«FÉ DE BRAGA
Corona resolveu o jogo no Minho com um golo espetacular. Dragões lideram, a par do Sporting, só com vitórias.
A fé dos 7.000 portistas presentes no Estádio Municipal de Braga e a fé de Corona, quando decidiu arriscar um gesto técnico difícil, picando a bola sobre um adversário no lance que valeu o único golo do desafio, foram decisivas para a importante vitória deste domingo (1-0), que permite aos Dragões manterem-se no topo da classificação da Liga NOS, só com vitórias (12 pontos), a par do Sporting. O FC Porto continua sem sofrer golos em jogos oficiais nesta temporada (é a única equipa da prova nessa situação), isto porque, apesar de o SC Braga ter criado situações de perigo, não obrigou Casillas – que estabeleceu um recorde pessoal ao manter-se invicto nos quatro primeiros jogos encontros da época – a nenhuma defesa difícil, especialmente no segundo tempo. Desde 2013/14 que os portistas não venciam as primeiras quatro partidas na Liga, algo que também conseguiram nesta década em 2010/11 e 2011/12, temporadas de títulos nacionais.
O FC Porto – com Ricardo no lugar de Maxi, em relação ao jogo de há uma semana com o Moreirense – realizou 30 minutos iniciais de grande nível, em que criou pelo menos quatro oportunidades claras de golo. A primeira, pois claro, foi concretizada por Corona, após um delicioso trabalho individual em que passou a bola sobre Sequeira e rematou de primeira. O mexicano quase bisou três minutos depois, desmarcado por Óliver, num lance em que valeu o corte de Bruno Viana.
Nesta contabilidade, só marcámos uma oportunidade aos 26 minutos, mas na verdade foram quatro no mesmo lance, após livre de Óliver: Brahimi, Aboubakar e Felipe encontraram a oposição de Matheus e o defesa brasileiro ainda atirou uma segunda vez por cima. Há ainda a contabilizar ocasiões para Aboubakar e Marega, na recarga, ainda antes do período em que os bracarenses subiram de produção, passando a discutir mais o jogo a meio-campo e criando alguns lances de perigo, o principal dos quais foi protagonizado por Xadas, aos 42. O resultado ao intervalo não descansava, até porque, nos sete jogos que já tinha realizado esta temporada, o SC Braga estivera em desvantagem em cinco deles e só perdera um, com o Benfica.
No recomeço, Corona foi substituído por Otávio, que se posicionou no corredor central, dando apoio a Aboubakar mas também ajudando na luta no miolo; Marega, por sua vez, descaiu para a direita. Esta alteração proporcionou um reequilíbrio dos Dragões, que voltaram a entrar melhor do que o adversário e poderiam ter ampliado a vantagem nos cinco minutos iniciais, por Otávio (após um livre estudado, aos 47 minutos) e Aboubakar (50).
A oportunidade mais flagrante para resolver o desafio com alguma antecedência surgiu aos 67 minutos, com Danilo a recuperar uma bola no meio-campo adversário e a servir Aboubakar, que, só com o guarda-redes pela frente, atirou ao lado. Até ao apito final, o jogo foi duro, porque os minhotos tentaram tudo para conseguir pelo menos um ponto e aumentaram a agressividade. Mas, como já referimos acima, não foi criado nenhum lance evidente para empatar o jogo e, pelo contrário, André André e Alex Telles (acertou no poste) ameaçaram o 2-0. Nenhum observador isento pode contestar a justiça do triunfo em Braga, um resultado que já não acontecia desde março de 2015 e que peca apenas por escasso.
VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/fe-de-braga-8-27-2017.aspx
SC Braga-FC Porto, 0-1 (27/08/17)
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