14/05/08

Humberto Delgado o General sem medo, na Invicta Cidade do Porto!

«Humberto Delgado: Câmara e Governo Civil assinalam 50 anos da visita do General Sem Medo ao Porto

Porto, 13 Mai (Lusa) - O Governo Civil e a Câmara do Porto assinalam quarta-feira o cinquentenário da histórica passagem do general Humberto Delgado pelo Porto durante a campanha eleitoral para a Presidência da República de 1958.
A visita de Humberto Delgado ao Porto, que congregou muitas dezenas de milhar de cidadãos nas ruas da cidade, foi um momento culminante da campanha eleitoral presidencial de 1958.
A recepção apoteótica reservada ao general pela população portuense fez tremer o regime de Salazar e desencadeou uma onda de repressão, assim como uma série de manobras que viriam a culminar com uma "gigantesca fraude eleitoral", que levou o almirante Américo Thomaz à presidência, que exerceria até ao final do regime, a 25 de Abril de 1974.
O programa comemorativo, que tem o apoio da Fundação Humberto Delgado e do Instituto Politécnico do Porto, inicia-se às 10:00, na Estação de São Bento, com a inauguração da exposição "O meu coração ficará no Porto", que inclui uma actuação do Grupo de Cordas da Escola Superior de Música do Porto (ESMAE).
Às 11:30 no Palacete Balsemão, na Praça Carlos Alberto, será efectuado o lançamento oficial do livro "Humberto Delgado - Biografia do General sem Medo", de Francisco Delgado Rosa, neto do general.
Neste local estará patente, durante todo o dia, uma mostra bibliográfica sobre Humberto Delgado, organizado pela Biblioteca Pública Municipal do Porto, pela Biblioteca Municipal Almeida Garrett e pela Casa do Infante.
A obra será apresentada por Artur Santos Silva, presidente do BPI, estando presentes na mesa o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, a governadora civil do Porto, Isabel Oneto, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, e a presidente da Fundação Humberto Delgado, Iva Delgado.
Uma hora mais tarde, às 12:30, será inaugurada, na Praça Carlos Alberto, uma estátua do general Humberto Delgado, da autoria do escultor José Rodrigues.
O programa prossegue à tarde, com um percurso entre a Estação de S. Bento e o Jardim da Cordoaria, acompanhada pela Orquestra de Metais da ESMAE, tocando a "Marcha da Cidade Invicta".
Segue-se uma actuação pela Tuna Académica e um concerto pela Orquestra de Metais da ESMAE.
Ainda integrado nestas comemorações, será lançado a 20 de Junho próximo o DVD "o meu coração ficará no Porto", sobre a visita do general á cidade.» in http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=345722&visual=26&tema=1

«Humberto Delgado

«Obviamente, demito-o»
(Humberto Delgado)

