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25/11/13

Óbitos - O arquitecto e professor universitário Alcino Soutinho faleceu neste domingo, aos 83 anos, vítima de doença prolongada.

Morreu o arquiteto Alcino Soutinho

«Morreu o arquitecto Alcino Soutinho
24-11-2013 21:52

Formado na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, Soutinho foi colega de Álvaro Siza, com quem partilhou o interesse pela pintura e escultura.

O arquitecto e professor universitário Alcino Soutinho faleceu neste domingo, aos 83 anos, vítima de doença prolongada. 

É autor de um diversificado conjunto de edifícios, como, por exemplo, o da Câmara de Matosinhos, o auditório e biblioteca da mesma cidade, do Castelo do Prado, do Edifício Delfim Pereira da Costa, além da Casa-Museu Guerra Junqueiro, no Porto, e o Museu Amadeo de Sousa-Cardozo, em Amarante. 

Nasceu em Vila Nova de Gaia a 6 de Novembro de 1930, mas mudou-se para o Porto ainda criança. Forma-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1957, onde leccionou de 1972 a 1999 (actualmente FAUP). Considerado pela crítica nacional e internacional como um dos ícones da "Escola do Porto" inicia a sua actividade, em regime livre, em 1957. Apenas em 1961 suspende a actividade para realizar uma investigação sobre Museologia, em Itália. 

Soutinho foi colega de Álvaro Siza Vieira, com quem partilhou o interesse pela pintura e escultura. 

Este ano, por ocasião do Dia Nacional do Arquitecto, celebrado em Julho, João Belo Rodeia, presidente da Ordem dos Arquitectos, afirmou que "no seu 
caminho, no seu fazer, na sua entrega, Alcino Soutinho constitui um exemplo incontornável para os arquitectos portugueses, personificando a dignidade 
e o prestígio da profissão de arquitecto em Portugal". 

Foi condecorado com a Medalha de Mérito das câmaras de Matosinhos (1988) e de Vila Nova de Gaia (1992), com a Comenda da Ordem Militar de Santiago de Espada (1993) e com o título de Cidadão Honorário da Câmara de Matosinhos (2007).

No âmbito das suas actividades como académico e como arquitecto proferiu conferências, participou em debates e mostrou a sua arte em exposições em Portugal e no estrangeiro. Publicou obras em livros e revistas de arquitectura (Portugal, Espanha, França, Holanda, Alemanha e Itália) e tem feito parte de júris de concursos públicos de Arquitectura e Planeamento.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=130418


(15 razões para conheceres Amadeo de Sousa-Cardozo em Amarante)

06/12/12

Óbitos - Morreu o arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer, aos 104 anos!



«Morreu o arquitecto centenário Oscar Niemeyer

O seu nome confunde-se com a arquitectura moderna. Niemeyer foi o arquitecto do betão armado, dos edifícios de linhas curvas que o seu lápis desenhou.

Morreu o arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer, aos 104 anos. Estava internado há várias semanas num hospital do Rio de Janeiro.

Oscar Niemeyer foi internado dia 2 de Novembro, pela terceira vez este ano, devido a uma desidratação. Desde então o seu estado de saúde foi-se agravando.

Formado em Arquitectura e Engenharia em 1934, Niemeyer viu o seu primeiro edifício ser construído em 1937 no Rio de Janeiro, a cidade onde manteve o seu atelier na avenida que olha a baia de Guanabara.

Niemeyer, que integrou a equipa de arquitectos que projectou a sede das Nações Unidas em Nova Iorque, foi sempre um homem dado à política. Filiou-se no Partido Comunista brasileiro, em 1945.

Influenciado pelo arquitecto francês Le Corbusier, Oscar Niemeyer foi o responsável pelo projecto da cidade de Brasília, onde desenhou edifícios emblemáticos como o Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro.

Em Portugal, tem apenas uma obra, na cidade do Funchal: o Pestana Casino Park, projecto de 1966.

