"Canto à Empresa Carlos Costa
a obra vai pra uma década começada,
porque a acompanhei com vida,
dia após dia subindo ante a janela
aberta ao sonho do meu nada.
Ao raiar a clara madrugada,
o operário arremete a Ernesto o tasco.
Pão quotidiano, vulgo carcaças, se demanda.
Café é elemento comum amanhecido.
A qualquer hora que fosse,
que me fumasse pensativo,
debruçando-me sobre o alpendre perto,
pacíficos agentes nua evidência levantavam.
À força de pás os lixos removidos,
guindaste a topo alçando torpe matéria,
descidas e subidas ensaiando; terraço, escadaria,
sótão, revestimento, azulejos, andaimes,
infindos afãs que vislumbrei.
Falou Leandro que um ano ao prédio falta;
o andar modelo propõe que sonde esplendoroso.
Erguida a céus a torre bloco do melhor sol rouba,
que em Acapulco alguém devera me repor,
pra atenuar exílios, em que há tempos ando,
nuns versos soterrado."
Manuel Ângelo Ochôa, Poeta
"Canto à Empresa Carlos Costa", Manuel Ângelo Ochôa
...uma muito boa noite haja o meu Amigo...
ResponderEliminarVale Amigo Poeta Ochôa!
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