23/12/11

Amarante - A propósito de reorganizações administrativas, o nosso Concelho teve sempre muita mutação territorial ao longo dos tempos...

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«Amarante, Concelhos, Honras, Beetrias e Forais

Amarante constitui atualmente um concelho de 40 freguesias, reunindo em si três antigos concelhos, alguns coutos e algumas honras, que depois da reforma administrativa de 1834 nele foram incorporados. Eis alguns deles:

GESTAÇO – Antigo concelho, deu-lhe foral D. Manuel I a 15 de Março de 1514, sendo o seu primeiro senhor o Infante D. Pedro, Conde de Barcelos. D. João I deu-o a Gil Vasques da Cunha, seu alferes-mor, filho terceiro de D. Vasco Martins da Cunha.



«Gestaçô (Amarante)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Gestaçô ou Gestaçô era um concelho da antiga comarca de Penafiel, com sede na actual freguesia da Madalena do concelho de Amarante. O concelho teve foral em 1514 e foi extinto no início do século XIX.


Este antigo concelho não deve ser confundido com a atual freguesia de Gestaçô, do concelho de Baião. Esta tinha, no século XIX a designação de Campo de Gestaçô.


O antigo município de Gestaçô era constituído pelas freguesias de Ansiães, Bustelo, Candemil, Carneiro, Carvalho de Rei, Gondar, Jazente, Lufrei, Gestaçô (Santa Maria Madalena), Padronelo, Sanche, Várzea (São João) e Vila Chão do Marão. Tinha, em 1801, 7 505 habitantes.» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Gesta%C3%A7%C3%B4_(Amarante)


GOUVEIA – Antigo concelho, teve foral que lhe foi dado por D. Manuel I em 22 de Novembro de 1513, sendo seus donatários os Sousas, descendentes de Martim Afonso Chichorro, filho bastardo de D. Afonso III e de D. Aldonça ou D. Dulce Rodrigues de Sá. Esta Povoação já em 1125 tinha sido coutada por D. Afonso Henriques, doando-a aos Cónegos do Santo Sepulcro de Águas Santas (Maia).


«HISTÓRIA

A freguesia de Gouveia (S.Simão) situa-se a cerca de 10 km da sede do concelho de Amarante. Já foi uma antiga vila e sede de um concelho próprio que se denominou "Gouveia de Riba Tâmega" tendo recebido foral de D. Manuel em 22 de Novembro de 1513.

Depois de extinto o concelho próprio, fez parte do concelho de Soalhães, passando para o de Marco de Canavezes e deste transferida, em 31 de Dezembro de 1853, para o de Amarante.

Foram senhores e donatários de Gouveia os Sousas, descendentes de D. Martim Afonso Chichorro, filho bastardo de D. Afonso III e D. Aldonça, ou Dulce, Rodrigues de Sá. O primeiro Senhor foi D. Fernão de Sousa.

Anteriormente, Gouveia constituiu um couto feito por D. Teresa e D.Afonso Henriques em 1125 e doado aos Cónegos do Santo Sepulcro, do Convento de Águas Santas (Maia).

(Adaptado de Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura - vol. 9)» in http://ssimao.no.sapo.pt/historia.htm

OVELHA DO MARÃO – Antiga honra e beetria e hoje uma freguesia do concelho de Amarante. Foram-lhe dados alguns forais sendo o mais antigo o do tempo de D. Sancho I.




«Aboadela

Centro histórico de Aboadela

Bandeira
Brasão de armas

Localização no concelho de Amarante

Aboadela

Localização de Aboadela em Portugal
41° 15' 48" N 07° 59' 17" O
País Portugal
Concelho Amarante
- Tipo Junta de freguesia
Área
- Total 20,85 km2
População (2001)
- Total 887
- Densidade 42,5/km2
Código postal 4600-500 Aboadela
Orago Santa Maria de Aboadela
Correio eletrónico aboadela@sapo.pt
Aboadela é uma freguesia portuguesa do concelho de Amarante, com 20,85 km² de área, os quais são demarcados com as freguesias vizinhas de Canadelo, Sanche, Várzea, Olo e Ansiães. Apresenta 887 habitantes (2001). Densidade: 42,5 hab/km².


