06/03/15
Saúde - Com o objectivo de sensibilizar o público para a sua doença cardíaca rara, uma jovem de 21 anos autorizou a divulgação de um vídeo em que aparece a «morrer», num ano, Sara Brautigam foi declarada clinicamente morta 36 vezes.
«Jovem com doença rara conta como é morrer 36 vezes num ano
Com o objectivo de sensibilizar o público para a sua doença cardíaca rara, uma jovem de 21 anos autorizou a divulgação de um vídeo em que aparece a «morrer». Num ano, Sara Brautigam foi declarada clinicamente morta 36 vezes.
À jovem foi diagnosticada há quatro anos a Postural Orthostatic Tachycardia Syndrome, um padecimento que provoca severos ataques, em que o paciente sofre palpitações rápidas que levam à paragem cardíaca. Por vezes, os ataques duram meia hora.
«Na verdade isto foi um ataque bastante ligeiro. Como podem ver o meu batimento cardíaco está muito elevado. Depois podem ver-me a ficar inanimada e os médicos e as enfermeiras a reunirem-se à minha volta», afirmou.
«Não podem fazer-me CPR porque [essa manobra de reanimação] cansa o coração para nada, portanto não faz sentido [realizá-la]. Quando o coração se enche de sangue novamente, é quando começa a bater outra vez».
«O meu sangue tende a armazenar-se nas pernas, e os médicos precisam de ajudar a devolvê-lo ao coração».
Sara, natural de Doncaster (Inglaterra), explicou que no vídeo, é no momento em que os médicos lhe começam a dar oxigénio que ela «morre».
«Não me podem dar oxigénio porque isso prolonga o ataque. Este vídeo é antigo e foi filmado antes do diagnóstico certo, portanto os médicos estão a entrar em pânico e é por isso que os vêem a dar-me oxigénio».
«De facto, é uma questão de me deixarem ali e rezarem. A única coisa que podem fazer é pôr-me a soro», acrescentou.
«Quando os ataques acontecem, os médicos tentam fazer tudo o que podem para me infligir dor e choque de modo a trazerem-me novamente à vida». «Muitas vezes acordo cheia de nódoas. Uma vez picaram-me com um alfinete mas eu nem me mexi», referiu.
«Costuma-se dizer que quando morremos, a audição é a última coisa a ir, e essa é a minha experiência. Depois de um ataque, acordo com dores de morte no peito e fico muito cansada».
«Perguntam-me isso muitas vezes, mas não vejo nenhuma luz ao fundo do túnel, fica tudo escuro».
«Ainda se consegue ouvir as coisas e há uma voz na minha cabeça que ainda está activa e consciente e quer tentar comunicar com as pessoas à volta. Consigo lembrar-me do que as pessoas estão a dizer quando perco os sentidos, mas não tenho nenhuma outra noção do que se está a passar», concluiu, citada pela imprensa britânica.» in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=762913
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