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03/06/11

Amarante - CineClube de Amarante Apresenta, 5.ª Feira, dia 9 de Junho: "A Cidade dos Mortos"




«SEXTA - Dia 3 de Junho não há Cinema, só Bombos. 


A próxima sessão será quinta-feira, dia 9, dia em que o CINECLUBE COMEMORA 16 ANOS!
Exibição do filme "A Cidade dos Mortos" + Presença do realizador Sérgio Tréfaut.
Apareça....com a família. Estão convidados.

Cinema Teixeira de Pascoaes5ª Feira, 9/06 às 21: 30
Ficha Técnica
Realização: Sérgio Tréfaut
Montagem:
Pedro Marques
Narração:
Ashraf Fakhouri
Fotografia:
Nancy Abdel-Fattah, Inês Gonçalves, Carlo Lo Giudice
Som
Sameh Gamal
Produtores:
Sérgio Tréfaut e José Sanchez-Montes
Produção:
FAUX (Portugal) e ATICO SIETE (Espanha)

SinopseA Cidade dos Mortos, no Cairo, é a maior necrópole do mundo.
Um milhão de pessoas vivem dentro do cemitério – em casas tumulares ou nos edifícios que cresceram em redor. Dentro do cemitério há de tudo: padarias, cafés, escolas para as crianças, teatros de fantoches...
A Cidade dos Mortos estende-se por mais de dez quilómetros ao longo de uma auto-estrada, mas não deixa de ser uma aldeia, com mães à caça de um bom partido para as filhas, rapazes a correr atrás das raparigas, disputas entre vizinhos.
Preparado e rodado ao longo de cinco anos (2004-2009), este filme procura dar a ver a alma invisível do cemitério.
Dados biográficos
Sérgio Tréfaut nasceu no Brasil em 1965, filho de pai português e de mãe francesa. Estudou filosofia na Sorbonne (Paris I) e começou a sua vida profissional em Lisboa, nos anos 90, como jornalista e assistente de autores como Teresa Villaverde, José Álvaro de Moraes e António Campos.
Desde há 15 anos é produtor e realizador. Os seus documentários foram exibidos em mais de 30 países e receberam diversos prémios internacionais. Destacam-se Outro País (1999), Fleurette (2002), Lisboetas (2005) e A Cidade dos Mortos (2009). Lisboetas foi o primeiro documentário português a estar três meses consecutivos em cartaz no circuito comercial e detém ainda hoje o recorde de espectadores por sala de cinema.


"A CIDADE DOS MORTOS"



Comentários

«Sérgio Tréfaut manifesta uma capacidade ímpar de olhar para outras culturas, observando-as e mostrando-as de tal forma que os espectadores dos seus filmes quase alcançam uma experiência pessoal dos mundos que ele visita... O material de que são feitas as lentes das suas objectivas é um assinalável humanismo cosmopolita. É um privilégio poder-se ver este cinema.»Manuel Mira Godinho
Professor Catedrático no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa
«Magnífico»Eurico de Barros, Diário de Notícias

«Um cemitério cheio de vida. Onde os vivos dormem com os mortos. E comem, e namoram, e têm filhos, e crescem, e vêem televisão.»Ana Margarida Carvalho, Visão
«Algo próximo de um certo neo-realismo fantasista: aquela sequência em que o circo chega ao cemitério não podia vir de "La Strada", de Fellini?»


Vasco Câmara, Ípsilon

Elsa Cerqueira,


Cineclube de Amarante»

30/04/11

Amarante - Cartaz de Maio do CineClube de Amarante, agora às sextas-feiras, no Cinema Teixeira de Pascoaes!

Cartaz de Maio de 2011
Cineclube de Amarante apresenta cartaz de elevada qualidade, para as sextas-feiras de Maio!
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«Olá, Boa Tarde:
 
O cartaz de Maio no Cineclube de Amarante segue em anexo.
 
Em Maio, destacaria dois filmes: o  do dia 6,  O mágico, que é de animação. Quem viu "BelleVille rendez-vous", conhece os  desenhos belíssimos de Sylvain Chomet.  Para assistir com toda a família.
 
 O do dia 27, Indomável, para além de ser dos irmãos Cohen, conta com um excelente desempenho de Jeff Bridges.
 
Até sexta,
Elsa Cerqueira»

28/04/11

Amarante Cinema - Cineclube apresenta no Cinema Teixeira de Pascoaes, "Cisne Negro", 6.ª Feira, dia 29, às 21H30M!

