Somos tricampeões contra tudo e contra todos, contra a macrocefalia Lisboeta!
Imagens do primeiro e fantástico golo do F.C. Porto, o tango invertido!
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TRIturador!
Num cenário criteriosamente decorado a azul e branco, e envolto num ambiente ensurdecedor, a geração do tricampeonato foi praticamente espontânea, tão natural quanto previsível. Os preparativos, breves, produziram a celebração e o primeiro ensaio de saudável loucura em menos de dez minutos. O golo, que no caso é o mesmo que dizer o título, rebentou no triângulo de puro traço argentino, concluído por Lucho. Para variar, foi Lisandro quem assistiu.
Estava em marcha a insaciável máquina demolidora, sabiamente afinada e oleada para reduzir novo adversário a pequenos fragmentos, manifestando, sem intervalos, indícios vários de uma genialidade incomparável e sinais de uma superioridade inegável e descarada, como no lance que deu origem ao segundo golo, na trivela de Quaresma ou no remate indefensável de Tarik.
No espaço de dois minutos, o «tri» conquistara alicerces sólidos e inabaláveis, que, analisados à devida distância, assumiam apenas a configuração de estruturas de apoio às fundações lançadas em Braga, ainda na primeira jornada. Não havia mais volta a dar. Apesar de não passar ainda de um esboço, a vitória que faltava estava conseguida, faltando apenas conferir-lhe os contornos de goleada. A maior a que o Dragão assistiu ao longo da época.
Porque o descanso esteve longe de adoptar a acepção genuína de uma trégua, o F.C. Porto repetiu as amostras de excelência irrefutável. Exemplar de um futebol equilibrado, que balança entre a sobriedade defensiva e a criatividade ilimitada no ataque, o líder à beira da consagração deu continuidade ao processo de trituração do opositor. Do Estrela, para que conste. O método de desmantelamento do adversário decorreu como até então, num misto de fervor, encanto e, talvez mais importante, de classe, de uma categoria inatingível.
O ataque, no género planeado ou na variante explosiva, num estilo muito próprio construído em redor de transições rápidas, deu origem a mais quatro golos. Marcaram Quaresma, Bruno Alves, Lisandro e até Maurício, embora a contragosto, convidado pela envolvência de novo ataque letal e pela ameaça de «El Comandante», de Lucho González, a face mais visível do harmonioso requinte azul e branco. Exultou outra vez o público, feliz, divertido, parte integrante de uma festa anunciada, que prestou o devido tributo aos campeões, entre milhões de brilhantes, aplausos e labaredas. Primeiro no estádio, depois no exterior.
FICHA DE JOGO
Liga 2007/08, 25ª jornada
5 de Abril de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.138 espectadores
Árbitro: João Vilas Boas (Braga)
Assistentes: Alfredo Braga e Celso Pereira
4º Árbitro: Jorge Ferreira
F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Fucile; Raul Meireles, Paulo Assunção e Lucho; Tarik, Lisandro e Quaresma
Substituições: Tarik por Mariano (65m); Bosingwa por Bolatti (73m); Paulo Assunção por Farías (8om)
Não utilizados: Nuno, João Paulo, Kazmierczak e Adriano
Treinador: Jesualdo Ferreira
E. AMADORA: Nelson; Moreno, Maurício «cap», Hugo Carreira e Hélder Cabral; Marcelo Goianira; Tiago Gomes, Celestino, Mateus e Mendonça; Anselmo
Substituições: Moreno por Wagnão (14m); Celestino por Nuno Viveiros (m); Mateus por Marco Paulo (73m)
Não utilizados: Pedro Alves, Pedro Pereira, Abdul e Giancarlo
Treinador: Daúto Faquirá
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Lucho (9m), Tarik (11m), Quaresma (65m), Maurício (a.g., 71m), Bruno Alves (77m) e Lisandro (81m)
Disciplina: cartão amarelo a Maurício (57m), Hugo Carreira (77m), Pedro Emanuel (83m), Raul Meireles (83m)» in site F.C. do Porto!
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Ganhamos com toda a justiça este campeonato, contra tudo e contra todos. Numa miserável encenação querem tirar brilho ao nosso triunfo, os amigos do Calabote! Esses senhores de Lisboa estavam habituados a trocar campeonatos na segunda circular; os provincianos não contavam! O Dr. Salazar precisava de um clube do regime! Mas nós somos os maiores, a malta do norte é muito forte! Trabalhamos mais, ganhamos menos, mas há uma coisa que os centralistas de Lisboa não nos conseguem roubar, a fibra a raça dos Dragões! O poder Lisboeta até já nos penhorou uma retrete do antigo Estádio das Antas, quando muitas equipas devem muito dinheiro ao Estado Português e nada lhes acontece; somos do Norte temos que sofrer mais; mas as vitórias assim são mais saborosas, podem ter a certeza disso! Olhem que se calhar até poderão começar o próximo campeonato com seis pontos a mais; duvido que o vençam, por um motivo simples: falta atitude de Campeão Dragão!
Imagens do jogo do título anunciado, com meia dúzia de golos!
Grato pelo destaque Do Portugal Profundo, Hélder. E muitos parabéns pelo seu blogue!
ResponderEliminarJuntarei o "Hélder Barros" ao meu blogroll na próxima actualização.
Caro António Balbino:
ResponderEliminarNão tem nada que agradecer. As pessoas que não se deixam amordaçar neste Portugal, com uma forte epidemia protofascista, merecem todo o meu respeito!
Além disso o senhor escreve muito bem, é corajoso e sabe bem daquilo que fala!
Cumprimentos,
Ao dispor,
Helder Barros