional da Crítica, organizado por António Ferro. Reza a história que o filme foi recebido com uma pateada tão monumental que um estrangeiro de visita a Lisboa terá perguntado se era assim que se aplaudia no nosso país.


O fundador do neo-realismo: Oliveira podia ter sido considerado internacionalmente o fundador do neo-realismo caso tivesse conseguido terminar «Aniki-Bobó» a tempo de o enviar ao Festival de Veneza de 1942. No ano seguinte, «Ossessione», de Luchino Visconti, marcaria nesse certame o início da corrente neo-realista no cinema, embora o filme de Oliveira já tivesse, um ano antes, as marcas desse estilo, nomeadamente a rodagem em cenários reais e não em estúdio, com atores não profissionais e com histórias urbanas passadas entre as classes mais desvalidas.


O caso Duarte de Almeida: João Bénard da Costa, um intenso defensor da obra de Manoel de Oliveira, tornou-se presença recorrente na obra do mestre portuense enquanto ator a partir de 1972 em «O Passado e o Presente». Sempre usando o pseudónimo Duarte de Almeida, o falecido diretor da Cinemateca foi tendo sempre participações nas fitas do realizador, sendo a última no segmento mais divertido do filme coletivo «Cada um o seu Cinema», de 2007, em que interpretava o Papa João XXIII.


A origem do chavão dos «filmes lentos e intermináveis»: Foi a imensa polémica gerada pela transmissão televisiva na RTP em 1978 de «Amor de Perdição» que colou a Oliveira uma imagem de que ele nunca mais se conseguiu livrar: a de que os seus filmes são sempre longuíssimos e absolutamente monótonos. Se a segunda classificação variará consoante o grau de sintonia do espetador com a narrativa do realizador, a primeira é absolutamente injusta, uma vez que o realizador raramente faz filmes com mais de 90 minutos. «Amor de Perdição» foi filmado em simultâneo como filme e série de televisão e o primeiro contacto que todos tiveram com ele foi precisamente através do pequeno ecrã, em que as virtudes do filme eram abafadas por uma exibição com a formatação errada e ainda a preto e branco. Só o sucesso no estrangeiro o viria depois a reabilitar no nosso país.


A origem da dupla Oliveira-Branco: A parceria entre Manoel de Oliveira e Paulo Branco arrancou precisamente com «Amor de Perdição», quando o segundo, ainda programador de uma sala de cinema em Paris, a Action Republique, projetou o filme em 1979 e o lançou na senda do sucesso internacional. Entre «Francisca» (1981) e «O Quinto Império - Ontem Como Hoje» (2004), Branco produziu 20 longas-metragens de Oliveira, cerca de uma por ano, uma produtividade que ninguém imaginava para um cineasta que toda a vida encontrara entraves para filmar e num país com crónica dificuldade de produção continuada.


O filme póstumo: Em 1982, Oliveira rodou «Visitas ou Memórias e Confissões» que por sua vontade explícita só poderá ser mostrado publicamente após a sua morte. O cineasta tinha então 74 anos, tivera até aí uma produção muito intervalada e todos pensavam que a sua carreira não demoraria muito a terminar. Afinal, a partir daí, quando todos os outros começam a abrandar, o cineasta disparou numa produção imparável, assinado mais 24 longas-metragens e uma série de outros projetos, numa bulimia criativa que não tem paralelo com qualquer outro realizador da história a partir dos 80 anos.


Um dos melhores da Cahiers du Cinema: «O Estranho Caso de Angélica» foi o segundo melhor filme de 2011 para a «Cahiers do Cinema», só precedido de «Habemus Papam - Temos Papa», de Nanni Moretti, e empatado com «A Árvore da Vida», de Terrence Malick. Porém, não foi a primeira vez que a revista colocou Oliveira entre os 10 melhores do ano. Em 1981, «Francisca» foi considerado o Melhor Filme do ano, em 1989 «Os Canibais» ficou na quinta posição, que o realizador manteve no ano seguinte com «Non ou a Vã Glória de Mandar». Em 1993, Oliveira ascendeu à segunda posição da lista com «Vale Abraão», e em 1998 «Inquietude» valeu-lhe o quinto lugar. Em 1999, «A Carta» ficou em sétimo lugar e em 2001 Oliveira voltou a conquistar o quinto lugar com «Vou para Casa», repetindo o feito e a posição em 2002 com «O Princípio da Incerteza», e em 2009 com «Singularidades de uma Rapariga Loura».


