30/09/07

Os critérios de avaliação dos professores, por José Matias Alves!


«Os critérios de avaliação dos professores José Matias Alves

Tem estado na agenda da discussão em determinados círculos de professores o projecto de regulamentação da avaliação de desempenho, e sobretudo, as grelhas que estruturam e regulam a acção, o olhar, o juízo de valor, a classificação numa escala de 1 a 4.
É muito importante que os professores analisem essas grelhas e tomem posição. Para a análise podemos dispor de vários referenciais. Neste caso, convoco os definidos pelo The Joint Committee on Standard for Educational Evaluation que estabelecem quatro categorias e 21 critérios que devem ser tidos em conta.
Na primeira categoria - Critérios de propriedade (adequação)- os requisitos a considerar têm a ver com a dimensão ética, a promoção do bem-estar dos intervenientes, a transparência de processos e resultados, a honestidade, a consideração e a cortesia, e a preocupação pela promoção da auto-estima e da motivação dos avaliados.
Na segunda categoria - Critérios de utilidade – importa considerar que a avaliação faculte informação fidedigna, pertinente, construtiva e ao serviço da melhoria dos desempenhos. Na terceira categoria - Critérios de exequibilidade – não se pode deixar de considerar a viabilidade, a economia, a relação custo/benefício. E, por fim, na quarta categoria, os Critérios de Rigor. A avaliação tem de ser válida, fiável, contextualizada.Seria bom que houvesse tempo e sensatez para alterar tudo o que é não adequado, não exequível, não consistente, não justo. Até porque há alternativas. Os leitores poderão seguir este debate aqui e um pouco por uma série de outras entradas.» in Correio da Educação.

Pobre país o nosso que tão maltrata a classe docente. Sinceramente, já não sei onde isto vai parar! Ao analisar os critérios de avaliação dos professores, só posso concluir que quem nos tutela, faz o contrário dos que nos pede. Sim, porque nós somos obrigados a avaliar com critérios muito rigorosos, gerais e específicos, o que está muito certo. Ao contrário, nós somos avaliados pelas leis da anarquia discricionária e sem uma linha orientadora e estratégica bem definidas e coerentes. Estes senhores, o que lhes falta é ir para as salas de aulas, dar umas aulas bem dadas, aprender com a realidade, para deixarem de legislar a partir dos cadeirões dos gabinetes, quiça perturbados pelo ar-condicionado, que os condiciona pela negativa. Ar puro, arejado, disso é que certas cabeças precisam!

2 comentários:

  1. Li quando cheguei da Barca e devo-te dizer que me estragou o resto do domingo.
    Vamos andar enredados na avaliação e sem tempo para o que mais importa.
    Estou francamente chateada.

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