«Guardião inspirado apagou todas as velas da fé portista
Apesar de ter acendido diversas velas ao longo da partida, o F.C. Porto acabou por não ser capaz de as fazer arder no «santuário» de Fátima, frente a um adversário que, como Jesualdo Ferreira previu, fez do encontro desta quarta-feira o seu jogo do ano, lutando até não poder mais por uma surpresa que, sobretudo pela segunda parte, não se justificou.
Apresentando um conjunto de jogadores de qualidade, mas pouco entrosados, os Dragões revelaram algumas dificuldades na primeira metade do desafio para dar a melhor sequência às jogadas de ataque pensadas, tendo, no entanto, disposto de duas excelentes oportunidades para marcar, primeiro por Farías, aos 15 minutos, e aos 38 por Lino, que, de livre, atirou ao ângulo para uma bela defesa do guarda-redes adversário.
Virada a página dos 45 minutos iniciais, o F.C. Porto procurou um desfecho diferente para a história do jogo da 3ª eliminatória da Taça da Liga, só que a nuvem de fé que paira sobre Fátima protegeu sempre a equipa da casa, principalmente no lance em que Leandro Lima, aos 53 minutos, desferiu um remate fantástico, desviado para a barra por Pedro Duarte.
O médio esteve, aliás, bastante activo no desenrolar do segundo tempo da partida, protagonizando outras duas boas ocasiões para abrir o activo, mas a bola nunca encontrou o caminho certo para a baliza adversária, que também só não foi penetrada aos 75 e aos 90 minutos, porque Pedro Duarte voltou a estar em grande plano.
Numa cidade incontornavelmente ligada a um dos episódios mais enigmáticos da religião católica, a verdade é que a fé e os santos parecem ter respondido positivamente às preces da equipa local, atendida também, em grande parte, por um guarda-redes inspirado, que se revelou capaz de apagar todas as velas acendidas pelo F.C. Porto, incluindo nas grandes penalidades.
FICHA DE JOGO
Taça da Liga 2007/08, 3ª eliminatória (26 de Setembro de 2007)
Estádio Municipal de Fátima, em Fátima
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)
Árbitros Assistentes: Luís Tavares e Paulo Carrilho
4º Árbitro: Ângelo Correia
Fátima: Pedro Duarte; Marco Airosa, Jorge Teixeira, Veríssimo e Duarte Machado; João Fonseca, Joel e Marinho; Cícero, Carlos Saleiro e Falardo
Substituições: Cícero por Miguel Xavier (64m) e Falardo por Moreira (83m)
Não utilizados: Nuno Ribeiro, Edu Castigo, Bispo, Nuno Gomes e Samuel
Treinador: Rui Vitória
F.C. Porto: Nuno; Fucile, Stepanov, João Paulo e Lino; Bolatti, Leandro Lima e Kazmierczak; Rui Pedro, Farías e Mariano
Substituições: Kazmierczak por Cech (45m), Rui Pedro por Adriano (45m) e Edgar por Farías (67m)
Não utilizados: Ventura, Sektioui, Castro e André Pinto
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-0
Final do tempo regulamentar: 0-0
Final: 4-2
Grandes penalidades:
0-1, João Paulo
1-1, Miguel Xavier
1-2, Leandro Lima
2-2, Carlos Saleiro
2-2, Lino
3-2, Moreira
3-2, Mariano
4-2, Marinho
Disciplina: cartão amarelo a Cech (79m) e João Fonseca (79m)» in site FCPorto
É assim, há quem diga que ontem aconteceu mais um milagre em Fátima; sinceramente, milagre, só para quem não assitiu! O Fátima ganhou com todo o mérito e diga-se de passagem, o F.C. Porto, não respeitou os briosos profissionais do Fátima. Tem piada o Snr. Jesualdo Ferreira vir dizer que há muitas ilações a tirar deste jogo... o ano passado com o Atlético, salvo erro, ouvi a mesma lenga-lenga... Quantas lições mais precisará para aprender, Snr. Jesualdo Ferreira? Isto de deixar a descansar jogadores pagos a peso de ouro, e meter no assador jogadores pouco rotinados e com pouca qualidade, mas aí a culpa já é de quem os compra, não podia dar bom resultado. A Taça de Liga, uma taça de equipas de futebol, exclusivamente profissional, não deve, nem pode, ser encarada de forma amadora! Somos um país, definitivamente, também ao nível desportivo de primas donas, senão vejamos o ritmo competitivo da maioria das ligas europeias em que as equipas, normalmente, jogam a meio da semana e não estão fatigados, de modo a que seja preciso deixar de fora, de uma só assentada, oito titulares! Parabéns ao Fátima e ao arbitro Duarte Gomes que inventou um penaly para o Benfica, o clube da capital do regime que continua muito centralista e com doença de macrocefalia! Parabéns também à imprensa da capital, que se o penalty é inventado a favor do Porto refere como: "roubo de catedral"; ontem no jogo do clube do regime, referiu como: "um penalty que caiu do céu ao cair do pano"! Grandes eufemismos! Não há apitos encarnados é o que vale! Mas nós não somos ceguinhos... E somos do Norte, mas não somos parolos!
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