 


«Cinema Teixeira de Pascoaes


6ª Feira, dia 29 às 21: 30

Cisne Negro
Título original: Black Swan
De: Darren Aronofsky
Com: Natalie Portman, Vincent Cassel, Mila Kunis, Barbara Hershey, Winona Ryder
Género:Drama, Thriller
Classificação:M/16
EUA, 2010, Cores, 108 min
Estreia nacional: 03 de Fevereiro de 2011

5 Nomeações para os Óscares 2011

* MELHOR FILME
* MELHOR REALIZAÇÃO (Darren Aronofsky)
* MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL (Natalie Potman vencedora do Óscar)
* MELHOR FOTOGRAFIA
* MELHOR MONTAGEM

Nina (Natalie Portman) pertence à companhia de Ballet de Nova Iorque e praticamente todos os dias da sua vida foram dedicados à dança. Erica (Barbara Hershey), sua mãe, é uma ex-bailarina cuja única obsessão é ver a sua filha triunfar e que, por essa razão, controla todos os seus movimentos. Quando Thomas Leroy (Vincent Cassel), o director artístico da companhia, decide substituir a intérprete principal no imortal "O Lago dos Cisnes", de Tchaikovsky, Nina aparece como uma das escolhas mais prováveis. Mas Lily (Mila Kunis), uma outra jovem em ascensão, revela algumas características essenciais ao papel que faltam a Nina. Assim, à medida que as duas raparigas se tornam cada vez mais próximas, a doce Nina começa a revelar o seu lado mais negro... Realizado por Darren Aronofsky ("A Vida não é um Sonho", "O Último Capítulo" e "O Wrestler"), um thriller psicológico sobre a dicotomia entre o Bem e do Mal, latente na personalidade de todos os seres humanos. Depois da sua estreia na 67.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, foi nomeado para cinco categorias na próxima edição dos Óscares, entre os quais melhores filme, actriz (Natalie Portman) e realizador (Darren Aronofsky). PÚBLICO



Do melodrama ao terror biológico passando pelo "slasher movie", o filme passa por tudo. Suspendamos a incredulidade perante essa metamorfose tão berrante com as aventuras "escapistas" de uma "pulp fiction"

Explica o mestre de ballet (Vincent Cassel), às tantas, que "O Lago dos Cisnes" conta a história de uma rapariga encerrada no corpo de um cisne que só o amor pode libertar; mas eis que aparece o Cisne Negro, que boicota a aproximação do Príncipe à rapariga encerrada no Cisne Branco, ela suicida-se e assim, finalmente, se liberta. Vincent Cassel está a falar menos do bailado do que do próprio filme de Aronofsky, e a coisa é igualmente literal, e óbvia, quando o mestre diz à sua bailarina (Natalie Portman): "go home and touch yourself". É o que ela faz, vai para casa masturbar-se.
"Cisne Negro" é menos a história de uma rivalidade em pontas, do que a vertigem da ponta sexual de uma reprimida, que se estatela, e assim se liberta, no seu labirinto. Aronofsky, nessa nova forma, encontrada com "O Wrestler", para estar junto do filme e das personagens, tão perto que as pode ir moldando, dando sucessivas formas ao "boneco" (em vez de, como acontecia em "O Último Capítulo", "A Vida não é um Sonho" ou "Pi", ficar a olhar para si próprio), arrisca, em pleno campo do "mainstream", com o óbvio, com o visceral e com o inverosímil - do melodrama ao terror biológico passando pelo "slasher movie", "O Cisne Negro" passa por tudo, e a nossa experiência de espectadores é essa, suspender a incredulidade e adeirir a essa metamorfose tão delirante e berrante com as aventuras "escapistas" de uma "pulp fiction".
É essa plasticidade, que parte do naturalismo para se esticar até aos terrenos da fábula, que faz a singularidade de "O Cisne Negro". E que torna o filme, para além das citações ou referências (Aronofsky assume toques de "Repulsa", de Polanski, ou de "A Mosca", do Cronenberg; e iríamos jurar que viu em Veneza 2008, no ano em que o seu "Wrestler" recebeu o Leão de Ouro, "L''Autre", de Patrick-Mario Bernard e Pierre Trividic, que também filmava Dominique Blanc em rota de colisão com a sua dupla), um parente nada afastado das incursões exibicionistas de Brian de Palma ao terror. Falamos do operático "O Fantasma do Paraíso" ("Cisne Negro" não tem medo de entrar pelo desvario de palco) e falamos de "Carrie" - a inquietante Barbara Hershey, mãe amorosa, castradora e assustadora, e Natalie Portman, a filha virginal, presa assustada capaz de passar a predadora, projectam-nos para a Piper Laurie e Sissy Spacek daquele filme, e até desejamos que Natalie crucifique Barbara com facas.
É isto e mais: a capacidade de investir um cenário, Nova Iorque - que entretanto se transformou em coisa transparente, à força de servir de décor -, de uma expressividade doentia. Como naqueles planos, breves e exteriores, fugaz imagem de uma casa assombrada e de assombros. Não há outro filme assim, que procede a experiências com o "grande público" a assistir em fundo, na lista dos títulos nomeados ao Óscar. Na verdade, não há muitos filmes assim no "mainstream" americano, e não é o tão seguro de si "A Rede Social" ou o paquidérmico "Inception" que fazem figura de excepção. Para além disso, e para continuarmos nos oscarizáveis, "Cisne Negro" não precisa de se escudar no programa de intenções liberais para filmar o sexo entre mulheres como o envergonhado e nada liberto (comparem-se as cenas...) "The Kids are All Right".

