«Rui Rio critica introdução de portagens em apenas três auto-estradas
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, considerou hoje como «um erro completo» de gestão política a decisão governativa de apenas introduzir portagens em três SCUT, considerando que esta «desigualdade» de tratamento «abala» a confiança dos portugueses.
«Na gestão política, isto é um erro completo», afirmou, em declarações à Lusa, Rui Rio, quando questionado sobre a cobrança de oito cêntimos por quilómetro nas novas portagens a introduzir a partir de 1 de Julho nas SCUT Grande Porto, Costa de Prata e Norte Litoral.
Esta tarifa de referência para a classe 1 (veículos ligeiros de passageiros), decidida pelo Governo, foi publicada em Diário da República sexta-feira.
O documento refere que esta tarifa é de 0,06671 euros mais IVA (cerca de oito cêntimos por quilómetro).
Defensor do princípio do utilizador-pagador, o que Rui Rio critica é «a falta de igualdade de tratamento no território», pelo facto de apenas serem portajadas três SCUT.
«Um agente político de padrão de inteligência normal percebe que tem que tratar o país de forma igual, particularmente quando está a pedir, e vai continuar a pedir, sacrifícios a todos», salientou Rio.
Na sua opinião, se o país quiser aspirar a uma vida melhor tem, a médio prazo, de fazer fortes sacrifícios, mas para isso é preciso que os portugueses tenham confiança em quem os governa.
Para o autarca do Porto, esta decisão de «descriminar» a zona «estraga tudo», porque «está a colocar uma região grande do país em desconfiança quanto à justeza e quanto à forma como está o Governo a gerir a crise».
«É evidente que está a criar uma desconfiança quanto à justeza das suas medidas, presentes e futuras, está a quebrar a confiança com os portugueses, está a perder margem de manobra para amanhã tomar medidas duras e ter a colaboração de toda a gente», frisou o autarca social-democrata.
Para o autarca do Porto, «tudo aconselhava a ser justo, porque é a forma de captar a confiança das pessoas». «Assim não está correcto», frisou.
Quanto ao valor a cobrar já estabelecido, Rio considerou-o uma questão secundária, uma vez que «o que está mal é o princípio de não tratar todos por igual». Lusa / SOL» in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=175166
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Sempre o Norte a ser sacrificado, Lisboa e Algarve de costas aliviadas... também Salazar tinha esta política centralista e de sub-desenvolvimento do Norte e interior do País!
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