10/05/24

Ambiente e Ecologia - De acordo com um estudo publicado recentemente na Nature Ecology & Evolution, ao contrário das outras árvores, o carvalho-roble, ou carvalho-alvarinho (Quercus robur) tende a resistir, de uma forma incomum, ao aquecimento global.



«Rijo como o carvalho – Vai ser dos últimos a aguentar-se de pé

Há poucos que aguentam tanto como ele: Segundo um novo estudo, o carvalho-roble é das únicas espécies nativas suficientemente flexíveis para sobreviver às rápidas alterações climáticas previstas para o próximo século.

De acordo com um estudo publicado recentemente na Nature Ecology & Evolution, ao contrário das outras árvores, o carvalho-roble, ou carvalho-alvarinho (Quercus robur) tende a resistir, de uma forma incomum, ao aquecimento global.

Tal indica que projetos futuros de reflorestação e plantações de madeira na Europa deverão mesmo passar pela aposta nos carvalhos.

Como detalha a New Scientist, neste estudo, os investigadores, da Universidade de Viena (Áustria), examinaram 69 espécies de árvores europeias mais comuns, a fim de avaliar a sua capacidade de enfrentar este desafio climático.

O carvalho inglês foi uma das únicas espécies avaliadas como apta a prosperar nas condições atuais e futuras em muitas regiões do Velho Continente.

À New Scientist, o líder da investigação, Johannes Wessely, explicou a importância desta árvore, nomeadamente na “produção de madeira, o armazenamento de carbono e [não menos importante] para a biodiversidade“.

Wesseley alertou que as alterações climáticas obrigam a que as árvores plantadas hoje devam ser capazes de suportar tanto as condições atuais como as de um mundo muito mais quente no próximo século: “devemos ser muito cautelosos relativamente ao que plantamos hoje, uma vez que isso irá moldar as nossas futuras florestas e o seu futuro”.

Os investigadores explicam (lamentando) que, num futuro próximo, as florestas europeias serão constituídas apenas por um pequeno conjunto de espécies de árvores, sem a diversidade e a resistência das atuais – mas cada vez em menor expressão – florestas mistas.

Apesar da imprevisibilidade do ritmo das alterações climáticas, a equipa prevê que, até 2100, o número médio de espécies de árvores, por quilómetro quadrado, capazes de sobreviver continuamente diminua entre um terço e metade.

Miguel Esteves, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/rijo-como-o-carvalho-vai-ser-dos-ultimos-a-aguentar-se-de-pe-598818


O GRANDE CARVALHO - (QUERCUS ROBUR)

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