30/03/08

Belenenses 1 vs F.C. Porto 2 - O Tri está quase aí!















«Justiça tardia a abrir caminho para o Tri
O arranque dividido da disputa serviu apenas como inusitado preâmbulo para mais uma demonstração de classe dos Bicampeões Nacionais. O Dragão partiu de trás, mas foi capaz de inverter um destino enganadoramente nivelado, colocando em prática um domínio recuperado à justiça, em cima do apito final, pelo redentor pé direito de Lucho.
A ambição do título renovado como meta mais premente do horizonte azul e branco, funcionou como pilar de sustentação para a recuperação encetada e concluída com sucesso na partida de Belém pelos comandados de Jesualdo Ferreira.
A contenda começou repartida e nenhuma das formações parecia disposta a ceder veleidades à cobiça contrária. Aos poucos, a iniciativa azul e branca começou a desenhar-se com contornos efectivos e foi Raul Meireles o primeiro a aproximar as intenções veladas do seu destino mais desejado, quando aos 18 minutos cruzou para a área do Belenenses, com a trajectória da bola a desviar-se até à trave da baliza de Júlio César.
Nesta fase do encontro, veio ao de cima a tranquilidade portista, que permitiu aos Dragões assumir em pleno as despesas do jogo, com Bosingwa e Lisandro, em dois lances muito semelhantes, a obrigarem o guarda-redes contrário a intervenções primorosas para impedir a vantagem do F.C. Porto. Então, e quando nada o fazia prever, o Belenenses soltou-se momentaneamente da pressão portista e logrou alcançar o golo, em jeito de dádiva divina, através de Weldon.
A resposta azul e branca não se fez esperar e, na jogada imediata, Lisandro colocou em sentido o sector recuado dos azuis do Restelo. Antes ainda do descanso, Quaresma entendeu-se na perfeição com Bosingwa e surgiu em posição privilegiada, para um remate que não passou muito longe da baliza adversária. O bom entendimento foi, de resto, a nota dominante do que restou de exibição do F.C. Porto, que entrou para a etapa complementar disposto a inverter um destino que, até então, não merecia.
Bastaram apenas quatro minutos para que os Dragões, em sinal de aviso para o que ainda estava por vir, regressassem à discussão do encontro. Servido com classe por Lucho, Lisandro recebeu e preparou a assistência para desferir um tiro invariavelmente certeiro, o seu 20º no campeonato, relançando em definitivo a contenda. A partir daqui, foi de absoluta hegemonia azul e branca que se escreveu a história da partida, com uma sucessão de oportunidades soberanas de êxito que culminaram no remate falhado por Farías, aos 62 minutos, em plena zona de perigo contrária.

O equilíbrio voltou à partida, mas a caminho do desfecho voltaram a ser os Dragões a diligenciar esforços, com Quaresma como o seu principal executor. Primeiro, o extremo azul e branco criou um excelente lance individual, deixando para trás três defesas contrários e rematando para uma defesa soberba de Júlio César. Pouco depois, o mesmo Quaresma procurou ganhar espaço na área adversária, onde foi travado por Hugo Alcântara, para uma redentora grande penalidade, que mais não fez do que devolver a justiça ao encontro.

Lucho converteu com segurança e atribuiu o desfecho acertado para uma ambiciosa e empenhada operação portista, que desbravou ainda mais o caminho para o tri, cada vez mais dado adquirido. A festa, de resto, já se antevê...

Ficha de Jogo
Liga Portuguesa 2007/08 - 25ª jornada (30 de Março de 2008)

Estádio do Restelo, em Lisboa

Árbitro: Lucílio Baptista
Assistentes: Luís Salgado e João Tomatas 4º Árbitro: Nuno Borba

BELENENSES: Júlio César; Amaral, Rolando, Hugo Alcântara e Rodrigo Alvim; Gabriel Gomez, Ruben Amorim, Zé Pedro e Silas «cap.»; Roncatto e Weldon
Substituições: Roncatto por João Paulo Oliveira (80 min), Silas por Rafael Bastos (84 min) e Amaral por Fernando (89 min)
Não utilizados: Costinha, Edson, Gonçalo Brandão e Devic

Treinador: Jorge Jesus

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap.», Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Raul Meireles e Lucho; Quaresma, Farías e Lisandro
Substituições: Farías por Adriano (68 min), Raul Meireles por Kazmierczak (87 min)
Não utilizados: Nuno, João Paulo, Lino, Bolatti e Helder Barbosa

Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 1-0

Disciplina: Cartão amarelo para Pedro Emanuel (73 min) e Hugo Alcântara (90 min)

Marcadores: Weldon (41 min), Lisandro (49 min) e Lucho (90 min, g.p.)» in site F.C. do Porto.
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Esta caminhada para o tri-campeonato nacional do F.C. do Porto vai bem segura e temos a meta à vista. Para isso bastará vencer a boa equipa do Estrela da Amadora, na próxima jornada. Com mais um tango Argentino, com golos de Licha e de Luxo, nada nos impedirá de sermos campeões nacionais pela terceira vez consecutiva, contra a arrogância sulista, elitista e centralista. Como curiosidade temos a segunda cambalhota no marcados, nas duas últimas jornadas, até então inéditas. Ricardo Quaresma até a render 40% do que vale, sabe ser decisivo. Realce também para o regresso de Bosingwa após lesão, um jogador sempre muito importante, na manobra da equipa. Pela primeira vez, ao fim de vinte e quatro jornadas, o F.C. do Porto beneficia de uma grande penalidade, que pode não ser muito clara, admito; mas tantas ficaram por marcar ao longo do campeonato... Viva o F.C. do Porto, agora quase, quase tricampeão nacional de futebol!



Imagens deste jogo com uma vitória do F.C. do Porto, mais um tango Argentino!

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