26/04/08

Educação em Portugal - Ministério das Educação abre concurso para fornecimento de computadores às escolas!















«ME abre concurso para fornecimento de computadores às escolas
Lusa 2008-04-24

O concurso público internacional para atribuição de cerca de 111 mil computadores às escolas do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Secundário, lançado pelo Ministério da Educação e integrado no Plano Tecnológico, representa um investimento de 70 milhões de euros.
Em comunicado, o Ministério da Educação (ME) anunciou a abertura do concurso público internacional para fornecimento, instalação e manutenção de computadores nas escolas do 2.º e 3º. ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário.
O lançamento do concurso, que fornecerá 111 491 computadores às escolas portuguesas e cujo orçamento ronda os 70 milhões de euros, já foi noticiado pelo Jornal Oficial da União Europeia.
No comunicado, o ME faz saber que, "com esta medida facilitadora do ensino e da aprendizagem, o conjunto daquelas escolas disponibilizarão, já no próximo ano lectivo, um computador por cada cinco alunos, número que coloca Portugal no conjunto dos países europeus mais avançados neste domínio e significa a queda para menos de metade do valor existente no ano lectivo 2005/06". O ME declara ainda que "em todas as salas de aula das escolas em causa haverá um computador novo, que suportará a utilização dos videoprojectores e dos quadros interactivos, cujas aquisições por concurso público serão anunciadas ainda em Abril".
O Plano Tecnológico da Educação tem como principais objectivos modernizar tecnologicamente as escolas, atingir o rácio de dois alunos por computador com ligação à Internet, garantir em todas as escolas o acesso à Internet em banda larga, a criação do cartão electrónico para todos os alunos e a disponibilização de endereços electrónicos a todos os alunos e docentes.
Em Agosto de 2007, aquando da aprovação do Plano Tecnológico da Educação, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, revelou como outros pontos positivos do plano o facto de conferir às escolas a possibilidade de "desburocratizarem" alguns actos, como as matrículas, as compras para as cantinas e papelarias, além de "facilitar o contacto entre as escolas e as famílias" e dar melhores condições de segurança.
O plano encontra-se estruturado em três eixos de actuação principais: tecnologia, conteúdos e formação.
No "eixo tecnologia", um dos projectos-chave a implementar é o "kit tecnológico escola", que visa dotar todas as escolas de um número adequado de computadores, impressoras, videoprojectores e de quadros interactivos. Ainda no "eixo tecnologia" está prevista a ligação de todos os computadores das escolas através de banda larga de alta velocidade, a criação de "redes locais" e a dotação da totalidade das escolas com sistemas de alarme e videovigilância.
No "eixo dos conteúdos", um dos projectos-chave é o "Mais-Escola.pt", que visa promover "a produção, distribuição e a utilização de conteúdos informáticos nos métodos de ensino", como por exemplo a criação da sebenta electrónica. Outros dos projectos deste eixo é a "Escola Simplex", que tem como objectivo aumentar a eficiência da gestão e comunicação entre os agentes da comunidade educativa, bem como generalizar a utilização de sistemas electrónicos de gestão de processos e de documentação.
Relativamente ao "eixo formação", os projectos-chave são a "formação e certificação de competências em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC)", que visa promover a formação dos agentes da comunidade educativa.
A conclusão do Plano Tecnológico da Educação está prevista para 2010» in http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=4B9CC3D2843553A5E04400144F16FAAE&channelid&opsel=1
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Se há tema em que eu posso elogiar abertamente a acção deste Governo e do Ministério da Educação, passa pelo Plano Tecnológico em geral e pelo Plano Tecnológico da Educação, em particular. O único aspecto em que coloco algumas reticências tem a ver como "eixo formação" que falha quase sempre em Portugal. A tradição passa por colocarmos o hardware sem olharmos ao software humano que sem uma formação motivadora e útil terá sempre resiliência à inovação. Isso é humano, tendemos a temer o desconhecido! Eu, só para dar um exemplo estou a ter formação sobre Quadros Interactivos em Vila Real, onde tenho colegas que fazem mais de 100 Km para poderem frequentar a mesma. Quando nos comparam ao sector privado, posso garantir que aí ficamos bastante atrás. As empresas de ponta investem semanas seguidas de formação aos seus quadros em formação profissional relevante. Para eles não é tempo perdido, é ganho! Se queremos avançar para um modelo empresarial, ao menos que tenhamos condições similares; é que já nem falo das ajudas de custo, do tempo do barril de Petróleo a vinte dólares... Mas honra seja feita à tutela, noto uma grande dinâmica nos aspectos ligados à introdução das novas tecnologias no ensino e isso constituirá um factor de desenvolvimento inequívoco!

2 comentários:

  1. Já temos falado sobre estas alterações, mas o facto de ter passado por aqui permitiu-me ficar mais por dentro do que nos espera para o próximo ano lectivo. Peca pela demora.
    Quanto ao alerta que deixas nunca ele foi tão pertinente. Formação, precisa-se, urgentemente. Não temos um minuto a perder.

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  2. Concordo, exigimos formação de qualidade! Queremos evoluir, não queremos uma escola cinzenta!

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