«Mundo na trajetória dos 6ºC de aumento de temperatura
Durante a Conferência Internacional do Clima (COP17) que está a decorrer em Durban, na África do Sul, a Agência Internacional de Energia revelou uma nova análise global do consumo de energia. Resumidamente, se continuarmos a consumir energia da forma como estamos a fazer agora, com uma predominância dos conbustíveis fósseis, o mundo poderá tornar-se um local bastante perigoso no futuro.
Fatih Birol, economista-chefe da Agência Internacional de Energia referiu que o consumo mundial atual de energia colocou a Terra numa trajectória em que em 2100 poderemos ter um aumento de temperatura de 6ºC relativamente à temperatura da era pré-industrial. “Toda a gente, incluindo crianças da escola, sabem que isto é uma catástrofe para todos.”
As negociações internacionais que têm decorrido entre as Partes desde o protocolo de Quioto pretendiam restringir o aumento da temperatura média do planeta a 2ºC.
Segundo o Washington Post, Birol falou de uma forma brusca pouco comum sobre as implicações do cabaz energético no clima que estão a ser contestadas por muitos conservadores nos Estados Unidos.
David Burwell que dirige o Programa de Energia e Clima no Carnegie Endowment for Internacional Peace refere que os comentários de Birol “apresentam grandes implicações para o investimento de capital na energia.”
Burwell acrescentou ainda que a Agência Internacional de Energia tem analisado a produção e uso de energia ao longo dos anos mas, esta é a primeira vez que falaram publicamente sobre a necessidade de mudar o rumo. “Estão claramente a levantar a bandeira vermelha, porque os números falam por si.”
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Fonte: www.washingtonpost.com» in http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=46958&bl=1
(Seis graus podem mudar o Mundo)
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