O programa inclui, às 15h30, a abertura de uma exposição de fotografia e o descerramento de uma placa alusiva à efeméride, na estação de Amarante,
A Câmara Municipal comemora, no próximo dia 21 de Março, o centenário da chegada do comboio a Amarante.
O programa inclui, às 15h30, a abertura de uma exposição de fotografia e o descerramento de uma placa alusiva à efeméride, na estação de Amarante; a abertura, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, da exposição “No Centenário da Chegada do Comboio a Amarante”, a apresentação de uma coleção de postais de António Teixeira Carneiro, seguida da Conferência “O comboio como fator de desenvolvimento económico e social”.
As celebrações encerrarão à noite, decorrendo, na Casa das Artes de Amarante, a partir das 21h30, o concerto “Amar Guitarra.» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=1762
«Linha do Tâmega - resumo histórico
Com início na Livração, a Linha do Tâmega só começou a ser construída em Março de 1905 pelos Caminhos de Ferro do Estado - Companhia do Minho e Douro (CFE-MD).
Após grande polémica quanto à definição do traçado e a quantidade de empresas interessadas na sua construção, só em 1908, quando começam os estudos de organização do Plano das linhas a norte do Mondego, aprovado em 1900, se classificou definitivamente esta linha como complementar da Linha do Douro:
-em via reduzida (1,00 m), entre Livração, Amarante e Cavez, pela margem direita do rio Tâmega, entroncando naquela última localidade com a Linha de Guimarães a Chaves (a linha de Guimarães chegou apenas a Fafe).
O primeiro troço, entre Livração e Amarante, é inaugurado em 20 de Março de 1909. Só mais tarde, na Lei de 03-04-1913, o Fundo Especial dos CFE previu satisfazer a construção da linha, para além de Amarante o que nada resolveu.
Em 1916 novo impulso é dado, mas os trabalhos de construção dos 5 km de linha, entre Amarante e Gatão só terminaram com a inauguração a 23-10-1921.
Mais cinco anos se gastaram para construir o troço entre Gatão e Chapa (5km) aberto à exploração em 22-11-1926.
Em 1927 a CP toma de arrendamento as linhas do CFE e subarrenda a do Tâmega à Companhia de Caminhos de Ferro do Norte de Portugal (NP).
De Chapa a Celorico de Basto demorou o comboio a chegar seis anos (20-03-1932), de nada valendo o empenho de Elvino de Brito e Paçô Vieira.
Em 21-12-1933 era aprovado o projeto entre Celorico de Basto e Arco de Baúlhe. Mas em 15-05-1941 a Comisão Administrativa da NP nomeada pelo Governo em 05-08-1933 devido à grave crise ferroviária desta década, mandava suspender a exploração em todo o percurso, apesar de estarem feitos trabalhos de terraplanagem e quase construído o viaduto de Maratamá. Em 1947 esta linha passa a fazer parte da rede ferroviária nacional explorada apenas pela CP.
O comboio chega finalmente a Arco de Baúlhe em 15 de Janeiro de 1949.
Em 01-01-1990 o troço Amarante a Arco de Baúlhe foi encerrado.
Se desejar conhecer o troço Amarante a Vila Nune – entre no “comboio” que Dario Silva disponibiliza aqui.» in http://linhadotamega.no.sapo.pt/historia.htm
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A meu ver esta comemoração faz todo o sentido e é também uma questão de justiça para com uma instituição, como a REFER, antiga CP, e que muito tem feito pelo desenvolvimento deste país, mitigando o efeito da interioridade, o que é bem visível no caso em questão para a Linha do Douro e ramal do Tâmega. Quantas vidas já foram transportadas naquelas carruagens, quanta alma em tanto ferro...
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