"Corrupção"
«Cinema: Associação de realizadores considera grave estreia de "Corrupção" em versão "amputada e sem realizador"
31 de Outubro de 2007, 12:46
Lisboa, 31 Out (Lusa) - A Associação Portuguesa de Realizadores (APR) considera grave que o filme "Corrupção", cuja antestreia está marcada para hoje nos cinemas Freeport, em Alcochete, se apresente ao público "numa versão amputada e sem realizador".
Num comunicado enviado à Agência Lusa, a direcção da APR afirma que tem acompanhado "com pesar e preocupação" o desenrolar do caso, que provocou polémica pelo desentendimento entre o produtor, Alenxandre Cebrian Valente, e o realizador, João Botelho, acabando este por se recusar a assinar a autoria da longa-metragem.
Filmado em Lisboa, Porto e Santiago de Compostela, a longa-metragem é baseada no livro "Eu Carolina", de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, presidente do Futebol Clube do Porto, e tem nos principais papéis os actores Nicolau Breyner e Margarida Vilanova.
No comunicado, a APR - cuja direcção é composta por realizadores como João Mário Grilo e Alberto Seixas Santos - entende ser seu dever "alertar para a gravidade da situação" e assinala que "é a primeira vez que tal acontece em Portugal".
"Tais práticas não favorecem a qualidade do cinema português nem protegem os direitos dos seus autores e dos seus espectadores, independentemente do fundamento que as tornem contratualmente legítimas", sustenta a APR.
Por isso, a entidade reivindica que, "num futuro próximo, possa ser acessível ao público a versão original deste filme, escrita, filmada, montada e assinada pelo realizador João Botelho".
Devido às divergências com o produtor, João Botelho acabou por anunciar em comunicado que não assinaria o filme porque a Utopia Filmes tinha optado por "uma versão diferente de imagens e de sons" na qual não reconhecia a linha fundamental do argumento, de que é co-autor (com Leonor Pinhão) e o cinema que há 30 anos defende.
Por seu lado, o produtor Alexandre Valente, comentou na altura que as divergências com o realizador, nomeadamente sobre a montagem final e banda sonora, já eram esperadas desde o início do projecto, e por isso celebrou "um contrato muito claro".
No contrato, a montagem era a única área em que o realizador não era soberano, segundo o produtor, que assegurou, por outro lado, não ter alterado o contexto do filme.
Contactado pela Agência Lusa, António-Pedro Vasconcelos, presidente da ARCA - Associação de Realizadores de Cinema e Audiovisuais, escusou-se a tomar posição sobre o caso.
"Não vamos tomar nenhuma posição porque, tanto quanto sei, o realizador parece ter assinado um contrato em que abdica dos seus direitos de autoria e decidiu não assinar a obra", comentou.
Com estreia nacional marcada para quinta-feira num número recorde de 55 salas de cinema, o filme "Corrupção", segundo as previsões da distribuidora BWorld Entertainment, espera 100.000 espectadores nos primeiros quatro dias de exibição.» in sapo notícias.
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Esta vontade apressada de mostrar a versão enviesada de um filme cujo enredo, é sustentado na versão livresca de uma alternadeira ressabiada, que um dia à entrada de um jogo no estádio da luz, se fartou de chamar orelhas, ao presidente do clube do regime; não deixa de não ser jogo sujo e próprio de pessoas que não olham a meios, para atingir os fins. Os mecenas da senhora alternadeira, patrocinaram o livro e o filme baseado neste último e ao que tudo aponta, deram uns retoques ao argumento o que mostra a integridade destas mentes que, pretensamente, pretendem lutar e alertar para o problema da corrupção em Portugal. Pobres espíritos, que não conseguindo vitórias no campo e para abafar as Assembleias Gerais da vergonha, criaram um filme para remediarem os seus amargos de boca. Ao menos, se não fossem cobardes, assinavam, a sua obra de arte, a obra da vergonha desavergonhada!
Está tudo muito bem.
ResponderEliminarNo entanto quero fazer um acrescento às tuas palavras. Sim, a Carolina foi, ou é, alternadeira, mas não te esqueças que também Pinto da Costa foi, ou é, alternadeiro.
E mais não digo.
O que não abona nada a favor dele, concordo plenamente!
ResponderEliminarTu a comentares futebol, estou abismado!
Não estejas admirado... eu só teci uns comentários acerca de duas figuras folclóricas que gravitam à volta do futebol.
ResponderEliminarE mais não digo mesmo!
Ainda levo coça! Lol