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11/10/16

Arte Pintura - Foram recentemente descobertas pinturas raras no interior da Capela da Igreja de Santa Maria do Castelo, em Abrantes, na sequência dos trabalhos de conservação, restauro das pinturas murais já existentes e de limpeza e conservação dos azulejos que revestem o altar-mor.



«Pinturas raras descobertas na Igreja de Santa Maria do Castelo em Abrantes

Foram recentemente descobertas pinturas raras no interior da Capela da Igreja de Santa Maria do Castelo, na sequência dos trabalhos de conservação, restauro das pinturas murais já existentes e de limpeza e conservação dos azulejos que revestem o altar-mor.

Os frescos foram localizados por técnicos, conservadores-restauradores da “Mural da História”, empresa responsável pelos trabalhos que ali decorrem desde 2013, graças a um protocolo celebrado entre a Câmara de Abrantes e a Direção Geral do Património Cultural (DGPC), entidade que tutela este templo quatrocentista, classificado como Monumento Nacional. O vereador Luís Dias, responsável pelas áreas da cultura, turismo, museus e património informou esta semana o restante Executivo que a Câmara está a diligenciar com a DGPC a realização de uma nova intervenção, ” tendente à remoção e reposição do acervo de azulejaria mudéjar e ao interesse generalizado de conhecer, preservar e divulgar os novos frescos da Igreja de Santa Maria do Castelo e do fabuloso Panteão dos Almeida”.

Este rico conjunto de frescos, que segundo os técnicos especialistas nesta área, se crê ser da primeira metade do século XV, apresenta afinidades estilísticas com a pintura de S. Francisco de Leiria e a da capela do Palácio da Vila em Sintra. Estão localizados na parede esquerda do altar-mor, por detrás do túmulo de D. Lopo de Almeida, permitindo perceber a continuidade da decoração mural.

Esta descoberta é agora mote para um aturado trabalho de investigação na procura de informação que permita perceber se esta pintura mural já se encontraria referenciada em anteriores fontes, primárias ou secundárias, da plurissecular historiografia abrantina.

A pintura encontra-se parcialmente a descoberto, podendo essa parte ser observada pelos visitantes do Templo, localizado no interior do Castelo da Cidade. A Câmara está a dialogar com a DGPC no sentido de serem reposicionados os azulejos de que a Capela é revestida, mantendo-lhes a leitura, mas salientando os frescos a descoberto para que toda a comunidade local e visitantes possam desfrutar de mais este elemento que passa a integrar a riqueza do edificado da Igreja de Santa Maria do Castelo.» in http://www.oribatejo.pt/2014/11/12/pinturas-raras-descobertas-na-igreja-de-santa-maria-do-castelo-em-abrantes/

06/07/16

Arte Pintura - A campanha do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) para angariar verbas para a aquisição do quadro “A Adoração dos Magos” de Domingos Sequeira” atingiu o valor de 745 623,40 €, ultrapassando todas as expectativas.



«Campanha para colocar Sequeira no lugar certo ultrapassa todas as expectativas

Em fase final de restauro, a obra “A Adoração dos Magos” irá integrar a nova galeria de Pintura e Escultura Portuguesa do museu, inaugurada a 14 de Julho.

A campanha do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) para angariar verbas para a aquisição do quadro “A Adoração dos Magos” de Domingos Sequeira” atingiu o valor de 745 623,40 €, ultrapassando todas as expectativas.

Iniciada a 27 de Outubro do ano passado, a primeira campanha do género realizada por um museu nacional tinha como objectivo reunir 600 mil euros. Como o montante superou o valor, o excedente, diz esta quarta-feira o MNAA em comunicado, será utilizado na aquisição de outra obra de arte, de valor cultural correspondente.

Em fase final de restauro, a obra “A Adoração dos Magos irá integrar a nova galeria de Pintura e Escultura Portuguesa do museu, inaugurada na próxima semana, a 14 de Julho.

Lançada no ano passado, a campanha "Vamos pôr o Sequeira no Lugar Certo" tinha como objectivo ajudar o museu a adquirir a obra de Domingos Sequeira, pintada em 1828, da qual o MNAA possui o desenho final e vários preparatórios.

A tela de Domingos Sequeira - considerada "insubstituível" pelo museu - faz parte da série "Palmela", com quatro pinturas religiosas, e o MNAA possui, na sua colecção, os desenhos preparatórios de estudo de todas elas, mas não os respectivos óleos.

Quem comprou?

Para a campanha - que terminava no próximo sábado - contribuíram milhares de pessoas, desde muitos cidadãos anónimos a personalidades públicas como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o novo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e entidades privadas e públicas, a mais recente, da Fundação da Casa de Bragança, com 35 mil euros. Uma das contribuições que o museu considerou ter dado "grande impulso" à campanha foi a da Fundação Aga Khan, de 200 mil euros, a maior doação registada.

De acordo com o site da campanha, contribuíram, entre outros, a Fundação Carmona e Costa e a Fundação Luso-Americana, o Automóvel Clube de Portugal, a associação AGIC de guias e intérpretes, os arquitectos Aires Mateus e a galeria Jorge Welsh, a Sociedade Portuguesa de Autores, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, a associação AGIC de guias e intérpretes, algumas autarquias, como o Município de Cantanhede, pioneiro na doação, e pequenas e médias empresas, de sectores que vão da hotelaria à produção audiovisual, passando pelos equipamentos médicos e instalações eléctricas.

Em Janeiro deste ano, o agrupamento de Escolas Domingos Sequeira, em Leiria, convidou os seus 2.800 alunos a ajudarem o MNAA a adquirir este quadro do seu patrono e, em Dezembro, a Associação Nacional dos Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias apelaram à participação das autarquias.

O MNAA tem no seu acervo cerca de 30 obras em pintura e desenho de Domingos Sequeira (1768-1837), cujo trabalho realizado, nas primeiras décadas do século XIX, se situa entre o classicismo e o romantismo, de um modo similar a Francisco de Goya, seu contemporâneo na cultura espanhola, segundo o museu.

Devido ao seu talento, Domingos Sequeira conseguiu protecção aristocrática e uma bolsa para se aperfeiçoar em Roma, onde privou com vários mestres e conquistou vários prémios académicos.» in http://rr.sapo.pt/noticia/58411/campanha_para_colocar_sequeira_no_lugar_certo_ultrapassa_todas_as_expectativas?utm_source=rss 


("ADORAÇÃO DOS MAGOS" de Domingos Sequeira)


16/05/16

Arte Pintura - ‘Christina’s World’ (1948) é uma obra icónica da arte norte-americana, em que no quadro, exposto no Museum of Modern Art (MoMa), em Nova Iorque, pode ver-se uma mulher sentada de lado, no campo, que parece estar a arrastar-se pelo chão.



