(Amarante Vila Caiz, Cruzeiro)
«CAPITULO 104."
Da honra de Villa Caiz.
Junto ao concelho de Riba Tamega para nascente está a honra de Villa Caiz, de que é senhor Roque Monteiro Paim , em que apresenta justiças; consta da freguezia de S. Miguel de Villa Caiz , que é abbadia da apresentação do senhor da casa , e tem a regalia de ter a chave do Sacrario, e não os abhades quando os ditos senhores ali assistem. O ultimo possuidor antes de passarácoroa foi Luiz da Silveira , cujos filhos todos morreram , e oppondo-se a ella Ignacio da Silveira , irmão do ultimo possuidor nada poude obter contra o actual possuidor ; tem cento e treze vizinhos.» in encurtador.com.br/abluG
«História
"Caiz" vem do árabe “cafiz”, medida de capacidade agrária para grãos ou sólidos usada antigamente. Os pagamentos aos senhorios eram feitos em cahizes ou cafizes.
A Freguesia de Vila Caiz terá sido outrora vila, couto e honra pertencente ao antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega até ao Liberalismo.
Nunca foi sede do concelho de Santa Cruz de Ribatâmega. Até 1855 teve casa da câmara, cadeia, pelourinho, não tinha capitão-mor mas sim sargento-mor as autoridades próprias de uma honra, dependia sempre da sede do concelho de Santa Cruz de Ribatâmega em Vila Meã.
A “honra” de Vila Caiz pertenceu aos senhores donatários da freguesia de Unhão, no concelho de Felgueiras.
No lugar do Castelo Velho existiu um castro lusitano, ligado a inúmeras lendas, como o penedo da moura, o penedo da janela, o penedo da cabrita e o curioso penedo da gruta.
Sobre esta freguesia diz José Augusto Vieira em “O Minho Pitoresco” (1886): “A igreja paroquial é um templo regular e bem tratado, sendo a sua construção do séc. XVIII. Na aldeia de Coura existe também uma capela dedicada a S. Pedro e extremando o concelho com o do Marco eleva-se em um vistoso píncaro a capela de Nossa Senhora da Graça, santuário cuja origem se ignora, sabendo-se apenas que tivera eremitas em tempos afastados não os tendo já, porém, em 1721 por o não permitirem os arcebispos de Braga. Nesse ano, diz o “Santuário Mariano”, a igreja era bonita e tinha uma galilé elegante. Em nossos tempos caíu a ermida em abandono, de que veio tirá-la o padre António Augusto Pinto de Magalhães, conseguindo pelos seus esforços realizar uma transformação completa da vetusta ermida, a ponto de fazer dela um dos mais belos santuários marianos do Minho”.
Como descoberta mais recente mas aliada ao "pedaço" de história mais antigo, no lugar de Vilarinho foi referenciada uma necrópole lusitano-romana. Esta descoberta juntou o nome de Vila Caiz e Amarante a locais como ( Coimbra, Reguengo, Borba, Réus e Sevilha entre outros) na recolha e estudo da ocupação do Império Romano nomeadamente da circulação dos Divos de Claudio na Península Ibérica.» in https://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_Caiz
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