Vasco Câmara, Público

Há um ponto de partida - uma primeira bailarina perfeccionista mas neurótica a quem o director da companhia dá o papel principal do "Lago dos Cisnes". O ponto de chegada não é forçosamente o que se espera; o que Darren Aronofsky tira daqui não é o proverbial "filme de ballet", mas um thriller psicológico que sugere a claustrofobia de alguns Polanski e o virtuosismo dos melhores Brian de Palma antes de escorregar gradualmente, mas sem retorno possível, para um "giallo" estilizado (pensem Dario Argento, pensem Mario Bava, pensem, num registo mais derivativo, o "Shutter Island" de Scorsese).
É o encontro entre um realizador que sabe muito bem o que quer fazer - desenhar meticulosamente a desintegração progressiva de uma personagem confrontada com o momento da verdade para o qual se treinou a vida toda e com a violência das relações humanas - e uma actriz em estado de graça, Natalie Portman, que se atira de cabeça para um daqueles papéis que só aparecem uma vez na vida. É, provavelmente, o melhor e mais arrojado dos "filmes dos Óscares" do ano.
Jorge Mourinha, Público




"Black Swan" - (Official Trailler HD)


"El cisne negro" - trailer doblado -  (Black Swan) - 2010

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Elsa Cerqueira
Cineclube de Amarante


28/02/11

Amarante - Programação de Março de 2011, do Cineclube de Amarante, no Cinema Teixeira de Pascoaes!

MARÇO 2011

«Cinema Teixeira de Pascoaes
6ªs Feiras às 21: 30

Em Março

Dia 4
Arrependimentos
Título original: Les Regrets
De:Cédric Kahn
Com:Yvan Attal, Valeria Bruni Tedeschi, Arly Jover
Género:Drama
Classificacao: M/12
Estreia nacional: 14 de Outubro de 2010
França, 2009, Cores, 104 min.

Mathieu Lievin (Yvan Attal) é um arquitecto na casa dos quarenta, solteiro e a viver em Paris. Devido à súbita doença e internamento de sua mãe, vê-se forçado a regressar à cidade onde cresceu. Aí, reencontra Maya (Valeria Bruni Tedeschi), uma ex-namorada dos tempos de juventude. Mas esta, acompanhada de um homem e de uma criança, finge não o reconhecer. Porém, horas depois, telefona-lhe e propõe-lhe um encontro. Mathieu compreende que aquele é um momento de mudança na sua vida, mas Maya, agora casada e mãe, pode não passar de uma paixão impossível. Um filme de Cédric Kahn ("O Tédio", "Sinais Vermelhos") que pretende questionar até que ponto a paixão e a vida de casal podem ser compatíveis.PÚBLICO

Dia 11
Que mais quero eu
Título original: Cosa Voglio di Più
De:Silvio Soldini
Com:Alba Rohrwacher, Pierfrancesco Favino, Giuseppe Battiston, Teresa Saponangelo, Gisella Burinato
Género:Drama
Classificação:M/12
Estreia nacional: 06 de Janeiro de 2011
Itália/Suiça, 2010, Cores, 120 min.

A viver nos subúrbios de Milão, Anna (Alba Rohrwacher) sempre fez o que dela era esperado. A sua vida diária resume-se ao trabalho de contabilista, a uma relação acomodada com Alessio (Giuseppe Battiston), aos amigos de sempre e familiares mais próximos. Quando, casualmente, se cruza com Domenico (Pierfrancesco Favino), que trabalha numa empresa de catering, redescobre o poder transformador do amor e do desejo. Mas Domenico é casado e tem dois filhos, e a relação entre eles acaba por se resumir a encontros fortuitos num motel. E, à medida que o tempo passa e os seus sentimentos evoluem, também a consciência de transgressão, responsabilidade e culpa adquire novas proporções...PÚBLICO

Dia 18
Vais conhecer o homem dos teus sonhos
Título original: You Will Meet a Tall Dark Stranger
De: Woody Allen
Com:Antonio Banderas, Josh Brolin, Anthony Hopkins, Gemma Jones, Freida Pinto, Lucy Punch, Naomi Watts
Género:Drama, Comédia
Classificacao: M/12
Estreia nacional: 20 de Janeiro de 2011
EUA/Espanha, 2010, Cores, 97 min.

Dois casais, duas gerações, as mesmas crises conjugais. De um lado, Alfie (Anthony Hopkins) e Helena (Gemma Jones) que, depois de 40 anos de casamento feliz, se divorciam. Ele quer voltar a sentir a adrenalina da juventude e viver a sua vida; ela, humilhada e deprimida, encontra apoio numa vidente e a convence que não tardará até encontrar um novo amor. Do outro lado estão a filha de ambos, Sally (Naomi Watts), e o marido, Roy (Josh Brolin), que, apesar das aparências, também se encontram em rota de colisão: ela tem uma paixão secreta pelo patrão (Antonio Banderas), ele não pára de pensar numa vizinha arrebatadoramente sensual (Freida Pinto)... O novo filme de Woody Allen é uma sátira sobre as ilusões e desilusões amorosas e de como é fácil cair no ridículo quando o que está em causa é o amor.

