José Mário Branco - "Eu vim de Longe"
José Mário Branco - "Inquietação"
José Mário Branco e Sérgio Godinho - "O Charlatão"
José Mário Branco - "A Cantiga é uma Arma"
José Mário Branco - "FMI" - (ao vivo/áudio - parte 1)
José Mário Branco - "FMI" - (ao vivo/áudio - parte 2)
José Mário Branco - "Eu vi este povo a lutar!
José Mário Branco - "Ser Solidário"
José Mário Branco - "A Morte Nunca Existiu"
José Mário Branco - "Carta ao Zeca"
José Mário Branco - "Do que um Homem é Capaz"
José Mário Branco - "Alerta"
«José Mário Branco
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José Mário Branco | |
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Informação geral | |
Nome completo | José Mário Guedes Branco |
Data de nascimento | 25 de Maio de 1942 (68 anos) |
Origem | Porto |
País | Portugal |
Géneros | Música de intervenção, Música popular portuguesa |
Instrumentos | vocal, guitarra acústica, teclados |
Período em atividade | 1963–actualmente |
Filho de professores primários, cresceu no Porto e frequentou o curso de História, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que não concluiu. Expoente da música de intervenção portuguesa, iniciou a sua carreira durante o Estado Novo, tendo sido perseguido e exilado em França, entre 1963 e 1974. Com ele trabalharam José Afonso, Sérgio Godinho, Luís Represas, Fausto e Camané, entre outros, com os quais participou em concertos ou em álbuns editados como cantautor e/ou como responsável pelos arranjos musicais. Igualmente compôs e cantou para o teatro, o cinema e a televisão. Em 1974 fundou o GAC - Grupo de Acção Cultural com o qual gravou dois álbuns.
Entre música de intervenção, fado e outras, são obras suas famosas os discos Ser Solidário, Margem de Certa Maneira, A noite e o emblemático FMI, obra síntese do movimento revolucionário português com seus sonhos e desencantos. Esta última foi pelo próprio proibida de passar em qualquer rádio, TV ou outro tipo de exibição pública[carece de fontes]. Não obstante este facto, FMI será, provavelmente, a sua obra mais conhecida. O seu álbum mais recente, lançado em 2004, intitula-se Resistir é Vencer em homenagem ao povo timorense que resistiu durante décadas à ocupação pelas forças da Indonésia logo após o 25 de Abril. O ideário socialista está expresso em muitas das suas letras.
Em 2006, com 64 anos, José Mário Branco iniciou uma licenciatura em Linguística, na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Terminou o 1º ano com média de 19,1 valores, sendo considerado o melhor aluno do seu curso [1]. Os prémios que lhe foram atribuídos, rejeitou, dizendo que é «algo normal numa carreira académica».
[editar] Discografia
- Álbuns
- Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (1971)
- Margem de certa maneira (1973)
- A cantiga é uma arma (G.A.C) (1976)
- Pois canté! (G.A.C.) (1977)
- A Mãe (1978)
- Ser solidário (1982)
- FMI (1982)
- A Noite (1985)
- Correspondências (1990)
- José Mário Branco ao vivo (1997)
- Canções escolhidas 71/97 (Colectânea) (1999)
- Resistir é vencer (2004)
- Outros
- Gente do Norte (single, diapasão, 1978)
- O Ladrão do Pão (EP, Diapasão, 1979)
[editar] Ligações externas
- Instituto Camões
- IMDB
- Vilar de Mouros
- CITI
- FMI» in Wikipédia.
"O Charlatão
Numa rua de má fama
faz negócio um charlatão
vende perfumes de lama
anéis d'ouro a um tostão
enriquece o charlatão
No beco mal afamado
as mulheres não têm marido
um está preso, outro é soldado
um está morto e outro f'rido
e outro em França anda perdido
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
Na ruela de má fama
o charlatão vive à larga
chegam-lhe toda a semana
em camionetas de carga
rezas doces, paga amarga
No beco dos mal-fadados
os catraios passam fome
têm os dentes enterrados
no pão que ninguém mais come
os catraios passam fome
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
Na travessa dos defuntos
charlatões e charlatonas
discutem dos seus assuntos
repartem-s'em quatro zonas
instalados em poltronas
Pr'á rua saem toupeiras
entra o frio nos buracos
dorme a gente nas soleiras
das casas feitas em cacos
em troca d'alguns patacos
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
Entre a rua e o país
vai o passo dum anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
É entrar, senhorias
É entrar, senhorias
É entrar, senho..."
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