O próximo filme: A película que se segue na carreira de Oliveira já está rodada e está atualmente em fase de pós-produção. Chama-se «O Gebo e a Sombra», é uma adaptação de uma peça de Raúl Brandão e nele voltou a trabalhar com Michel Piccoli, Leonor Silveira e o seu neto Ricardo Trêpa. Trata-se do primeiro filme do cineasta produzido pela O Som e a Fúria, e deverá chegar às nossas salas em 2012, após estrear num dos três maiores festivais internacionais de cinema: Cannes, Veneza ou Berlim.


SAPO Cinema - 11-12-2011 08:00» in http://cinema.sapo.pt/magazine/noticia/dez-coisas-que-talvez-nao-saiba-sobre-manoel-de-oliveira


"Douro, Faina Fluvial" - Manoel de Oliveira - (versão 1994)

Manoel de Oliveira - "A Caça" - (1964)

07/12/11

Cinema - «Drive - Risco Duplo» é o filme de culto da temporada, que recebeu elogios e prémios de todo o lado, incluindo o troféu de Melhor Realizador no Festival de Cannes!




«Ryan Gosling: «Drive» é um filme sobre um homem que conduz a ouvir música pop


«Drive - Risco Duplo» é o filme de culto da temporada, que recebeu elogios e prémios de todo o lado, incluindo o troféu de Melhor Realizador no Festival de Cannes. Foi lá que o SAPO falou com o Ryan Gosling e o realizador Nicolas Winding Refn.


É um dos sucessos surpresa do ano, um pequeno filme de ação que, sem ninguém esperar, se tornou na fita de culto da temporada. «Drive - Risco Duplo» teve a primeira apresentação pública em maio último no Festival de Cinema de Cannes e valeu ao cineasta dinamarquês o troféu de Melhor Realizador, à frente de cineastas como Pedro Almodóvar, Terrence Malick e Lars von Trier.


A película, que estreia a 8 de dezembro em Portugal, é adaptado de um pequeno romance de James Sallis e coloca Ryan Gosling no papel de um profissional da condução de automóveis que é duplo de cinema que nas horas livres serve de motorista de fuga em assaltos. O «thriller» tem um elenco de luxo, que integra Carey Mulligan, Bryan Cranston, Ron Perlman, Oscar Isaac e Albert Brooks.


O realizador dinamarquês Nicolas Winding Refn estreia-se com «Drive» nas rodagens em Hollywood e, surpreendentemente, conectou pela primeira vez com Ryan Gosling quando ambos ouviram no carro «Cant Fight this Feeling», dos Reo Speedwagon.


Luís Salvado - 07-12-2011 13:00» in http://cinema.sapo.pt/magazine/entrevista/ryan-gosling-drive-e-um-filme-sobre-um-homem-que-conduz-a-ouvir-musica-pop

(Drive - Trailer 2011)

04/12/11

Cinema - O Rio Mondego é o grande protagonista do documentário de estreia de um jovem realizador português!




«Realizador português filmou vida selvagem do rio da nascente, na Serra da Estrela, até à foz


Uma viagem no rio Mondego como nunca o viu, da nascente até à foz. O rio é protagonista do documentário de estreia de um jovem realizador português.» in http://sicnoticias.sapo.pt/1046927



(Realizador português filmou vida selvagem do rio da nascente, na Serra da Estrela, até à foz)

24/11/11

Cinema - «Um Método Perigoso», o filme de David Cronenberg que é a nossa estreia da semana, e que vale a pena assistir!



«O método de Freud segundo David Cronenberg


As atribulações entre o pai da psicanálise, Freud, o seu aprendiz, Carl Jung, e uma paciente que lhes vai trocar as voltas. É este o centro da ação em «Um Método Perigoso», o filme de David Cronenberg que é a nossa estreia da semana.


Veja a edição desta semana do «e-Cinema».


