26/04/11

dR. Estranho Amor - Uma Banda da Música Contemporânea Portuguesa!




dR. Estranho Amor - "Mais do Mesmo"

dR. Estranho Amor - "Whisky Mundo Novo" - (Exclusivo Antena 3)

dR. Estranho Amor - "Whisky Mundo Novo" - (Ao vivo Antena 3)

dR. Estranho Amor - "No Presente"

dR. Estranho Amor - "O bom, o mau e o pior"

dR. Estranho Amor - "O Fim de Hollywood"

«dR. Estranho Amor


Estilo musical: ALTERNATIVA
País, cidade: PORTUGAL, Almada
Homepage: http://www.myspace.com/drestranhoamor
Elementos:
Zeal - Voz Masculina
Cebola - Baixo
Tutxi - Bateria
Borges - Teclado
Madeira - Guitarra Eléctrica
Hugo Costa - Guitarra Eléctrica
Sub-Estilos: Pop , Rock
Membro desde: 2009-05-15
Último login: 7 meses atrás
"(...) dR.estranhoamor e o seu pop rock romântico, melancólico mas exaltante. As suas histórias falam de um homem na cidade, debatendo-se na sua luta moral com o passado e à procura da iluminação do amor "¦ um tema nobre e inesgotável." JP Simões in "km.zero"» in http://palcoprincipal.sapo.pt/drestranhoamor




"Whisky Mundo Novo


Guarda-me meu anjo
Perdi-me por aí
Venho procurar-te
Ando à procura de mim

Mata-me o tédio
Agita-o antes de usar
Bebo de um cacho
E, se perdido, voltei a ganhar

Quero um Mundo novo p'ra mudar
Ópio para o povo lá chegar
Dá-me whisky novo para a voz subir mais alto
Nós não estamos sós

Sigo por desejo
Espero por um sinal
E depois do adeus
Tu vens comigo, afinal

Mata-me o tédio
Agita-o antes de usar
Bebo de um cacho
E, se perdido, voltei a ganhar

Quero um Mundo novo p'ra mudar
Ópio para o povo lá chegar
Dá-me whisky novo para a voz subir mais alto
Nós não estamos sós

Quero um Mundo novo p'ra mudar
Ópio para o povo lá chegar
Dá-me whisky velho para dois
E o Novo Mundo fica pra depois"

25/04/11

AMARANTE: TRAGÉDIA DE VILA CHÃ DO MARÃO “QUANDO O CORAÇÃO FALA, SÃO LÁGRIMAS”

«AMARANTE: TRAGÉDIA DE VILA CHÃ DO MARÃO “QUANDO O CORAÇÃO FALA, SÃO LÁGRIMAS”


Não se ouviram foguetes nem houve Cruz pelas portas. A população de Vila Chã vive momentos de consternação e dor, depois do fatídico acontecimento que assolou a pacata localidade amarantina e que causou três mortos e oito feridos, alguns com muita gravidade.


Assim, a igreja da humilde freguesia de Vila Chã do Marão foi pequena para acolher todos aqueles que se associaram à manifestação religiosa em homenagem às três vitimas mortais do acidente da passada sexta-feira, dia 22 de Abril. Recorde-se que um carro abalroou os participantes de uma procissão noturna da Via Sacra.
O pároco de Vila Chã, Pe. Manuel Santos era o rosto da dor daquele povo humilde e trabalhador. Para a tarde do domingo de Páscoa foi marcada uma cerimónia religiosa para rezar pelas vitimas mortais e pelos feridos e, essencialmente para reforçar o espírito pascoalino, na tentativa de unir as pessoas a fazer o bem.





A eucaristia, que contou com a presença de algumas figuras religiosas e políticas, foi presidida pelo Bispo Auxiliar do Porto, D. António Taipa, que, aproveitou para exortar os presentes a seguir e a acreditar em Deus. “Uma mãe pode abandonar os filhos, mas Ele nunca nos abandona”, disse o sacerdote numa direta alusão ao acontecimento que enlutou a freguesia e que deixou familiares e amigos com os corações destroçados.
O Bispo do Porto classificou o acidente de “acontecimento medonho” e pediu a todos para se unirem nesta dor, numa quadra que é de ressurreição e reconciliação.
No final da eucaristia e do beijar da Cruz, o pároco local, que na altura encabeçava a procissão da Via Sacra, escusou-se a responder às perguntas dos jornalistas, mas lá foi dizendo que “quando o coração fala, são lágrimas”.
Uma das vítimas do acidente de sexta-feira, continua internada no Hospital de S. João, com prognóstico muito reservado. “mantém-se estável, mas em estado grave", disse fonte hospitalar. Os funerais das três vítimas realizam-se segunda-feira, dia 25, às 16h30.