General Humberto DelgadoHumberto da Silva Delgado (Brogueira, Torres Novas, 15 de Maio de 1906 — Villanueva del Fresno, 13 de fevereiro de 1965) foi um militar português da Força Aérea que corporizou o principal movimento de tentativa de derrube da ditadura salazarista através de eleições, tendo contudo sido derrotado nas urnas, num processo eleitoral que deu a vitória ao candidato do regime ditatorial vigente, Américo Tomás. Era conhecido como o General Sem Medo.
Frequentou o Colégio Militar, cujo curso concluiu em 1922. Em 1925 entrou na Escola Prática de Artilharia, de Vendas Novas. Participou no movimento militar de 28 de Maio de 1926, que derrubou a República liberal e implantou em Portugal a Ditadura Militar que, poucos anos mais tarde, em 1933, iria dar lugar ao Estado Novo liderado por Salazar. Durante muitos anos apoiou as posições oficiais do regime salazarista, particularmente o seu anticomunismo. A sua atitude política favorável ao regime e as qualificações técnicas obtidas nos Estados Unidos levam-no a ascender rapidamente na escala hierárquica (será o general mais jovem da Força Aérea, ascendendo a este posto com apenas 47 anos) e a ocupar posições de destaque.
Foi procurador da Câmara Corporativa entre 1951 e 1952. Representou Portugal nos acordos secretos com o Governo Inglês sobre a instalação das Bases Aliadas nos Açores. Apesar de ser originalmente conotado com as franjas ultras do regime (ultra apoiante ao regime, conservador), a partir da década de 1950 e após ter sido preterido por Salazar para um importante cargo que ambicionava (Salazar procurou compensá-lo nomeando-o Chefe da Missão Militar Portuguesa a Washington, de 1952 a 1957), passou a defender o ideal democrático e participou activamente na oposição.
Participou nas eleições presidenciais de 1958, contra o almirante Américo Tomás (apoiado por Salazar), reunindo em torno da sua candidatura toda a oposição ao regime. Numa famosa entrevista realizada pelo jornalista Mário Neves em 10 de Maio de 1958 no café Chave de Ouro, quando lhe foi perguntado que postura tomaria face ao primeiro-ministro (Presidente do Conselho dos Ministros) António de Oliveira Salazar, respondeu com a célebre frase “obviamente, demito-o”, que ainda hoje é frequentemente citada na política portuguesa em diversos contextos e variações. Foi a frase de declaração de guerra ao regime. Devido à sua coragem de dizer em público palavras pouco respeitosas e agressivas para o regime e para Salazar, ele foi cognominado ora de “General sem Medo” ora de “General sem Juízo”. Esta frase célebre incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime salazarista que o apoiaram e o aclamaram durante a campanha (com particular destaque para a entusiástica recepção popular no Porto).
Nas eleições presidenciais de 1958 acabou por ser derrotado graças à gigantesca fraude eleitoral montada pelo regime.
Em 1959, na sequência da derrota, vítima de represálias por parte da polícia política, pede asilo político na Embaixada do Brasil, seguindo depois para o exílio na Argélia.
Convencido de que o regime não poderá ser derrubado pelos meios pacíficos procura atrair as chefias militares para um golpe de Estado. Este golpe foi por fim executado em 1962 e planeou tomar de assalto o quartel de Beja e outras posições estratégicas e importantes de Portugal. A revolta fracassou.
Desiludido com os sucessivos fracassos procura reconciliar-se com Salazar, que por fim o convoca. Ao seu encontro, na fronteira Espanhola em Villanueva del Fresno (Espanha, nos arredores de Olivença), é enviado um comando da PIDE, liderado por Rosa Casaco que o assassinou a tiro, bem como à sua secretária. Morre assim na fronteira, sem ter conseguido regressar a Portugal, no dia 13 de Fevereiro de 1965.
Em 1990 foi nomeado Marechal da Força Aérea. O seu corpo está, agora, no Panteão Nacional.

Ver também
Oposição à ditadura portuguesa
Revolução dos Cravos
Eleições presidenciais de Portugal

Ligações externas
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Humberto Delgado.Humberto Delgado nas Vidas Lusófonas
Bibliografia
ALVES, Jorge Fernandes. O furacão «Delgado» e a ressaca eleitoral de 1958 no Porto. Porto, Centro Leonardo Coimbra da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 1999. ISBN 972-8444-03-6.
DELGADO, Iva; PACHECO, Carlos; FARIA, Telmo (coordenação). ROSAS, Fernando (prefácio). Humberto Delgado e as eleições de 58. Lisboa, Vega, 1998. ISBN 972-699-637-6.
DELGADO, Humberto. DELGADO, Iva; FIGUEIREDO, António de (compilação e apresentação). Memórias de Humberto Delgado. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1991. ISBN 972-20-0924-9.
MÚRIAS, Manuel Beça. Obviamente demito-o: retrato de Delgado nas palavras dos companheiros de luta. S.l., António dos Reis, s.d.
PINHEIRO, Patrícia McGowan. Misérias do exílio: os últimos meses de Humberto Delgado. Lisboa, Contra-Regra, 1998. ISBN 978-972-916-616-7. Edição electrónica» in Wikipédia.






Um pouco das estórias da História deste Grande General da liberdade a que legou a sua vida e o Coração à Invicta Cidade do Porto, a minha Cidade!
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A Cidade do Porto, a Invicta, o General Humbertto Delgado, o General sem medo, a Democracia e a liberdade estão indelevelmente ligadas, por laços de grande proximidade. Fala-se muito nos heróis de Abril e esquece-se muitas vezes este General que afrontou fortemente o Dr. Salazar. Deu a vida pela liberdade e deu o seu coração à minha Cidade, a invicta Cidade do Porto. Viva a democracia a Liberdade, a Cidade do Porto e o General Humberto Delgado, o general sem medo!

Mais informações sobre esta extraordinária personagem no seguinte site:
http://www.vidaslusofonas.pt/humberto_delgado.htm

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