«SAD COM LUCRO SUPERIOR A 20 MILHÕES
A FC Porto – Futebol SAD encerrou o exercício 2012/13 com um lucro de 20,356 milhões de euros, numa época em que se sagrou tricampeão nacional. Destaque-se ainda o facto de o EBITDA (“cash flow” operacional) atingir os 58,285 milhões de euros, o que permite amortizar dívida ou ter uma atitude activa no mercado. As contas foram apresentadas na manhã desta sexta-feira, no Estádio do Dragão.
A sociedade continua dentro do valor recomendado pela UEFA (70%) para o rácio salários vs. proveitos operacionais, excluindo proveitos com passes de jogadores. O activo da sociedade cresceu 17 milhões de euros, para 227,853 milhões de euros, enquanto o passivo diminuiu três milhões, para 220,225 milhões, o que permitiu à sociedade voltar aos capitais próprios positivos, que agora são de 7,627 milhões.
Angelino Ferreira, administrador para a área financeira do FC Porto, sublinhou que se tratou de um “regresso rápido” da sociedade aos lucros, após um interregno de apenas um ano: “É importante realçar a nossa capacidade de gerar resultados positivos na exploração económica da sociedade desportiva e atentarmos na capacidade de gerar meios, porque o EBIDTA está na casa dos 58 milhões de euros, o que nos dá conta da capacidade de adquirir outros activos ou amortizar divida”.
“Do lado financeiro, há que relevar o controlo da gestão da dívida, um tema que temos de monitorizar muito de perto. Reduzimos a nossa dívida financeira de forma expressiva em relação à época anterior e os montantes do endividamento bancário e de colocação no mercado, através de obrigações, têm montantes ajustados. A actividade do futebol é de risco e exige uma alavancagem financeira; no nosso caso, ela está ajustada. Há que ter em conta que os montantes são controlados, mas também a qualidade dos activos da SAD, que permitem fazer face, a qualquer momento, a necessidades financeiras que possamos ter de assumir face ao mercado”, explicou.
O administrador considerou que se tratou de um “bom exercício”: “A principal questão que se põe na gestão de uma SAD é o equilíbrio entre o desportivo e o financeiro. Temos a vindo a consegui-lo com êxito nos últimos anos”. O exercício positivo verificou-se apesar da queda das receitas no item bilheteira, devido ao aumento do IVA e clima económico nacional. Angelino Ferreira explicou por isso as duas vertentes do “core business” da SAD: “Temos a produção de espectáculos desportivos, que envolve receitas e custos associados, e, por outro lado, a venda de activos no mercado de transferências, quer a nível de aquisição quer de venda. Considero que são proveitos quase operacionais neste ramo de actividade”.
Foi ainda deixada uma nota de atenção em relação a algumas informações que têm circulado na comunicação social e que podem induzir em erro o mercado: a questão dos orçamentos dos clubes e o valor das transferências (em que há que ter em conta o valor da aquisição e o valor do investimento, que envolve outras verbas para além do montante devido ao clube vendedor). Em relação ao primeiro ponto, Angelino Ferreira esclareceu: “Diz-se que temos o dobro do orçamento do nosso competidor directo e o quádruplo do outro grande clube. Um orçamento não é só o custo do plantel: para jogar, há que ter um estádio, infra-estruturas e uma operação associada. É de bom senso pensar que um clube num patamar competitivo idêntico tenha menos de metade do orçamento? Surpreende-me ler isso de pessoas que deveriam ter algum sentido crítico e continuam a informar o mercado de valores que não correspondem à realidade”.» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futsadexercicio1213lucro_111013_77903.asp
(Porto SAD toca o sino para celebrar sucesso de emissão)
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