«Cientista descobre doença rara de mulher retratada em quadro famoso

‘Christina’s World’ (1948) é uma obra icónica da arte norte-americana. No quadro, exposto no Museum of Modern Art (MoMa), em Nova Iorque, pode ver-se uma mulher sentada de lado, no campo, que parece estar a arrastar-se pelo chão. O autor da obra, Andrew Wyeth, retratou a sua vizinha, Christina Olson, depois de a ter visto arrastar-se pelo campo, através da janela de sua casa.

Segundo a Discovery News, Marc Patterson, professor de neurologia e genética na Mayo Clinic em Rochester, diz ter descoberto qual o problema de saúde desta jovem. A revelação foi feita no passado dia 6 de maio, na 23rd Annual Historical Clinicopathological Conference, em Baltimore.

O cientista defende que Christina Olson sofria da síndrome de Charcot-Marie-Tooth, uma doença neurológica hereditária que afeta os nervos motores e sensitivos.

“Este quadro é um dos meus favoritos, e a questão da doença de Christina sempre foi um mistério. Acho que o problema dela enquadra-se mais síndrome de Charcot-Marie-Tooth”, afirma Marc Patterson.

Já outro especialista tinha avançado que Christina tinha poliomielite, mas o professor argumenta que se trata de uma doença que debilita quase de imediato as pessoas.

“Os membros, em particular os braços, são muito magros”, acrescenta o cientista, que analisou tanto o quadro como a história clínica de Christina Olson.

Ainda na infância, a vizinha de Andrew Wyeth perdeu a força nos tornozelos. Quando chegou aos 26 anos, a jovem deixou de conseguir mexer os braços e precisava de ajuda para andar, até chegar ao ponto de ter de rastejar para se descolar, com cerca de 50 anos – recusava-se a usar cadeira de rodas.

Apesar de ter sido analisada por médicos do hospital de Boston, não conseguiram diagnosticar o seu problema de saúde. Disseram-lhe apenas que tinha de viver com o problema, como tinha feito desde sempre. Christina Olson acabou por morrer aos 74 anos.» in http://sol.sapo.pt/noticia/510365/Cientista-descobre-doenca-rara-de-mulher-retratada-em-quadro-famoso

28/04/16

Arte Pintura - Depois de uma longa pesquisa, as historiadoras chegaram à conclusão de que se trata de uma rua bem portuguesa que foi palco do comércio de mercadorias de todo o mundo.



«O mistério do quadro renascentista em que se (re)descobriu Lisboa manuelina
José Couto Nogueira

Parece um romance policial. Em 2009 duas historiadoras inglesas visitaram uma mansão perto de Oxford e aí encontraram um quadro do século XVI que retratava uma rua renascentista. Não se sabia se era uma rua real ou imaginada, nem quem a tinha pintado. Depois de uma longa pesquisa, as historiadoras chegaram à conclusão de que se trata de uma rua bem portuguesa que foi palco do comércio de mercadorias de todo o mundo.

O mistério do quadro renascentista em que se (re)descobriu Lisboa manuelina

A casa foi construída pelo escritor, artista e filósofo socialista William Morris, uma figura pública da Inglaterra vitoriana. Lá viveu desde meados do século até à sua morte, em 1896. É uma daquelas quintas inglesas cheias de carácter, rodeada por um lindo jardim e recheada com móveis, livros e objectos de grande qualidade. A viúva, e depois as filhas, conservaram tudo intacto até que, com o falecimento da última, a casa passou para uma organização chamada Sociedade dos Antiquários de Londres, que a mantém aberta ao público. Qualquer pessoa pode passar uma tarde agradável nos jardins ou a inspeccionar a preciosa biblioteca de William Morris.

Em 2009 duas historiadoras inglesas, Kate Lowe e Annemarie Jordan Gschwend, visitaram esta mansão do século XIX, Kelmscott Manor, localizada perto de Oxford. As duas historiadoras repararam num quadro do século XVI que o pintor Dante Gabriel Rossetti, amigo de Morris, lhe terá oferecido, ou vendido, e que estava atribuído à escola de Velázquez. Mostra uma rua renascentista, e não se sabia se era real ou imaginada, nem quem a tinha pintado.

Lowe e Gschwend pesquisaram longamente, à procura de referências, tanto em livros e documentos, como na própria pintura. Finalmente chegaram à conclusão, indisputada, de que se trata da Rua Nova dos Mercadores, na baixa da Lisboa manuelina. Ficava onde agora passa a Rua da Alfândega, e era o percurso mais cosmopolita numa cidade onde se negociavam mercadorias de todo o mundo. Além de algumas descrições da sua opulência, apenas existem poucas gravuras da cidade inteira, sem pormenores das ruas. A Rua Nova dos Mercadores foi evidentemente destruída pelo terramoto de 1755, e nunca mais voltou ao esplendor da Era das Descobertas. O que resta hoje é a fachada manuelina da Conceição Velha, reconstruída com um interior já pombalino.

O quadro é incrivelmente detalhado – tem tantos pormenores que permite reconstruir uma grande quantidade de informação sobre a Lisboa do século XVI e, por extensão, da vida urbana dum grande centro europeu. Pesquisando à lupa, um grupo de quinze historiadores de várias especialidades começou a descobrir o significado de tudo o que lá se vê: a arquitectura ainda com influências árabes, o carácter multirracial da população, habitantes e visitantes, os artefactos negociados nas lojas e os produtos vindos de todo o mundo que estavam em exposição; porcelanas chinesas, papagaios brasileiros, marfins de África e do Sri Lanka, joalharia, lacados, têxteis da Ásia e pedras preciosas dos entrepostos onde os portugueses negociavam. A partir dos objectos e figuras, os especialistas conseguem extrapolar um sem número de factos, como os modelos de negócio então praticados, o percurso dos produtos pelos portos dos sete mares e até hábitos da vida quotidiana da cidade.