Michael Fassbender, Keira Knightley e Viggo Mortensen participam no mais recente filme do realizador de «A Mosca», «Irmãos Inseparáveis» ou «Promessas Perigosas».


Fora de circuito, assistimos ao filme «A Condessa Descalça» na Casa da Achada, em Lisboa.


Nos memoráveis, olhamos para um dos mais estranhos psicanalistas da história do cinema.


Inês Gens Mendes - 23-11-2011 12:00» in http://cinema.sapo.pt/magazine/e-cinema/e-cinema-o-metodo-de-freud-segundo-david-cronenberg


(Un Método Peligroso | A dangerous method, DAVID CRONENBERG)

(Viggo Mortensen en la piel de Freud)

11/10/11

Cinema - A atriz iraniana Marzie Vafamehrha foi condenada a um ano de prisão e 90 chicotadas pela sua participação no filme «Teherane Man Haray», informou hoje o site Kalameh!

Atriz iraniana é condenada a um ano de prisão e 90 chicotadas (DD)


«Atriz iraniana é condenada a um de ano prisão e 90 chicotadas


A atriz iraniana Marzie Vafamehrha foi condenada a um ano de prisão e 90 chicotadas pela sua participação no filme «Teherane Man Haray», informou hoje o site Kalameh.
Depois de tomar conhecimento da sentença no último domingo, decretada por um tribunal de justiça do Teerão, o advogado de Marzie apresentou um recurso à instância superior, acrescentou o site.


Mulher do cineasta iraniano Naser Taghvai, Marzie foi detida no final de junho, segundo à mesma fonte, por ter atuado num filme que narra os problemas de uma jovem artista para viajar à Austrália.


Taghvai declarou ao site Kalameh que outras pessoas envolvidas no filme também foram presas, mas só Marzie foi condenada. Segundo o cineasta iraniano, o filme contava com a permissão do Ministério de Cultura e Orientação Islâmica.


«Marzie está numa prisão de Garchak, numa província de Teerão. O local é um antigo galinheiro que não apresenta as mínimas condições higiénicas», acrescentou o marido da atriz.


Produzido há quatro anos por Garanaz Musavi, uma cidadã iraniana que reside na Austrália, o filme foi resultado de uma tese universitária e contou com a participação de muitos estudantes, todos com a permissão das autoridades.


Apresentada em vários festivais, o filme chegou ao Irão por vias desconhecidas e acabou por ser distribuído no mercado negro. «Antes, o filme era vendido por menos de 1 dólar. Agora, devido ao processo, custa 6 dólares», adiantou Taghvai.


A pressão sobre os artistas, especialmente mulheres cineastas e atrizes, aumentou muito nos últimos meses no Irão e várias delas foram detidas, processadas e condenadas com diversas penas.» in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=535598
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Estamos no Século XXI e nos Países Muçulmanos as mulheres são tratadas assim... mas o palhaço do presidente do Irão veio dizer na televisão, que é um grande democrata...

26/09/11

Cinema - As fotos, tiradas em 1946, mostram Norma Jeane Dougherty, aos 20 anos, antes de se tornar na estrela mundial Marilyn Monroe!

«O primeiro ensaio de fotos, tiradas em 1946, de Marilyn Monroe vai a leilão. As fotos vão ser vendidas por ordem de um tribunal. 

As fotos, tiradas em 1946, mostram Norma Jeane Dougherty, aos 20 anos, antes de se tornar na estrela mundial Marilyn Monroe.

As fotografias vão a leilão, depois de uma ordem de um juiz, do estado da Flórida, que decidiu a venda das mesmas para que o fotógrafo Joseph Jasgur pague as suas dívidas.

À data, o fotógrafo tirou as fotos a pedido de uma agência de modelos.

O leilão será realizado nos dias 2 a 4 de dezembro, em Beverly Hills, na Califórnia. O lote contém três fotografias a preto e branco e uma a cores.» in http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=69105

(Marilyn Monroe - Tribute)

11/09/11

Amarante - Cineclube de Amarante apresenta: "O Castor"; Sexta-feira, dia 16 de Setembro, pelo 21H30M!



