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11/04/12

Catástrofes Naturais - Um sismo de 8.7 na escala de Richter foi registado esta manhã na Indonésia, de acordo com o Instituto Geofísico do país e vários alertas de tsunami estão a ser emitidos em vários países da região!

Alerta de tsunami após sismo de 8.7 na escala de Richter (SAPO)


«Alerta de tsunami na Indonésia após sismo de 8.7 na escala de Richter


Um sismo de 8.7 na escala de Richter foi registado esta manhã na Indonésia, de acordo com o Instituto Geofísico do país. Alertas de tsunami estão a ser emitidos em vários países da região.


Segundo o Instituto Geofísico do país, o terramoto ocorreu no mar, a uma profundidade de 33 quilómetros, a 495 quilómetros de distância de Banda Aceh, na ilha de Sumatra, Indonésia, uma das zonas mais devastadas pelo tsunami de 2004.


O sismo foi sentido ainda em Singapura, Tailândia e sul da Índia.


O abalo ocorreu às 8h38 (hora local) e, segundo um jornalista a AFP situado em Banda Aceh, o tremor foi sentido durante 5 minutos.


Foi emitido alerta de tsunami. 28 países estão em alerta, adianta a TVI 24.


As autoridades tailandesas ordenaram a evacuação da costa do mar de Andaman. "As pessoas que vivem na costa de Andaman devem se deslocar a pontos elevados e permanecer o mais longe possível do mar", indicou o Centro Nacional de Gestão de Catástrofes da Tailândia.


A Índia lançou um alerta de tsunami para as ilhas Andaman e Nicobar. O centro nacional indiano sobre a informação oceânica lançou um alerta vermelho para estas duas ilhas, enquanto as costas de Andhra Pradesh e do Tamil Nadu, no sul e no sudeste do país, foram colocadas sob extrema vigilância.


No Sri Lanka também foi lançado alerta de tsunami válido para toda a ilha.


Em dezembro de 2004, um sismo de magnitude 9.1 despoletou um tsunami no oceano índico que matou 230 mil pessoas, cerca 170 mil só em Aceh.


Na Indonésia, em Jacarta, encontra-se o primeiro ministro britânico. Esta visita oficial de David Cameron deverá durar dois dias e tem como objetivo reforçar as relações bilaterais entre os dois países no que concerne a educação, comércio e investimento. Para já desconhece-se de que forma esta zona foi afetada.» in http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/sismo-de-8-9-abala-indonesia_3284.html



(Tsunami de Indonesia)

(A memorial for 9/11,Katrina,Indonesia Tsunami and others)

(Tsunamui real video)

(Tsunami Christmas 2004)

07/12/10

Catástrofes Naturais - Tornado atinge Tomar e Ferreira do Zêzere e provoca vários feridos!

«Tornado atinge Tomar e Ferreira do Zêzere e provoca vários feridos.
07 de Dezembro de 2010, 19:56

Um tornado de fraca intensidade atingiu Tomar e Ferreira do Zêzere e provocou a queda de várias estruturas, queda de árvores e várias centenas de casas com danos a nível dos telhados. Há registo de 42 feridos em Tomar, 4 deles graves, em Ferreira do Zêzere.

Segundo a Protecção Civil as condições meteorológicas adversas em Ferreira do Zêzere e Tomar provocaram a queda de várias estruturas, queda de árvores e várias centenas de casas com danos a nível dos telhados. Um rasto de destruição que se verificou ao longo de vários quilómetros.

Tornado derruba torre da REN e postes telefónicos


Foi activado o Plano Municipal de Emergência de Ferreira do Zêzere, onde o tornado danificou o telhado de algumas habitações e provocou 4 feridos. Em Tomar, dezenas de árvores caídas estão a obstruir várias vias rodoviárias, cerca de 100 casas sofreram danos a nível do telhado e a queda de
uma torre da REN está a provocar falhas de energia nos concelhos da Sertã, Ferreira do Zêzere e Tomar. 

De acordo com fonte da EDP, "caiu uma torre da REN e com ela os condutores que suportava, que por efeito dominó fizeram tombar a linha que alimenta a Subestação da Sertã, colocando-a fora de serviço".