Oscar Niemeyer, que ultrapassou a barreira dos 100 anos sempre no activo, definia assim a matéria de que se faz um arquitecto: “Sempre digo e insisto muito que o ensino da Arquitectura, de qualquer outra escola superior, devia ser seguido de conversas paralelas, literatura, de ciências sociais, Filosofia, não para transformar o arquitecto num intelectual, mas num homem familiarizado com a vida”.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=87946




«Niemeyer, uma vida fora da linha reta

Chamam-lhe o arquiteto da invenção, da utopia, da rebeldia, da arte. “Não há razão para a gente ficar na linha reta”, diz Oscar

Nas entrevistas que foi dando ao longo da longa vida, Niemeyer explica como começou a sua caminhada na arquitetura. A culpa foi do gosto pelo desenho. Nascido no Rio de Janeiro, em 1907, nada lhe dava mais prazer do que jogar à bola na rua, ir à praia…e desenhar. 

No site da Fundação Niemeyer a história é contada na primeira pessoa: “Lembro-me que ficava com o dedo no ar desenhando. Minha mãe perguntava: 'o que está fazendo, menino?' 'Desenhando', respondia com a maior naturalidade. Realmente, fazia formas no espaço, formas que guardava de memória, corrigia e ampliava, como se  estivesse mesmo a desenhá-las.”

Foi o gosto pelo desenho que o levou à Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, de onde saíu em 1934 com o diploma de engenheiro arquiteto. Dois anos depois, já trabalhava no escritório de Lúcio Costa, integrando a equipa que projetou o edifício do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro, um dos grandes marcos da arquitectura brasileira.

Foi através de Lúcio Costa que Niemeyer conheceu o famoso arquiteto franco-suíço Le Corbusier, que haveria de ser uma forte influência no brasileiro, pelo menos nos primeiros trabalhos de Oscar Niemeyer, e com quem teria oportunidade de colaborar. Em 1939, também com Lúcio Costa, viajou para Nova Iorque, para projetar o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial.

Em 1940 , Oscar Niemeyer recebeu o convite que viria mais tarde a culminar na construção da cidade de Brasília. O político Juscelino Kubitschek pediu ao arquiteto para projetar o Conjunto da Pampulha - obra que até hoje considera uma das suas favoritas e onde diz ter começado a explorar a ideia de linha curva nos edifícios.

Brasília, obra de uma vida

Em 1955, Niemeyer funda a revista Módulo, no Rio de Janeiro, e assume a chefia do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da NOVACAP, encarregada da construção de Brasília. Juscelino Kubitschek, eleito presidente da República em 1956, queria construir uma nova capital no Planalto Central do país e pôs nas mãos de Niemeyer a organização de um concurso para a escolha do plano piloto de Brasília, ganho por Lúcio Costa.

Em tempo recorde, Oscar Niemeyer projetou o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, a catedral, os edifícios dos ministérios, além de edifícios residenciais e comerciais da nova capital, inaugurada em 21 de
abril de 1960.

No início dos anos 60, foi nomeado coordenador da Escola de Arquitetura da recém-fundada UnB (Universidade de Brasília). Em 1964, foi surpreendido pela notícia do golpe militar de 31 de março no Brasil. De regresso ao país, foi chamado a depor no DOPS - Departamento de Ordem Política e Social, um dos principais órgãos de repressão política da ditadura militar.

Em 1965, juntamente com outros 200 professores, Niemeyer deixou a UnB, em protesto contra a nova política universitária do governo. Praticamente impedido de trabalhar no Brasil, o arquiteto mudou-se para Paris, onde projetou a sede do Partido Comunista Francês. Além de projetos em Itália (sede da Editora Mondadori) e na Argélia (Universidade de Constantine e Mesquita de Argel), acompanhou uma exposição sobre a sua obra na Europa.

Em 1970, em protesto contra a guerra do Vietname, desligou-se da Academia Americana de Artes e Ciências. Em 1990 deixou o Partido Comunista Brasileiro.

