18/09/07

F.C. Porto 1 vs Liverpool 1 - Soube a pouco!






«F.C. Porto-Liverpool, 1-1Entrada demolidora merecia mais golos
Arrojado e diligente, especialmente destemido diante de um dos quatro gigantes da liga inglesa e finalista das duas mais recentes edições da UEFA Champions League, o F.C. Porto justificou um desfecho mais doce no primeiro passo da 13ª participação na mais emblemática e prestigiada competição europeia. Há dados e um número inestimável de oportunidades que, só por si, certificam a sensação de que o Liverpool terá deixado o Dragão com vastas razões para sorrir. Como, por exemplo, o facto de ter desferido apenas dois remates, contra os 14 adversários, ou o pormenor de ter desfrutado de um único pontapé-de-canto, amostra verdadeiramente ridícula quando comparada com a dezena cobrada pelos portistas.

Se dúvidas havia quanto à veracidade das declarações de Jesualdo Ferreira, proferidas na véspera, ou ao destemor dos Dragões, estas foram desfeitas em segundos. Logo nos primeiros, ainda antes do ponteiro mais veloz de um qualquer relógio analógico ter tido tempo para completar a primeira de mais de 90 voltas. Aos 43 segundos, Reina deparava-se com o primeiro indício de perigo, ameaça reiterada ao segundo minuto, quando o rosto e o instinto lhe permitiram negar o golo a Lisandro Lopez.

Entre o mais sério prenúncio e o golo efectivo foi questão de seis minutos, com um remate cruzado de Quaresma de permeio. O 1-0 começou e terminou em Lucho, com o argentino a isolar Tarik e a cobrar superiormente a grande penalidade, consequência lógica do derrube do guarda-redes espanhol ao avançado marroquino. Com Reina tombado à esquerda e a bola à direita, a girar nas redes, o argentino garantia o momento alto de uma entrada demolidora e asfixiante, composta de pressão intensa e de uma postura autoritária e audaz.

Só o quinto golo de Lucho na competição teve o dom de despertar os primeiros esboços ofensivos de uma máquina supostamente atacante, que se revelaria mais eficaz e extraordinariamente poupada do que arrebatadora. Ao primeiro disparo, um livre, duas cabeçadas e… o empate. Obrigado a renascer, a começar tudo de novo, o F.C. Porto repetiu o investimento num estilo muito mais ligado e tentou, do lado oposto, decalcar o método inglês. Um livre, duas cabeçadas e… ao lado. O instante até fora melhor desenhado e mais inspirador, mas a bola, saída da cabeça de Bruno Alves, com Reina perdido entre a surpreendente movimentação na área, passou ao lado do poste, perante o desespero de João Paulo.

A postura marcadamente ofensiva do F.C. Porto produziria novas situações de desequilíbrio e um desinvestimento patente do opositor, que nem a expulsão de Pennant poderá explicar. Na verdade, o recato do Liverpool já se havia tornado perceptível bem antes da exclusão do médio inglês, praticamente desde os primeiros sinais de um Dragão pressionante, ágil na redução de espaços à intervenção de Gerrard e à velocidade explosiva de Fernando Torres.

Apesar da aproximação vertiginosa ao golo interpretada pelo F.C. Porto, a vitória perder-se-ia entre os abusivos exercícios de desperdício de tempo descaradamente elaborados por Reina e a providencial intervenção de Hyypia, quando nada parecia poder travar a genialidade de Quaresma, que já havia tirado o guarda-redes espanhol do caminho.


FICHA DE JOGO

UEFA Champions League, Grupo A, 1ª jornada
18 de Setembro de 2007

Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 41.208 espectadores

Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia)
Assistentes: Roman Slysko e Roman Csabay
4º árbitro: Vladimir Vnuk

F.C. PORTO: Nuno; Bosingwa, João Paulo, Bruno Alves e Fucile; Lucho «cap», Paulo Assunção e Raul Meireles; Tarik, Lisandro e Quaresma
Substituições: Tarik por Farías (64m) e Raul Meireles por Mariano (64m)
Não utilizados: Ventura, Stepanov, Cech, Bolatti e Kazmierczak
Treinador: Jesualdo Ferreira

LIVERPOOL: Reina; Finnan, Carragher, Hyypia e Arbeloa; Pennant, Gerrard «cap.», Mascherano e Babel; Kuyt e Torres
Substituições: Torres por Voronin (77m), Babel por Fábio Aurélio (84m)
Não utilizados: Itandje, Agger, Banayoun, Crouch e Lucas Leiva
Treinador: Rafa Benitez

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Lucho (8m, g.p.), Kuyt (17m)
Disciplina: cartão amarelo a Bosingwa (9m), Pennant (26 e 58m), Torres (73m), Kuyt (75m) e Mascherano (90m); cartão vermelho a Pennant (58m)» in site F.C.P.


Os vice-campeões europeus de futebol, a equipa do Liverpool, que teve muita sorte no Dragão e os seus jogadores foram metidos num verdadeiro colete de forças. Não fosse a sorte que tiveram ao longo do jogo e teriam caído nos braços dos Dragões... O F.C. Porto é agora uma equipa muito respeitada na Europa e no mundo do futebol, sem ser preciso ser o clube do regime cinzento! Viva o F.C. Porto, afinal, nem os vice-campeões europeus, nos conseguem vencer! E fomos dos três grandes portugueses, o único a pontuar na primeira jornada da Liga dos Campeões. Viva o F.C.P.!

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