«Amarante
A BIBLIOTECA da Universidade de Coimbra, guarda um manuscrito que tem o n.º 356 do catálogo, e é um pequeno poema em 74 oitavas, dedicado a Amarante, tendo por título «Flores de Amarante» assinando-o «um patricio afectuoso». Diogo Barbosa Machado na sua Biblioteca Lusitana informa-nos que fora seu autor João Veloso de Queiroz, natural de Amarante. Conhecemos genealógicamente a família deste João Veloso de Queiroz, reservando para outro estudo o que sobre ele sabemos.
Por se fazerem neste poema várias referências às origens de Amarante, vamos transcrever algumas oitavas:
«Flores de Amarante»
«Nobre digo por sua antiguidade
porq. ia no tempo dos Romanos
(E a história verdadeira o persuada)
a fundarão fermosos turdetanos
Foi seu nome Araduca n'essa edade
antes de Christo vir m.tos annos
mas do tempo a inclemencia e desconcerto
pouco a pouco a desfez e fes deserto.»
«Em misera ruina sepultada,
sendo exemplo de soberbos na ruina
Logo per Amarantho reformada
Fenis renace a villa de Amarantina
é de seu nome ilustre derivada,
a ser perpetua flor se determina
mas que perpetua flor se determina
mas que perpetua seia não me espanto
porque he flor que não murcha d'Amarantho.»
«Corrompeo ce este nome transmutado
a letra o em e com que Amarante
este nome foi sempre conservando.
algus, porque o marão lhe esta deante
de ante Marão o forão derivando.
falça ethemologia, mas galante
e aqui se deixa ver, se se penetra
o que faz a mudança de uma letra.»
João Veloso de Queiroz» in "O Brasão da Vila de Amarante de Artur da Mota Alves
(Amarante Antiga)
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