As obras e os prémios

Oscar Niemeyer recebeu inúmeros prémios, entre eles o famoso prémio Pritzker de Arquitetura, mas também o Leão de Ouro da Bienal de Veneza por ocasião da VI Mostra Internacional de Arquitetura, a Royal Gold Medal do Royal Institute of British Architects, o Prémio UNESCO 2001, na categoria Cultura, os títulos de Arquiteto do Século XX, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil e os títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades de São Paulo e de Minas Gerais.

A inovação dos seus edifícios causou por vezes estranheza. Entre os muitos edifícios que Niemeyer desenhou está a Igreja de São Francisco, cuja estrutura radical atrasou a sua consagração até 1959, embora a obra tivesse sido terminada em 1943.

Em 1971, lança-se em nova aventura e lança, em França, com a colaboração de Anna Maria Niemeyer, a "linha on" de mobiliário, que desenhou , numa primeira incursão no campo de mobiliário industrial. 

Também na literatura deixou a sua marca. Na verdade, cada projeto de Niemeyer é sempre precedido de um texto explicativo. Diz o arquiteto que se não conseguisse argumentar a favor do seu desenho, então voltava à estaca zero. Em 1998, com 91 anos, publica então o livro de memórias “As curvas do tempo”. Niemeyer, lê-se no site da Fundação com o seu nome, queria fazer um livro que o explicasse: “Um livro que mostrasse ter eu sempre encontrado tempo para pensar maior, sentir como a vida é injusta, como nossos irmãos mais pobres são explorados e esquecidos.”

No ano seguinte, nova façanha. Publica, no Brasil, a sua primeira obra de ficção, “Diante do nada”, a história de um jovem que se preocupa com o mundo e com a luta do ser humano. 

Em 2004 enfrenta a morte da esposa, Annita, tendo voltado a casar dois anos depois com Vera Lúcia. Tinha 98 anos. Um ano depois, puseram-se em marcha as comemorações dos seus 100 anos. Em todo o Brasil foram realizadas exposições, eventos e homenagens em comemoração do centenário de nascimento do arquiteto.

Entre diversas condecorações, recebeu do presidente Lula a medalha do Mérito Cultural, um reconhecimento à sua contribuição para a cultura brasileira, e, em França, o título de Comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra, concedido pelo embaixador de França no Brasil.

Em 2009, o homem que já tinha alcançado quase tudo vê-se numa cama de hospital durante dois meses. Nesse tempo escreveu uma letra de uma música de samba, acompanhado por uma melodia criada pelo seu enfermeiro. Pela mão do neto chegou à fala com o músico brasileiro Edu Krieger, que finalizou a canção de protesto com toque de esperança que viria a chamar-se “Tranquilo da vida”. 

“Da minha favela eu vejo os granfinos/ Morando na praia, de frente pro mar/ Não devemos culpá-los, tão prestigiados/ Que um dia entre nós vão voltar a morar”. A letra é um reflexo de Niemeyer, o homem que aproveita os prazeres simples da vida mas que está atento às injustiças do mundo. 

Artista mais do que arquiteto, tem a sua marca impressa um pouco por todo o mundo, com mais de 600 edifícios inovadores, rebeldes, sensuais, provocantes. E todos podem disfrutar disso. Ricos e pobres, porque, como dizia Oscar, se os ricos são aqueles que compram a arquitetura, a verdade é que a sua obra - aquela que faz parar qualquer um com ar de espanto e deleite -  está acessível a todos. 

A 2 de novembro, Oscar Niemeyer foi internado, pela terceira vez, devido a uma desidratação. Desde então, o seu estado de saúde foi-se agravando. Precisamente 10 dias antes de completar 105 anos de vida, morreu o último grande arquiteto do século XX.» in http://noticias.sapo.pt/especial/oscarniemeyer/vida/




Óscar Niemeyer - A vida é um sopro - (fragmentos)


(Óscar Niemeyer)


(Óscar Niemeyer - Wiki Article)

28/06/12

Arquitetura - O arquiteto portuense Álvaro Siza Vieira vai ser distinguido com o Leão de Ouro pela sua carreira na Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, em Itália!