Dia 25
Um ano mais
Título original: Another Year
De: Mike Leigh
Com:Jim Broadbent, Lesley Manville, Ruth Sheen, Peter Wight, Oliver Maltman, David Bradley
Género:Drama, Comédia
Classificacao: M/12
Estreia nacional: 05 de Novembro de 2010
GB, 2010,Cores, 130 min.

Tom (Jim Broadbent) e Gerri (Ruth Sheen) atingiram a maturidade do amor e da felicidade, vivendo uma existência simples e descomplexada - ou, pelo menos, assim parece. O mesmo, porém, não se pode dizer daqueles que os rodeiam: uma amiga (Lesley Manville) a passar por uma crise de meia-idade, um amigo (Peter Wight) alcoólico em busca de uma nova oportunidade no amor, o filho (Oliver Maltman) com a nova namorada, o irmão de Tom, Ronnie (David Bradley), em depressão após a morte da mulher. Ao sabor das estações do ano, eles vão oferecendo conforto a quem os procura, ao mesmo tempo que vão revelando um pouco mais sobre si próprios. O novo filme do realizador inglês Mike Leigh ("Nu", "Segredos e Mentiras", "Vera Drake") estreou a concurso na Selecção Oficial de Cannes de 2010 e acaba de ser nomeado para o Óscar de Melhor Argumento Original.PÚBLICO
 
Elsa Cerqueira
Cineclube de Amarante

26/01/11

Amarante - Cineclube de Amarante Apresenta: "LOLA", 6.ª feira, dia 28 de Janeiro de 2011, pelas 21:30!


«Cinema Teixeira de Pascoaes 6ªs Feira, dia 28 às 21: 30
LOLA
Título original: Lola
De: Brillante Mendoza

Argumento: Linda Casimiro
Com: Anita Linda, Rustica Carpio, Tanya Gomez, Jhong Hilario, Ketchup Eusebio
Género: Drama
Classificacao: M/12

Filipinas/FRA, 2009, Cores, 113 min.


Lola, em filipino, significa avó. O neto de Lola Sepa foi assassinado pelo neto de Lola Puring, ambas são muito pobres e é esta tragédia que ligará o seu destino: uma tentará encontrar forma de pagar o funeral do falecido, a outra, uma maneira de pagar a fiança do assassino. Na primeira audiência de tribunal, o amor e a força das duas vão confrontar-se pois estão ambas dispostas a tudo pelos netos, mesmo que um seja a vítima e o outro o homicida.
Realizado por Brillante Mendoza ("Massagista", "Serbis", "Kinatay"), retrata a cultura filipina focando os problemas sociais, a pobreza, a luta diária pela sobrevivência, mas também evidenciando um profundo respeito pelos idosos. Prémio do júri no Festival de Veneza em 2009.

Em Anexo: Crítica e entrevista a Brillante Mendoza. Cortesia do CC Joane que exibe o filme (a cópia que vamos ver é a mesma até porque só há uma!) na véspera.
(…) a catedral que é LOLA – uma verdadeira procissão, numa Manila alagada pelas chuvas, de duas avós que, como todas as personagens de Mendoza, esbracejam, assoladas por ventos e marés, contra o destino que lhe impôs a sociedade. Foi o cume de um percurso onde o documentário social e o melodrama, o documental e o ficcional se vinham misturando e transformando. (…)
Vasco Câmara, Melhor Filme de 2010 do suplemento ípsilon do Jornal Publico
(...) que bela e terrível é esta história (...) Mendoza filma quase como se fosse um documentário, mas dominando todas as cordas com que o seu filme se tece.”
Jorge Leitão Ramos, 09/10/2011,Expresso

 «Lola (1961 film)
From Wikipedia, the free encyclopedia
Jump to: navigation, search
Lola
Directed by Jacques Demy
Produced by Georges de Beauregard
Carlo Ponti
Written by Jacques Demy
Starring Anouk Aimée
Marc Michel
Music by Michel Legrand
Agnès Varda (song "Lola")
Cinematography Raoul Coutard
Editing by Anne-Marie Cotret
Monique Teisseire
Distributed by Films Around the World Inc. original release (USA)
WinStar Cinema (USA) (re-release)
Release date(s) March 3, 1961
Running time 90 minutes
Country Italy / France
Language French
English
Lola, is a 1961 film, the debut film directed by Jacques Demy as a tribute to director Max Ophüls [1] and is described by Demy as a "musical without music"[2]. Anouk Aimée starred in the title role. The film was restored and re-released by Demy's widow, French filmmaker Agnès Varda.
The names of the film and title character were inspired by Josef von Sternberg's 1930 film Der blaue Engel, in which Marlene Dietrich played a burlesque performer named "Lola Lola."