"A Subestação de Venda Nova (perto de Tomar) teve que ser colocada fora de serviço para que fosse possível retirar uma chapa metálica arremessada pelo vento e que colocava em perigo esta instalação", acrescentou a fonte, adiantando que as árvores arremessadas pelo vento forte já quebraram pelo menos três linhas de alta tensão e seis de média tensão da EDP Distribuição. A EDP informou ainda que tem "todos os meios possíveis no local", sem dar mais pormenores

Na aldeia de Venda Nova, duas pessoas sofreram ferimentos graves ao serem atingidas por cabos eléctricos que tombaram devido ao vento. "Temos 2 feridos graves apanhados pelos cabos de alta tensão e três feridos ligeiros resultantes da passagem deste tornado", afirmou o comandante dos bombeiros de Abrantes à agência Lusa.

António Manuel descreveu um "cenário de destruição" que se vive na aldeia com muros derrubados, árvores tombadas, postes de alta tensão "partidos ao meio", telhados, estruturas metálicas, antenas e chaminés no chão.

Para além das falhas de energia, também as linhas de telefone foram afectadas. A Portugal Telecom informou que foram registados constrangimentos ao nivel de comunicações moveis em Tomar e Ferreira do Zêzere, e queda de alguns postes na Sertã.



Telhado de jardim-escola arrancado pelo vento

A chuva intensa e o vento forte provocou o desabamento do telhado do jardim-escola São João de Deus, em Tomar, provocando vários feridos ligeiros.

António Carvalho, Presidente da Associação de Direcção do jardim-escola, afirmou que "as crianças estavam no salão de refeições a brincar por estar a chover, quando o telhado voou por inteiro. Algumas crianças tiveram pequenos ferimentos, sendo que uma delas partiu uma perna". Para além do telhado, "partiram-se janelas e temos muitos estragos físicos", acrescentou.

De acordo com uma rádio local, a Rádio Condestável, o tornado atingiu o terminal da rodoviária tendo destruído os vidros e arrancado parte da estrutura. Destruiu também os vidros de alguns autocarros. Esta tempestade foi acompanhada por queda de granizo de considerável dimensão.

Carlos Ribeiro, director de informação da Rádio Condestável, avançou ainda que há árvores tombadas no IC8 pelo que a circulação de veículos está condicionada. O concelho da Sertã está neste momento sem electricidade.

Instituto de Meteorologia admite tornado


O Instituto de Meteorologia (IM) confirmou à Lusa que o vento forte que hoje afectou Tomar e Ferreira do Zêzere terá sido resultado de um tornado, dada a situação meteorológica e danos causados, mais que ainda será necessário confirmar o fenómeno.

A meteorologista Margarida Gonçalves explicou que este fenómeno meteorológico "numa primeira fase não se pode classificar como tornado, mas deverá vir a ser identificado como tal, pelas descrições recebidas e pela situação meteorológica actual". "A identificação é feita à posteriori do fenómeno, pelas descrições de testemunhas, pelo levantamento dos danos causados", disse a meteorologista.

Depois da tempestade, o IM recebeu a indicação de que terá sido avistado o surgimento de um "funil" mas que "não é possivel ter exacatamente a certeza de que estamos na presença de um tornado".

Nos locais afectados estão 130 bombeiros e 44 veículos operacionais, informa a Protecção Civil.» in @SAPO Notícias


Tornado em Tomar - (vídeo enviado para a TVI)

Tornado em Ferreira do Zêzere - (vídeo enviado para a TVI)

01/11/10

Catástrofes Naturais - O grande terramoto de Lisboa de 1755 foi a 1 de Novembro, já lá vão 255 anos do grande desastre ecológico que abalou Lisboa!

«Sismo de Lisboa de 1755
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Gravura em cobre alusiva ao terramoto de 1755 em Lisboa
O sismo de 1755, também conhecido por Terramoto de 1755 ou Terramoto de Lisboa, ocorreu no dia 1 de Novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami - que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos (há quem aponte muitos mais[1]). Foi um dos sismos mais mortíferos da História, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu a magnitude 9 na escala de Richter.
O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e sócio-económico na sociedade portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeiros estudos científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o nascimento da moderna Sismologia. O acontecimento foi largamente discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando desenvolvimentos significativos no domínio da teodiceia e da filosofia do sublime.