Nessa época de abundância, os artefactos que anteriormente só eram usados pela realeza tinham-se tornado comuns entre a rica burguesia. Neste particular, o quadro vem confirmar o que se sabe de outras fontes. Por exemplo, uma guia de desembarque de 1518 mostra que uma nau do Oriente trazia 19 mil leques chineses e duas toneladas de seda da costa de Malabar. No quadro vêem-se esculturas de cristal do Sri Lanka, biombos de laca indo-muçulmanos e esculturas cristãs feitas na Índia.

O resultado de todas estas pesquisas acaba de ser publicado num volume de grande formato, com 300 páginas, editado pelas historiadoras e com os comentários dos quinze críticos. Chama-se "The Global City: On the Streets of Renaissance Lisbon" e é editado pela Paul Holberton Publishing, uma casa especializada em livros de arte altamente sofisticados e objectos exóticos e raros.

Infelizmente não se viu notícia desta publicação por cá. Nós, portugueses, a quem este assunto interessa mais do que a quaisquer outros, pois ainda vivemos a nostalgia das Descobertas e poucas informações novas já se conseguem encontrar, bem que gostaríamos. Entretanto, o livro pode ser comprado do editor (por 40 libras) ou, evidentemente, através da Amazon.» in http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_04_28_987761790_o-misterio-do-quadro-renascentista-em-que-se--re-descobriu-lisboa-manuelina

27/04/16

Arte Pintura - O Museu Nacional de Arte Antiga anunciou esta quarta-feira que conseguiu angariar os 600 mil euros necessários para comprar o quadro Adoração dos Magos, de Domingos Sequeira.



«O Sequeira já é nosso 
11:54 Económico 

O Museu Nacional de Arte Antiga anunciou esta quarta-feira que conseguiu angariar os 600 mil euros necessários para comprar o quadro Adoração dos Magos, de Domingos Sequeira.

De acordo com o MNAA, a campanha para angariação de 600 mil euros para a compra do quadro entra agora na recta final da iniciativa lançada em outubro do ano passado e que decorre até ao final de Abril.


A campanha pública de angariação de fundos - inédita no país - foi lançada em Outubro com o objectivo de comprar a tela "A Adoração dos Magos" (1828) pertencente a privados, para colocá-la no MNAA, que detém no seu acervo o desenho final e vários preparatórios. O prazo final terminava dia 30 de Abril. 

Intitulada "Vamos pôr o Sequeira no lugar certo", a campanha recebeu milhares de contributos de cidadãos anónimos, de associações, fundações, juntas de freguesia, câmaras municipais de todo o país, empresas e instituições.

A tela de Domingos Sequeira - considerada "insubstituível" pelo museu - faz parte da série "Palmela", com quatro pinturas religiosas, e o MNAA possui, na sua coleção, os desenhos preparatórios de estudo de todas elas, mas não os respetivos óleos.

O MNAA tem no seu acervo cerca de 30 obras em pintura e desenho de Domingos Sequeira (1768-1837), cujo trabalho realizado, nas primeiras décadas do século XIX, se situa entre o Classicismo e o Romantismo, de um modo similar a Francisco de Goya, seu contemporâneo na cultura espanhola, segundo o museu.

Devido ao seu talento, Domingos Sequeira conseguiu proteção aristocrática e uma bolsa para se aperfeiçoar em Roma, onde privou com vários mestres e conquistou vários prémios académicos.» in http://economico.sapo.pt/noticias/o-sequeira-ja-e-nosso_248171.html


(Adoração dos Magos)


10/04/16

Arte Pintura - A família Nahmad, influente no mercado da arte mundial, negou sempre possuir a obra em causa do pintor italiano, “O Homem Sentado com uma Bengala”.



«Dos nazis aos Panamá Papers: a história de um quadro perdido há mais de 70 anos

Finalmente, vai ser possível saber quem detém um quadro de Modigliani, que se acreditava ter sido roubado pelos nazis e que está avaliado em 22 milhões de euros. Tudo graças aos Panamá Papers.

O caso já andava no tribunal. Philippe Maestracci, empresário agrícola, 71 anos, neto de um antiquário judeu havia acusado a família Nahmad, em 2011, de possuir de forma ilegal o quadro de Amedeo Modigliani. A família Nahmad, influente no mercado da arte mundial, negou sempre possuir a obra em causa do pintor italiano, “O Homem Sentado com uma Bengala”. 

De acordo com a BBC, a família Nahmad negou ter o quadro e, em tribunal, afirmou que o quadro era propriedade da empresa offshore International Art Center (IAC), registada por uma firma de advogados do Panamá. Agora, os ficheiros obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas (ICIJ) mostram que a empresa pertence à família há mais de 20 anos. E, desde janeiro de 2014, David Nahmad é o único proprietário.

Confrontado com a documentação, o advogado de David Nahmad, Richard Golub, desvalorizou a descoberta e afirmou que é “irrelevante quem quer que seja o dono do IAC”. Para o advogado, o mais importante são os pressupostos que o caso levanta. “O queixoso pode prová-los?”, questiona. No fundo, Golub quer provas. Provas de que o avó de Maestracci foi mesmo dono da pintura. Até lá, considera que tudo à volta é "irrelevante".

Durante a II Guerra Mundial, o avó de Maestracci, Oscar Stettiner, terá fugido de Paris e deixado para trás a sua colecção de arte, que incluía o quadro de Modigliani.  Em 1944 há registo da notícia da venda de “um quadro de Modigliani” por 16 mil francos (3600 euros), segundo o Le Monde.

Dois anos depois, Stettiner tenta recuperar a obra. O comerciante de antiguidades indica que terá sido um galerista chamado John Van der Klip a comprar o quadro. Van der Klip, por seu lado, confirma que comprou a obra e revela que a vendeu a um norte-americano em 1947. Oscar Stettiner morre em 1948 sem reencontrar o o seu Modigliani .  

Segundo o Público, a família não teve qualquer sinal da obra até 2008, altura em que aparece na Sotheby’s, uma casa de leilões, em Nova Iorque. É aí que Philippe Maestracci entrou em cena. O neto de Óscar procurou reaver o quadro começando uma batalha que pode agora estar com os dias contados. 

Até à data, ninguém admitiu possuir a obra. A leiloeira disse que a obra lhe tinha sido concessiondada pela Helly Nahmad Gallery, que negava ser a dona do quadro. A família Nahmad tem uma colecção de cerca de 4500 peças num armazém situado junto ao aeroporto de Genebra, zona isenta de taxas aduaneiras e onde se encontra também o quadro de Modigliani. A colecção dos irmãos Ezra e David Nahmad inclui ainda 300 Picassos.

