«Incrivelmente perfeito
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Força admirável, arco irrepreensível, calculado com invulgar precisão. Júlio César, por terra, voara, mas não pudera evitar o balanço das redes. Hulk e o estádio, movido por um incontrolável impulso e certos de que partilhavam um momento único, pularam para festejar o segundo golo do Dragão. Um fenómeno à dimensão de mil dias de liderança e inquestionável hegemonia.
Uma entrada previsivelmente forte, marcada por uma multiplicidade de movimentações e factores geradores de surpresa, revelou, desde o primeiro instante, a faceta vincadamente dominadora que o Tricampeão veste como imagem de marca e lhe serve, também, como essência ou principal característica.
Ao quarto minuto, quando um disparo de Raul Meireles formulou a primeira ameaça, o jogo já havia assumido a singular configuração de sentido único, que os momentos e ensaios que se seguiram não fizeram mais do que confirmar. Da pressão incessante resultou o golo. Apontou-o Mariano, depois de Júlio César adiar a primeira celebração da época no Dragão, a remate de Lisandro.
O assédio prosseguiu, invariável, na direcção da baliza belenense, a que um lapso de arbitragem negou a iminência de novo golo, interrompendo uma jogada legal por pretensa posição irregular de Sapunaru, que já havia oferecido a bola e as redes desertas a Lisandro.
A definição, clara, sem espaço para reservas nem dúvidas, do vencedor foi protelada por questões de pormenor (entre bolas no poste ou a centímetros do alvo), adiada para a segunda metade, parecendo aguardar uma sentença veemente, como o pontapé incrivelmente perfeito de Hulk, um portento, misto de força, inesperado e colocação, «folha seca» furiosa que selou o milésimo dia de liderança portista, hoje partilhada por força das circunstâncias de um campeonato que está só no começo.
FICHA DE JOGO
Liga 2008/09, 1ª jornada
Estádio do Dragão, no Porto
24 de Agosto de 2008
Assistência: 41.211 espectadores
Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)
Assistentes: Rui Licínio e João Silva
4º árbitro: Pedro Maia
F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Benítez; Tomás Costa, Raul Meireles e Lucho; Mariano, Lisandro e Rodriguez
Substituições: Rodriguez por Hulk (69m), Tomás Costa por Guarin (74m), Mariano por Fucile (80m)
Não utilizados: Nuno, Rolando, Bolatti e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
BELENENSES: Júlio César; Baiano, Carciano, Matheus e China; Rodrigo Arroz, Cândido Costa, Silas «cap» e Zé Pedro; Maykon e Marcelo Faria
Substituições: Marcelo Faria por João Paulo (55m), Rodrigo Arroz por Organista (64m) e Maikon por Vinicius (70m)
Não utilizados: Assis, Mano, Evandro e Vanderlei
Treinador: Casemiro Mior
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Mariano (15m), Hulk (83m)
Disciplina: cartão amarelo a Baiano (22m), Carciano (56m e 73m), Bruno Alves (59m), Lisandro (62m), Cândido Costa (85m); cartão vermelho a Carciano (73m)» in site F.C. Porto.
«Capitão Pedro Emanuel ergueu troféu de Campeão Nacional
Pedro Emanuel, capitão do F.C. Porto, recebeu este domingo das mãos do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, o troféu de Campeão Nacional, relativo à época 2007/08. A cerimónia de entrega do galardão, que os Dragões conquistaram pelo terceiro ano consecutivo, teve lugar no relvado do Estádio do Dragão, ainda antes do início da recepção ao Belenenses, correspondente à 1ª ronda do campeonato.» in site F.C. Porto.
Primeiro golo, Mariano Gonzalez, na conclusão de uma bela jogado do F.C. do Porto!
Segundo golo, apontado por Hulk, num golo de levantar o estádio, fabuloso!
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Tratou-se de um jogo de sentido único, com o F.C. Porto a querer jogar e vencer, o que conseguiu com alguma facilidade, dado que, o Belenenses não mostrou, para já, poder ombrear com uma equipa como a do F.C. do Porto. O Mister Jesualdo Ferreira depois de muitas experiências, entendeu colocar a trinco Raul Meireles, aposta que se revelou bastante acertada, pois não sendo Raúl Meireles o Paulo Assunção, para já é o único jogador do plantel que consegue dar dinâmica à equipa jogando naquela posição. Mais estranho foi iniciar com Lucho à esquerda e Tomás Costa à direita, mas parece-me que foi só para baralhar o adversário nos primeiros minutos. Tomás Costa, eis um jogador que já me agradou mais, embora o que sobra em aplicação falta às vezes em concentração para não ser tão trapalhão a distribuir jogo e a sair para o ataque. Gostei de Mariano, já solta a bola mais rápido, apontou o primeiro golo e enviou uma bola ao poste após um belo trabalho individual; Rodriguez com a ânsia de mostrar serviço e com a marcação implacável que sofreu, nem sempre conseguiu definir bem as jogadas, mas no cômputo geral esteve muito bem. Os laterais mais soltos, embora não façam esquecer Bosingwa, porque as suas características são outras. Helton e os centrais estiveram muito seguros, Lisandro muito perdulário, embora muito lutador, como sempre. E, depois, temos Hulk a saltar do banco, a dinamizar muito o ataque e a marcar um golão de fora da área. Este jogador com mais trabalho táctico e com mais entrosamento com os colegas promete muito... vamos ver! Mais de 41000 pessoas no estádio, da minha família foram cinco pessoas, com o baptismo no Dragão, da minha esposa, da minha mão e da minha filha - três gerações! Uma palavra para os muitos emigrantes que lá estavam a ver a sua equipa e que mereciam uma homenagem especial por parte dos dirigentes e jogadores do F.C. do Porto, este é um reparo de quem se emocionou ao ver tanta gente que trabalha noutros países, mas que fazem questão de vir ao Dragão no Verão! Pedro Emanuel, o nosso brilhante e proficiente capitão, recebeu no inicio da partida a Taça referente ao campeonato vencido com muito brilhantismo, na última época! Viva o F.C. do Porto, vivam os emigrantes Portugueses!
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