Siza Vieira

«Siza Vieira vence Leão de Ouro de carreira na Bienal de Veneza

O arquiteto portuense Álvaro Siza Vieira vai ser distinguido com o Leão de Ouro pela sua carreira na Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, em Itália. É a segunda vez que é premiado nesta bienal, depois de em 2002 ter recebido o Leão de Ouro de projeto.

"É difícil imaginar um arquiteto contemporâneo que tenha tido uma presença tão consistente dentro da profissão como Álvaro Siza", afirmou Paolo Baratta, da direção da bienal de arquitetura, num comunicado emitido hoje pela organização do certame.

Siza Vieira ocupa uma presença única na "galáxia da arquitetura", ainda que cheia de paradoxos e que só sai reforçada por uma certa marginalidade geográfica de Portugal na Europa, acrescentou a direção da bienal.

O arquiteto, Prémio Pritzker em 1992, "aparenta seguir numa direção oposta à do resto da profissão, mas parece estar sempre na frente, intocado e destemido com os desafios intelectuais e de trabalho que coloca a si mesmo", lê-se ainda na nota de imprensa.
Trabalho

Entre as suas obras arquitetónicas mais emblemáticas, destaque par a Casa de Chá e a piscina de Leça da Palmeira, o edifício do Museu de Serralves (Porto), o Pavilhão de Portugal (Lisboa), a igreja de Marco de Canavezes, a reconstrução de edifícios no Chiado (Lisboa) depois do incêndio de 1988, o Museu de Arte Contemporânea da Galiza (Espanha) e, mais recentemente, o Centro Cultural da Fundação Iberê Camargo (Brasil).

Álvaro Siza Vieira, de 79 anos, natural de Matosinhos, estudou na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Receberá o seu segundo Leão de Ouro no primeiro dia da bienal, que decorre entre 29 de agosto e a 25 de novembro.

Entre outros galardões recebeu, em 1988, a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto, o Prémio Príncipe de Gales da Universidade de Harvard e o Prémio Europeu de Arquitetura da Comissão das Comunidades Europeias/Fundação Mies Van der Rohe.» in http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/siza-vieira-vence-leao-de-ouro-d_4135.html


(Entrevista com o arquiteto Álvaro Siza Vieira)

14/12/11

Arquitetura - A Câmara de Lisboa confirmou hoje a aprovação do projeto de reabilitação do Cinema Odeon, que prevê a instalação de espaços comerciais e a demolição parcial do interior, mantendo a fachada e «elementos mais marcantes» do edifício!




«Câmara homologou projeto de transformação do cinema Odeon em espaço comercial


A Câmara de Lisboa confirmou hoje a aprovação do projeto de reabilitação do Cinema Odeon, que prevê a instalação de espaços comerciais e a demolição parcial do interior, mantendo a fachada e «elementos mais marcantes» do edifício.


Segundo a direção municipal de Planeamento, Reabilitação e Gestão Urbanística, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, homologou favoravelmente, a 28 de novembro, o projeto de reabilitação do edifício do Cinema Odeon (pedido de informação prévia).


O pedido, que deu entrada nos serviços municipais em maio, prevê a «instalação de espaços comerciais, biblioteca/livraria, espaços para exposições e serviços», além da «demolição parcial do interior, com o aproveitamento do teto em madeira, da sala de espetáculos e de parte da boca de cena», refere uma nota da direção municipal de Urbanismo enviada à agência Lusa.


O projeto «foi objeto de parecer favorável do IGESPAR» (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), acrescenta a Câmara de Lisboa.


A nota da direção municipal justifica a decisão de Manuel Salgado com «a garantia de manutenção da fachada, incluindo as varandas corridas existentes sobre a Rua dos Condes, bem como a manutenção e recuperação de elementos considerados no interior do edifício e que lhe dão identidade».


Entre estes, a autarquia destaca o teto em madeira de pau-brasil e o frontão «art-deco» sobre a boca de cena e as respetivas colunas que o sustentam.


A Câmara de Lisboa esclarece ainda que «a aprovação da construção de estacionamento subterrâneo está dependente da apresentação de estudo hidrogeológico que confirme a sua viabilidade».