Condutor aguarda julgamento em liberdade


O condutor do automóvel que colidiu com uma procissão da Via Sacra e que provocou três mortos em Vila Chã do Marão, foi constituído arguido e está sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência, confirmou o tenente-coronel Trafaria, do Comando Geral da GNR.
Entretanto, com receio de ser vítima de represálias, o condutor da viatura, um homem de 27 anos, não regressou a Vila Chã, onde residem os pais, e optou por se manter em Felgueiras, na casa da companheira.» in http://noticiasdefigueiro.com/noticias_dlhs.php?Id=520

Amarante - Missa em homenagem às três vítimas do atropelamento, na Freguesia de Vila Chã do Marão!


«“Choro e rezo por elas”


De olhar fixo no chão, Manuel Santos, padre de Vila Chã do Marão, em Amarante, deixa que as lágrimas corram abundantemente mais uma vez pela face já cansada de tanto chorar. Passou praticamente toda a noite em claro, tentando encontrar uma forma de aceitar a tragédia que ocorreu diante dos seus olhos. Na sexta-feira à noite, viu as vizinhas Leonor Medeiros, de 54 anos, Maria dos Prazeres e Emília Silva, ambas com 70 anos, serem mortalmente atropeladas por um carro quando seguiam na procissão.
"A única coisa que consigo fazer desde sexta-feira é chorar e rezar por elas. Cada vez que o meu coração tenta falar, as lágrimas começam a cair pela minha cara. Estou destroçado, eram como família para mim", disse o padre Manuel dos Santos.

Bastante abatido, o padre apareceu pela primeira vez desde o acidente durante a missa de ontem à tarde em homenagem às vítimas, que foi presidida pelo bispo auxiliar do Porto, D. António Taipa. Entrou cabisbaixo na igreja e tentou encontrar um pouco de conforto nos olhares encorajadores e nos sorrisos que cerca de 300 pessoas que enchiam a igreja lhe transmitiram ao longo de toda a cerimónia.
"O peso do mundo desabou sobre nós. Roubaram às famílias três pessoas muito importantes. Estamos todos de lágrimas nos olhos, mas temos de ser fortes. Parece que Deus nos abandonou, mas não. Ele está sempre aqui", disse o bispo auxiliar do Porto na missa.
O padre Manuel dos Santos permaneceu em silêncio durante praticamente toda a cerimónia religiosa. Sempre que os nomes das vítimas eram enunciados, não continha a dor, e chorava convulsivamente.
Os familiares mais próximos das vítimas não tiveram forças para estar na cerimónia. Passaram o dia refugiados em casa, tal é o sofrimento perante a tragédia. Toda a freguesia estava ontem mergulhada em sofrimento. O compasso não saiu às ruas e as pessoas beijaram apenas a cruz no final da missa.
BISPO AUXILIAR DO PORTO ASSISTE A TRÊS FUNERAIS
lAo contrário do que estava previsto, as autópsias aos corpos serão realizadas hoje de manhã, pelo que os funerais serão celebrados pelas 16h30 na igreja de Vila Chã do Marão. Será D. António Taipa, bispo auxiliar do Porto, a presidir à cerimónia. "Não tenho condições para fazer os funerais. Estarei presente, mas será o bispo auxiliar que irá presidir à cerimónia", explicou o padre Manuel Santos.
Ontem, no final da missa, várias pessoas beijaram as três cruzes que foram colocadas à entrada da igreja. Emocionados, os muitos populares não escondiam a dor pela morte das três vizinhas.
"Parece que veio a noite e que nunca mais é dia. A freguesia está toda muito abatida com esta tragédia. O significado da Páscoa já não é o mesmo", disse Manuel Teixeira, morador na zona. 
PÁSCOA COM DEZ MORTOS E 33 FERIDOS GRAVES
Desde que a ‘Operação Páscoa’ da GNR começou, às 00h00 de quinta-feira, que já há a contabilizar dez mortos na estrada. Até ao fecho desta edição, registavam-se ainda 33 feridos graves, em cerca de 750 acidentes. Estes dados, ainda provisórios uma vez que a operação termina às 24h00 de hoje, mostram que em comparação com 2010 já se registaram mais nove mortos e mais 16 feridos graves (em 2010 registaram 12 feridos graves).
Quanto aos dados parciais relativos apenas ao dia de ontem, registou-se uma morte, em Penela, Coimbra (ver página 52), e cinco feridos graves (dois em Monte Gordo, um em Faro, um em Alheira, Barcelos, e outro em Pias, Beja). Hoje é esperado pelos responsáveis da GNR tráfego muito intenso nos principais acessos a Lisboa e Porto, devido ao regresso de férias.»  in http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=E5FDF328-A879-4498-97B2-4E5D74647ABC&channelID=00000010-0000-0000-0000-000000000010

