«Em noite de pouco futebol, salvou-se o “cachet”
Seleção nacional teve exibição muito descolorida no último jogo de 2012 e o melhor a retirar da viagem ao Gabão foram mesmo os 800 mil euros pagos à FPF pela realização deste particular.
Portugal empatou esta quarta-feira a dois golos no particular realizado frente à seleção do Gabão. Exibição portuguesa foi fraca e nem mesmo a participação de muitos dos jogadores que habitualmente não são titulares permite retirar ilações positivas deste amigável.
A primeira parte foi de muito fraca qualidade. Portugal não conseguia impor a sua qualidade técnica e o Gabão aproveitava para jogar próximo da baliza de Beto. O relvado de má qualidade não ajudou qualquer das equipas, mas foram os africanos que melhor se adaptaram a ele.
Com muita disputa a meio campo, a primeira oportunidade de golo surgiu só ao minuto 25, com o Gabão a estar perto do golo: cruzamento rasteiro da direita e Kanga rematou de primeira, mas para fora.
O Gabão estava animicamente mais forte e o golo acabou por chegar através de uma grande penalidade. Sílvio derrubou um avançado gabonês na área e Madinda não perdoou na conversão do pénalti.
A resposta de Portugal foi imediata e também de pénalti. Éder foi rasteirado e o árbitro não teve dúvidas em marcar o pénalti, que Pizzi converteu com sucesso na sua primeira internacionalização como titular da equipa das quinas.
Até final da primeira metade, tempo ainda para o árbitro ganhar protagonismo e ter estado à beira de um erro clamoroso: o Gabão esteve perto do 2-1, mas a bola nem sequer chegou a tocar a linha de golo. No entanto, o árbitro auxiliar viu o que não tinha acontecido e o árbitro chegou mesmo a dar golo para o Gabão. Corrigiu a tempo e as duas equipas recolheram aos balneários com 1-1 no marcador.
Portugal entrou mais determinado após o intervalo, mas nem por isso a qualidade do futebol praticado melhorou. No entanto, o golo acabou mesmo por surgir e pelo recém-entrado Hugo Almeida. O avançado regressou à seleção depois de alguns jogos de ausência e com poucos minutos em campo aproveitou para colocar Portugal na frente do marcador. Nelson furou pelo corredor direito e o avançado só teve de encostar à boca da baliza para fazer o 2-1.
Apesar de ter tomado as rédeas do jogo, Portugal não consegui o terceiro e foi o Gabão que repôs a igualdade, novamente graças a um pénalti, depois de Ricardo Costa jogar a bola com a mão na área. Pocko marcou e colocou o resultado em 2-2.
Até final o jogo arrastou-se sem que Portugal conseguisse impor-se no encontro: muita posse de bola mas pouca profundidade no ataque, com o Gabão a assustar Beto nos minutos finais. Exibição demasiado pobre da seleção das quinas para um “cachet” tão avultado quanto foram os 800 mil euros pagos à FPF.» in http://desporto.sapo.pt/futebol/seleccao/portugal/clube-portugal/artigo/2012/11/14/em_noite_de_pouco_futebol_salvo.html
2012.11.14 (19h30) - Gabon 2-2 Portugal
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