01/12/11

Comboios - A Associação de Utentes dos Comboios de Portugal - Comboios XXI criticou hoje a decisão da CP de interromper, a partir de domingo, o serviço ferroviário entre Porto e Vigo «sem qualquer justificação ou consulta prévia»!



«Utentes criticam interrupção da ligação ferroviária Porto/Vigo


A Associação de Utentes dos Comboios de Portugal - Comboios XXI criticou hoje a decisão da CP de interromper, a partir de domingo, o serviço ferroviário entre Porto e Vigo «sem qualquer justificação ou consulta prévia».


A transportadora ferroviária portuguesa alegou «falta de condições» para continuar a manter o serviço, que tinha partida do Porto duas vezes por dia.


«Após uma chamada para o ‘call center’ da CP ficamos vagamente a saber que essa interrupção se deve a ‘obras’, embora não haja informação acerca do teor dessas obras nem da sua localização. Desconfiamos que são uma desculpa de ocasião», afirma Nuno Oliveira, da Comissão directiva da Comboios XXI.


Em comunicado, o responsável refere que «por parte da transportadora ferroviária espanhola (Renfe) não há nenhuma indicação sobre essa interrupção, e a ADIF (congénere da Refer) nega existir qualquer impedimento à circulação».


O dirigente associativo considera ainda que esta é «mais uma agressão à mobilidade desta vasta euroregião (habitada por seis milhões de pessoas, uma das mais populosas da península), após a recente introdução de portagens na A28».


Nuno Oliveira refere que a decisão da CP foi anunciada «um dia depois do secretário do Eixo Atlântico Xoan Mao ter diligenciado no sentido de solicitar ao Ministro da Economia de Portugal uma reunião para debater, entre outras coisas, questões ferroviárias respeitantes ao Norte de Portugal e Galiza».


Actualmente, de acordo com a Comboios XXI, «verifica-se que este serviço, embora sem nenhuma divulgação especial junto do seu público-alvo, tem uma procura considerável - sobretudo na época estival».


«Numa altura em que todo o eixo Vigo – Santiago - Corunha é servido por novos comboios que circulam a 160 km/hora (brevemente a 220 km/h), do lado português simplesmente ignora-se a Galiza», lamenta Nuno Oliveira.


A associação exige, por isso, «a remodelação do serviço directo internacional Porto-Vigo, no que se refere à diminuição do tempo total de viagem, e a garantia de ligação rápida desta linha no Porto para quem segue no serviço IC ou Alfa».


Lusa/SOL» in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=23254


(SUSPENSÃO DE COMBOIOS PARA VIGO MOTIVA CRÍTICAS)

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