25 de Abril - Cantemos as Canções de Abril, pois estamos em tempos de Cantar novamente Abril



Zeca Afonso - "Grândola, Vila Morena"
Nas comemorações do 25 de Abril, oxalá o espírito de Abril não seja cerceado pelo espírito FMI!

Sara Tavares - "Grândola Vila Morena" - (25 de Abril a Cantar)

Amália Rodrigues - "Grândola, Vila Morena"

Zeca Afonso - "Maio Maduro Maio"

Madredeus - "Maio, maduro Maio" - (Live)

Carlos Paredes - "Verdes Anos"

Manuel Freire - "Pedra Filosofal"

Chico Buarque - "Tanto Mar" - (Versão Original)

Chico Buarque - "Tanto Mar"

Chico Buarque - "Tanto Mar" - (Chico Buarque, falando e cantando)

José Afonso - "Os Vampiros" - (ao vivo no Coliseu)


«Documentário dá a Zeca Afonso "o reconhecimento que devia ter tido"
25 de Abril de 2011, 12:11
«Maior que o Pensamento» é o documentário sobre a vida e da obra do poeta, compositor e intérprete José Afonso, o pai da canção de intervenção portuguesa, que o seu autor, Joaquim Vieira, quis fazer por achar que Zeca "nunca tinha tido o reconhecimento" devido.

A primeira parte, «Primórdios», olha para as raízes de José Afonso, acompanha a sua infância em África e a sua vida de estudante. Na segunda parte do documentário, intitulada «Combate» retratam-se os anos mais marcantes da carreira de Zeca, a prisão pela PIDE e as canções mais emblemáticas, como a senha para o 25 de Abril, «Grândola, Vila Morena». A última parte de «Maior que o Pensamento» («Liberdade») vê José Afonso no pós-25 de Abril, mostrando a influência da democracia na sua obra.
O documentário tem autoria de Joaquim Vieira, com edição de Aníbal Carocinho, direcção de produção de Lila Lacerda, consultoria histórica de Irene Flunser Pimentel e consultoria de Maria Helena Afonso dos Santos. Para o autor, a vontade de levar até ao ecrã «Maior que o Pensamento» nasceu devido ao «talento e à criatividade» de José Afonso e por considerar que ele «nunca tinha tido o reconhecimento que devia ter tido».
Ao longo dos três episódios difundidos pela RTP (o primeiro foi exibido ontem à noite, o segundo será hoje exibido e amanhã terá lugar a última parte), quem conheceu Zeca de perto, entre artistas e personalidades ligadas à revolução, deixa testemunhos sobre a pessoa e a obra.
Ao longo do documentário, podem ser ouvidas algumas das mais significativas canções da autoria de José Afonso, interpretadas pelo próprio.
Entre os intervenientes, contam-se os músicos António Vitorino de Almeida, Benedicto García, Caetano Veloso, Carlos Alberto Moniz, Carlos Correia (“Bóris”), Fausto, Francisco Fanhais, Francisco Naia, Gilberto Gil, Janita Salomé, João Afonso, José Jorge Letria, Júlio Pereira, Luís Cília, Luís Góis, José Mário Branco, José Niza, Luis Pastor, Paco Ibañez, Pi de la Serra, Rui Pato, Sérgio Godinho e Vitorino Salomé e ainda o editor discográfico Arnaldo Trindade e amigos de José Afonso, como o pintor Malangatana, o poeta Eugénio Lisboa, o realizador Luís Filipe Rocha, o dirigente revolucionário Camilo Mortágua, o militar de Abril Otelo Saraiva de Carvalho, o jornalista Adelino Gomes e o jornalista e ensaísta alemão Günter Wallraff.
O projecto foi inicialmente pensado para assinalar os 80 anos do nascimento de José Afonso mas só acabou por ganhar forma este ano e, por isso, o canal público de televisão aproveitou a passagem pelo 25 de Abril para lançar «Maior que o Pensamento».