Contents

[hide]

[edit] Story

Lola takes place in the Atlantic coastal city of Nantes, France. A young man, Roland Cassard (Marc Michel, who later reprises the role of Roland in the later Demy film, The Umbrellas of Cherbourg) is letting his life waste away until he has a chance encounter with Lola (Aimée), a woman he used to know as a teenager before World War II and who is now a cabaret dancer. Though Roland is quite smitten with her, Lola is preoccupied with her former lover, Michel, who abandoned her and her seven-year-old son years before. Also vying for Lola's heart is an American sailor, Frankie (Alan Scott), whose affection Lola does not return.
Struggling for work, Roland gets involved in a diamond-smuggling plot with the local barber. Crossing paths with Roland is a young teenage girl, Cécile (Annie Dupéroux), whose life in many ways mirrors that of Lola's (whose actual name is Cécile also). In the end, against all odds, Michel returns to Nantes for Lola, apparently very successful and hoping to marry her, just as she is leaving for another job in Marseille and Roland is also leaving town. Their paths do not cross.

[edit] Awards and nominations

[edit] References

[edit] External links

 --
Elsa Cerqueira
Cineclube de Amarante

"Lola" - (trailer)

20/01/11

Cinema - Cineclube de Amarante Apresenta: "Vida Heróica", 6.ª feira, dia 21 de Janeiro de 2011, pelas 21:30!

«Amarante Cineclube apresenta: Vida Heróica

Cinema Teixeira de Pascoaes
6ª Feira, dia 21 às 21: 30
Telefone: 255 431 084


Gainsbourg: Vida Heróica
Título original: Gainsbourg (Vie Héroïque)
De: Joann Sfar
Argumento: Joann Sfar
Com: Éric Elmosnino, Lucy Gordon, Laetitia Casta, Doug Jones, Anna Mouglalis, Sara Forestier, Mylène Jampanoï, Yolande Moreau, Kacey Mottet Klein
Género: Biografia, Drama, Musical
Classificacao: M/12

FRA, 2010, Cores, 129 min.



Uma biografia surreal e lúdica de Serge Gainsbourg, o controverso cantor francês, autor de "Je t'aime... moi non plus" ou "Bonnie & Clyde". A sua vida boémia e incomum, os seus romances escaldantes com Brigitte Bardot ou Jane Birkin, as suas constantes provocações transformá-lo-iam numa das personagens mais icónicas da cultura francesa do século XX. Descrito pelo seu realizador como "um conto", o filme conta a sua carreira, as suas paixões e as suas ligações a outros artistas, terminando em 1991 com a sua morte, aos 62 anos.
Trata-se da primeira longa-metragem de Joann Sfar, autor de BD conhecido pelas séries "Donjon" e "O Gato do Rabi". No papel de Gainsbourg surge o actor de teatro Éric Elmosnino, com a actriz e modelo Laetitia Casta como Brigitte Bardot, Anna Mouglalis como Juliette Gréco e Lucy Gordon (tragicamente falecida após a rodagem do filme) como Jane Birkin.



Para quem não quiser seguir os links, tem o trabalho facilitado em anexo com crítica, entrevista a Joann Sfar e artigo sobre Serge Gainsbourg. Cortesia do Cineclube de Joane que exibe o filme na 5ª feira.

Retrato do artista enquanto ícone
Jorge Mourinha, Público, 19/10/2010
  
Um singular olhar sobre Serge Gainsbourg que, mais do que biografia da pessoa, é uma assumida celebração do mito

Que não se entre nesta "vida heróica" de Serge Gainsbourg, o provocador icónico da música pop francesa da segunda metade do século XX à espera de um filme biográfico tradicional. Não foi isso que o argumentista e desenhador de BD Joann Sfar quis fazer na sua primeira longa. O genérico, aliás, é sintomático, ao chamar a "Gainsbourg" um "conto" - uma biografia do mito mais do que da pessoa, um olhar sobre as vidas e as imagens que Gainsbourg projectou e viveu usado como meio para chegar mais perto da essência de alguém que se tornou num ícone de uma certa ideia da França artística. Este Gainsbourg é uma vedeta relutante que escreve canções como declarações de amor ou frases de engate (a Brigitte Bardot, a Jane Birkin, a Juliette Gréco, às mulheres que atravessam a sua vida), desdobrado num alter ego fantasmático (La Gueule, uma representação grotesca das suas fraquezas tornadas em força) e numa criança precoce. No processo, Sfar desenha um delicioso retrato do artista enquanto criação pop como raras vezes se terá visto no cinema, ajudado pela criação de estarrecer de Éric Elmosnino, que transcende o mimetismo para se tornar numa espécie de encarnação livre do ícone. Mas "Gainsbourg, Vida Heróica" é também um exercício sublimemente minucioso na mecânica da "féerie" hollywoodiana, que recria com amor e carinho as convenções do musical e do "biopic" para em seguida as subverter subterraneamente através da incrustação de elementos oníricos. O efeito é simultaneamente lúdico e hiper-realista, com Joann Sfar a manipular as figuras obrigatórias com desenvoltura e irrisão, conseguindo combinar fantasia e rigor com uma segurança surpreendente para um estreante. Mesmo que tudo perca gás no terceiro acto e se comece a reduzir a uma sucessão de episódios um pouco apressados e desconexos, o que ficou para trás é suficiente para garantir que o realizador sabia muito bem o que estava a fazer: um filme pop singular e fascinante, tão caleidoscópico como a multiplicidade de imagens que Gainsbourg projectou. Parece-nos bem que o artista aprovaria.