Os Nahmad haviam afirmado que a obra pertencia à empresa IAC.  Visto que os donos da IAC se encontravam alegadamente no Panamá, a justiça norte-americana encontrava-se de mão atadas. 
Agora, os Panamá Press identificaram os Nahmad como sendo efectivamente os donos.  Resta saber a decisão da justiça. Até lá, o valor do quadro continuará a subir.» in http://24.sapo.pt/article/newspaper-latest/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_04_09_188917813_dos-nazis-aos-panama-papers--a-historia-de-um-quadro-perdido-ha-mais-de-70-anos


(Amedeo Modigliani)


Amedeo Modigliani paintings (over 500 pictures of his work)


(Modigliani y su tiempo.)

21/06/15

Arte Pintura - Aguarelas e desenhos pintados por Adolf Hitler há cerca de cem anos foram vendidos este fim-de-semana em leilão por cerca de 400 mil euros.



«Aguarelas de Hitler vendidas por cerca de 400 mil euros

Aguarelas e desenhos pintados por Adolf Hitler há cerca de cem anos foram vendidos este fim-de-semana em leilão por cerca de 400 mil euros.

A obra mais cara foi vendida a um comprador chinês por cem mil euros, anunciou a casa de leilões Weidler, situada em Nuremberga, de acordo com a agência de notícias alemã DPA.

A aguarela representa o castelo de Neuschawanstein, na Baviera, mandado construir pelo rei Luís II, e que a silhueta adotada como logo pelos estúdios Disney celebrizou em todo o mundo.

Todas as outras obras vendidas, realizadas em 1904 e 1922 e maioritariamente da autoria de Hitler, encontraram comprador.

A casa de leilões preservou a identidade dos compradores, que quiseram manter-se anónimos, mas adiantou que são provenientes do Brasil, dos Emirados Árabes Unidos, de França e da Alemanha.

Quando era jovem, Adolf Hitler tentou inscrever-se na Academia de Artes de Viena, mas a sua candidatura foi rejeitada devido à falta de talento. No entanto, o mais tarde ditador continuou a pintar, copiando cenas de postais que vendia a turistas.

Os especialistas consideram as obras de Hitler medíocres e geralmente as grandes leiloeiras recusam-se a vendê-las.

Na Alemanha, a venda de obras do chefe nazi é autorizada, desde que não inclua símbolos proibidos.» in http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-06-21-Aguarelas-de-Hitler-vendidos-por-cerca-de-400-mil-euros


(UNA ACUARELA DE HITLER SE VENDE POR 130.000 EUROS)

12/05/15

Arte Pintura - "Les Femmes d´Alger" vendido em leilão na Christie´s e a disputa entre interessados demorou apenas 11 minutos.



«Quadro de Picasso vendido por valor recorde

"Les Femmes d´Alger" vendido em leilão na Christie´s. Disputa entre interessados demorou apenas 11 minutos.

O quadro de Picasso "Les Femmes d'Alger" (Mulheres de Argel) foi vendido em leilão nesta segunda-feira pelo preço recorde de 179,3 milhões de dólares (160,59 milhões de euros) no leilão da Casa Christie's de Nova Iorque.

A obra pintada pelo pintor espanhol em 1955 e que mostra um harém superou o recorde absoluto que pertencia a "Três estudos de Lucian Freud", de Francis Bacon, vendido por 142,4 milhões de dólares também pela Christie's, em 2013, em Nova Iorque, e o quadro de Edvard Munch 'O Grito´ que foi vendido por 120 milhões de dólares. 

O recorde de "Mulheres de Argel" foi alcançado após apenas 11 minutos de disputa entre os interessados.

O leilão da Christie's "Explorando o futuro através do passado" inclui uma selecção de obras do final do século XIX até ao presente e espera-se que gere um total de mais de 970 milhões de dólares (cerca de 870 milhões de euros), algo nunca visto na história dos leilões de arte.

"É um ponto de viragem na história da arte. É o leilão do século", disse à AFP Thierry Ehrmann, presidente da Artprice, empresa de informação de mercado de arte.

Alberto Giacometti detém o recorde para uma escultura: "O homem que caminha I" (L'homme qui marche I") foi vendido em 2010 por 104,3 milhões de dólares (cerca de 93 milhões de euros). A Christie's também espera ultrapassar este valor com uma outra obra que, segundo seu vice-presidente, Loic Gouzer, raramente aparece no mercado: "O homem que aponta" (L'homme au doigt), também de Giacometti, avaliada em 130 milhões de dólares (cerca de 116 milhões de euros).» in http://economico.sapo.pt/noticias/quadro-de-picasso-vendido-por-valor-recorde_218183.html


(Auction Results: Pablo Picasso’s Les femmes d’Alger (Version “O”), November 1997)


(Picasso’s 1950’s masterpiece)


(Présentation d'un tableau de Picasso avant des enchères)

22/04/15

Arte Pintura - "A última comunhão de St Joseph de Calasanza" por Francisco De Goya, tela exposta na Abadia de San António em Madrid.



«A última comunhão de St Joseph de Calasanza por Francisco De Goya 

A última comunhão de St Joseph de Calasanzais um trabalho do artista famoso, Francisco De Goya. Tirado por volta de 1819 usar o óleo na técnica das canvas e é ficada situada agora em San Antonio Abad.» in http://www.zazzle.pt/ultimo_comunhao_de_st_joseph_de_calasanza_por_goya_cartao_postal-239185968304042881

07/04/15

Arte Pintura - Entre 18 de abril e 7 de junho, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (MMASC) vai receber uma exposição da artista plástica Ana Pais Oliveira, designada “Pintura fora de si (ou algumas soluções de habitação)”.



«Amarante: Museu vai receber “Pintura fora de si” de Ana Pais Oliveira
07/04/2015, 17:39

Entre 18 de abril e 7 de junho, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (MMASC) vai receber uma exposição da artista plástica Ana Pais Oliveira, designada “Pintura fora de si (ou algumas soluções de habitação)”.