"Os Vampiros
(José Afonso)


No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vem em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada


Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada


A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas


São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei


Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada


No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada


Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada


Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada"


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Tenho ouvido muita gente que refere que é preciso outro 25 de Abril, que venha o "Salazar", que não vão votar, etc.
Penso que não é por aí, devemos votar, sempre; devemos manifestar a nossa revolta, sempre; não devemos é deixar cair o projeto democrático e dar entrada a um qualquer ditador...
Temos que deixar de ser tão passivos, tão acomodados, tão virados para o nosso umbigo, devemos trabalhar e lutar por um Mundo melhor...

Desporto Hóquei Patins: Portugal 2 vs Espanha 1 - Portugal bate Espanha e conquista o Torneio Internacional de Montreux, na Suíça!



«Portugal bate Espanha e conquista torneio


A seleção portuguesa de hóquei em patins conquistou hoje a edição 2011 do Torneio Internacional de Montreux.
A seleção portuguesa de hóquei em patins conquistou hoje a edição 2011 do Torneio Internacional de Montreux, na Suíça, ao vencer na final a Espanha por 2-1.
Os benfiquistas Valter Neves, a acabar a primeira parte, e Ricardo Oliveira “Caio”, a cerca de cinco minutos do final do jogo, marcaram os golos do conjunto comandado por Rui Neto.» in http://desporto.sapo.pt/hoquei/artigo/2011/04/24/portugal_bate_espanha_e_conquist.html

Amarante - Páscoa 2011, em Rampa Alta, Amarante!

DSCF7005


Em Amarante, a Tradição da Páscoa já não é o que era, mas ainda é uma grande manifestação de religiosidade e de união das famílias...



A Banda Musical de Amarante confere sempre mais nobreza ao cortejo Pascal!


24/04/11

Amarante: Bispo celebra missa de homenagem a vítimas do acidente de Vila Chã do Marão!

Missa em Amarante


«Amarante: bispo celebra missa de homenagem a vítimas


População tenta encontrar conforto junto da Igreja.


Dois dias depois do trágico acidente durante uma procissão em Vila Chã do Marão, a população tenta restabelecer-se junto da Igreja. A missa este domingo foi celebrada por um dos bispos auxiliares do Porto.

D. António Taipa representou a diocese do porto na missa de Páscoa e homenagem às vítimas. A população de Vila Chã do Marão tenta recuperar da tragédia.
Uma das vítimas do acidente continua internada no Hospital de S. João em estado crítico.
Veja a reportagem.» in http://diario.iol.pt/sociedade/amarante-tvi24-homenagem-vitimas-missa-amarante-vila-cha-do-marao-procissao-amarante/1248657-4071.html

F.C. do Porto Sub-10: F.C. do Porto 3 vs Angrense 1 - Jovens Dragões conquistam Torneio Lajense!




«SUB10 VENCEM TORNEIO LAJENSE

A equipa de Sub10 do FC Porto venceu, este domingo, o Torneio Lajense, ao derrotar o Angrense, por 3-1, na final da competição. Ao longo dos três dias de prova, os Dragões já tinham somado por vitórias todos os jogos disputados, batendo, sucessivamente, o São João (5-4), o Lajense A (7-0), o SC Leões (10-3) e o Lajense B (14-0).» in site F.C. do Porto.

Religião - A Páscoa, uma Grande Festa dos Cristão do Mundo!




