«UMA ESTRELA FOI POUCO PARA TANTO BRILHO PORTISTA
Uma Estrela, mesmo que de Belgrado, não chegou a ser ameaça ou caso sério para a exibição cinco estrelas com que o campeão português respondeu à desvantagem de três golos transferida da primeira mão. Nada de surpreendente, aliás, para o seu treinador, insatisfeito com os números (31-21), mas saciado pelo desempenho. Os Dragões já estão nos “oitavos” da Taça EHF.
“Eu sabia que eramos melhores do que o Estrela Vermelha”, assumiu Ljubomir Obradovic, pouco depois de terminada a partida da segunda mão, disputada este sábado, no Dragão Caixa. Sabia-o antes mesmo do jogo de Belgrado, de onde saiu com a certeza de que perdera mal. Menos de duas horas antes, a equipa que dirige já lhe tinha dado razão. Logo aos primeiros minutos, as diferenças começaram a assumir contornos claros, ao ponto de um golo de Pedro Spínola ter igualado a eliminatória. Em sete minutos, estava feito o 5-2.
A terceira ronda da Taça EHF voltava ao ponto de partida, mas só por uns instantes, antes mesmo do registo do primeiro período de claro ascendente azul e branco, que depressa produziu uma vantagem de oito golos (12-4), aparentemente capaz de sentenciar a qualificação ainda a meio da primeira parte. O problema é que a ilusão foi desfeita por um parcial desfavorável de 0-5, com que os sérvios reentraram na discussão.
Ao intervalo, com o resultado em 15-12, a eliminatória voltava teimosamente ao princípio, mas só para contar uma história parcialmente diferente na segunda parte. Nela entra apenas a hegemonia portista, então especialmente interpretada pelos “pontas” Ricardo Costa (o melhor marcador dos Dragões, com cinco golos) e Hugo Santos, autores de cinco tentos consecutivos, a retomarem o projecto de desequilíbrio que atingiu a expressão final de 10 golos. “Mas podiam ter sido mais”, insistiu Obradovic.
Já na sala de imprensa, não foi difícil para o pivô Tiago Rocha reconhecer que “a equipa esteve melhor na segunda parte”, apontando os progressos revelados depois das observações mais duras do treinador, antes mesmo do regresso ao balneário. “Não tivemos tantas oscilações e, sobretudo, soubemos fechar o remate do adversário”, disse.
Nos oitavos-de-final, o treinador não escolhe adversário e, muito menos, traça metas bem definidas para a competição, lembrando que, apesar de ter voltado a contar com Wilson Davyes, continua privado da experiência de Dario Andrade e Ricardo Moreira, ambos lesionados. Por isso, projecta a prova por etapas, embalado pelos cânticos dos adeptos. “Vamos acreditar sempre que podemos passar, porque com este apoio é difícil perdermos”, concluiu e agradeceu.
FICHA DE JOGO
FC Porto Vitalis-Estrela Vermelha, 31-21
Taça EHF, 3.ª eliminatória, 2.ª mão
3 de Dezembro de 2001
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 1.230 espectadores
Equipa de arbitragem: Boris Mandak e Mario Rudinsky (Eslováquia)
FC PORTO VITALIS: Hugo Laurentino (g.r.), Ricardo Costa (5), Pedro Spínola (3), Filipe Mota (2), Tiago Rocha (4), Gilberto Duarte (4) e Hugo Santos (3); Alfredo Quintana (g.r.), João Ramos (0), Vasco Santos (1), Daymaro Salina (3), Sérgio Rola (0), Wilson Davyes (3), Nenad Malencic (3)
Treinador: Ljubomir Obradovic
ESTRELA VERMELHA: Milan Kasanovic (g.r.), Slobodan Pavic (0), Nemanja Sudzum (1), Miljan Pusica (2), Damjan Blecic (3), Nikola Sljivancanin (0), Boban Zivkovic (2); Pedtr Pulcej (0), Marko Pantelic (0), Bozidar Nadoveza (8), Flip Scepanovic (0), Nikola Dokic (5)
Treinador: Igor Stevanovic
Ao intervalo: 15-12» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/Andebol/Noticias/noticiaandebol_andfcpestrelavermelha_031211_65547.asp
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