16/05/08

Maio Maduro Maio - Um tema de Zeca Afonso!


Zeca Afonso - "Maio Maduro Maio"


Madredeus - "Maio Maduro Maio"

Madredeus "Maio, Maduro Maio" (Live)

"Maio maduro Maio

Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul

Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar

Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar

Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu

Zeca Afonso"

Está maduro este Maio, mas não vai seguro...

Mais trovadores de Maio no seguinte link:
http://trovadoresdoventoquepassa.blogspot.com/2008/05/maio-maduro-maio.html

7 comentários:

  1. Helder:

    O tema musical é muito bonito. As versões foram muito bem seleccionadas: adoro as vozes de José Afonso e Teresa Salgueiro.
    Quando na fruição de uma obra, suspendemos as coordenadas espacio-temporais, a contemplação é "pura".
    E, sobretudo, já não somos os mesmos: é um "eu" a que se adiciona uma ou múltiplas experiências, metamorfeseando-se num "outro".

    ResponderEliminar
  2. Elsa, concordo em absoluto com a tua análise estética. Mas o Maio subjacente à música, de tão maduro, está em vias de apodrecer; é preciso renovar o Maio maduro!

    ResponderEliminar
  3. Sim, a minha análise foi estética. Mas se insistes em politizar a arte - e sem dúvida esta música tem uma simbologia política - não é só "Maio" que perde força: são os poetas, as vozes, os músicos.
    E as mensagens são intemporais, ao contrário das contingências históricas que as ornamentam.
    Fazendo a inversão do que afirmaste "Maio está maduro, vai seguro"... o Homem, alguns homens, é que são inseguros, débeis lutadores dos ideais democráticos.
    Renovar o humano... fracassado, seria a tarefa primeira para a dignificação desta música.


    P.s.: eu até admito que a arte possa assumir a função social de desalienação, mas também me agrada a "arte pela arte".

    ResponderEliminar
  4. É verdade, esta música é muito boa, também enquanto arte, não seria justo, não o referir. Mas naquele momento fui invadido por outro sentimento! Coisas de humanos...

    ResponderEliminar
  5. Que a voz não te esmurece Helder amigo
    que sempre no mês do trigo se cantará
    o maio dos poetas e da gente boa e simples
    já que a turda rompeu
    e
    o novo dia aí está
    carregando-se da esperança
    dos mais comuns dos heróis.
    Abraço, e canta!

    ResponderEliminar
  6. Bem haja, amigo Ochôa, amigo do maio, da Primavera da vida!

    ResponderEliminar
  7. De facto Maio não vai seguro... e o grave é que não é só Maio! Vai daí é preciso lutar!! Continuar a lutar.
    Fica bem.

    ResponderEliminar