«A verdadeira História da Páscoa



Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera. A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra “páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.
A páscoa judaica (em hebraico פסח, ou seja, passagem) é o nome do sacríficio executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que precede a Festa dos Pães Ázimos(Chag haMatzot). Geralmente o nome Pessach é associado a esta festa também, que celebra e recorda a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro de Êxodo.
A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas tem um significado diferente. Enquanto para o Judaísmo, Pessach representa a libertação do povo de Israel no Egito, no Cristianismo a Páscoa representa a morte e ressurreição de Jesus (que supostamente aconteceu na Pessach) e de que a Páscoa Judaica é considerada prefiguração, pois em ambos os casos se celebra uma “libertação do povo de Deus”, a sua passagem da escravidão (do Egito/do pecado) para a liberdade.
De fato, para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa.
Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.
Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera decorando ovos. O próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha o hábito de banhar ovos em ouro e ofertá-los para os seus amigos e aliados.
Por que o ovo de Páscoa?
O ovo é um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. Ele contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.
Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo. Na maioria das tradições, este “ovo cósmico” aparece depois de um período de caos.
Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o “Sopro divino”), chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao Céu e a Terra – simbolicamente é possível ver o Céu como a parte leve do ovo, a clara, e a Terra como outra mais densa, a gema.
O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha se abriu e, de seus elementos pesados, surgiu a Terra (Yin) e, de sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yang).
Para os celtas, o ovo cósmico é assimilado a um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do Universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros.
Na tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.
Por que o Coelho de Páscoa?
Coelhos não colocam ovos, isto é fato! A tradição do Coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.
Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?
No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.
Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertililidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida. Em união com o mito dos Ovos de Páscoa, o Coelho da Páscoa representa a renovação de uma vida que trará boas novas e novos e melhores dias, segundo as tradições.
Outros símbolos da Páscoa
O cordeiro é um dos principais símbolos de Jesus Cristo, já que é considerado como tendo sido um sacrifício em favor do seu rebanho. Segundo o Novo Testamento, Jesus Cristo é “sacrificado” durante a Páscoa (judaica, obviamente). Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho segundo João no capítulo 1, versículo 29: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo”.
Paulo de Tarso (na primeira epístola a Coríntio no capítulo 5, versículo 7) diz: “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
Jesus, desse modo, é tido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus (em latim: Agnus Dei) que supostamente fora imolado para salvação e libertação de todos do pecado. Para isso, Deus teria designado sua morte exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a aliança antiga, no sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança, no sangue do próprio Jesus imolado. Assim, a partir daquela data, o Pecado Original tecnicamente deixara de existir.
A Cruz também é tida como um símbolo pascal. Ela mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Jesus. No Concílio de Nicea em 325 d.C, Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Então, ela não somente é um símbolo da Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.
O pão e o vinho simbolizam a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos, conforme é dito no capítulo 26 do Evangelho segundo Mateus, nos versículos 26 a 28: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados.
Por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia todos os anos?
O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Concílio de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária – conhecida como a “lua eclesiástica”).
A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.
Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a seqüência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”. De fato, a seqüência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos no nosso calendário Gregoriano.
Tabela com as datas da Páscoa até 2020
  • 2000: 23 de Abril (Igrejas Ocidentais); 30 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2001: 15 de Abril
  • 2002: 31 de Março (Igrejas Ocidentais); 5 de Maio (Igrejas Orientais)
  • 2003: 20 de Abril (Igrejas Ocidentais); 27 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2004: 11 de Abril
  • 2005: 27 de Março (Igrejas Ocidentais); 1 de Maio (Igrejas Orientais)
  • 2006: 16 de Abril (Igrejas Ocidentais); 23 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2007: 8 de Abril
  • 2008: 23 de Março (Igrejas Ocidentais); 27 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2009: 12 de Abril (Igrejas Ocidentais); 19 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2010: 4 de Abril
  • 2011: 24 de Abril
  • 2012: 8 de Abril (Igrejas Ocidentais); 15 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2013: 31 de Março (Igrejas Ocidentais); 5 de Maio (Igrejas Orientais)
  • 2014: 20 de Abril
  • 2015: 5 de Abril (Igrejas Ocidentais); 12 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2016: 27 de Março (Igrejas Ocidentais); 1 de Maio (Igrejas Orientais)
  • 2017: 16 de Abril
  • 2018: 1 de Abril (Igrejas Ocidentais); 8 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2019: 21 de Abril (Igrejas Ocidentais); 28 de Abril (Igrejas Orientais)
  • 2020: 12 de Abril (Igrejas Ocidentais); 19 de Abril (Igrejas Orientais)
No final das contas, a páscoa é mais um rito de povos antigos, assimilado pela Igreja Cristã de modo a impor sua influência. Substituindo venerações à natureza (como no caso da Lua ou do Equinócio, tipicamente pagãs) por uma outra figura da mitologia, tomando os siginificados do judaísmo, os símbolos celtas e fenícios, remodelando mediante os Evangelhos e dando uma decoração final, criou-se um “ritual colcha de retalhos”.» in http://ceticismo.net/religiao/a-verdadeira-historia-da-pascoa/

FILME A VIDA DE JESUS - PARTE 2 Pascoa - (A Semana Santa 2011)
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