Gainsbourg: Vida Heróica
Vasco Câmara, Público, 22/10/2010
  
As intenções de Joann Sfar de resgatar o seu filme a um paradigma "realista" do cinema francês encontram matéria à altura em "Gainsbourg, Vida Heróica". Mas isso - e é o mais interessante - também não empurra automaticamente o filme para a gaveta da contra-corrente artificiosa que se desenvolveu na indústria francesa nos anos 80 - devedora de um "chic" publicitário, com nomes como Jean Jacques Beineix, Luc Besson ou (na altura) a dupla Jeunet e Caro.

Se quisermos encontrar filiação, vamos encontrá-la, por exemplo, na afectação neurasténica de Spike Jonze ou Wes Anderson. Dito isto, Sfar não aguenta sempre "Gainsbourg (vie héroïque)" nas alturas - nas alturas, por exemplo, do encontro entre Gainsbourg, Gréco, Bardot e Jane Birkin ou nas alturas da abrasiva dança do homem com o seu duplo. Está em todo o projecto, aliás - mesmo que isso possa casar com a "decadência" da figura - um certo sentimento de lassidão. Mas o filme faz-se notar.»

--
Elsa Cerqueira
Cineclube de Amarante




Trailer - "GAINSBOURG (VIDA HERÓICA)" - PT

04/01/11

Cineclube de Amarante: Programação de Janeiro de 2011!

2011-JANEIRO
«Cineclube de Amarante: Programação de Janeiro de 2011

Cinema Teixeira de Pascoaes
6ªs Feiras às 21: 30
Telefone: 255 431 084
Em Janeiro

Dia 7
Greenberg
Título original: Greenberg
De: Noah Baumbach
Com: Ben Stiller, Greta Gerwig, Jennifer Jason Leigh
Género: Comédia Dramática
Classificacao: M/12

EUA, 2010, Cores, 107 min.

Roger Greenberg (Ben Stiller) é um nova-iorquino de 40 anos que poderia ser qualificado de deprimido obstinado. Quando o seu muito bem-sucedido irmão (Chris Messina) parte de férias com a mulher (Susan Traylor) para o Vietname, Roger hospeda-se na sua magnífica casa em Los Angeles com objectivos perfeitamente claros: tomar conta da casa, deprimir e não fazer rigorosamente mais nada. Enquanto cumpre os seus propósitos e cuida de Mahler, o cão pastor alemão, conhece Florence (Greta Gerwig), a sempre prestável e solitária assistente da família que aspira tornar-se cantora. O encontro entre duas almas extraviadas revela-se uma oportunidade única na insípida existência de Roger. Mas estará ele verdadeiramente preparado para abandonar a sua depressão crónica e empenhar-se em viver?
Uma comédia dramática de Noah Baumbach, depois do enorme sucesso de "A Lula e a Baleia" (2005) e "Margot e o Casamento" (2007).

Dia 14
Presente de Morte
Título original: The Box
De: Richard Kelly
Argumento: Richard Kelly
Com: Cameron Diaz, James Marsden, Frank Langella
Género: Ficção Científica, Terror
Classificacao: M/12

EUA, 2009, Cores, 114 min.

EUA, 1976. Norma (Cameron Diaz) e Arthur Lewis (James Marsden) formam um casal comum a viver nos subúrbios com o seu filho pequeno. Ela é professora, ele é engenheiro da NASA. Um dia são abordados por um homem desfigurado (Frank Langella), que lhes faz uma estranha proposta: numa determinada caixa há um botão que, se carregado, lhes dá imediatamente 1 milhão de dólares mas que, simultaneamente, tira a vida a alguém. O homem dá-lhes 24 horas para decidirem, mas eles cedo descobrem que perderam completamente o controlo sobre tudo, inclusivamente sobre as suas vidas.
Do mesmo realizador de "Donnie Darko" (2001) que, logo na sua estreia, se tornou num filme de culto, é baseado no conto "Button Button", de Richard Matheson.