Índice

[esconder]

[editar] O terramoto

O terramoto fez-se sentir na manhã de 1 de Novembro de 1755 às 9:30[1] ou 9:40 da manhã,[2] dia que coincide com o feriado do Dia de Todos-os-Santos.
O epicentro não é conhecido com precisão, havendo diversos sismólogos que propõem locais distanciados de centenas de quilómetros. No entanto, todos convergem para um epicentro no mar, entre 150 a 500 quilómetros a sudoeste de Lisboa. Devido a um forte sismo, ocorrido em 1969 no Banco de Gorringe, este local tem sido apontado como tendo forte probabilidade de aí se ter situado o epicentro em 1755. A magnitude pode ter atingido 9 na escala Richter.[1]
Relatos da época afirmam que os abalos foram sentidos, consoante o local, durante entre seis minutos a duas horas e meia, causando fissuras enormes de que ainda hoje há vestígios em Lisboa. O padre Manuel Portal é a mais rica e completa fonte sobre os efeitos do terramoto, tendo descrito, detalhadamente e na primeira pessoa, o decurso do terramoto e a vida lisboeta nos meses que se seguiram. A intensidade do terramoto em Lisboa e no cabo de São Vicente estima-se entre X-XI na escala de Mercalli.[3] Com os vários desmoronamentos os sobreviventes procuraram refúgio na zona portuária e assistiram ao recuo das águas, revelando o fundo do mar cheio de destroços de navios e cargas perdidas. Poucas dezenas de minutos depois, um tsunami, que atualmente se supõe ter atingido pelo menos seis metros de altura,[1] havendo relatos de ondas com mais de 10 metros, fez submergir o porto e o centro da cidade, tendo as águas penetrado até 250 metros.[3] Nas áreas que não foram afetadas pelo tsunami, o fogo logo se alastrou, e os incêndios duraram pelo menos cinco dias. Todos tinham fugido e não havia quem o apagasse.

[editar] O tsunami


Localização potencial do epicentro do terramoto de 1755 e tempos de chegada do tsunami, em horas após o sismo
Lisboa não foi a única cidade portuguesa afectada pela catástrofe. Todo o sul de Portugal, sobretudo o Algarve, foi atingido e a destruição foi generalizada. Além da destruição causada pelo sismo, o tsunami que se seguiu destruiu no Algarve fortalezas costeiras e habitações, registando-se ondas com até 30 metros de altura.[1] As ondas de choque do sismo foram sentidas por toda a Europa e norte da África. As cidades marroquinas de Fez e Meknès sofreram danos e perdas de vida consideráveis.[1] Os maremotos originados pela movimentação tectónica varreram locais desde do norte de África (como Safim e Agadir[3]) até ao norte da Europa, nomeadamente até à Finlândia (através de seichas[1]) e através do Atlântico, afectando os Açores e a Madeira e locais tão longínquos como Antígua, Martinica e Barbados.[1] Diversos locais em torno do golfo de Cádis foram inundados:[3] o nível das águas subiu repentinamente em Gibraltar e as ondas chegaram até Sevilha através do rio Guadalquivir, Cádis, Huelva e Ceuta.[1]
De uma população de 275 mil habitantes em Lisboa, crê-se que 90 mil morreram[2], 900 das quais vitimadas directamente pelo tsunami.[3] Outros 10 mil foram vitimados em Marrocos. Cerca de 85% das construções de Lisboa foram destruídas, incluindo palácios famosos e bibliotecas, conventos e igrejas, hospitais e todas as estruturas. Várias construções que sofreram poucos danos pelo terramoto foram destruídas pelo fogo que se seguiu ao abalo sísmico, causado por lareiras de cozinha, velas e mais tarde por saqueadores em pilhagens dos destroços.[1]
A recém-construída Casa da Ópera, aberta apenas seis meses antes, foi totalmente consumida pelo fogo. O Palácio Real, que se situava na margem do Tejo, onde hoje existe o Terreiro do Paço, foi destruído pelos abalos sísmicos e pelo tsunami. Dentro, na biblioteca, perderam-se 70 mil volumes e centenas de obras de arte, incluindo pinturas de Ticiano, Rubens e Correggio. O precioso Arquivo Real com documentos relativos à exploração oceânica e outros documentos antigos também foram perdidos. O terramoto destruiu ainda as maiores igrejas de Lisboa, especialmente a Catedral de Santa Maria, e as Basílicas de São Paulo, Santa Catarina, São Vicente de Fora e a da Misericórdia. As ruínas do Convento do Carmo ainda hoje podem ser visitadas no centro da cidade. O túmulo de Nuno Álvares Pereira, nesse convento, perdeu-se também. O Hospital Real de Todos os Santos foi consumido pelos fogos e centenas de pacientes morreram queimados. Registos históricos das viagens de Vasco da Gama e Cristóvão Colombo foram perdidos, e incontáveis construções foram arrasadas (incluindo muitos exemplares da arquitectura do período Manuelino em Portugal).

