12/07/11

Poesia - O Meu Amigo e Poeta, Ângelo Ochôa, interpela-nos com o Poemeto: "19 - nomes"



"19 – nomes – início do poema in infâmia d’ ângelo ochôa


Lima: Povoaste com figuras aladas, bailarins, trapezistas
o horto amargurado.
Hölderlin: Vinho divino, ancestral angústia.
Duval: Cantavas: Havia sorrisos que atravessavam a rua.
Machado de Assis: Excelente tabelião do idioma.
Brel: Golpeados os fios que moviam a marioneta,
eis-te em fuga ante ti próprio.
Junqueiro: Luz mariana e flor da urze,
em torno ao simplicíssimo burrico companheiro.
Senghor: Salmos da África, tambores eclodindo antiquíssimos ritmos.
Rilke: Soturnos anjos, a acolhida noite, indiciavam carinhos.
Camilo Castelo Branco: O Verbo esfarelaste, comum banquete.
Simone Weil: 3 da manhã, grutas ao metro, em Londres,
com O Cristo Transeunte acamaradaste."


"19 -- Nomes -- Início do Poema" - in (Infâmia d' Ângelo Ochôa)

2 comentários:

  1. Helder,
    meu breve comment só para dar notícia de périplo:
    Ando agora por cem soldos madalena tomar e mañana retorno a setúbal.
    Sabe o Amigo quanto que mais me espanta no português?
    É que, a qualquer parte de cá ou do mundo a que se ache, ele é sempre o mesmo -- de uma fortíssima única personalidade base.
    Vale, Amigo!

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  2. Vale, Amigo, Poeta, Ângelo Ochôa!

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