Falando da sua exposição a artista sublinha que “todos os trabalhos arrumam em si mesmos as especificidades da pintura, ou são contaminados por um ser pintura, independentemente dos caminhos que tomam para dar forma a uma ideia. Entre os volumes de pintura que se afastam timidamente da parede, as peças tridimensionais que também não arriscam sair da parede e um único volume tridimensional que ganhou coragem e saltou para o chão, estamos sempre, primordialmente, mediante pintura. Claro que a pintura chama, para si, coisas que gosta de ver na escultura ou na arquitetura, como se por momentos as invejasse, embora logo de seguida se lembre que estar fora de si é um estado de enorme ansiedade e desconstrução identitária, que mais vale regressar a si mesma e comportar-se com honestidade. Aí, a pintura fica consciente de si, voltada para os seus próprios meios, processos e questões. Pode parecer não estar bem onde está, pode viajar e procurar pontos de fuga inesperados, mas regressa sempre a si mesma”.

Ana Pais Oliveira, de 33 anos, tem já um vasto currículo, com inúmeras exposições, quer individuais quer coletivas, tendo-lhe sido atribuído, em 2013, o prémio Grupo de Amigos do Museu, no âmbito da 9ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso.» in http://www.imprensaregional.com.pt/averdade/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czo5OiJpZF9zZWNjYW8iO3M6MjoiMTkiO3M6MTA6ImlkX25vdGljaWEiO3M6NToiMTAxODEiO30=

13/03/15

Arte Pintura - O físico Werner Heisenberg uma vez disse, “Quando eu encontrar Deus, vou fazer-lhe duas perguntas: ‘Por que a relatividade?’ e ‘Por que a turbulência?’. Acredito que ele terá uma resposta para a primeira”.



«Em 125 anos milhões de pessoas têm olhado para essa pintura. 

Ninguém tinha percebido isso até agora.

O físico Werner Heisenberg uma vez disse, “Quando eu encontrar Deus, vou fazer-lhe duas perguntas: ‘Por que a relatividade?’ e ‘Por que a turbulência?’. Acredito que ele terá uma resposta para a primeira”.

Com essa frase o alemão não estava desafiando Deus, mas mostrando como é matematicamente complexo entender a turbulência.

Assim entra Vincent van Gogh nessa história.

O vídeo abaixo mostra que a genialidade de Van Gogh vai além das Artes — auxilia a compreensão da natureza.

Embora sua vida tenha sido marcada por “fracassos”, Van Gogh tem fama póstuma especial. As suas pinturas pós-impressionistas são apreciadas por milhões de pessoas até hoje.

“A Noite Estrelada“ é talvez uma das obras mais enigmáticas que existe.

Arte e Ciência juntas

O estudo da natureza está cada vez mais desafiador. Se você gostou do vídeo, compartilhe com um amigo. Espalhe a cultura.» in http://awebic.com/cultura/em-125-anos-milhoes-de-pessoas-tem-olhado-para-essa-pintura-ninguem-tinha-percebido-isso-ate-agora/


(The unexpected math behind Van Gogh's "Starry Night" - Natalya St. Clair)


Chi era Van Gogh e cos'era il Post-impressionismo - [Appunti Video]


(Post-impressionismo. Video interativo. Van Gogh.)

29/12/14

Amarante Pintura - Retrospectiva sobre um dos melhores pintores europeus do seu tempo, Amadeu de Souza-Cardoso, de Manhufe, Amarante, um ícone à originalidade.



«Amadeo de Souza-Cardoso: O Camaleão de Amarante 

Retrospectiva sobre um dos melhores pintores europeus do seu tempo, um ícone à originalidade.

Originalidade. Nunca esta palavra assentou tão bem a um artista. Em Paris, sempre tentou fugir da normalidade ou de normas pré-concebidas dentro do universo da arte… Seguir o mesmo não fazia parte da sua postura, pelo contrário, Amadeo procurou sempre outras técnicas e formas de pintar, experimentando tudo. Integrando-se neste ou naquele movimento, ou em nenhum, como preferirmos. Era um artista "sem rótulo".

No quadro "coty" (ver imagem) é bem visível essa interdisciplinaridade de Amadeo. Esta obra espelha a característica mais vincada e adorada do amarantino, um artista não com um estilo específico, mas sim com vários, onde junta várias "disciplinas" numa só pintura. Até apresenta elementos de uma corrente que ele, pelo que se sabe, nunca conheceu, o Dadaísmo. Este facto prova que Amadeo estava sempre "muito à frente!" O facto de ser português vai influenciar a maneira como "recebe" as vanguardas da sua altura, como o Futurismo ou o Cubismo. O uso de algumas cores, de uma maneira constante, reflete uma paisagem, vistas, formações naturais, muito portuguesas. O que realmente distingue o cubo futurismo de Souza-Cardoso de todos os seus contemporâneos europeus é essa gama colorida totalmente inédita.

Em "coty" torna-se evidente a forma como o simbolismo das suas ilustrações, indiferente à coerência estilística e à lógica sintática, prossegue nas obras posteriores. Interiorizando o nome de um perfume francês, o quadro joga com diversas formas de representação da realidade e de percepção sensorial. Através da colagem, faz com que diversos planos do real se interpenetrem. O meio é o acoplamento, contrastante próprio do surrealismo. Deste modo cria-se uma tensão entre a realidade representada e a realidade real, entre a pintura e o (seu) objecto - cabelos, ganchos de cabelo, pedaços de espelho - com o objectivo de deixar entrever uma realidade "por detrás da realidade".

Joga-se com analogias formais, por exemplo, entre seios arredondados e o sexo feminino, teias de aranha e grades de janela, atrás das quais a mulher nua mantém prisioneira a sua vítima. O pintor faz malabarismos com níveis de ilusão, que se vão alterando ao executar o passo decisivo do cubismo: passar do "Trompe - L'oeil ao Trompe-L'espirit". Amadeo, uma luz que se apagou demasiado cedo.» in http://pt.blastingnews.com/opiniao/2014/12/amadeo-de-souza-cardoso-o-camaleao-de-amarante-00217387.html


(Documentário " Amadeo de Souza Cardoso - À velocidade da inquieteção" emitido na rtp 2)

22/12/14

Arte Pintura - Em 2012, uma viúva espanhola tornou-se mundialmente conhecida pelas piores razões, ao falhar tremendamente na tentativa de restaurar um fresco de quase um século com a imagem de Jesus Cristo, num santuário em Borja, Zaragoza.



«Ecce Homo: Octogenária espanhola arruinou um fresco mas «salvou uma cidade»

Em 2012, uma viúva espanhola tornou-se mundialmente conhecida pelas piores razões, ao falhar tremendamente na tentativa de restaurar um fresco de quase um século com a imagem de Jesus Cristo, num santuário em Borja, Zaragoza. No entanto, em linha com a expressão «Deus escreve direito por linhas tortas», Cecília Giménez acabou mesmo por «salvar» a localidade.