[editar] O dia seguinte


Ruínas do Convento do Carmo, Lisboa
A família real escapou ilesa à catástrofe. O Rei D. José I e a corte tinham deixado a cidade depois de assistir a uma missa ao amanhecer, encontrando-se em Santa Maria de Belém, nos arredores de Lisboa, na altura do terramoto. A ausência do rei na capital deveu-se à vontade das princesas de passar o feriado fora da cidade. Depois da catástrofe, D. José I ganhou uma fobia a recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda, denominado como Real Barraca da Ajuda, em Lisboa.
Tal como o rei, o Marquês de Pombal, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra e futuro primeiro-ministro, sobreviveu ao terramoto. Com o pragmatismo que caracterizou a sua futura governação, ordenou ao exército a imediata reconstrução de Lisboa. Conta-se que à pergunta "E agora?" respondeu "Enterram-se os mortos e cuidam-se os vivos" mas esse diálogo é provavelmente apócrifo.[carece de fontes?] A sua rápida resolução levou a organizar equipas de bombeiros para combater os incêndios e recolher os milhares de cadáveres para evitar epidemias.
O ministro e o rei encomendaram aos arquitectos e engenheiros reais, e em menos de um ano depois do terramoto já não se encontravam em Lisboa ruínas e os trabalhos de reconstrução iam adiantados. O rei desejava uma cidade nova e ordenada e grandes praças e avenidas largas e rectilíneas marcaram a planta da nova cidade. Na época alguém perguntou ao Marquês de Pombal para que serviam ruas tão largas, ao que este respondeu que um dia hão-de achá-las estreitas….[carece de fontes?]
O novo centro da cidade, hoje conhecido por Baixa Pombalina é uma das zonas nobres da cidade. São os primeiros edifícios mundiais a serem construídos com protecções à prova de sismos (antí-sismicas),[carece de fontes?] que foram testadas em modelos de madeira, utilizando-se tropas a marchar para simular as vibrações sísmicas.

[editar] Impacto na sociedade

O dia primeiro do corrente ficará memorável a todos os séculos pelos terramotos e incêndios que arruinaram uma grande parte desta Cidade.

Gazeta de Lisboa, Novembro de 1755.
O terramoto de Lisboa abalou muito mais que a cidade e os seus edifícios. Lisboa era a capital de um país católico, com grande tradição de edificação de conventos e igrejas e empenhado na evangelização das suas colónias. O facto do terramoto ocorrer em dia santo e destruir várias igrejas importantes levantou muitas questões religiosas por toda a Europa. Para a mentalidade religiosa do século XVIII, foi uma manifestação da ira divina de difícil explicação.
Na política, o terramoto foi também devastador. O ministro do Rei Dom José I, o Marquês de Pombal era favorito do rei, mas não do agrado da alta nobreza, que competia pelo poder e favores do monarca. Depois de 1 de Novembro, a eficácia da resposta do Marquês do Pombal (cujo título lhe é atribuído em 1770) garante-lhe um maior poder e influência perante o rei, que também aproveita para reforçar o seu poder e consolidar o Absolutismo.
Isto leva a um descontentamento da aristocracia que iria culminar na tentativa de regicídio e na subsequente eliminação dos Távoras. Para além do agravamento das tensões políticas em Portugal, a destruição da cidade de Lisboa frustrou muitas das ambições coloniais do Império Português de então.

