29/08/08

Violência em Portugal - Ministro Rui Pereira fala muito, mas acerta pouco...


























«COISAS DA SÁBADO: O SR. MINISTRO, CONSULTADO, AUTORIZA A ATIRAR A MATAR

Um exemplo que passou despercebido mostra a relação pouco sadia do Ministro com as forças de segurança e vice-versa. Mostra também como funciona a máquina da propaganda para tentar inverter a imagem de moleza do Ministro. O Ministro, o ministério, ou alguém por ele, “passou” para os jornais a informação de que fora o próprio Ministro que autorizara a atirar a matar no caso do sequestro de Campolide. Na verdade, se tal aconteceu, é sinal que muitas coisas estão erradas no âmbito das forças de segurança.
Primeiro, porque na actuação de polícias altamente especializadas em casos de criminalidade violenta, em particular no caso de forças como os GOE ou os atiradores especiais, existem protocolos de procedimentos que servem de base à sua actuação. Quem está no comando operacional dessas forças tem toda a autoridade para decidir o que for necessário para evitar males maiores, neste caso, proteger reféns em perigo, mesmo que isso signifique atirar a matar em último recurso. Só espero que agora os comandantes operacionais não vão telefonar ao sr. Ministro, seja este ou qualquer outro, para que partilhe com eles uma responsabilidade que é só sua e que vem com a função. Procedendo de outro modo, como parecem indicar as notícias tão convenientemente colocadas, seja o pedido de autorização por iniciativa do responsável operacional, ou por iniciativa do Ministro, não só se está a violar um protocolo como a agravar um perigo.
O sinal que se dá é duplamente errado: ou se indicia que as polícias tem receio de usar meios mais duros para repor a lei, porque isso as coloca como alvo de críticas, em vez dos malfeitores, como infelizmente acontece todos os dias; ou o Ministro resolveu envolver-se numa acção policial ultrapassando a cadeia de comando, para vir tirar louros do que aconteceu. Se a coisa tivesse corrido mal, certamente a intervenção ministerial não seria publicitada. O resultado é estar-se a politizar uma decisão que deveria ser apenas “profissional” e só um Ministro que não compreende o “ethos” deste tipo de acções violentas é que se lembraria de as usar para compor a sua imagem.» in http://abrupto.blogspot.com/
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Quem ouviu ontem o Ministro Rui Pereira, levou um banho de demagogia barata. O Sr. Ministro refugiu-se no facto de ter uma estratégia traçada desde o inicio do seu mandato, mas não esclareceu como fazer face ao recente aumento de criminalidade que se verifica em Portugal. Aprendi no futebol que todo a preparação de um jogo, passa pelo estudo intensivo do adversário, para depois, com os recursos disponíveis, traçar a melhor estratégia de jogo. Mas que poderá ter que ser alterado por motivos circunstanciais através pormenores tácticos, pois nem sempre a estratégia resulta, dado que do outro lado também há acção e estudo sobre nós. O Senhor Ministro deveria estudar mais as formas de implementar estratégias adequadas, nomeadamente através da alocação dos meios necessários à implementação das mesmas. Agora, perante o aumento da onda de crimes violentos e graves, vir anunciar a contratação, para um futuro indefinido, de mais dois mil policias; isso é coisa do Engenheiro Sócrates (O Anunciador). Nem uma palavra sobre o aumento da imigração ilegal; nem uma palavra da forte entrada de armas ilegais em Portugal, nem uma palavra sobre o enorme preço que tem que se pagar, só por entregar de boa fé uma arma às autoridades - tenho uma amiga que entregou uma arma familiar muito antiga, já sem documentos e pagou mil euros -, nem uma palavra sobre os caldos culturais violentos criados nos bairros sociais; nem uma palavra sobre o descontentamento dos polícias - isto de um Ministro Socialista não ouvir sindicatos, não lembra nem ao Diabo -, nem uma palavra sobre os protestos dos juízes, nem uma palavra sobre os milhares de presos preventivos que ele próprio libertou; nem uma palavra sobre a falta de autoridade da polícia, facto que se viu no assalto ao BES, em que teve que ser o Ministro a dar ordem de disparo (onde estão os protocolos policiais?). Enfim, se estavamos inseguros antes, mais ficamos depois de o ouvir...

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