A ira deu lugar à gratidão e agora as marcas de vinhos locais «acotovelam-se» para conseguirem colocar a imagem nos seus rótulos.

Nos EUA, está em desenvolvimento uma ópera inspirada no caso da restauração falhada do fresco «Ecce Homo» («Contemplem o Homem»), localizado numa parede do santuário Nossa Senhora da Misericórdia de Borja.

«Para mim, é uma história de Fé», disse Andrew Flack, a cargo do libreto, que viajou para Espanha a fim de realizar investigação de campo para a obra.

«É um milagre a forma como [o caso do Ecce Homo] impulsionou o turismo. Por que motivo é que as pessoas estão a viajar para aqui para vir vê-lo, se ficou um péssimo trabalho? É uma espécie de peregrinação, conduzida pelos Media até ser um fenómeno. Deus escreve direito por linhas tortas. O que para si é um desastre, pode muito bem ser o meu milagre», comentou o libretista.

Mais de 150.000 turistas já visitaram o santuário do século XVI para ver a pintura, originalmente criada pelo artista Elias Garcia Martinez.

A viúva chegou a não conseguir comer ao tornar-se uma celebridade infâme, mas aos poucos foi reconquistando a felicidade e o seu lugar na comunidade.

Actualmente, distribui prémios numa competição em que jovens artistas pintam os seus próprios frescos «Ecce Homo».

Este Natal, a figura retocada pela octogenária aparece na lotaria da cidade. O retrato também tem um «papel de cinema», ao ser roubado por um par de gatunos num filme espanhol.

Com a crise económica, «nos últimos seis anos 300 postos de trabalho foram extintos», destacou o líder do poder local, Miguel Arilla.

«Mas com o boom do turismo, os restaurantes permaneceram estáveis. Os museus locais também beneficiaram. O Museu da Colegiata, situado numa mansão do Renascimento, passou de cerca de 7.000 visitas anuais para 70.000», sublinhou o autarca, citado pelo scotsman.com.» in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=752776


Restoration EPIC FAIL (Jesus facepalm) Ecce Homo

23/04/14

Arte Pintura - A artista suíça, Miló Moiré, "deu à luz " para uma obra de arte, expelindo ovos de tinta da vagina para uma tela vazia.


«Artista "dá à luz" pintura expelindo ovos com tinta da vagina

A arte performativa continua a surpreender e a suíça Miló Moiré também. 

A entrada da Art Colónia, na Alemanha, foi palco de um cenário algo invulgar. A artista suíça "deu à luz " para uma obra de arte, expelindo ovos de tinta da vagina para uma tela vazia. Isto aconteceu num espaço público, fora do recinto da feira de arte, oferecendo aos que passavam, a visão de uma mulher em trabalho de parto, nua. Tudo em nome da arte.

"The PlopEgg Painting" (qualquer coisa como "A pintura dos ovos postos") analisa uma corrente de pensamentos sobre o medo da criação, a força simbólica do casual e do poder criativo da feminilidade. O vídeo tem como descrição: "no final deste desempenho a arte do nascimento quase meditativo, a tela manchada é dobrada, alisada e desdobrada numa imagem refletida de forma simétrica, surpreendentemente colorida e cheia de força. "

Miló Moiré já não é uma novata nestes desempenhos que testam os limites. Na peça "Script System", a artista andou de transporte público, no seu aniversário, surpreendendo muitos passageiros pela nudez ousada. Milo segue os passos de uma longa linhagem de artistas provocadores, como Marina Abramovic, Yoko Ono ou Franco B, que utilizam formatos de nudez como forma de ruptura artística.» in http://visao.sapo.pt/artista-da-a-luz-pintura-expelindo-ovos-com-tinta-da-vagina=f777850#ixzz2zjnQG7m9


("Arte" performativa)


10/09/13

Arte Pintura - Axel Ruger, director do Museu Van Gogh, explicou que nos últimos 40 anos nunca tinham descoberto nenhuma obra desconhecida do pintor Van Gogh, "Pensávamos que sabíamos e já tínhamos visto tudo sobre ele e agora podemos adicionar um novo quadro, significativo, à sua obra".



«Quadro desconhecido de Van Gogh é mostrado na Holanda

Foi pintado na cidade francesa de Arles no ano de 1888, descoberto há dois anos e a sua autenticidade comprovada agora. A partir do próximo dia 24 vai ser exposto no museu

Axel Ruger, director do Museu Van Gogh, explicou que nos últimos 40 anos nunca tinham descoberto nenhuma obra desconhecida do pintor Van Gogh. "Pensávamos que sabíamos e já tínhamos visto tudo sobre ele e agora podemos adicionar um novo quadro, significativo, à sua obra".

A pintura em questão "é um dos trabalhos mais importantes" da vida de Van Gogh e foi pintada na cidade francesa de Arles, no ano de 1888 - daí a importância dada a esta descoberta, pois para muitos este período "foi o culminar da sua criação artística".

Dois anos após a descoberta da obra e depois de um trabalho de investigação realizado pelos especialistas ligados ao museu, Louis van Tilborgh e Teio Meedendorp, a autenticidade da obra já foi assegurada e a mesma - intitulada "Pôr-do-sol" - será exposta no Museu Van Gogh, em Amesterdão, a partir do próximo dia 24 de setembro.» in http://visao.sapo.pt/quadro-desconhecido-de-van-gogh-e-mostrado-na-holanda=f748498#ixzz2eV5dj692


(Quadro Desconhecido De Van Gogh é apresentado - Holanda)


(OS IMPRESSIONISTAS - VINCENT VAN GOGH)


(Akira Kurosawa-Dreams-Vincent Van Gogh)

21/01/13

Arte Pintura - Um retrato do ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela foi vendido por 3,7 milhões de rands (313 mil euros), o valor mais alto alguma vez pago por uma obra de um artista da África do Sul num leilão local!



«RETRATO DE MANDELA VENDIDO POR 313 MIL EUROS, UM RECORDE NA ÁFRICA DO SUL

A obra é do pintor Sifiso Ngcobo e mostra em primeiro plano um sorridente Mandela. O pintor é desconhecido pelos galeristas relevantes na África do Sul

Um retrato do ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela foi vendido por 3,7 milhões de rands (313 mil euros), o valor mais alto alguma vez pago por uma obra de um artista da África do Sul num leilão local.