«Cinema Teixeira de Pascoaes
6ª Feira, 16 às 21: 30

O Castor
Título original:The Beaver
De:Jodie Foster
Com:Mel Gibson, Jodie Foster, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence
Género:Drama, Comédia
Classificação:M/12
EUA, 2010, Cores, 89 min
Estreia nacional: 16 de Junho de 2011

Walter Black (Mel Gibson) é um homem cuja depressão tomou conta da sua vida. Sem saber mais o que fazer para o ajudar, e temendo que aquela prostração prejudique o crescimento dos filhos de ambos, Meredith (Jodie Foster), a sua mulher, decide optar pelo divórcio. É então que, quando está prestes a sucumbir, Walter encontra um castor-fantoche. A partir daquele dia, o boneco começa a fazer parte do seu dia-a-dia e Walter, usando-o como seu alter-ego, começa a comunicar de novo com o mundo, desta vez pela "boca" do seu amigo imaginário. No entanto, apesar desta estratégia o fazer sentir melhor e mais próximo daqueles que ama, parece que esta nova versão de si cria novos entraves às suas relações. Desta maneira, para recuperar totalmente a sua vida e a sua personalidade, ele terá de dar um novo passo em frente e abandonar o seu amigo. Mas isso parece deixá-lo de novo à deriva... Uma história dramática, realizada por Jodie Foster, vinte anos depois do sucesso de "Mentes que Brilham".
De que falamos quando falamos de um castor?

No filme de Jodie Foster — com Mel Gibson e Jodie Foster —, O Castor (The Beaver), quem fala quando o castor fala?

A questão não é anedótica. Envolve mesmo um drama primordial, e primordialmente humano: quem sou eu para o outro? Ou ainda: que "eu" apresento, e edifico, na minha relação com o outro?


Provavelmente só um actor ou actriz (um actor e uma actriz) conseguiria lidar com esta história do homem-com-uma-marioneta-de-castor. Porquê? Porque ela envolve a mais desarmante exposição do amor: não sabes quem eu sou... e eu também não.
Em qualquer caso, simplificando, digamos para já que se trata de um dos filmes mais inclassificáveis e fascinantes deste Verão cinematográfico. Efeitos especiais para quê? Nenhum é tão complexo como pode ser um actor em frente a uma câmara. Ou, se for caso disso, um castor.



Trailer do filme 'O Castor'
--
Elsa Cerqueira
Cineclube de Amarante

06/09/11

Cinema - "C'était un Rendezvous" pequeno filme de 1976 em que Claude Lelouch percorre Paris num FERRARI GTB!




«VÍDEO DE CLAUDE LELOUCH POR PARIS NUM FERRARI GTB -1978
Em agosto de 1978, portanto há 31 anos, o cineasta francês Claude Lelouch adaptou uma câmera giroscopicamente estabilizada na frente de um Ferrari 275 GTB e convidou um amigo piloto profissional de Fórmula 1, para fazer um trajecto no coração de Paris (!!), na maior velocidade que ele pudesse.

A hora seria logo que o dia clareasse.
O filme só dava para 10 minutos e o trajeto seria de Porte Dauphine, através do Louvre até à Basílica do Sacre Coeur. Lelouch não conseguiu autorização para interditar nenhuma rua no perigoso trajecto.

O piloto completou o circuito em 9 minutos(!), chegando a 324 km por hora em certos momentos.
O filme mostra-o furando sinais vermelhos, quase atropelando peões, espantando pombos e entrando em ruas em contra-mão. O sol ainda nem  tinha nascido.
O piloto teria  sido René Arnoux ou Jean-Pierre Jarier.

> Quando mostrou o filme em público pela primeira vez, Claude Lelouch foi preso!!
Mas ele nunca revelou o nome do piloto de fórmula 1 que pilotou a máquina. O filme foi proibido, passando a circular só no underground.

Se você não viu ainda o clássico, prenda a respiração e clique no link abaixo. Se você já viu, veja de novo. Vale a pena curtir a emoção de passear em Paris a bordo de um Ferrari 275 GTB.
Ligue o som e curta!!!
Versão Integral...  Raridade!!!»





"C'était un rendez vous"


15/05/11

Cinema - «The Ballad of Genesis and Lady Jaye» vence Grande Prémio do IndieLisboa !

