"Primeiro único soneto do Jardim do Luxemburgo
Pombos e pombas, que, por todo o mundo,
arrulhais, ante meus pés quase descalços,
a quietude, a mansidão, por tudo haverdes por nada.
Vós, sem voz, eloquentemente dizeis
que não oscile milímetros a íntimo ânimo,
ante a completude haurida plena graça.
Que não vagueie de vãos afãs, antes sossegue
num pulsar divino, sintonia com o coração do mundo.
E viagem termine antes de inicial partida,
viagem quieta, voo estancado pela melhor altura,
qual, desde cá em baixo, absoluta reside.
Poeta, deixai os comuns mortais erguerem-se e abalarem.
Não os tereis mais, como outrora, suspensos do vosso olhar,
esses que amaríeis rever após no coração da cor.
"Primeiro único soneto do jardim do Luxemburgo" - Ângelo Ochôa
"Primeiro único soneto do jardim do Luxemburgo" - Ângelo Ochôa
amigo, outra vez lembrado da paz, aqui estou a sintonizar o coração do homem, paz amiga é quanto esse coração anseia
ResponderEliminarA Paz de Francisco I!
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