A informação sobre a aprovação prévia deste projeto foi avançada há duas semanas pelo «Fórum Cidadania Lx», no seu blogue, uma decisão que o movimento de cidadãos condenava.


«Manter-se-ão a fachada e o teto em madeira, em jeito de rebuçado. Uma vergonha», afirmava Paulo Ferrero, representante da plataforma. O responsável afirmava-se desiludido com esta posição da autarquia e alertava, na mensagem publicada no blogue do «Fórum Cidadania Lx» que «se ninguém se mexer, diremos adeus ao Odeon enquanto tal».


@Lusa» in http://cinema.sapo.pt/magazine/noticia/camara-homologou-projeto-de-transformacao-do-cinema-odeon-em-espaco-comercial

30/03/11

Arquitectura Portuguesa - Prémio Pritzker para o Arquitecto Souto de Moura!

«Um Pritzker para Souto de Moura

29.03.2011 - Por Fora de Série, às 18:38

Foi o acontecimento da semana. O arquitecto português, Eduardo Souto de Moura, foi distinguido com o prémio Pritzker, atribuído pela Hyatt Foundation e considerado o prémio Nobel da Arquitectura. A notícia causou algum burburinho porque, supostamente, o anúncio oficial do prémio estava previsto apenas para 11 de Abril, acabando por ser antecipado devido a uma fuga de informação no site de arquitectura scalae.net.
É a segunda vez que um arquitecto português recebe este prestigiado galardão. O primeiro foi, em 1992, Álvaro Siza Vieira, de quem Souto de Moura foi discípulo. Em comunicado, o júri do prémio, que destacou o Estádio Municipal Braga, entre as obras realizadas por Souto de Moura, e elogiou ao arquitecto a sua capacidade única de conciliar opostos como “o poder e a modéstia, a coragem e a subtileza”.
De acordo com José Fernando Gonçalves, presidente do conselho directivo regional Norte da Ordem dos Arquitectos, a atribuição deste prémio, que deverá ser entregue a Souto de Moura em Junho, “é o justo reconhecimento de um trabalho que [este] vem a desenvolver há anos com enorme coerência, determinação e sensibilidade” e também “uma honra para a arquitectura portuguesa”. IQ» in http://foradeserie.economico.sapo.pt/21854.html

«Eduardo Souto de Moura

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Eduardo Souto de Moura
Eduardo Souto de Moura.jpg
Informações pessoais
Nome completoEduardo Elísio Machado Souto de Moura
NacionalidadePortugal Português
Nascimento25 de Julho de 1952 (58 anos)
Porto
Projetos significantes
PrêmiosPrémio Pessoa (1998)
Prémio Pritzker (2011)
Eduardo Elísio Machado Souto de Moura (Porto25 de Julho de 1952) é um arquitecto português.[1]
É filho de José Alberto Souto de Moura (Braga), médico, e de sua mulher Maria Teresa Ramos Machado e irmão do 9º Procurador-Geral da República Portuguesa José Adriano Machado Souto de Moura e de Maria Manuela Machado Souto de Moura (21 de Abril de 1949), casada a 4 de Setembro de 1976 com António José Durão da Costa Pereira (Porto, 24 de Fevereiro de 1948), com geração.
Trabalhou com Álvaro Siza Vieira, mas cedo criou o seu próprio espaço de trabalho. Souto Moura, influenciado pela horizontalidade das linhas condutoras de Mies van der Rohe, tem nas casas o seu grande espólio de obras. É um dos expoentes máximos da chamada Escola do Porto,[1] vencedor do Prémio Pritzker em 2011.[2]

Índice

 [esconder]

