11/04/08

Amarante Gondar - Lugar de Ovelhinha, Gondar é uma uma aldeia bem preservada!


































Lugar de Ovelhinha, Gondar, Amarante!

«(..) Casa de Ovelhinha. Esta última, situa-se na aldeia de Ovelhinha e data do séc. XVII. Segundo dizem, foi construída sobre rochas e a beijar o leito do rio Carneiro na sua margem direita.
Ainda, neste lugar, é possível encontrar ruínas das casas incendiadas pelo General Loison durante a invasão francesa. (..)» in http://www.eb1-ovelhinha-n1.rcts.pt/Regiao.htm

«Durante muito tempo o “ Pão da Ovelhinha foi denominado como sendo “ Pão de Padronelo” sem que das razões sejamos conhecedores profundos. No entanto, teremos que repor a verdade e afirmar que de facto o pão de quatro cantos é originário da Ovelhinha.
Foi neste lugar de Gondar que surgiu a primeira padaria a fabricar este pão e a dá-lo a conhecer às regiões nas proximidades de Amarante. Apesar de não possuirmos qualquer tipo de documento que possa comprovar o que acabámos de afirmar, a memória das pessoas mais idosas e os inúmeros moinhos existentes na freguesia servirão de testemunho histórico.

Inicialmente, as azenhas que se encontram nas margens dos dois rios que atravessam Gondar – o Ovelha e o Carneiro – serviam para a moagem de cereais para consumo das famílias suas proprietárias mas depressa se alargaram ao uso comunitário e começaram a servir a população. Atualmente nenhum deles está ativo e apresentam alguns sinais de abandono mas ainda se aguentam firmes como se se tratassem de soldados que nunca abandonam o seu posto.

Como podemos verificar, a moagem de cereais está intimamente ligada à panificação. Atualmente, a freguesia de Gondar tem uma fábrica – Moagem de Gondar – que abastece as padarias da freguesia e que aos poucos foi substituindo os velhos moinhos acompanhando, por força do tempo, os avanços tecnológicos da nossa era.

Apesar de a primeira padaria ter tido a sua origem na Ovelhinha, como já foi referido, atualmente a panificação transferiu-se para outro lugar da freguesia – Chedas – que tão bem soube aproveitar a herança da sua irmã mais velha – a Ovelhinha – e que agora leva os quatro cantos aos quatro cantos de Portugal.

O “Pão da Ovelhinha” é ainda produzido por algumas destas padarias segundo os moldes antigos que implicam a construção de um forno de barro, que o aquecimento do forno tenha que ser feito a lenha (utilizando a carqueja – abundante nesta região - como rastilho), que o pão seja tendido, isto é, que seja moldado pelas mãos dedicadas das padeiras até atingir a sua forma tão peculiar. Implica também que o pão seja couçado – Terminologia usada pelos padeiros e que significa que o pão é “ aconchegado” para que não perca a forma – em lençóis de linho e coberto com cobertores para ajudar na levedura do pão, ou seja para ajudar o pão a crescer.

A reminiscência dos tempos antigos de fabricação do pão ainda continua viva na lembrança das pessoas mais idosas que, em tempo frio, como o que se faz sentir atualmente, se sentam à lareira e dão largas à sua memória e contam episódios passados na arte de bem fabricar (e comer, porque não?) o PÃO DA OVELHINHA.
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Ovelhinha é um lugar histórico e uma aldeia preservada, da Freguesia de Gondar, do Concelho de Amarante. Para se aquilatar da importância desta Aldeia, note-se que a Casa da Câmara do antigo Concelho de Gestaçô era neste local e como no texto acima se refere, são ainda visíveis as ruínas de casas incendiadas nas Invasões Francesas, nomeadamente pelas tropas do General Loison. Além disso, este local é muito bonito, onde passa o Rio Fornelo ou Rio Carneiro. Ademais, o tão famoso Pão de Padronelo, teve a sua origem na Aldeia de Ovelhinha! Lembro-me de assistir a um programa de TV ligado à História, apresentado pelo Excelentíssimo Dr. José Hermano Saraiva, gravado neste local e na altura fiquei impressionado pela beleza e importância deste local. O Concelho de Amarante é assim, sempre a surpreender-nos!

Algumas informações curiosas e interessantes sobre o General Loison:

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