«Dois golos para selar dois anos de liderança para selar dois anos de liderança
Dois remates indefensáveis, o primeiro de Lisandro, o segundo de Quaresma, promoveram o reencontro do líder com as vitórias, na mais óbvia consequência de um incomparável magnetismo que mantém o F.C. Porto à frente da Liga há dois anos, num ininterrupto percurso de supremacia que se estende a três campeonatos. A inimitável atracção pela conquista é também a razão imediata da perda do estatuto de invencibilidade com que o Setúbal se apresentou no Dragão. À quarta jornada, já havia acontecido o mesmo ao Marítimo. Em cinco minutos, mais uns quantos segundos, o inevitável Lisandro colocava o jogo em marcha, assinando o seu décimo golo na Liga e acrescentando a emergência de uma revisão estratégica a Carlos Carvalhal, que, à parte retoques circunstanciais, reservou rectificações mais profundas para o balneário, persistindo num estratagema de expectativa e contra-ataque cuja validade caducara pouco depois de colocado em prática.
Numa configuração de cuidado e risco, o F.C. Porto executou a dois ritmos, oscilando entre a elaboração ponderada e os movimentos de ruptura, num balanço entre genialidade e o culto das transições rápidas, das quais Raul Meireles era o melhor intérprete. Num único toque, interrompeu o ensaio adversário e compôs a resposta e o desequilíbrio; na esquerda, Lisandro tirou dois opositores do caminho, mas faltou força ao remate.
A vertente marcadamente ofensiva do campeão ecoava em lateralizações argentinas, que pareciam antecipar o segundo golo, ou nos remates cruzados de Quaresma ou Bosingwa, que devolviam Eduardo ao relvado, partilhando com os espectadores a ilusão de que a dilatação da vantagem portista era questão de uma mera fracção de segundo, talvez a próxima. Tão ameaçador como fora antes, o F.C. Porto passava a sê-lo com maior frequência.
O melhor marcador da Liga até voltou a dispor de um encontro muito especial com o guarda-redes do Vitória, mas esbarrou no obstáculo, o mesmo que Lucho ultrapassaria no lance praticamente imediato, antes de acertar na malha lateral. Para lá de uma grande penalidade por assinalar, por derrube a Lisandro, a confirmação da nona vitória portista em onze jornadas chegou 80 minutos depois do golo que o precedera, com um remate monumental de Quaresma, desferido bem de fora da área e a resumir o voo de Eduardo a um arriscado exercício incapaz de negar a inevitabilidade carregada por um pontapé que combinou, com precisão, força e colocação.
FICHA DE JOGO
Liga 2007/08, 11ª jornada25 de Novembro de 2007Estádio do Dragão, no PortoAssistência: 37.309 espectadores
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)Assistentes: Luís Tavares e Valter Oliveira4º Árbitro: Ângelo Correia
F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Cech; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles; Tarik, Lisandro e QuaresmaSubstituições: Tarik por Mariano (64m), Raul Meireles por Farías (86m) e Paulo Assunção por Kazmierczak (86m)Não utilizados: Nuno, Fucile, João Paulo e Hélder PostigaTreinador: Jesualdo Ferreira
V. SETÚBAL: Eduardo; Janício, Robson, Auri e Adalto; Elias, Sandro «cap» e Ricardo Chaves; Matheus, Cláudio Pitbull e PaulinhoSubstituições: Paulinho por Edinho (46m), Matheus por Bruno Gama (63m) e Elias por Filipe Gonçalves (80m)Não utilizados: Marco Tábuas, Hugo, Bruno Ribeiro e JorginhoTreinador: Carlos Carvalhal
Ao intervalo: 1-0Marcadores: Lisandro (6m), Quaresma (86m)Disciplina: cartão amarelo a Cláudio Pitbull (2m), Bosingwa (11m), Paulo Assunção (36m), Janício (57m), Adalto (70m), Pedro Emanuel (79m) e Raul Meireles (85m)» in site F.C.Porto.
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A equipa do F.C. Porto quebrou hoje a malapata que a vinha perseguindo, nas duas últimas jornadas da Superliga. A equipa manteve um ritmo mais constante, batendo uma equipa valiosíssima, dado que ainda não tinha perdido nesta época e fazendo uma exibição mais consistente, com o "patrão" Lucho a manobrar no meio campo, Quaresma e Bosingwa a desequilibrar nas alas e Lisandro, o verdadeiro "matador". Destaque para o regresso do capitão Pedro Emanuel, após uma longa lesão! Uma palavra de apreço pelo Vitória de Setubal, que tem um excelente futebol e que se bateu brilhantemente no Dragão. A equipa do meu amigo cibernético Ochôa, de Pedroto, de Octávio Machado, de Duda, de Mourinho, enfim de muita gente importante para o F.C. Porto. Para mim o Vitória de Setúbal é claramente, a minha segunda equipa preferida da Superliga e Setúbal é a cidade que mais gosto a Sul, juntamente com a sua boa gente. Viva o Vitória de Setúbal, viva F.C. Porto!
Alguns momentos de um bom jogo de futebol à Porto!
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