Dia 21
Gainsbourg: Vida Heróica
Título original: Gainsbourg (Vie Héroïque)
De: Joann Sfar
Argumento: Joann Sfar
Com: Éric Elmosnino, Lucy Gordon, Laetitia Casta, Doug Jones, Anna Mouglalis, Sara Forestier, Mylène Jampanoï, Yolande Moreau, Kacey Mottet Klein
Género: Biografia, Drama, Musical
Classificacao: M/12

FRA, 2010, Cores, 129 min.

Uma biografia surreal e lúdica de Serge Gainsbourg, o controverso cantor francês, autor de "Je t'aime... moi non plus" ou "Bonnie & Clyde". A sua vida boémia e incomum, os seus romances escaldantes com Brigitte Bardot ou Jane Birkin, as suas constantes provocações transformá-lo-iam numa das personagens mais icónicas da cultura francesa do século XX. Descrito pelo seu realizador como "um conto", o filme conta a sua carreira, as suas paixões e as suas ligações a outros artistas, terminando em 1991 com a sua morte, aos 62 anos.
Trata-se da primeira longa-metragem de Joann Sfar, autor de BD conhecido pelas séries "Donjon" e "O Gato do Rabi". No papel de Gainsbourg surge o actor de teatro Éric Elmosnino, com a actriz e modelo Laetitia Casta como Brigitte Bardot, Anna Mouglalis como Juliette Gréco e Lucy Gordon (tragicamente falecida após a rodagem do filme) como Jane Birkin.

Dia 28
LOLA
Título original: Lola
De: Brillante Mendoza
Argumento: Linda Casimiro
Com: Anita Linda, Rustica Carpio, Tanya Gomez, Jhong Hilario, Ketchup Eusebio
Género: Drama
Classificacao: M/12

Filipinas/FRA, 2009, Cores, 113 min.

Lola, em filipino, significa avó. O neto de Lola Sepa foi assassinado pelo neto de Lola Puring, ambas são muito pobres e é esta tragédia que ligará o seu destino: uma tentará encontrar forma de pagar o funeral do falecido, a outra, uma maneira de pagar a fiança do assassino. Na primeira audiência de tribunal, o amor e a força das duas vão confrontar-se pois estão ambas dispostas a tudo pelos netos, mesmo que um seja a vítima e o outro o homicida.
Realizado por Brillante Mendoza ("Massagista", "Serbis", "Kinatay"), retrata a cultura filipina focando os problemas sociais, a pobreza, a luta diária pela sobrevivência, mas também evidenciando um profundo respeito pelos idosos. Prémio do júri no Festival de Veneza em 2009.

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Elsa Cerqueira
Cineclube de Amarante


"Greenberg" - Official Trailer [HD]

17/12/10

Amarante - Cineclube apresenta "Toy Story 3", hoje pelas 18:40, no Cinema Teixeira de Pascoaes!

«Amarante Cineclube apresenta Toy Story 3

Um filme programado para o último dia de aulas.
Um filme para a pequenada (!) mas que os adultos deviam ver...

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Elsa Cerqueira
Cineclube de Amarante
Cinema  Teixeira de Pascoaes
Dia 17, 6ª Feira, 18:40h
Toy Story 3
De: Lee Unkrich
Argumento: Michael Arndt
Género: Animação
Versão: Portuguesa
Classificacao: M/6
EUA, 2010, Cores, 103 min.

Andy tem já quase 18 anos e, agora que vai entrar para a faculdade, tem de decidir o que fazer com todos os seus brinquedos. Woody, Buzz Lightyear, Jessie, o Sr. e a Sra. Cabeça de Batata, Slinky Dog, Rex  e Hamm, temendo o seu destino, vivem aterrados com a decisão de Andy. Quando, por engano, vão todos parar ao caixote do lixo, reúnem-se e resolvem entrar num infantário que, infelizmente, mais parece um manicómio. Aí, vão ser agarrados, beijocados e quase esquartejados por um sem número de pequenas criaturas humanas um bocadinho histéricas e (muito) pouco cuidadosas. E é então que, temendo pela própria segurança e com a ajuda de outros brinquedos amigos com quem acabaram por travar amizade, resolvem arquitectar um novo plano de fuga.
Depois do relançamento do primeiro e segundo filme da série "Toy Story", é lançada a terceira aventura dos brinquedos mais adorados do mundo inteiro, desta vez com a realização a solo de Lee Unkrich ("Monstros e Companhia", "À Procura de Nemo" e "Toy Story 2 - Em Busca de Woody 3D")»

Toy Story 3 - (Official Trailer)

24/11/10

Amarante - Cineclube de Amarante recebe o realizador Manuel Mozos, que apresentará o documentário Ruínas, no próximo Sábado pelas 17 Horas!

«Cineclube de Amarante recebe o realizador Manuel Mozos:

Cinema Teixeira de Pascoaes
sábado, 27 às 17 horas
Telefone: 255 431 084

No sábado será uma tarde muito especial: o realizador Manuel Mozos estará, novamente, no Cineclube de Amarante para apresentar o seu documentário "Ruínas" e conversar com os espectadores.

