«Educação: Sindicatos exigem fim "ilegalidades gravíssimas" nas fichas de avaliação, ministério admite "ajustamentos"
Lisboa, 23 Mai (Lusa) - A Plataforma Sindical dos Professores exigiu hoje ao Ministério da Educação que ponha cobro às "ilegalidades gravíssimas" praticadas nas grelhas de avaliação, tendo o secretário de Estado Jorge Pedreira admitido "alguns ajustamentos".
"Nós hoje temos grelhas de avaliação nas escolas, e não estou a falar em grelhas construídas pelo ministério, mas pelas escolas, que têm ilegalidades, algumas gravíssimas", disse hoje o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores e secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, no final da reunião com a Comissão Paritária para a Avaliação, agendada para discutir o despacho que aprova as fichas de avaliação.
"Exigimos que o Ministério da Educação ponha cobro a esta situação de abuso e ilegalidade, que emita orientações que acabem com tudo isto que vai além do próprio quadro legal em vigor, e que todas as situações de ilegalidade que se abaterem sobre os professores sejam da responsabilidade do ministério e das escolas que resolveram ser mais 'papistas que o Papa'", sublinhou o dirigente sindical.
Mário Nogueira acrescentou que os sindicatos vão apoiar os professores que decidirem recorrer aos tribunais em virtude desta situação que considera "inaceitável".
As denúncias de ilegalidades foram apresentadas na reunião ao representante do Ministério da Educação, o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, tendo sido acordado que serão emitidos às escolas alguns esclarecimentos sobre a matéria.
"Aquilo que ficou [acordado] foi que haverá alguns esclarecimentos relativamente a este despacho e alguns ajustamentos que permitem concretizar os objectivos que eles [sindicatos] tinham, nada de substancial, nada de significativo, mas que vão ao encontro das preocupações que as associações sindicais tinham", disse aos jornalistas Jorge Pedreira.
No que diz respeito às fichas de avaliação, "nada foi alterado", tendo sido apenas introduzidas algumas modificações "de pormenor nas instruções relativamente às classificações", esclareceu o secretário de Estado.
No final da reunião, Jorge Pedreira afirmou que "finalmente está tudo arrumado relativamente a este despacho que será publicado brevemente", mas Mário Nogueira reafirmou que considera o modelo das grelhas de avaliação "desadequado".
"São fichas mal feitas, por quem não percebe nada de avaliação de professores e de avaliação de desempenho, que contêm erros técnicos e científicos, mas mais importante são fichas em que o Ministério da Educação não quer mexer", disse o dirigente sindical, que acrescentou que a sua aplicação no próximo ano terá consequências "extremamente negativas".
Em declarações aos jornalistas, Jorge Pedreira deixou claro que não havia, à partida para esta reunião, qualquer intenção por parte do ministério de fazer alterações às fichas ou de alargar as negociações.
"A negociação já estava concluída, era [preciso] apenas alguns ajustamentos da parte do ministério. Ainda que algumas associações sindicais pretendessem voltar a discutir tudo desde o início, o ministério não esteve disponível para isso", declarou. IMA. Lusa/Fim» in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/6257fb291ea5a15a6b6660.html
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Ora continua a trapalhada por explicar... Bem pode o Senhor Jorge Pedreira passar as culpas para as escolas e estas devolveram-nas para a tutela que, todos sabemos, quem foram os principais responsáveis por esta política irresponsável, desorganizada e pasme-se, algumas vezes com ilegalidades constitucionais. Há uma coisa que a Tutela ainda não percebeu: hoje tem nas escolas uns quantos lambe-botas a fazerem mais do que a Senhora Ministra pede e seres pensantes a fazer o mínimo dos mínimos do que a Senhora pede, pois há muito reconheceram o logro que subjaz a estas políticas. Mas existe um facto inegável: o clima de desânimo e de mau ambiente, muitas vezes cinzento e Salazarento, que se vive hoje em dia nas Escolas, não se traduz em esperança numa Escola de melhor qualidade. O medo não inspira a qualidade, antes a mediocridade. É que, dizem os manuais da Gestão Moderna, a Produtividade e Eficiências de uma equipa de trabalho, assim como de uma Turma, não se faz à custa da centralização de poderes, mas na constituição de equipas heterogéneas a trabalhar para um objectivo previamente traçado por todos, mas há cabeças iluminadas...
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