Índice [esconder] 

1 História
1.1 Origens e toponímia
1.2 Forais
1.3 Beetria do Reino de Portugal
1.4 Honra e Concelho
1.5 Invasão Francesa
1.6 A integração de Aboadela no concelho de Amarante
2 Geografia
3 Demografia
4 Economia
5 Figuras ilustres
6 Gastronomia
7 Festas populares
8 Símbolos e Património
8.1 Brasão
8.2 Bandeira
8.3 Ponte Românica
8.4 Cruzeiro
8.5 Pelourinho
9 Galeria de imagens


[editar]História

[editar]Origens e toponímia

Pode-se falar de Aboadela ao longo da história, mas na realidade, ao longo dos séculos a sua denominação foi alvo de várias alterações. Assim, nos seus primórdios, isto é, por volta de finais do século XII, designava-se por “Santa Maria de Bobadella”, que juntamente com a actual freguesia de Canadelo constituíram a “Honra e Ovelha do Marão”.
Neste território (Honra e Ovelha do Marão) encontrava-se um juiz, um ordinário, um vereador, um procurador, entre outros honrosos funcionários. Aqui, também estava presente uma Companhia de Ordenança que constituía um tipo de confraria que procurava defender a conscrição local, bem como a defesa de castelos, ou seja, tratavam da defesa e organização do território. Há ainda a salientar que a Companhia de Ordenança era chefiada por um Capitão-Mor. No caso do território da Honra e Ovelha do Marão, esta era sujeita ao Capitão-Mor de Gestaçô ou Gestaçô, que fora um antigo município na comarca de Penafiel que fora extinto no século XIX.
Durante vários séculos, Aboadela foi alvo de várias alterações. Deste modo, pode-se falar de múltiplas designações, as quais se passam a citar: Bobadella, Abovedela, Boudela, Bovedella, Bauadela, Buedela e Bobadela, sendo finalmente designada como Aboadela d’Ovelha do Marão, hoje conhecida somente por Aboadela. Quanto à sua toponímia, ela tem origem em “Aboar”, que significa pôr marcos, dividir, estremar ou demarcar.

[editar]Forais

Os primeiros registos sobre esta freguesia datam do século XII, quando Aboadela recebeu o primeiro foral no ano de 1196 no reinado de D. Sancho I, em Guimarães. Os forais concediam direitos e deveres aos cidadãos, entre outros. Neste caso, o foral imposto pelo rei D. Sancho I estabelecia que cada casal pagasse uma renda de “seis ferros por anno”, não se sabendo no entanto, hoje, a que ferros o foral se referia, pensa-se contudo, que como o foral se destinava a pessoas que tinham terras onde estavam patentes minas de ferro em lavra, então o dito ferro poderia ser uma espécie de barra de ferro ou uma ferradura.
Outros forais foram atribuídos posteriormente, não havendo todavia, registos do seu conteúdo. Sabe-se porém, que em 1212, D. Afonso II atribuiu pela segunda vez um foral, e mais tarde, em 1514, D. Manuel I também atribuiu mais um, neste caso, o último.

[editar]Beetria do Reino de Portugal

Há registos que apontam que Aboadela terá sido vila e couto, no entanto, realça-se o facto de ter sido uma das dez “beetrias” do reino, em meados do século XV. As “beetrias” destacavam-se em relação aos contos e às honras por constituírem um povo livre, que gozava do direito de escolha e mudança de senhor, sempre que assim o desejassem, ao contrário do que acontecia nos coutos e nas honras.
Em Amarante existiram três das dez “beetrias” que fizeram parte de Portugal. Assim, para além do Ovelha, realça-se a Beetria de Amarante e a de Louredo. Quanto à Beetria de Ovelha do Marão, ela acabaria por ser extinta em 1550, no reinado de D. João III, passando depois a ser uma Vigararia e ainda uma Reitoria. Foram senhores da Beetria da Honra e Ovelha do Marão, Vasco Martins de Sousa, Martim Afonso de Sousa e D. Jaime, Quarto Duque de Bragança.


[editar]Honra e Concelho

Símbolo na antiga casa da Câmara.

