27/04/08

Guimarães 0 vs F.C. do Porto 5 - Demolidor, 23 pontos de avanço!









«Tratado de engenho e seriedade

Uma segunda metade sublime do Tricampeão, com a combinação perfeita de engenho e arte, esclareceu os cépticos quanto à seriedade de uma equipa que, incontestavelmente, se superioriza a qualquer preconceito ou ideia feita. Um problema resolvido à mão cheia, sem equívocos e com toque deslumbrante de um reconhecido mágico: Ricardo Quaresma.
Num encontro de metades distintas, a resolução das contas em disputa ficou irremediavelmente ligada à suprema habilidade do Dragão, que apresentou, na etapa complementar, um inquebrantável desejo de provar uma vez mais que a realidade supera, quase sempre, uma enganadora ficção. Imperial, portanto.
Se aos primeiros ensejos, perpetrados por Bruno Alves ou Quaresma ainda durante o primeiro tempo, a formulação não foi bem sucedida, já o arranque da segunda parte foi definitivamente esclarecedor. Bastaram oito minutos de prelúdios para que os comandados de Jesualdo Ferreira, que mexeu na equipa ao intervalo lançando Kaz para o lugar de Paulo Assunção, expusessem uma vez mais os seus inesgotáveis argumentos de líder.
Foi pela cabeça de Bruno Alves que começou a ser escrita a exibição de antologia da segunda metade azul e branca, com o central a responder afirmativamente à solicitação de Lino, dando expressão à supremacia que começava a fazer-se sentir e abrindo caminho à contundente vitória que se antevia.
Sem descanso, o Tricampeão deu novo golpe nas artificiais suspeições de falta de seriedade da equipa, voltando à carga seis minutos após o primeiro golo, através de um lance de pura magia: Quaresma (quem mais?), recebeu uma assistência de longa distância enviada por Raul Meireles, realizou um supremo bailado na cara do defesa contrário e desenhou um disparo de recorte perfeito, que se encaminhou sem sobressaltos para o canto superior direito da baliza vimaranense. Deslumbrante, então.
A partida entrou, aqui, numa fase de salutar loucura concretizadora do F.C. Porto, que criou, sucessivamente e sem repouso, inúmeras oportunidades para um inevitável avolumar do resultado. O colectivo azul e branco funcionou em pleno à passagem do minuto 71, com o nº 7 dos Dragões a assumir o papel de fiel executor das ambições veladas: rematou sem temores para o fundo das redes minhotas, bisou no encontro, 27 jornadas depois de o ter feito em Braga, e atribuiu ainda mais brilho a um desempenho já de si encantador.
Antes ainda do quarto golo portista, Adriano iniciou um duelo sem tréguas com o guarda-redes contrário, permitindo uma primeira vitória a Nilson aos 76 minutos. Logo depois, aos 78, foi Farías a assinar o seu nome na categórica história azul e branca do encontro, dando a melhor sequência a um novo entendimento perfeito do sector ofensivo dos Dragões, para premir a tecla do golo pela quarta vez na liga.
A batalha à margem entre Adriano e Nilson conheceu um novo capítulo benéfico para o defensor minhoto, três minutos antes de o avançado portista vencer em definitivo a guerra, depois de nova combinação exemplar entre o imparável tridente ofensivo azul e branco, com o trabalho de Quaresma, primeiro, e de Farías, depois, a redundar na justa aplicação prática de Adriano, que encostou para selar o marcador e atribuir uma ainda mais evidente supremacia à destemida exibição portista. Triunfal, certamente.
Ficou escrita a história do jogo, desenhada a hegemónica força do Dragão e finalizada a intenção de anular com classe as mais desfasadas acusações. Ainda restam dúvidas?

Ficha de Jogo

Liga Portuguesa 2007/08 - 28ª jornada (27 de Abril de 2008)
Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães
Árbitro: Paulo Costa (AF Porto)
Assistentes: João Santos e Nuno Manso
4º Árbitro: João Vilas Boas

V. GUIMARÃES: Nilson; Andrezinho, Sereno, Geromel e Momha; Flávio «cap.», Moreno, Desmarets e Alan; Ghilas e Miljan
Substituições: Miljan por Roberto (55 min), Moreno por Carlitos (61 min), Momha por Fajardo (72 min)
Não utilizados: Serginho, Radanovic, Marquinho e Paulo Henrique
Treinador: Manuel Cajuda

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Bruno Alves «cap.», Stepanov e Lino; Paulo Assunção, Bolatti e Raul Meireles; Quaresma, Lisandro e Mariano
Substituições: Paulo Assunção por Kazmierczak (46 min), Lisandro por Adriano (63 min), Raul Meireles por Farías (69 min)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, João Paulo e Hélder Barbosa
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-0
Disciplina: Cartão amarelo para Bruno Alves (90 min)
Marcadores: Bruno Alves (53 min), Quaresma (59 e 71 min), Farías (78 min) e Adriano (84 minin site F.C. do Porto.

Imagens dos cinco golos do F.C. do Porto, em mais uma exibição de superioridade absoluta e inequívoca!
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Já não há palavras para descrever tanta categoria da equipa do F.C. do Porto! Uma equipa que vai ao estádio do segundo classificado e vence de forma categórica, sem apelo nem agravo, por cinco bolas a zero, sem alguns dos seus habituais titulares... o que poderemos dizer mais! Podemos dizer o seguinte, as duas equipas da segunda circular e a imprensa sulista, elitista e centralista quiseram colocar em causa a seriedade dos profissionais do F.C. do Porto... coitados! Não sabem que é essa a nossa diferença para eles: somos mais organizados, mais profissionais e jogamos sempre para ganhar; o que não quer dizer que o consigamos sempre, é humano, em futebol ganha-se e perde-se; mas nós quando perdemos, deixamos tudo em campo e isso também é vencer e isso é que nos torna os maiores. Uma palavra de simpatia para o treinador Manuel Cajuda que foi maltratado por um técnico bem mais novo e que deveria ter mais respeito pela carreira do treinador vimaranense que é um amante do futebol espectáculo e que tem um discurso, sempre positivo e de engrandecimento do futebol português! Grandes jogos de Ricardo Quaresma, de Bruno Alves, de Fucile, de Lino, de Stepanov, Helton, Paulo Assunção; Maria Gonzalez; Raúl Meireles; Lisandro; Farías e Adriano; Mas o destaque vai para cinco atletas: Ricardo Quaresma (magia à solta), Bruno Alves (A parede); Helton (o guardião do templo); Lisandro ( o sempre em pé) e Farías (o renascido); Viva o F.C. do Porto, temos agora 23 pontos de avanço para o primeiro dos últimos!

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