[editar]Vida

Formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, Eduardo Souto de Moura iniciou a sua carreira colaborando no atelier de Álvaro Siza Vieira. Em 1981, recém-formado, surpreendeu a comunidade dos arquitectos vencendo o concurso para o importante projecto do Centro Cultural da Secretaria de Estado da Cultura no Porto (1981-1991) que o viria a lançar, dentro e fora de Portugal, como um dos mais importantes arquitectos da nova geração. O seu reconhecimento internacional viria a reforçar-se com a conquista do primeiro lugar no concurso para o projecto de um hotel na zona histórica deSalzburgo, na Áustria, em 1987.
A partir da Casa em Cascais, realizada em 2002, começou a afastar-se da linguagem miesziana que o definiu numa primeira fase da sua obra, começando a redesenhar a forma de construir e criar arquitectura através da complexidade e dinamismo de formas, mas sempre com o cuidado do desenho espacial habitual. Exemplo disso é o Estádio Municipal de Braga, onde o imaginário de teatro e ocenário da pedreira, onde a obra foi edificada, nada nos remetem às primeiras obras do arquitecto, mas muito mais a uma segunda etapa que dá, agora, os primeiros passos.
Tem nestes anos recentes dado alguns passos no campo do design de produto.

[editar]Obra

[editar]Prémios

[editar]Fotos

[editar]Bibliografia

  • Antonio Angelillo; Eduardo Souto Moura, Col. Monografias, Ed. Blau
  • Antonio Esposito e Giovanni Leoni; Eduardo Souto de Moura, Ed. Gustavo Gili, 2003
  • Antonio Esposito e Giovanni Leoni; Eduardo Souto de Moura, Col. Archipockets, Ed. Phaidon, 2004
  • Aurora Cuito; Eduardo Souto de Moura, Ed. Dinalivro
  • Eduardo Souto de Moura; Construir no Tempo, Ed. Estar
  • Eduardo Souto de Moura; Pavilhão Multiusos, Porto, Civilização Editora
  • Eduardo Souto de Moura; Vinte e Duas Casas, Ed. Caleidoscópio
  • José Manuel das Neves; Eduardo Souto de Moura - Habitar, Col. Arquitecturas, Ed. Caleidoscópio
  • Michele Cannatà e Fátima Fernandes; A Arquitectura do Metro, Porto, Civilização Editora, ISBN 972-26-2463-3
  • Michele Cannatà e Fátima Fernandes; Estádio Municipal de Braga, Porto, Civilização Editora
  • Vários autores; CdO - Cadernos d'Obra - Revista Científica Internacional de Construção, Porto, FEUP Edições, ISBN 9789727521081
  • Vários autores; "Souto de Mora" in Revista 2G, n.º 5, 1998
  • Vários autores; Souto de Moura Works And Projects, Ed. Architectural Documents
  • Werner Blaser; Eduardo Souto Moura – Stein Element Stone, Ed. Birkhauser

Referências

  1. ↑ a b c "Souto Moura vence o prémio Pritzker 2011, o Nobel da arquitectura - Cultura - PUBLICO.PT". 29 de março de 2011.
  2.  Marques, Vanda (29 de Março de 2011). Nobel da arquitectura para Eduardo Souto de Moura. iOnline. Página visitada em 29 de Março de 2011.
  3.  Edifício Burgo: o projecto, a obra, as tecnologias - CdO - Cadernos d'Obra - Revista Científica Internacional de Construção, Nº 1 Janeiro 2009
  4.  Serpentine Gallery Pavilion de Siza e Souto Moura: inauguração e conversa - Ordem dos Arquitectos Secção Regional Norte
  5.  Centro de Arte Contemporânea Graça Morais - Projecto Arquitectónico- Prémio Internacional de Arquitectura 2009 atribuído pelo 'The Chicago Athenaeum Museum of Architecture and Design'

[editar]Ligações externas

Wikiquote
Wikiquote possui citações de ou sobre: Eduardo Souto de Moura

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Quero desta forma singela, endereçar os meus sinceros parabéns ao Arquitecto Souto Moura, por mais esta merecida distinção, que leva o nome da arquitectura portuguesa a um patamar bem alto. Por ser uma pessoa que não se inebria com o prémios, também diz muito da sua personalidade ilustre e ensina-nos que o mérito obtém-se com valia intrínseca e com muito trabalho e dedicação às causas. Parabéns, Sr. Arquitecto Souto Moura!




Eduardo Souto de Moura - (Pritzker 2011)
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