O jornal sul-africano City Press noticiou no domingo que o quadro, intitulado A Caridade Começa em Casa, do pintor Sifiso Ngcobo, mostra em primeiro plano um sorridente Mandela de fato e gravata com uma casas precárias circulares ao fundo.

Segundo uma fonte citada pelo jornal, a oferta foi feita pela ministra sul-africana das Minas, Susan Shabangu, em nome de um empresário mineiro anónimo.

O leilão foi organizado pelo Congresso Nacional Africano (CNA) para angariação de fundos, mas Ngcobo - membro do partido - não doou a obra ao CNA e vai receber uma percentagem do valor pago pelo retrato. Vários galeristas importantes da África do Sul consultados pelo City Press avaliaram o quadro em 20 mil rands (1700 euros) e desconheciam o autor. O anterior recorde pertencia ao internacionalmente reconhecido William Kentridge, cuja obra A Película alcançou 2,2 milhões de rands (186 mil euros) num leilão em Joanesburgo, em 2011.

Mandela encontra-se atualmente na sua casa de Joanesburgo debaixo de permanente vigilância médica depois de ter passado cerca de duas semanas hospitalizado em dezembro.

in Público | 20 de janeiro de 2013» in http://ecultura.sapo.pt/DestaqueCulturalDisplay.aspx?ID=2912

07/01/13

Arte Pintura - Le Jardin» («O Jardim»), pintura a óleo do francês Henri Matisse (1869-1954), roubado há 25 anos do Museu de Arte Moderna de Estocolmo, foi recuperado em Londres por um especialista em obras roubadas, informou esta segunda-feira a BBC!



«Matisse roubado há 25 anos na Suécia é recuperado em Londres

«Le Jardin» («O Jardim»), pintura a óleo do francês Henri Matisse (1869-1954), roubado há 25 anos do Museu de Arte Moderna de Estocolmo, foi recuperado em Londres por um especialista em obras roubadas, informou esta segunda-feira a BBC.

A obra impressionista, que representa um jardim com flores brancas em primeiro plano e uma ponte ao fundo entre árvores, desapareceu do museu de Estocolmo a 11 de Maio de 1987.

O valor da peça fazia com que fosse improvável, segundo o então director do museu sueco, que o quadro fosse vendido no mercado tradicional, por isso que a busca desde o primeiro momento foi centrada em torno dos traficantes de obras de arte.

No entanto, há poucas semanas o Registo de Perdas de Arte, onde figuram a nível internacional todas as obras roubadas, encontrou uma pista sólida sobre o seu paradeiro.

O registo detectou uma incursão nos seu catálogos online de um utilizador externo, Charles Roberts, que se interessou pela descrição da obra desaparecida de Matisse feita pela organização.

Roberts, traficante de arte visual, estava a ponto de fechar o negócio e queria comprovar se a obra era realmente a roubada da Suécia há mais de duas décadas.

Após comprovar que era o Matisse roubado, o director do Registo de Perdas de Arte, Christopher Marinello, negociou a recuperação da pintura, que será transferida para o Museu de Arte de Moderna de Estocolmo nas próximas semanas, segundo a BBC, que não deu detalhes sobre como foi negociada a devolução da pintura nem quem estava em poder da mesma.

«As obras de arte roubadas não têm valor real no mercado e acabam por reaparecer sempre... É só questão de tempo», explicou Marinello, que já recomendou ao museu não pagar nenhum resgate pelo quadro e esperar.» in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=609283



«Vida e obra de Henri Matisse (1869 - 1954)

Aos 19 anos de idade, estudante de Direito em Paris, Henri Matisse dividia seu tempo entre o trabalho vespertino de escriturário em uma firma de advocacia e, pela manhã, as aulas em uma escola de desenho. Foi quando uma crise de apendicite o deixou um longo tempo preso à cama e assim, afastado do trabalho burocrático, começou a se dedicar com mais afinco à pintura. "Antes, o cotidiano me aborrecia. Ao pintar, passei a sentir-me gloriosamente livre e tranqüilo", ele dizia.

Henri Emile Bernoit Matisse nasceu no último dia do ano de 1869, em Le Cateau, no norte da França. Era filho de um farmacêutico e comerciante de grãos, que sonhava em fazer do filho um próspero advogado. Contudo, Matisse preferiu abandonar a carreira jurídica e dedicar-se integralmente à pintura. Enquanto freqüentava como ouvinte a Escola de Belas-Artes, em Paris, ia ao Louvre para copiar os quadros de grandes mestres ali expostos.

No começo, tudo parecia ir bem. Matisse teve quatro obras expostas no Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi convidado para ser membro associado da entidade. Contudo, seu flerte inicial com a estética impressionista contrariou as expectativas da parcela mais conservadora da crítica e ele passou a encontrar dificuldades em divulgar seu trabalho.

A situação se radicalizou quando participou do célebre Salão de Outono de 1905, em Paris, ao lado de Albert Marquet, Maurice Vlaminck e André Derain, que rejeitavam a paleta suave dos impressionistas e aderiram às cores fortes e aos traços expressivos, próximos aos de Vincent van Gogh e Paul Gauguin. A crítica detestou e reagiu com violência.

Matisse e seus colegas foram então chamados de "fauves", numa livre tradução, "bestas selvagens". Daí surgiu o termo "fauvismo", utilizado inicialmente de forma pejorativa, para definir o movimento, de duração efêmera.

Porém, o escândalo e a controvérsia ajudaram a divulgar o nome de Matisse e a aproximá-lo de marchands mais esclarecidos e das vanguardas estéticas de seu tempo. O artista passou a vender um quadro atrás do outro e a fazer viagens pela Europa, África e Ásia, onde manteve contato com novas influências que se refletiram em seu trabalho, desde a tapeçaria oriental aos arabescos da arte islâmica.

Mas foi na luminosa cidade de Nice, na Riviera Francesa, com suas construções brancas e o mar azul do Mediterrâneo ao fundo, que Henri Matisse encontrou seu principal refúgio. Distanciado cada vez mais dos arroubos fauvistas, o artista buscava a harmonia e a paz de espírito. "Sonho com uma arte do equilíbrio, pureza e serenidade, isenta de temas inquietantes e perturbadores", dizia. "Quero que minha arte seja como uma boa poltrona em que se descansa o corpo cansado".

