12/05/13

Acidentes - O serralheiro Fernando Ribeiro Sousa, pai e avô, é a mais recente vítima dos picanços ilegais que se fazem às portas de Lisboa.

Corridas assassinas

«Corridas assassinas

O serralheiro Fernando Ribeiro Sousa, pai e avô, é a mais recente vítima dos picanços ilegais que se fazem às portas de Lisboa.

No domingo, 28 de abril, o dia de trabalho de Fernando Ribeiro Sousa, 65 anos, e de José Oliveira, 52, estendeu-se até de madrugada. A luz da oficina destes especialistas em trabalhos com ferro, situada em Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira, só foi desligada depois de os homens terem concluído uma encomenda de grelhadores para um cliente de Coimbra. O material deveria ser entregue na segunda-feira seguinte, sem falta. José Oliveira fora contratado para garantir que estaria tudo pronto dentro do prazo. E assim foi. Por volta da uma da manhã de domingo, Fernando Ribeiro Sousa sentou--se ao volante do seu carro para dar boleia ao amigo, que vive na Pontinha, em Lisboa.

O serralheiro optou pela autoestrada A1 porque tinha de parar na estação de serviço, à entrada da capital a fim de encher o tanque de gás do velhinho Volkswagen Vento. O depósito vazio afastou-o, por isso, do seu percurso usual - a estrada da Via Longa.

Já passava da uma da manhã, a autoestrada estava praticamente vazia. Os dois homens circulavam devagar, encostados à faixa da direita, com o rádio ligado a passar música ligeira. Quando se encontravam a apenas dois quilómetros da entrada de Lisboa, no sentido norte-sul, ouvem um som muito grave a aproximar-se por trás. Só tiveram tempo de olhar para os espelhos laterais e perguntar "o que é isto?". Seguiu-se o embate, muito violento.

A traseira do Volkswagen foi projetada em direção ao habitáculo e ficou desfeita. Fernando Ribeiro Sousa, pai de quatro filhos e avô de seis netos, não resistiu ao choque. José Oliveira, que ocupava o lugar do pendura, é o autor do relato que reproduzimos, após uma rápida e surpreendente recuperação no hospital de São José. "O som parecia o motor de um avião, só foi abafado pelo barulho do impacto", conta o serralheiro, que só recuperaria a consciência várias horas depois, na tarde de domingo.

O carro de Fernando Ribeiro Sousa terá sido atingindo na sequência de um despiste de dois Citroëns Saxo que circulavam a mais de 200 quilómetros por hora. O acidente ocorreu ao quilómetro 2.3 - junto da descida pronunciada que antecede as saídas para a CRIL e Ponte Vasco da Gama.

É precisamente nessa zona da A1 que se situa a meta da pista imaginada por condutores que durante as madrugadas de fim de semana participam em corridas ilegais, nos chamados picanços. Naquela noite, um jovem de 22 anos, ocupante de um dos Saxo, foi transportado com urgência para o hospital, acabando por falecer, dias depois.» in http://visao.sapo.pt/corridas-assassinas=f728979#ixzz2T6HI6Wq5



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