««The Ballad of Genesis and Lady Jaye» vence Grande Prémio do IndieLisboa



O festival de cinema IndieLisboa atribuiu o Grande Prémio Cidade de Lisboa ao filme «The Ballad of Genesis and Lady Jaye», de Marie Losier. Na competição nacional, foi premiado «Linha Vermelha».
João Pedro Rodrigues João Rui Guerra da Mataarrecadaram o prémio para melhor curta-metragem portuguesa, por «Alvorada Vermelha», e Erik Moskowitz e Armanda Trager receberam o prémio para melhor curta-metragem internacional, por «The Story of Elfranko Wessels».
O júri internacional de longas-metragens, composto por François Bonenfant, Denis Côté, Gabe Klinger, Jean-Pierre Rehm e Margarida Vilanova, atribuiu o prémio principal internacional, no valor de 15 mil euros, a «The Ballad of Genesis and Lady Jaye» e uma menção honrosa a «La BM du Seigneur», de Jean-Charles Hue (França).
Atribuiu ainda o Prémio Caixa Geral de Depósitos para melhor longa-metragem portuguesa, no valor de 5 mil euros, a José Filipe Costa, por «Linha Vermelha».
Entregou também o Prémio de Distribuição, que pretende ajudar à distribuição do filme em Portugal, no valor de 2.500 euros, a «Morgen», de Marian Crisan (Roménia/França).
O júri internacional de curtas-metragens, composto por Catarina Mourão, Thure Munkholm e Bruno Safadi, decidiu atribuir o prémio principal internacional, no valor de 5 mil euros, a «The Story of Elfranko Wessels», de Erik Moskowitz e Armanda Trager (EUA/Canadá), e também menções honrosas a «Diane Wellington», de Arnaud dês Pallières (França), «La Forêt», de Lionel Rupp (Suíça), e «The Painting Sellers», de Juho Kuosmanen (Finlândia).
Atribuiu ainda o prémio Pixel Bunker, no valor de 2.500 euros, acrescido de 6.000 euros em serviços, à curta-metragem portuguesa «Alvorada Vermelha», de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata.
Entregou também o Prémio Restart para melhor realizador português de curta-metragem, no valor de 3.500 euros em meios de produção e pós-produção, ex-aequo, a Gabriel Abrantes, por «Liberdade», e a Marco Martins e Filipa César, por «Insert».
Coube-lhe igualmente atribuir o Prémio Novo Talento Fnac ao realizador nacional de curtas-metragens que se revelou um talento emergente, no valor de 2.500 euros, a Patrick Mendes, por «Homenagem a quem não tem onde cair morto».
O júri Pulsar do Mundo, composto por Graça Castanheira, Javier Packer Comyn e Paula Moura Pinheiro, atribuiu o Prémio RTP Pulsar do Mundo (5.000 euros em direitos de exibição para televisão) a «I’ll forget this day», de Alina Rudnitskaya (Rússia), e uma menção honrosa a «Pallazo Delle Aquile», de Stefano Savona, Alessia Porto e Ester Sparatore (França/Itália).
O júri IndieJúnior (cinco crianças nomeadas a partir de convites endereçados a instituições sociais e colégios privados) escolheu «O meu bom inimigo (My good enemy)», de Oliver Ussing (Dinamarca), como melhor filme, com 1.000 euros. As menções honrosas foram para «As mãos no ar (Les mains en air)», de Romain Goupil (França), e «Óculos de garrafa (Cul de bouteille)», de Jean-Claude Rozec (França).
Os prémios do IndieLisboa'11 foram entregues esta noite, na cerimónia de encerramento do festival, na Culturgest.
Foram anunciados também os dois alunos vencedores do workshop de realização que lhes facilitará o acesso à escola francesa Le Fresnoy: Filipe Afonso e Jorge Jácome.
A oitava edição do IndieLisboa termina no domingo, com a exibição dos principais premiados e as antestreias de«Kaboom», de Gregg Araki (19h15, Cinema São Jorge), e «Meek's Cutoff», de Kelly Reichardt (21h30, Culturgest).
SAPO/Lusa



Trailer - "The Ballad of Genesis and Lady Jaye"
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