26/01/12

Espaço - A maior tempestade solar desde 2005, que se tornou visível na terça e quarta-feira, com o aparecimento de auroras boreais, é um fenómeno “regular, perfeitamente normal”, disse o diretor do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL)!




«Maior tempestade solar desde 2005 é um fenómeno regular


A maior tempestade solar desde 2005, que se tornou visível na terça e quarta-feira, com o aparecimento de auroras boreais, é um fenómeno “regular, perfeitamente normal”, disse o diretor do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).


“O sol tem um ciclo de atividade de 11 anos. Passámos por um mínimo há dois ou três anos e agora a atividade está a subir. É uma coisa regular, perfeitamente normal. Que ninguém esteja preocupado com 2012, porque senão tinham de se preocupar com 2011 (…) e todos os anos para trás. Esta é a história do planeta”, afirmou Rui Jorge Agostinho.


Segundo a agência espacial norte-americana (NASA), o Sol entrou em erupção no domingo, libertando uma carga anormal de partículas, como protões, na direção da Terra.


Na terça-feira, o site da agência espacial referia que esta nuvem de radiação estava a deslocar-se a uma velocidade 2.250 quilómetros por segundo e deveria atingir o escudo magnético da Terra entre as 14:00 e as 22:00 de terça-feira.


“Há três efeitos possíveis. Um deles já começou a ser visível que é o aparecimento de auroras boreais com maior intensidade”, indicou Rui Jorge Agostinho.


Segundo o diretor do Observatório Astronómico de Lisboa em Portugal este tipo de fenómenos já foi visível.


“Fale com os nossos avós, décadas de 30, e creio que há registos de nessa altura terem sido vistas auroras boreais aqui em Portugal. Não sei dizer o ano, mas já falei com pessoas que indicaram que nessa época foi visível”, disse.


Rui Jorge Agostinho diz também que este tipo de fenómenos pode provocar efeitos “sobre os satélites que estão a gravitar em torno da terra”.


“Como estamos a falar de partículas muito energéticas quando embatem nos sistemas eletrónicos, apesar do satélite estar protegido, induzem correntes espúrias e podem estragar os componentes eletrónicos e por causa disso as agências espaciais costumam desligar os satélites”, explicou.


De acordo com o diretor do Observatório Astronómico de Lisboa, “o terceiro aspeto tem a ver com a alteração do campo elétrico terrestre”.


“Como é que isto perturba. Perturba essencialmente as linhas de alta tensão, mas aqui estamos a falar de valores que as nossas linhas, as linhas da Rede Elétrica Nacional, não utilizam. Estamos a falar de cerca de 400.000 volts. Há umas até com 500.000 volts”, indicou, sublinhando que quando as centrais elétricas não estão preparadas podem “ir abaixo”.


@Agência Lusa» in http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/maior-tempestade-solar-desde-200_2368.html




«Tempestades solares


Nem todos os efeitos da actividade solar são nocivos. Um deles, belo e espectacular, são as auroras boreais, luzes coloridas que surgem nos céus de regiões relativamente próximas do pólo Norte. Normalmente, as auroras boreais são esverdeadas pois os átomos de oxigénio das altas camadas atmosféricas emitem luz verde, ao serem excitados pelos eléctrodos de alta velocidade do vento solar. Quando a tempestade é forte para valer, camadas mais baixas da atmosfera são atingidas pelo vento solar e a aurora boreal pode vermelha, cor da luz emitida por átonos excitados de nitrogénio, outro constituinte de nossa atmosfera. Além disso, nesse caso as auroras boreais podem ser vistas mesmo a latitudes bem menores, mais próximas do equador. O Fênomeno das Auroras é visível na Terra e em todos os planetas gasosos do Sistema Solar. Na Terra elas ocorrem ao longo de todas as chamadas "zonas aurorais", regiões em forma de anel que circundam os pólos geomagnéticos Norte e Sul. Estas zonas aurorais, onde os observadores terrestres podem ver a aurora em sua actividade máxima, estão localizadas em latitudes de 67º Norte e Sul, e tem, aproximadamente, 6 graus de largura. Quanto mais ao Norte ou ao Sul estivermos maior é a chance de ver uma aurora. O Norte da Europa, em particular, Norte da Noruega e da Finlândia, são excelentes locais para observação de auroras. O Alasca também é outro bom lugar, em particular a cidade de Fairbanks. As auroras podem ser observadas nas camadas mais elevadas da atmosfera, nas proximidades dos pólos Norte e Sul da Terra. É um belo espectáculo de luz e cores na atmosfera à noite. A que ocorre no pólo Norte recebe por nome de aurora boreal, a do pólo Sul é conhecida como aurora austral. Elas formam no céu uma luminosidade difusa, que pode ser vista quando o sol está em baixo no horizonte. O Sol emite uma grande quantidade de partículas electricamente carregadas, prótons e elétrons, que caminham em todas as direcções. Esse fluxo de partículas recebe o nome de vento solar. Ao atingir as altas camadas da atmosfera da Terra, essas partículas electrizadas são capturadas e acelaradas pelo magnetismo terrestre, que é mais intenso nas regiões polares. Essa corrente eléctrica colide com átomos de oxigénio e nitrogénio - num processo semelhante à ionização de gases que faz acender o tubo de uma lâmpada florescente. Esses choques produzem radiação em diversos comprimentos de onda, gerando assim as cores características da aurora, em tonalidades fortes e cintilantes que se estendem por até 2000 quilómetros. Enquanto a luz emitida pelo nitrogénio tem um tom avermelhado, a do oxigénio produz um tom esverdeado ou também próximo do vermelho.As auroras polares podem surgir em forma de manchas, arcos luminosos, faixas ou véus. Umas têm movimentos suaves, outras pulsam. Sempre em alturas de cerca de 100 quilómetros de altitude. Quanto mais próximo o observador estiver dos pólos magnéticos, maior a chance de ver o fenómeno. O campo magnético da Terra nos protege das partículas presentes no vento solar, que viajam a 400 Km/s. Se não fosse esse campo, teríamos sérios problemas de saúde, pois seríamos atingidos por essas partículas.A região mais activa de uma aurora fica visível normalmente ao redor da meia-noite local. Elas são relativamente imprevisíveis; devido às perturbações magnéticas, as auroras podem ser vistas em qualquer momento quando o céu está escuro. Na média, as observações ocorrem ao redor de meia-noite.No hemisfério do norte, temos o Alasca, e muitos locais do Canadá oriental. Na Europa, temos a Islândia e norte da Escandinávia. No hemisfério sul, a aurora aparece em regiões despovoadas. Além do local, o tempo e a poluição também afectem as chances de se ver a aurora. Obviamente, você não pode ver aurora se o céu estiver nublado. Porém, até mesmo uma neblina leve pode impedir de se ver a aurora principalmente se existir uma área urbana por perto.» in http://oficina.cienciaviva.pt/~pw020/g6/o%20que%20uma%20aurora.htm


(Como se origina una aurora boreal)

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