[editar] O terramoto e a filosofia iluminista


"Marquês de Pombal" e a cidade de Lisboa, de Louis-Michel van Loo (1707-1771) e Claude-Joseph Vernet (1714-1789), Museu da Cidade, Lisboa
O ano de 1755 insere-se numa era fulcral de uma grande transformação social: a Revolução Industrial, o Iluminismo, o Capitalismo lançam as bases de uma sociedade moderna em alguns países da Europa Ocidental. O terramoto influenciou de forma determinante muitos pensadores europeus do Iluminismo. Foram muitos os filósofos que fizeram menção ou aludiram ao terramoto nos seus escritos, dos quais se destaca Voltaire, no seu Candide e no Poème sur le désastre de Lisbonne ("Poema sobre o desastre de Lisboa"). A arbitrariedade da sobrevivência foi, provavelmente, o que mais marcou o autor, que satirizou a ideia, defendida por autores como Gottfried Wilhelm Leibniz e Alexander Pope, de que "este é o melhor dos mundos possíveis"; como escreveu Theodor Adorno, o terramoto de Lisboa foi suficiente para Voltaire refutar a teodiceia de Leibniz" (Negative Dialectics, 361). Mais tarde, no século XX, também citando Adorno, o terramoto passou a ser comparado ao Holocausto - uma catástrofe de tais dimensões que só poderia ter um impacto profundo e transformador na cultura e filosofia europeias. Esta interpretação de Theodor Adorno serve de ilustração à sua interpretação da história, que é bastante crítica da sociedade moderna e associada a uma visão ideológica não muito distante do marxismo.

Ruínas de Lisboa. Após o terramoto os sobreviventes viveram em tendas nos arredores da cidade, como ilustra esta gravura alemã de 1755.
O conceito do sublime, embora já tivesse sido formulado antes de 1755, foi desenvolvido na Filosofia e elevado a tema de maior importância por Immanuel Kant, em parte como resultado das suas tentativas para compreender a enormidade do terramoto de Lisboa e do tsunami. Kant publicou três textos distintos sobre o terramoto. O jovem Kant, fascinado com o fenómeno, reuniu toda a informação que conseguiu sobre o desastre, através de notícias impressas, servindo-se desses dados para formular uma teoria relacionada com a origem dos sismos. A teoria de Kant, que envolvia o deslocamento de enormes cavernas subterrâneas insufladas por gases a alta temperatura, foi, ainda que mais tarde se mostrasse falsa, uma das primeiras tentativas sistematizadas a tentar explicar os sismos através de causas naturais, em vez de causas sobrenaturais. De acordo com o filósofo marxista Walter Benjamin, o pequeno caderno de Kant sobre o assunto representa, provavelmente, o início da Geografia científica na Alemanha. O mesmo autor chega a afirmar: "E foi, certamente, o início da Sismologia" (frase essa que é mais controversa - talvez o início da Sismologia moderna tenha começado mesmo em Portugal com os estudos incentivados pelo Marquês de Pombal).
O pensador pós-moderno Werner Hamacher chega a defender a tese de que as consequências do terramoto se estenderam ao vocabulário da Filosofia, transtornando as metáforas da "fundamentação" e dos "fundamentos" das teorias filosóficas, mostrando como estes podem ser facilmente "abalados" pela incerteza: "Sob a impressão exercida pelo terramoto de Lisboa, que tocou a mentalidade europeia numa das suas épocas mais sensíveis, as metáforas da fundamentação ("ground" = chão, em inglês) e dos abalos perderam totalmente a sua inocência aparente; deixavam de ser meras figuras de estilo" (pág. 263). Hamacher defende mesmo que a certeza fundadora da filosofia de Descartes sofreu um considerável abalo após o terramoto.