Em 1941, combalido por um câncer no intestino, Matisse foi submetido a duas cirurgias, que lhe tolheram os movimentos e o deixaram em uma cadeira de rodas. Foi nesse período que passou a trabalhar mais intensamente com uma técnica que desenvolvera desde 1937: a aplicação de tinta em papel recortado, os famosos gouaches découpées, que serviriam para ilustrar seu livro Jazz, de 1947. As fotos desta época mostram Matisse em seu quarto de hotel, com tesoura na mão e pilhas de papel colorido no chão.

Cada vez mais recluso, cercado de plantas e de pássaros que criava livremente no quarto, Henri Matisse viveu até 1954. Seu último trabalho foi o projeto de decoração de uma pequena capela na cidade montanhesa de Vence. Para a construção, despojada e banhada de sol, desenhou vitrais azulados e murais com finos traços negros sobre azulejos brancos. Considerava ter atingido ali a plenitude da simplicidade, sua obra-prima.


Curiosidades
  • Tempos bicudos
    Henri Matisse casou em 1898, com Amélie Parayre, que ajudou o marido servindo-lhe de modelo e confeccionando chapéus para complementar a renda familiar. A situação financeira do casal nos primeiros anos após o casamento era crítica, ao ponto de Matisse ter que recorrer ao emprego de assistente de cenógrafo, encarregado de pintar folhas de louro para a decoração do pavilhão onde seria realizada Exposição Universal de 1900.
  • Uma ajuda providencial
    Uma das primeiras pessoas a acreditar no talento de Henri Matisse foi a escritora Gertrude Stein. Colecionadora de arte, ela comprou vários quadros do início de carreira de Matisse. Foi ela também quem o apresentou a muitos marchands parisienses, o que ajudou a divulgar o nome de Matisse entre as principais galerias da capital francesa.
  • Ilustrador de James Joyce
    Matisse foi também um exímio ilustrador. Entre seus trabalhos no gênero, destacam-se as gravuras que fez para uma edição de Flores do Mal, do poeta Baudelaire, e para o romance Ulysses, de James Joyce. Em 1937, também desenhou os cenários e os figurinos para uma montagem teatral de O Vermelho e o Negro, de Stendhal.
  • Pintando na cama
    Quando caiu enfermo, vitimado pelo câncer, Matisse continuou a pintar, embora passasse bom tempo na cama. Ele fixava pontas de carvão na extremidade de longas varas e, com elas, rabiscava as paredes e o teto de sua suíte no hotel Régina, em Nice.
  • Duelo de gigantes
    Picasso e Matisse nutriram uma convivência baseada na competição e, ao mesmo tempo, na admiração mútua. Ambos conquistaram fãs arrebatados e radicais no mundo das artes. "Picassistas" e "matissistas" chegavam a trocar ofensas e defendiam de forma ardorosa a suposta supremacia de seu respectivo ídolo. "Ninguém nunca olhou tão atentamente para meu trabalho quanto Picasso, nem tão atentamente ao trabalho dele como eu", ponderava o próprio Matisse.

Contexto histórico

Ombro a ombro com picasso
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Matisse é considerado por muitos críticos e historiadores da arte, junto com Pablo Picasso, o pintor mais importante e revolucionário do século 20. Uma de suas maiores inovações foi libertar a cor do caráter naturalista. Em 1905, por exemplo, ao pintar o retrato de sua esposa, pôs uma sombra verde no meio do rosto dela. "Quando pinto um verde, não significa dizer grama; quando pinto um azul, não quer dizer céu", observava.

É curioso notar que a obra de Matisse, ao contrário da de Picasso, não absorveu nenhum dos grandes momentos de tensão da história européia na primeira metade do século passado. Durante a Primeira Guerra Mundial, após não conseguir se alistar por que já havia passado da idade máxima permitida para o recrutamento, praticamente deixou de pintar, preferindo dedicar-se ao estudo do violino. Quando estourou a Segunda Guerra, já estava muito mais atormentado com a própria saúde, lamentando ter que deixar Nice por causa do avanço das tropas inimigas.

As obras iniciais de Matisse, sobretudo "Luxo, Calma e Volúpia", de 1904, com suas pinceladas isoladas, ainda são tributárias do neo-impressionismo, embora já anunciasse uma simplificação dos traços e dos volumes. Com o tempo, sua pintura evoluirá para uma crescente busca pela pureza da forma, da linha e das cores, o que atingirá seu ponto máximo nos gouaches découpées, os trabalhos de colagem com papel recortado.

O crítico italiano Giulio Carlo Argan afirmava que a obra de Henri Matisse era, de certo modo, uma resposta negativa ao cubismo. "Ao cubismo, que analisa racionalmente o objeto, ele contrapõe a intuição sintética do todo". Em uma das obras mais famosas do artista, "A Dança", no qual cinco figuras humanas se alongam e dançam de mãos dadas, Argan vê a suprema realização do objetivo central da trajetória artística de Matisse: expressar a máxima complexidade por meio de uma enorme simplicidade.

Sites relacionados
  • Museu Matisse - Site com reprodução de inúmeros desenhos e telas do artista. Em inglês e francês.
  • Masp - Conheça a obra "O Torso de Gesso", que pertence ao acervo do Museu de Arte de São Paulo.
  • Henri Matisse Art Gallery - Galeria virtual, com muitas obras de Matisse, organizadas por ordem alfabética. Em inglês.

 

Principais obras

1. Luxo, Calma e Volúpia (1904) - O quadro pertence à uma das primeiras fases de Matisse, ainda fortemente influenciado pelo neo-impressionismo. 

2. A Janela Aberta (1905) - Exposto no Salão de Outono, que deu origem ao nome "fauvismo"

3. Madame Matisse (1905) - O abandono do uso naturalista da cor. O quadro também é conhecido como "Retrato com Listra Verde".

4. A Dança (1909-1910) - Uma das realizações mais notáveis de Matisse, que expressa vigor e leveza ao mesmo tempo.

5. Interior vermelho (1947) - Um dos mais expressivos dos inúmeros quadros com cenas de interiores de casas pintadas por Matisse.

6. Jazz (1947) - Série de 20 gravuras feitas em papel recortado, técnica que marcaria os últimos trabalhos do artista.»


Fonte:


(Gjendet piktura e vjedhur "Le Jardin" e piktorit Henri Matisse)


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