Ruínas conquistou o prémio Georges de Beauregard no FIDMarseille e o prémio TOBIS para melhor longa metragem portuguesa no IndieLisboa 2009.
"O filme transporta-nos para um universo poético: o da comunhão do mundo natural com a queda anti-natural destes edifícios. Visível, por exemplo, nas folhas que se prolongam e parecem insistir em penetrá-los, não como invasores hostis, mas como presenças reconfortantes. Cada imagem, cada silêncio, cada voz, cada som, impõe-se-nos – exigindo do espectador uma atitude de puro respeito - porque desvelam o que fomos/somos..."

«RUÍNAS de Manuel Mozos
 














Ficha técnica:
Argumento e Realização: Manuel Mozos
Género: Documentário
Música: Anakedlunch
 Produção: O som e a Fúria
Portugal,  2009, Cores, 60’

Ruínas:

Enquanto objecto estético, o filme “Ruínas” de Manuel Mozos é belíssimo.
A história inicial de Henriqueta e de Etelvina é a de um amor desmesurado, que subsiste, através do ritual das flores, após as suas mortes. É esta a ligação inquebrável do cineasta com as (suas) ruínas.
É um filme poético-filosófico sobre a desconstrução do humano, das suas acções, sobre a inequívoca realidade da decomposição. 
A panóplia de edifícios abandonados pelo animal humano constituem fragmentos de biografias, cujas imagens desfilam na tela entrelaçadas por algumas memórias que resistem à erosão dos tempos cronológico, físico e psicológico.
“Uma pessoa são muitas pessoas dentro de uma só” – escreveu Pedro Paixão. 
Analogamente, cada ruína tem muitas ruínas dentro de si. É que os edifícios são contadores de histórias, albergando as suas raízes identitárias. Memórias cimentadas em cada fragmento erguido. Memórias esquecidas em cada lugar que se perdeu.
Todavia, não há vazio quando as memórias resistem, não há vazio quando os esqueletos arquitectónicos subsistem.
Os lugares, os espaços, os objectos, talvez sejam como as pessoas: esquecidos e substituídos pelas gerações vindouras. Espectros de vidas que dinamizaram a história, repletos de histórias, evocadas no filme.
Não é, apenas, o abandono dos edifícios que nos incomoda e revolta. É a mágoa de os sabermos inactivos, desprezados. As ruínas interpelam-nos porque remetem para o despertar de uma inconsciência colectiva, mera antecipação da história universal e do devir humanos.
Se tivermos percebido a relatividade e o aleatório de cada existência (material e imaterial), o filme terá tido o mérito de desconstruir o preconceito que padecemos  secularmente: o nosso antropocentrismo primário. Desapossados de ideias, motivados por um materialismo desenfreado, abandonamo-nos … tal como fizemos aos edifícios erguidos por nós.
Por isso, na dialéctica construção-destruição, que transcorre todo o filme, não creio que se deva procurar o que talvez nunca tenha existido: um fio condutor. E se o elo que buscamos, como necessidade imperiosa para justificarmos as nossas acções – passadas, presentes, futuras – for inexistente?
Afinal, a insistência em encontrar um sentido, uma teleologia, é uma pretensão humana e uma irrealidade arquitectónica.
E se o des-sentido for mais forte e cada ruína uma história perdida-reencontrada pelo cineasta?
A  nossa acção sobre o planeta Terra oscila, tal como os nomes das ruas,  entre o desejo de acedermos ao estatuto de “Milionários” e a realidade de sermos corrosivos, como o “Ácido sulfúrico”. 
Similares a um sanatório que cura, mas não se cura, traçamos irremediavelmente a nossa patologia: desalojadores/ despojadores de edifícios, renunciadores de ideais.
O filme transporta-nos para um universo poético: o da comunhão do mundo natural com a queda anti-natural destes edifícios. Visível, por exemplo, nas folhas que se prolongam e parecem insistir em penetrá-los, não como invasores hostis, mas como presenças reconfortantes. Cada imagem, cada silêncio, cada voz, cada som, impõe-se-nos – exigindo do espectador uma atitude de puro respeito - porque desvelam o que fomos/somos.
E se pensarmos que o envelhecimento é a ruína do corpo humano e que as memórias pouco claras constituem a ruína de uma mente lúcida, saberemos que todos nós somos, inelutavelmente, ruínas em potência.
            Belíssima metáfora da essência e natureza humanas.
Manuel Mozos ao erigir as ruínas em protagonistas, recuperou-as. 
Ironicamente, com esta obra cinematográfica, elas sobreviver-nos-ão…
                                                                                                                   Elsa Cerqueira,
Cineclube de Amarante»


Imperdível. Apareçam.
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Cineclube de Amarante,

Elsa Cerqueira

2 Spots RUÍNAS PT
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Grande privilégio este, de termos esta extraordinária reflexão da Minha Colega e Amiga, Professora Elsa Cerqueira, sobre este documentário... simplesmente fantástico!
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