No século XVI, com a extinção de “beetria”, Aboadela mudava mais uma vez de estatuto, desta vez sendo substituída por uma Honra que associada ao conceito de concelho permaneceu até ao período do Liberalismo, isto é, até ao século XIX. O novo concelho de Ovelha do Marão foi então constituído pelas freguesias de Aboadela de Ovelha do Marão e S. Pedro de Canadelo. Foram senhores desta terra, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, quarto morgado de Mateus e D. José Maria do Carmo de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, seu filho. É da época destes ilustres senhores que data o brasão existente na antiga Casa da Câmara, no Lugar da Rua, símbolo emblemático do poder que se fazia então sentir naquele período nesta região.

[editar]Invasão Francesa

As invasões francesas deram-se em três momentos, e num primeiro e segundo momento acabariam por atingir a vila de Amarante, mas também passaram por Aboadela, no concelho de Ovelha do Marão, tendo ocorrido aqui uma das mais violentas batalhas de então, isto precisamente a 9 de Maio de 1809. Aboadela foi deste modo, um sítio estratégico para o lado português. Nesta freguesia foi reforçada a artilharia portuguesa e ainda foi oferecido apoio logístico.
As tropas francesas à chegada a Aboadela e à semelhança do que faziam noutros lugares por onde passavam serviam-se da população, ou seja, procuravam abastecimento junto desta. Seguidamente, não tinham qualquer gesto de piedade, pilhando e destruindo tudo que pudessem. Contudo, há a registar a derrota das tropas francesas contra três corpos de cavalaria portuguesa enfraquecendo deste modo, o lado francês.

[editar]A integração de Aboadela no concelho de Amarante

No século XIX, Amarante recebeu muitas das freguesias dos concelhos que haviam sido extintos (Gestaçô, Gouveia e Santa Cruz de Ribatâmega). É pois nesta altura que a Honra e Ovelha do Marão é destituída, através do Decreto 06/11 de 1836. Assim, as freguesias de Canadelo e Aboadela ficam anexadas ao concelho de Amarante, as quais permanecem até aos dias de hoje.» in 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aboadela

Mosteiro


TRAVANCA – Foi antiga vila e couto, não tendo nunca foral e nela exerciam jurisdição os frades do Convento de Travanca, fundado em 970 por D. Garcia Moniz, e que é um dos nossos mais antigos e mais lindos monumentos românicos.




TELÕES – É uma atual freguesia de Amarante. Nela houve um convento beneditino fundado em 887 pelo Conde D. Rodrigo Forjaz. Em 1173, D. Afonso Henriques e a Rainha D. Mafalda doaram-nos aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.



LOUREDO – É uma das actuais freguesias do Concelho e teve foral dado por D. Afonso III.



MANCELOS – Foi um antigo couto e é hoje uma freguesia do concelho de Amarante.  Teve um convento beneditino fundado em 1110 por Mem Gonçalves da Fonseca e sua mulher D. maria Pais Tavares.» in (O Brasão da Vila de Amarante, de Artur da Mota Alves)




«Santa Cruz de Riba Tâmega
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Santa Cruz de Riba Tâmega é um antigo município português, na zona do Tâmega, que recebeu foral de D. Manuel I em 1 de Setembro de 1513 e foi extinto em Outubro de 1855, sendo integrado na sua maior parte no de Amarante.


A sua sede era a atual vila de Vila Meã, mas o seu território estendia-se também ao longo dos actuais concelhos de Lousada, Marco de Canaveses e Penafiel, englobando as freguesias de:


Aião
Amarante (São Veríssimo)
Ataíde
Banho
Caíde de Rei
Carvalhosa
Castelões
Constance
Santa Cristina de Figueiró
Figueiró de Riba Tâmega
Fregim
Louredo
Oliveira
Passinhos
Real
Recezinhos (São Mamede)
Recezinhos (São Martinho)
Santo Isidoro
Toutosa


Após as reformas administrativas do início do liberalismo, anexou as freguesias de Mancelos e Vila Caiz e foram desanexadas as freguesias de Aião, Amarante (São Veríssimo) e Recezinhos (São Martinho).

Tinha, em 1801, 10 838 habitantes e, em 1849, 13 614 habitantes.» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Cruz_de_Riba_T%C3%A2mega


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