[editar] O nascimento da sismologia


Gaiola pombalina, modelo da estrutura anti-sísmica desenvolvida na reconstrução da Baixa Pombalina
A competência do ministro não se limitou à acção de reconstrução da cidade. O Marquês do Pombal ordenou um inquérito, enviado a todas as paróquias do país para apurar a ocorrência e efeitos do sismo. O questionário incluía as seguintes questões:
  • Quanto tempo durou o sismo?
  • Quantas réplicas se sentiram?
  • Que tipo de danos causou o sismo?
  • Os animais tiveram comportamento estranho?
  • Que aconteceu nos poços?
As respostas estão ainda arquivadas na Torre do Tombo. Através das respostas do inquérito foi possível aos cientistas da actualidade recolherem dados fiáveis e reconstituírem o fenómeno numa perspectiva científica. O inquérito do Marquês do Pombal foi a primeira iniciativa de descrição objectiva no campo da sismologia, razão pela qual é considerado um precursor da ciência da sismologia.
As causas geológicas do terramoto e da atividade sísmica na região de Lisboa são ainda causa de debate científico, existindo indícios geológicos da ocorrência de grandes abalos sísmicos com uma periodicidade de aproximadamente 300 anos. Lisboa encontra-se junto de uma falha tectónica, mas a grande maioria dos sismos tão intensos como o terramoto de 1755 só acontece nas zonas de fronteira entre placas. Alguns geólogos portugueses avançaram a ideia de que o terramoto estaria relacionado com a zona de subducção do oceano Atlântico, entre as placas tectónicas euro-asiática e africana[carece de fontes?].

[editar] Ver também

O Wikimedia Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Sismo de Lisboa de 1755

[editar] Notas

  Há fontes que citam 30 000 vítimas mortais[4]
  1. a b c d e f g h i Kozak, Jan T.; Charles D. James (12 de novembro de 1998). Historical Depictions of the 1755 Lisbon Earthquake. Página visitada em 08/09/2008.
  2. Belo, André (2004). Between History and Periodicity: Printed and Hand-Written News in 18th-Century Portugal. Página visitada em 08/09/2008.
  3. a b c d e Baptista, M. A.; S. Heitor, J. M. Miranda, P. Miranda, L. Mendes Victor (January-March 1998). "The 1755 Lisbon tsunami; evaluation of the tsunami parameters". Journal of Geodynamics 25: 143-157. Elsevier Ltd.. ISSN 0264-3707. Página visitada em 8 de Setembro de 2008.
  4. Sismo de 1755
  • Existe também documentação possível de ser consultada no IPIMAR que contém relatos e inquéritos feitos na época por parte das paróquias, por todo o país, sendo possível constatar com alguma exactidão todo o património e espólio perdido.

[editar] Bibliografia

  • Benjamin, Walter. "The Lisbon Earthquake." In Selected Writings vol. 2. Belknap, 1999
  • Hamacher, Werner. "The Quaking of Presentation." In Premises: Essays on Philosophy and Literature from Kant to Celan, pp. 261–93. Stanford University Press, 1999.
  • Marques, J. O. de Almeida. Voltaire e um episódio da história de Portugal.(PDF) Publicado originalmente em: Meditações:Revista de Ciências Sociais. Londrina. Vol. 9 n. 2, 2004.
  • Padre Manuel Portal. "História da ruina da cidade de Lisboa cauzada pello espantozo terramoto e incendio, que reduzio a pó e cinza a melhor, e mayor parte desta infeliz cidade", Arquivo das Congregações, 1756.

[editar] Ligações externas


1 de Novembro - (as histórias deste dia)

20/02/10

Ilha da Madeira - Um Abraço de Solidariedade e de Apoio ao Povo Madeirense, que tanto respeito e gosto!






Um lembre-te sobre a força da água, a quem quer colocar uma parede artificial deste elemento natural, às portas da Cidade de Amarante! Hoje a cidade do Funchal mostrou-se impotente contra a força da água, muito graças a construções que são feitas para tapar a água... vejam uma amostra do que nos pode acontecer!
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