"O miolo do pão:
Bem se afadigam lavradores a sol escaldante
lançando na rasgada terra mínimas sementes.
Bem se dão incansáveis ceifeiras,...
com golpes certos, à seara.
Malha-se na eira, destrinçando na palha loiras espigas
e nas loiras espigas precioso grão.
Mós remoem o que será terna farinha.
Afanam-se aclarando a noite empoados padeiros:
Amassadas, a forno levam fornadas e fornadas.
Inquietam-se motoristas e ajudantes:
Em carrinhas brancas trazem bênção à alta antemanhã.
Cuidam comerciantes em abrir portas
p'ra darem a dinheiro desejado pão.
Cristãos rezamos ao Pai
para o pão quotidiano nos prover,
porém no planeta da fome
produz-se armamento e falta o bem pedido.
Homem de boa vontade, olha o pão:
Quando o partires,
julgues tu que ninguém ouve,
diz obrigado.
Talvez por sorte coração magoado multiplique por mil
o cereal grão até aos irmãos desesperados,
recôndita alegria."
Ângelo Ochôa, Poeta
"O MIOLO DO PÃO", por Ângelo Ochôa
...amigo, demos graças por não nos faltar o pão de cada dia, demos graças.:)
ResponderEliminarVale Amigo, Poeta, Ângelo Ochôa!
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